AULA 14-Tecidos Dentários

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SUPERIOR DA CAÁLA

DISCIPLINA: HISTOLOGIA BUCAL E EMBRIOLOGIA

CURSO: MEDICINA DENTÁRIA


ANO: 1RO
SEMESTRE: 1RO
DOCENTE: Moisés Chivela Jala
Msc: Microbiologia Clínica

CAÁLA 2020
TEMA VII - Tecidos Dentários
2.5 Tecidos Dentários

2.5.1 Esmalte

2.5.2 Película adquirida

2.5.3 Complexo Dentina-Polpa

2.5.4 Cemento

2.5.5 Periodonto de sustentação (cemento, ligamento alveolar e osso


periodontal)

2.5.6 Periodonto de proteção (gengiva)


Objectivos
• Caraterizar os tecidos dentários e sua constituição.
• Compreender a sua importância no
desenvolvimento dentário.
Introdução
Os Tecidos dentários constituem o conjunto de
células que formam a estrutura dentária. Os
dentes desempenham papel importante na
mastigação, na fala, na expressão das emoções e
também na estética facial, uma vez que o sorriso
representa papel relevante na beleza da face.
Tecidos dentários
A raça humana apresenta duas dentições - a decídua, constituída
por 20 dentes e a permanente, composta por 32 dentes. Tanto
dentes decíduos quanto permanentes se dividem em dois grupos
funcionais: anteriores e posteriores. A bateria anterior é composta
pelos incisivos centrais, incisivos laterais e caninos, teme tem por
função apreender e cortar o alimento. Na sequência, este alimento
é direcionado para a região posterior, que acomoda os molares
(dentição decídua) e pré-molares , molares (dentição permanente),
cuja principal função é triturar e moer o alimento.
Assim, a perda de um elemento dental pode acarretar
em diminuição da função mastigatória que será mais
grave quanto maior for o número de dentes perdidos. 
Ademais, alterações na fala e na estética decorrentes
da falta de um ou mais dentes influenciam
negativamente a qualidade de vida da pessoa.
Ambas as dentições se originam da lâmina dentária,
que se desenvolve durante a vida intra-uterina. Os
dentes, independentemente de serem decíduos ou
permanentes, são formados por tecidos.
Constituição dos tecidos dentários

A região do dente que, em condições saudáveis, se projeta


acima da gengiva é chamada de coroa (apenas uma pequena
porção da coroa fica abaixo desta linha). A parte do dente que
está situada em pequenas cavidades da maxila ou da mandíbula,
os alvéolos, é chamada de raiz. Na região central de cada dente,
existe a cavidade pulpar, preenchida pela polpa dentária.
Cont…

As partes duras do dente são formadas por esmalte, dentina, e cemento.


