Modernismo
Modernismo
Modernismo
A crítica ao movimento foi severa, as pessoas ficaram desconfortáveis com tais apresentações
e não conseguiram compreender a nova proposta de arte. Os artistas envolvidos chegaram a
ser comparados aos doentes mentais e loucos.
Com isso, ficou claro que faltava uma preparação da população para a recepção de tais
modelos artísticos.
Monteiro Lobato foi um dos escritores que atacou com veemência as ações da Semana de 22.
O modernismo no Brasil teve como marco inicial
a Semana de Arte Moderna, em 1922, momento
marcado pela efervescência de novas ideias e modelos.
Lembre-se que o modernismo foi um movimento
cultural, artístico e literário da primeira metade do
século XX.
Ele situa-se entre o Simbolismo e o Pós-Modernismo - a
partir dos anos 50 - havendo, ainda, estudiosos que
considerem o Pré-Modernismo uma escola literária.
O Modernismo surge num momento de insatisfação
política no Brasil. Isso, em decorrência do aumento da
inflação que fazia aumentar a crise e propulsionava
greves e protestos.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) também trouxe
reflexos para a sociedade brasileira.
Assim, numa tentativa de reestruturar o país
politicamente, também o campo das artes - estimulado
pelas Vanguardas Europeias - encontra-se a motivação
para romper com o tradicionalismo.
Foi a “Semana de arte moderna” que marca a essa
tentativa de mudança artística.
A liberdade é a característica principal do movimento
Características do Modernismo modernista em suas mais diferentes manifestações
•Libertação estética; artísticas, tanto no Brasil, como na Europa.
•Ruptura com o tradicionalismo; No continente europeu, o Modernismo foi um conjunto de
•Experimentações artísticas; tendências artísticas que excediam a liberdade criadora e
•Liberdade formal (versos livres, abandono o rompimento com o passado.
das formas fixas, ausência de pontuação); Não foi diferente no Brasil, onde a busca pelo novo e pela
•Linguagem com humor; identidade local permearam esse movimento.
•Valorização do cotidiano. Resultado de muitas correntes artísticas, o Modernismo
na Europa e no Brasil resultou da quebra de paradigmas e
dos valores tradicionais.
Na literatura brasileira, as principais características do
Modernismo são:
•Fragmentação
•Síntese
•Busca pela linguagem brasileira
•Nacionalismo
•Ironia, humor e paródia
•Relato do cotidiano
•Revisão crítica do passado histórico e cultural
•Subjetivismo
•Versos livres
Primeira Fase Modernista do Brasil 1922-1930:
“Grupo dos Cinco”
Nesta fase, conhecida como a "Fase Heroica", os artistas
buscam a renovação estética inspirada nas Mario de Andrade
vanguardas europeias (cubismo, futurismo, surrealismo). Oswald de Andrade
A mostra influenciou as artes plásticas, o teatro e a literatura
transformando-se em um divisor de águas no setor brasileiro. A Menotti del Picchia
Semana de Arte Moderna marca o que ficou denominado como o Tarsila do Amaral
primeiro momento modernista do Brasil.
Anita Malfatti
• O rompimento das ideias. + Manuel Bandeira
• Representou a ruptura com os padrões artísticos tradicionais.
Ex: Simbolismo e Parnasianismo.
Principais revistas
“Vamos quebrar todos os padrões e mostrar uma nova maneira divulgadoras dos ideais
de se expressar.” modernistas:
Conhecida como fase "Pós Modernista", não há um consenso a respeito de seu término.
Isso porque muitos estudiosos afirmam que essa fase termina em 1960, enquanto outros,
definem o fim dessa fase nos anos 80.
Há ainda os que consideram que a terceira fase modernista prolonga-se até os dias atuais.
Nesse momento, tem-se um predomínio e diversidade da prosa com a prosa urbana, a
prosa intimista e a prosa regionalista.
Além disso, surge um grupo de escritores denominado “Geração de 45”, muitas vezes
chamados de neoparnasianos, pois eles buscavam uma poesia mais equilibrada.
Prosa Intimista
Por sua vez, a prosa intimista é determinada pela
exploração de temas humanos e, portanto, é mais íntima,
psicológica e subjetiva. Esses aspectos são observados
nas obras de Clarice Lispector e de Lygia Fagundes Telles
Poesia Modernista
Ainda que a prosa tenha sido o tipo de texto mais
explorado na terceira geração modernista, a poesia
é apresentada mediante aspectos de equilíbrio.
Por isso, os poetas dessa fase eram chamados de
“Neoparnasianos”, ao fazerem referência as
principais características da poesia parnasiana:
•preocupação com a estética;
•metrificação e versificação;
•busca da perfeição;
•culto à forma.
Autores e Obras
Os principais autores e obras dessa fase são:
•João Cabral de Melo Neto (1920-1999): conhecido como “poeta engenheiro”, João se
destacou na prosa e na poesia pelo rigor estético apresentado em suas obras: "Pedra do
Sono" (1942), "O Engenheiro" (1945) e "Morte e Vida Severina" (1955).
•Clarice Lispector (1920-1977): se destacou na prosa e na poesia com um caráter lírico e
intimista: "Perto do Coração Selvagem" (1947), "A Cidade Sitiada" (1949), "A Paixão
Segundo GH" (1964), "A Hora da Estrela" (1977).
•João Guimarães Rosa (1908-1967): foi um dos maiores poetas do Brasil, sendo que a
maioria de suas obras são ambientadas no sertão. Destacam-se "Sagarana" (1946), "Corpo
de Baile" (1956), "Grande Sertão: Veredas" (1956), "Primeiras Estórias" (1962)
•Ariano Suassuna (1927-2014): Defensor da cultura popular brasileira, Suassuna escreveu
romances, peças de teatro e poesias dos quais se destacam: "Os homens de barro" (1949),
"Auto de João da Cruz" (1950), "O Rico Avarento" (1954) e "O Auto da Compadecida"
(1955).
•Lygia Fagundes Telles (1923-): escreveu romances, contos e poesias sendo uma de suas
marcas a exploração psicológica das personagens em sua obra: "Ciranda de Pedra" (1954),
"Verão no Aquário" (1964), "Antes do Baile Verde" (1970), "As Meninas" (1973)