História Da Op
História Da Op
História Da Op
ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL
• Movimento dos testes mentais com Galton, Cattel e Binet: Fornece o aparato teórico e conceitual que
permite à Orientação Vocacional / Profissional configurar-se como uma disciplina científica;
• Não se distinguia entre seleção e orientação profissional, ambas eram realizadas, visando eliminar da
produção aqueles que tivessem alguma insuficiência psicofísica, supostamente causadora acidentes de
trabalho e também identificar e selecionar os mais aptos para determinado tipo de
trabalho/especialização.
• A OV/P nasce, portanto, como uma prática cujo objetivo era garantir a eficiência industrial (a pessoa certa
no lugar certo), influenciada pela Psicologia Diferencial e pela Psicometria;
• Várias teorias surgiram para entender e guiar as escolhas profissionais, sendo classificadas por Crites
(apud Silva 1996) em:
1. Teorias Psicológicas
2. Teorias Não Psicológicas (sociológicas e econômicas)
• Modelo de adequação entre pessoas e ocupações. Pessoas diferem em habilidades, interesses e traços de personalidade e cada
profissão requer indivíduos com aptidões especificas;
• Isolando-se e quantificando os traços de personalidade e as exigências das ocupações, é possível adequar indivíduos e ocupações
– a pessoa certa no lugar certo;
• Teoria normativa - busca parâmetros para as tarefas de seleção e orientação, mais do que construir um modelo teórico dos
determinantes da escolha. Predominam as técnicas psicométricas, e a pergunta era: qual a melhor ocupação para este indivíduo?
Críticas à teoria Traço-Fator e novos rumos da OV/P a partir de meados do século XX:
• Largamente influenciada pelo comprometimento ideológico com a sociedade industrial. A ética da atividade realizada por estes
orientadores profissionais era a ética da produção;
• Formação dos orientadores profissionais: aprendizagem de técnicas para a avaliação de características do indivíduo e no acesso a
descrições das diversas ocupações do mundo laboral da época;
• O foco desta atividade era a busca da eficiência através do ajustamento da pessoa à função, a partir da avaliação das habilidades e
competências, independentemente da autopercepção do sujeito quanto aos seus interesses e perspectivas de satisfação e
autorrealização.
Críticas à teoria Traço-Fator e novos rumos da OV/P a partir de meados do século XX:
• O processo de escolha pode ser dividido em três períodos, segundo os aspectos considerados pelo indivíduo para a escolha:
1. Período da fantasia: as escolhas são baseadas no desejo de tornar-se adulto, sem que a criança leve em conta suas
potencialidades nem as contingências do tempo;
2. Período provisório: inicia por volta dos 11 anos de idade e é determinado inicialmente pelos interesses, depois pela
capacidade e finalmente, pelos valores;
3. Período realista: inicia aproximadamente aos 17 anos e tem três fases:
4. de exploração das possibilidades profissionais que o indivíduo pode levar em conta seriamente;
a. de cristalização, na qual o indivíduo circunscreve o setor de atividade no qual pode se realizar;
b. de especificação, que se caracteriza pelos desejo de se especializar na área escolhida.
Década de 70
• Na década de 1970, Ginzberg reviu alguns aspectos de sua teoria: passou a considerar o processo de
desenvolvimento vocacional estendendo-se ao longo de toda a vida e minimizou o caráter irreversível da escolha,
afirmando que nesse período houve um aumento de possibilidades de se preparar para uma ocupação, em termos de
tempo e recursos matérias;
• Donald Super o Afirmou que o termo “escolha” deve ser substituído por “desenvolvimento”, pois este compreende
os conceitos de preferência, escolha, ingresso no mercado de trabalho e ajustamento;
Década de 70
• O ponto central de sua teoria é que o autoconceito é formado nas primeiras experiências com outras pessoas e nas
situações de vida;
• Para Super, quando uma pessoa elege uma profissão, está elegendo um modo de atualizar seu conceito de si mesmo.
Década de 70
Década de 70
• Estudou os padrões de carreira, classificando-as em: estáveis (entrada direta para a vida
profissional); convencionais (de uma tentativa à estabilidade) e instáveis e de múltipla tentativa;
• Afirmou que os padrões de carreira estáveis e convencionais são mais comuns nos níveis
socioeconômicos mais altos, enquanto os padrões instáveis e os de múltipla tentativa são mais
comuns nos níveis mais baixos;
• A natureza do padrão de carreira seria determinada pelo nível socioeconômico familiar, habilidade
mental, características de personalidade e pelas oportunidades que são oferecidas pelo meio.
