Mpag11 A Ilustre Casa de Ramires

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A Ilustre Casa de Ramires,

O que é a filosofia?
Eça de Queirós
Características da obra
 Romance histórico.
 Apresenta dois géneros literários distintos: romance e
novela histórica (uma história dentro de outra história).
 Representa ficcionalmente a relação com o passado e a
sua projeção com o presente.
 Grande complexidade narrativa.
Caracterização de personagens
As personagens ilustram a sociedade provinciana portuguesa da segunda metade do século XIX.

Protagonista
Gonçalo Mendes Ramires, o Fidalgo da Torre

 Imagem da nobreza decadente e falida.


 Proprietário rural arruinado.
Personagem complexa
 Fraco, passivo e volúvel. Símbolo de Portugal

 Ser complexo, dotado de um carácter paradoxal:


- cobarde/corajoso; bondoso/desprezível; sensível/falso.
Outras personagens

Gracinha Ramires – irmã de Gonçalo; sensível; bondosa; casada com Barrolo; instável,
inicia uma relação adúltera com André Cavaleiro.

José Barrolo – cunhado de Gonçalo; rico; bondoso; ingénuo.


André Cavaleiro – governador civil; ex-noivo de Gracinha; rico; oportunista; sedutor.
João Gouveia – político; administrador do concelho da vila.
António Vilalobos (Titó) – parente afastado de Gonçalo; apreciador de comida e bebida;
justo.
(Cont.)
Outras personagens

José Lúcio Castanheiro – fundador da revista quinzenal Anais da Literatura e da


História, na qual Gonçalo irá ver publicada a novela histórica da sua família; ao longo do
romance, incentiva a até apressa o Fidalgo da Torre na sua missão de escrita.

Ernesto de Nacejas – provoca e humilha Gonçalo; porém, no último encontro entre os


dois, é vergastado pelo protagonista.

D. Maria de Mendonça – “prima” de Gonçalo, faz o papel de casamenteira, tentando


juntar o fidalgo com D. Ana Lucenda.

(Cont.)
Outras personagens

D. Ana Lucena – esposa/viúva de Sanches Lucena; pretensiosa; sensual.


Irmãs Lousadas – ricas; maledicentes; intriguistas.
Videirinha – tocador de violão; amigo de Gonçalo desde o tempo de estudantes.

Criados Manuel Relho – caseiro de Gonçalo.


e José Casco – homem sério a quem Gonçalo apalavrou a terra.
Camponeses Pereira da Riosa – homem a quem Gonçalo arrendou a terra.
Caracterização de personagens
Seleciona cada uma das personagens neste recurso da Escola Virtual e fica a conhecer ainda
mais a obra.
Estrutura da obra

Romance
Estruturado em dois planos A ação principal
narrativos que se cruzam: A novela histórica
o Portugal do passado, A vida de Gonçalo
representado por Ramires, Nos capítulos II, III, V,
Tructesindo Mendes apresentada ao VIII, IX e X, em que
Ramires, e o longo dos doze Gonçalo narra os feitos
Portugal presente, capítulos do de Tructesindo
representado por Gonçalo romance. Ramires.
Mendes.
Estrutura da obra: ação principal e novela
Capítulos Ação principal Novela histórica

• Caracterização inicial de Gonçalo Ramires;