Podemos dizer que a dentina forma o corpo do dente e ela é o tecido que
constitui quase a totalidade do marfim do elefante. Circunda toda a câmara
pulpar e é mais espessa na região da coroa. Nesta região, a dentina é
revestida pelo esmalte. Já na região da raiz, é revestida pelo cemento.
As partes moles associadas ao dente são polpa, ligamento periodontal, e
gengiva. O Ligamento periodontal e o osso dos alvéolos constituem o
periodonto, responsável pela inserção do dente ao osso mandibular e
maxilar. Alguns autores consideram o cemento como parte do periodonto.
ESMALTE
Em comparação aos outros tecidos duros do corpo humano (osso,
cemento e dentina), é o que apresenta a maior concentração mineral.
Constituído quase que exclusivamente de fosfato de cálcio sob a forma de
cristais de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)3, apresenta apenas 2% a 4%
de matéria orgânica, água e proteínas. Ao contrário da dentina e do
tecido ósseo, o esmalte não contém colágeno em sua composição.  O
esmalte é totalmente desprovido de vascularização e inervação.
A formação do esmalte dentário é um processo regulado por células
chamadas ameloblastos e envolve duas fases: secreção e maturação. Na
primeira fase os ameloblastos secretam proteínas da matriz do esmalte,
tais como amelogenina, ameloblastina e enamelina. A fase de maturação
inclui remoção do material orgânico e deposição de fosfato de cálcio.
A hidroxiapatita está arranjada sob a forma de bastonetes ou
prismas. O curso destes prismas parece estar perfeitamente ajustado
às necessidades dos dentes de fracionar e esmagar os alimentos.
Eles se dispõem emergindo principalmente de forma perpendicular à
superfície da dentina e, em seguida, são alvo de uma inclinação
pronunciada em direção à borda incisal ou oclusal. Circundando os
prismas há uma região um pouco mais rica em matéria orgânica, a
bainha do esmalte. No momento da erupção dentária, o contato
com a sua célula formadora ameloblasto é perdido e ela degenera, o
que impossibilita reparo ou regeneração do tecido.
DENTINA
O tecido duro dentinário é forrado, internamente, por uma
camada de células chamadas odontoblastos. Elas são responsáveis
pela secreção da matriz orgânica, formada por fibras colágenas do
tipo 1, e pequena quantidade de substância fundamental amorfa.
A matriz inorgânica é constituída principalmente de fosfato de
cálcio (hidroxiapatita), numa concentração menor do que a do
esmalte, mas ainda maior do que a dos tecidos ósseos.
Na dentina encontramos inúmeros canalículos, os túbulos da
dentina, que se irradiam desde a cavidade pulpar até a periferia.
Prolongamentos apicais dos odontoblastos estendem-se para
dentro dos canalículos, formando as chamadas fibras de Tomes.
CEMENTO
É onde o ligamento periodontal se conecta ao dente. Possui células
chamadas de cementócitos na região apical da raiz, localizadas em
lacunas, semelhantes aos osteócitos, e responsáveis pela síntese de
matriz orgânica. Também apresentam prolongamentos que ocupam
canalículos. Da mesma forma que os ossos, sua matriz orgânica é
formada por colágeno e substância fundamental amorfa, e tem um
conteúdo mineral de aproximadamente 50% de hidroxiapatita.
Além da função de ancoragem do dente ao osso alveolar adjacente por
meio do ligamento periodontal, o cemento tem outras funções. Por ser
menos suscetível a reabsorção que a dentina, serve como camada
protetora ao processo patológico de reabsorção dentária.
Além disso, a deposição contínua de cemento na região apical
compensa o rápido desgaste da superfície oclusal.
POLPA DENTAL
Ocupando a cavidade pulpar, é constituída no jovem por tecido
conjuntivo mucoso, e no adulto por tecido conjuntivo frouxo, rico em
fibras colágenas orientadas em todas as direções. Os odontoblastos,
citados anteriormente, localizam-se na polpa, adjacentes à dentina. O
tipo celular predominante no tecido conjuntivo pulpar são os firoblastos;
mas também são encontradas células de defesa, como, macrófagos,
linfócitos, plasmócitos e eosinófios. Encontramos ainda células-tronco
pulpares, capazes de se diferenciarem em variados tecidos, quando
devidamente estimuladas. A polpa é rica em vasos sanguíneos, linfáticos
e nervos, que entram e saem da cavidade pulpar por meio do forâmen
apical, que é uma abertura do ápice da raiz do dente.
LIGAMENTO PERIODONTAL OU
MEMBRANA PERIODONTAL
É um tecido conjuntivo fibroso, constituído, principalmente, de
espessas fibras colágenas, que circunda a raiz do dente e liga o
dente, por meio do cemento, ao tecido ósseo adjacente. A
orientação das firas varia em variados níveis nos alvéolos,
permitindo, porém, certo grau de movimentação dos dentes
dentro dos mesmos. A membrana periodontal serve também de
periósteo para o osso alveolar. Entre as fibras, especialmente
próximo ao cemento, encontramos vasos sanguíneos, linfáticos e
nervos, imersos em tecido conjuntivo frouxo.
Embora a função mais óbvia do ligamento periodontal seja a de
unir o dente ao cemento, todo este arranjo tecidual permite que
o ligamento periodontal não só evite a reabsorção do osso
alveolar por absorver grande parte da pressão que seria exercida
sobre o mesmo durante a mastigação, mas também participe da
contínua remodelação óssea que se ajusta à ininterrupta
demanda dos movimentos dos dentes (importante também
durante a movimentação dentária ortodôntica).
Adicionalmente, o ligamento periodontal participa da nutrição
das estruturas adjacentes e tem funções de própriocepção.
GENGIVA
É a parte da mucosa oral que reveste o osso alveolar. É
subdividida em gengiva livre e gengiva inserida, dependendo
da região. É composta de tecido epitelial estratifiado
pavimentoso queratinizado com numerosas papilas de
conjuntivo denso que se projetam à base do epitélio. A
gengiva inserida está firmemente presa aos processos
alveolares da maxila e mandíbula e ao colo dos dentes. A
mucosa gengiva livre tem normalmente epitélio não
queratinizado. Entre o epitélio da gengiva livre e o esmalte, há
um pequeno sulco circundando a coroa, o sulco gengival.
ESTRUTURA
DO DENTE
Conclusão
Os Tecidos dentários constituem o conjunto de células que formam a
estrutura dentária. Os dentes desempenham papel importante na
mastigação, na fala, na expressão das emoções e também na estética
facial, uma vez que o sorriso representa papel relevante na beleza da
face. Na constituição dental encontra-se uma região que se projeta
acima da gengiva chamada de coroa, a parte do dente que está situada
em pequenas cavidades da maxila ou da mandíbula, os alvéolos, é
chamada de raiz e na região central de cada dente, existe a cavidade
pulpar, preenchida pela polpa dentária. As partes duras do dente são
formadas por esmalte, dentina, e cemento. As partes moles associadas
ao dente são a polpa, ligamento periodontal e gengiva. O Ligamento
periodontal e o osso dos alvéolos constituem o periodonto, responsável
pela inserção do dente ao osso mandibular e maxilar.
Bibliografia Básica:
BERKOVITZ, B.K.B., HOLLAND, G.R. & MOXHAM, B.J. Anatomia, Embriologia e Histologia Bucal. 3ª ed.-
Porto Alegre: Artmed, 2004, 378p.
 BRADASCHIA, VIVIAN; ARANA, VICTOR. Biologia Celular e Tecidual para Odontologia, Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012, 328p.
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

DUARTE, P. M. G. Iria. Histologia Dentária. 2008, Maringá: Dental Press,143p.


KATCHBURIAN, Eduardo. ARANA, Victor. Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3ª
ed. ver. atual. - Rio de Janeiro: Guanabara, 2012, 282p.
 MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N., Embriologia Clínica, 4ª reimpressão. 2004, Rio de Janeiro, RJ: Elsevier,
609p. NANCI, Antonio. Histologia Oral Ten Cate. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 432p.
SILVA, A.F. Guia Prático de Embriologia e Histologia Bucal. 2011, Pelotas: editora e gráfica UFPel, 116p.
 
Bibliografia Complementar:
http://www.med.unifi.it/didonline/anno-I/istologia/embriol/2base.htm
 http://www.usc.edu/hsc/dental/ohisto/
 http://www2.uerj.br/~micron/atlas/tecidos.htm
MUITO OBRIGADO
E
BONS ESTUDOS

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