Década de 70
• Questão crucial no desenvolvimento da carreira: interação entre fatores internos e externos e investigação de
como esses fatores se sintetizam para produzir a decisão;
• O processo de desenvolvimento vocacional é essencialmente o do desenvolvimento e implementação do
autoconceito: é um processo de compromisso no qual o autoconceito é um produto da interação de aptidões
herdadas, da constituição neural e endócrina, da oportunidade de exercer diversos papéis e da avaliação do grau
em que o exercício desses papéis é aprovado pelos superiores e pares. O processo de compromisso entre os
fatores individuais e sociais, entre o autoconceito e a realidade se dá através da execução de papéis, quer esta
ocorra na fantasia, na entrevista de aconselhamento ou nas atividades da vida real. (Super apud Silva, 1996)
Década de 1960
• A decisão deve ser fruto de uma análise dos elementos que intervém no processo. Consiste em identificar
as possibilidades oferecidas e analisar as consequências,, chegando finalmente a uma escolha;
• A função do orientador profissional é ajudar a pessoas a analisarem os dados para estabelecer uma
decisão, colidir informações e a determinar empiricamente a utilidade de cada decisão.
• As atividades adultas complexas mantêm as mesmas fontes instintivas de gratificação que as infantis e as
experiências infantis, nos primeiros seis anos de vida, são decisivas na formação da personalidade e na
criação das necessidades que se expressarão mais tarde na conduta vocacional.
• Formulação de um esquema que identifica as gratificações que alguns tipos de trabalho podem oferecer,
relacionado essas gratificações às necessidades e motivações internas;
• Estabelecem ainda as formas de expressão e controle dos impulsos que as atividades que uma ocupação
permitem;
• Teoria que apresenta um avanço, pois fornece um esquema conceitual que visa explicitar as
determinações emocionais que motivam a escolha profissional;
• No entanto, essa concepção caracteriza-se por um certo mecanicismo ao estabelecer relações de causa-
efeito lineares entre motivações e ocupações.
Roe
Roe – Críticas
• Falta de diferenciação: é possível encontrar em carreiras não voltadas para pessoas, atividades voltadas
para pessoas;
• Definição do ambiente familiar sem levar em conta as diferenças entre pai e mãe e o modo como a
criança reage ao ambiente.
Década de 1970
Teorias Sociológicas
Teorias Econômicas
• Entendem que o fator determinante da escolha profissional é a vantagem econômica oferecida pela
profissão;
• Os indivíduos tenderiam a escolher a ocupação que oferecesse melhores salários e a distribuição dos
trabalhadores no mercado de trabalho, seria, portanto, de acordo com a lei da oferta e da procura;
• Tal conclusão foi contestada pelos economistas neoclássicos com o argumento de que se tal distribuição
fosse regida por essa lei, haveria uma tendência a diminuição do salário das mais requisitadas, gerando
um equilíbrio na distribuição, o que não ocorre;
• Essa igualdade não ocorre devido a dois fatores: nem todos dispõem de informações sobre as vantagens
oferecidas por cada profissão; nem todos dispõem de recursos para manter a formação técnica ou
educacional necessária para se atingir as profissões de nível mais elevado.
• Pluralidade de enfoque que se caracterizam por privilegiar aspectos isolados da questão, destacando algumas
variáveis em detrimento de outras;
• Teorias Psicológicas: centradas nas características pessoais e nos processos psíquicos que governam as
escolhas profissionais, considerando a estruturas sociais e econômicas como condições dadas que meramente
impõem os limites nos quais esses processos psicológicos operam;
• Teorias sociológicas: focalizam a estrutura social estratificada em detrimento das características pessoais ou da
organização econômica, analisando os efeitos do status dos pais sobre as oportunidades da criança, sem, no
entanto, explicitar os mecanismos pelos quais esses efeitos se reproduzem;
• Teorias Econômicas: examinam como as estruturas de salários e outros fatores econômicos canalizam o fluxo
da força de trabalho para diferentes ocupações, tratando como dados os motivos psicológicos pelos quais as
forças socioeconômicas se efetivam.
Psic. Rosana Mello – CRP 03/6972