Capítulo I • Apresentação do seu projeto literário: uma novela • D. Sancho I arma
histórica. D. Tructesindo Ramires
cavaleiro para que este
• Analepse justificativa do ódio de Gonçalo por Cavaleiro: o proteja as suas filhas,
Capítulo II abandono de Gracinha, sua irmã. D. Sancha e D. Teresa;
• D. Tructesindo reafirma a
• Gonçalo reflete sobre o valor da palavra e da honra ao sua honra ao cumprir com a
Capítulo III esquecer um primeiro acordo de arrendamento da Torre. palavra dada ao rei agora
falecido e envia em seu
• Gonçalo visita Gracinha e à chegada avista André auxílio o seu filho
Capítulo IV Cavaleiro a rondar o palacete, situação que reacende o D. Lourenço Mendes
Ramires;
seu ódio. (Cont.)
Estrutura da obra: ação principal e novela
• No regresso à torre, Gonçalo é ameaçado no caminho por
um caçador de Nacejas e foge; • D. Lourenço é feito
Capítulo V • José Casco confronta Gonçalo por este ter faltado à sua prisioneiro pelas hostes de
palavra e este denuncia-o ao governador; porém, num Lopo de Baião, homem que
gesto de misericórdia, escreve a pedir a sua libertação. se apaixonara por
D. Violante, filha mais nova
• Gonçalo comunica a Gracinha e a Barrolo a reconciliação de D. Tructesindo;
Capítulo VI com André Cavaleiro, que aproveita para se aproximar de • D. Lopo propõe a
Gracinha. D. Tructesindo a troca de
D. Lourenço por D. Violante;
• Gonçalo inicia contactos políticos locais; • Perante a recusa do próprio
Capítulo VII • Casco vem pedir perdão a Gonçalo, comovido pela Lourenço e de Tructesindo,
atenção que este dispensou ao seu filho doente; o “Bastardo” assassina
• O caçador de Nacejas confronta Gonçalo novamente. Lourenço diante do próprio
pai;
• Gonçalo surpreende Gracinha num encontro amoroso
Capítulo VIII (Cont.)
com André Cavaleiro e foge.
Estrutura da obra: ação principal e novela
• Devido à sua frágil condição económica, Gonçalo pensa
em casar com a viúva D. Ana de Lucena; • Tructesindo persegue o
Capítulo IX • Na solidão da Torre, Gonçalo duvida do rigor histórico da “Bastardo” até avistarem o
arraial de D. Pedro de
sua novela.
Castro, que os recebe com
• Gonçalo reflete sobre o percurso da sua vida: as muita honra, oferecendo até
humilhações do Cavaleiro, da sua irmã, a dependência a sua hoste para que este
Capítulo X económica, a fraqueza de espírito que o leva a fugir de vingue o filho;
todos os perigos. • D. Lopo é apanhado,
aprisionado e mergulhado
• Gonçalo vence as eleições, torna-se deputado e muda-se num pego, onde é sugado
Capítulo XI para Lisboa; até à morte por
• Inesperadamente, meses depois embarca para África. sanguessugas.

• Quatro anos depois, Gonçalo visita a Torre;


Capítulo XII • João Gouveia relembra as grandezas e as fraquezas de
Gonçalo, comparando-o a Portugal.
O espaço e o seu valor simbólico
A Torre
 é o que resta da família Ramires, uma construção do século X, e funciona como
um símbolo que liga o protagonista às origens de Portugal;
 é o elo de ligação entre as duas histórias que se cruzam: a história de Gonçalo e a
história de Tructesindo Mendes Ramires;
 é a Torre que dá poder a Gonçalo, sendo que o protagonista reconhece que esse
poder é herança da força e da coragem dos seus antepassados;
 é o espaço onde Gonçalo se refugia e se sente protegido para escrever a história
dos seus antepassados e onde reflete sobre a sua carreira política.
Reescrita do passado e construção do presente
A história da família Ramires segue a história de Portugal: a ascensão e a decadência.

Passado
Presente Futuro de
de
de vilezas Portugal
grandezas

Novela histórica Construção do presente Simbolismo do romance:


Portugal dos Ramires medievais Portugal atual dos Ramires - regenerar o país da
Século XII Século XIX decadência;
- sair da inatividade e do tédio;
- transformar Portugal em herói.
O microcosmos da aldeia: sociedade em mutação

Na aldeia coexistem os valores do passado e do presente.

Reflexo de um Portugal decadente, do final do século XIX, e em mutação.

A aldeia é
Por um lado,
um espaço rural, forte, natural, marcado por um passado glorioso;
Por outro lado,
um espaço passivo e decadente, marcado por intrigas, discussões económicas e sociais
Linguagem e estilo

 Recursos expressivos: comparação, hipérbole, ironia, metáfora,


personificação e uso expressivo do adjetivo e do advérbio;
 Reprodução do discurso no discurso: discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre.

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