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Competência
Competência da Justiça do Trabalho e
critérios para sua definição Competência Absoluta: quando fixada em razão da matéria, da pessoa ou pelo critério funcional.
A competência absoluta é inderrogável, não podendo
ser modificada.
A incompetência absoluta dever ser declarada de
ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independente de exceção.
Via de regra, é arguida em preliminar da contestação.
Competência da Justiça do Trabalho e critérios para sua definição Competência Relativa: quando fixada em razão do território ou funcional.
A incompetência relativa é arguida por meio
de exceção. Competência Absoluta Material A Competência em razão da MATÉRIA é aquela que decorre da natureza da lide em face do direito material (a matéria objeto do litígio).
Está disciplinada na Constituição Federal de 1988,
artigo 114, alterado pela EC 45/2004. Competência material: Art. 114 , I da CF – EC n. 45/2004
I- Ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos
os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
Com a “Reforma do Judiciário”, a Justiça do Trabalho
passou a ser competente para processar e julgar as ações decorrentes da relação de trabalho e não somente da relação de emprego.
Art. 114, II, da CF
II- Ações que envolvam exercício do direito de greve
Súmula nº 189 do TST
GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ABUSIVIDADE (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.
Obs.: A Justiça do Trabalho não é competente para as ações
penais decorrentes do exercício do direito de greve. AÇÕES POSSESSÓRIAS Ex.: Banco ajuíza interdito proibitório para evitar protestos dentro ou na porta do banco,
AÇÕES INDENIZATÓRIAS decorrentes do exercício
do direito de greve Ex.: trabalhadores quebram maquinários da empresa durante o movimento, e
AÇÕES DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, a fim de
garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade Art. 114, §3º da CF. Em caso de greve em atividade essencial, com
possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito . Art. 114, III, da CF
III- Ações sobre representação sindical, entre
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
Ex.:contribuições sindicais, eleições sindicais, entre
outras.
Obs. Anteriormente a competência para decidir
sobre a representação entre sindicatos era da Justiça Comum. Art. 114, IV, da CF
IV- Os mandados de segurança, habeas
corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Mandado de Segurança
Anteriormente à EC 45/2004, a JT julgava MS
interpostos contra ato judicial e, por conseguinte, eram apreciados pelos Tribunais do Trabalho.
Cabível contra atos de outras autoridades, além das
judiciárias, tais como os auditores fiscais e delegados do trabalho, oficiais de cartório que recusam o registro de entidade sindical e até mesmo de atos praticados por membros do MPT em inquéritos civis.
Ex.: contra ato do auditor fiscal do trabalho ou do
superintendente regional do trabalho na interdição de estabelecimento. Habeas Corpus (CF/88, Art. 5º, LXVIII)
Em matéria laboral, será competente a JT sempre
que houver restrição da liberdade de locomoção do empregado ou trabalhador por parte do empregador ou tomador dos serviços, nos casos de servidão por dívida e movimento grevista. Habeas Data (CF/1988, Art. 5º, LXXII)
Sustenta a doutrina a possibilidade de habeas data
para permitir ao trabalhador, empregado, tomador de serviços ou empregador o conhecimento de informações ou a retificação de dados, constantes de registros ou banco de dados em poder do Estado e do próprio empregador.
Ex.: órgão de fiscalização do trabalho nega
informações sobre processo administrativo em que o empregador está sofrendo penalidade administrativa. Art. 114, V, da CF V- Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o*, da CF
Obs.: Competência do STF (conflitos de competência
entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal) Art. 114, VI, da CF VI- ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
Obs.: ACIDENTE DE TRABALHO:
Reparação por dano moral ou patrimonial = JT As ações acidentárias (lides previdenciárias, envolvendo auxílio doença acidentário = JC Ações Ações Ações acidentárias, acidentárias, regressivas que derivam que derivam propostas pelo do acidente de do acidente de INSS EM FACE trabalho, EM trabalho, EM DO FACE DO FACE DO INSS EMPREGADOR EMPREGADOR
JUSTIÇA DO JUSTIÇA JUSTIÇA
TRABALHO ESTADUAL FEDERAL Súmula n. 392 do TST: DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE
TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO
TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 Súmula vinculante n. 22 STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Os sucessores ou herdeiros do empregado podem ajuizar ação indenizatória por danos morais em face do empregador, com base no acidente de trabalho. A competência também será da Justiça do Trabalho.
Ex. Ações de indenização propostas, pela
viúva e pelos filhos de um trabalhador falecido em decorrência de acidente de trabalho (danos morais), deverão tramitar no âmbito da Justiça do Trabalho. Art. 114, VII, da CF
VII- ações relativas às penalidades administrativas
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho
Obs.: a JT não tem competência para aplicar
multas, mas para as ações relativas à imposição de multas pela fiscalização trabalhista.
Ex.: mandado de segurança contra os fiscais do
trabalho ref. penalidades administrativas. Art. 114, VIII, da CF VIII- execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a”, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.
• Dissídios individuais, pois os coletivos não têm
natureza condenatória. • Sentenças + Acordos homologados • Inclui: juros, correção monetária e multa Art. 114, IX, da CF IX- outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
A Súmula 300 do TST - ações relativas
ao cadastramento no Programa de Integração Social – PIS.
A Súmula 389 do TST –ações indenização pelo não-
fornecimento das guias do seguro-desemprego. Súmula nº 736 STF, ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. Art. 114, IX, da CF
O inciso IX, prevê a chamada competência derivada
da Justiça do Trabalho.
Dois são os requisitos para a competência material
derivada da JT:
1)Existência de uma lide decorrente da relação de
trabalho;
2)Inexistência de lei afastando expressamente que a
competência para apreciar esta lide é da JT. Competência Relativa Territorial
É a competência que considera o espaço
geográfico onde atua o órgão jurisdicional.
O regramento da competência territorial tem
previsão no art. 651 da CLT.
Os dissídios coletivos devem ser propostos
perante o TRT onde o sindicato tem base territorial. Foro de eleição
O FORO DE ELEIÇÃO É INAPLICÁVEL NO
PROCESSO DO TRABALHO. Classificação da competência territorial das Varas do Trabalho
A regra geral na Justiça do Trabalho é de que a
competência é fixada pelo caput do art. 651 da CLT.
Para ajuizamento da ação trabalhista o último
local em que o empregado prestou serviços ao empregador, ainda que o empregado tenha sido contratado em outra localidade ou no estrangeiro. A regra geral do caput art. 651 CLT, que fixa a competência em função da prestação do serviço, comporta algumas exceções.
Uma delas está no § 1º do art. 651 da CLT.
Classificação da competência territorial das Varas do Trabalho
Art. 65, § 1º da CLT
Quando se tratar de empregado agente ou viajante
comercial:
A competência será da Vara da localidade em que a
empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou localidade mais próxima. Classificação da competência territorial das Varas do Trabalho Art. 651 § 2º da CLT
De empregado brasileiro que trabalhe no
estrangeiro:
A competência territorial das Varas estende-se
às lide ocorridas em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Quanto a Vara do Trabalho competente, doutrina e jurisprudência divergem entre sede ou filial da empresa, o do local da contratação ou domicílio do empregado.
Prevalecendo, de certo modo, que a competência
será do local em que a empresa tenha sede ou filial no Brasil.
Havendo convenção internacional estabelecendo o
foro competente, não se aplica a regra do art. 651, § 2º da CLT. Classificação da competência territorial das Varas do Trabalho Art.651, §3º da CLT
De empresa que promova atividade fora da
celebração do contrato:
É assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.