Comunismo no Brasil
O comunismo no Brasil está presente, desde o século XX, como uma vertente de pensamento e ação política, consubstanciada em movimentos sociais, na atuação de partidos políticos e na produção intelectual de diversos autores marxistas.[1] Atualmente, há, no Brasil, seis partidos que se assumem comunistas: o Partido Comunista Brasileiro (PCB)[2] e sua ala juvenil União da Juventude Comunista (UJC),[3] o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e sua juventude, Rebeldia - Juventude da Revolução Socialista [4], o Partido da Causa Operária (PCO) e a Unidade Popular pelo Socialismo (UP), com seu setor de juventude União da Juventude Rebelião [5], partidos que tem o punho erguido, a foice e o martelo, e heráldicas comunistas, como seus símbolos. O sexto partido, ainda não legalizado, é o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)[6], fruto de uma cisão com o PCB [7] e que disputa o nome da juventude pecebista, UJC.
Princípio
[editar | editar código-fonte]O movimento foi influenciado desde o fim do século XIX pela chegada de ideias anarquistas no Brasil chegando ao auge com a greve geral de 1917,[8] depois cresceu com a fundação do Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista (PCB) em 1922.[9] até a sua consolidação na luta contra o fascismo no período entreguerras, a repressão durante do governo de Getúlio Vargas[10] depois da Intentona Comunista de 1935, o seu apoio clandestino ao envolvimento brasileiro na Segunda Guerra Mundial[11] e a sua reconstrução progressiva e gradual[12][13] na Bahia em torno de intelectuais em sua maioria baianos e nordestinos em geral como Jorge Amado, Carlos Marighella, Aristeu Nogueira, Diógenes Arruda Câmara, Leôncio Basbaum, Alberto Passos Guimarães, Maurício Grabois, Graciliano Ramos, Osvaldo Peralva e Armênio Guedes[14] até uma nova proibição durante do governo Eurico Gaspar Dutra durante o auge da sua influência no sindicalismo seja ele rural[15] ou urbano e também no funcionalismo público havendo o racha do Partido em 1962 por conta de uma fração maoista.[16] Discordando das diretrizes do partido de buscar a revolução urbana-burguesa[17][18] como prioridade em detrimento da oposição inegociável ao governo questionada a princípio por pessoas como Jacob Gorender e voltando a legalidade durante o governo de Jânio Quadros quando o Partido se recusa a se valer da violência para alcançar seus objetivos políticos.[19]
Golpe de 64 e abertura política
[editar | editar código-fonte]Durante a ditadura militar e o AI-5, o PCB da linha soviética de maneira tardia e despreparada[20] organizou um congresso e decidiu em 1967 que apoiaria a articulação das manifestações contra a lei marcial enquanto o PCdoB estava articulando a guerrilha, sendo que durante o governo militar de 1974 a 1976, prenderam quase 700 militantes infiltrados e mataram mais de 20 dirigentes comunistas de alto escalão, obrigando o Partido a solução da clandestinidade e do exílio, sendo que Luís Carlos Prestes se afasta da direção do partido,[21] passando o comando para o Giocondo Dias. Mesmo com a abertura política de João Figueiredo, houve detenções de comunistas que estavam viajando para a União Soviética quando voltavam.[19] A dramaturgia, o roteiro de novelas e o cinema brasileiros foram fortemente influenciados por autores comunistas militantes, apesar da falta de experiência de seus militantes,[22] a vigilância dos membros soltos pela polícia durante os tempos de perseguição e a desconexão dos exilados com relação à realidade do terreno.[23][24] Apesar da repressão durante a ditadura militar, havia uma forte penetração de comunistas no sindicalismo como no caso da VW que era a maior empresa do país na época.[25] Durante a campanha das diretas já,[26] o PCB apoiou firmemente o movimento social em pauta[27] e quando começaram as greves de 1978-1980 no ABC Paulista, o Partido dos Trabalhadores (PT) cresceu as custas de uma fraca reflexão histórica, política e metodológica do Brasil,[28] lideranças inexperientes sejam elas marxistas ou não e de um PCB fraco que não se adaptou as mudanças.[29] A medida que nos anos 90 o PT vai galgando cargos em governos estaduais e municipais, ele se cede as ferramentas da política tradicional e desilude seus antigos membros comunistas restantes que desligam-se dele[30] criando assim uma nova tradição social-democrata voltada para países dependentes do Primeiro Mundo.[31] Nos anos 90, parte da direção tentou eliminá-lo por votação de não filiados, mas não conseguiu.[1]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Segundo o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, doutor em história pela USP e professor do Departamento de História da UFMG, o Brasil nunca esteve perto do comunismo, nem mesmo em 1964, ano de início da ditadura militar no Brasil. Numa entrevista, afirmou:
“ | Se o regime político instaurado em 1964 era popular e tinha apoio majoritário da população, por que diabos necessitou de mecanismos autoritários para se manter no poder?". E completa: “Consideremos por um momento, apenas para construir raciocínio hipotético, que havia séria ameaça comunista e a intervenção militar visava defender a democracia contra o totalitarismo (reitero que considero tais argumentos sem fundamento). Se assim fosse, qual a justificativa, então, para terem instalado uma ditadura e se aboletarem no poder durante duas décadas? Porque não entregaram o poder aos civis depois de derrotada a “ameaça | ” |
— Rodrigo Patto Sá Motta |
O historiador afirma ainda que a ideia de dizer que houve tais ameaças seria para intensificar uma campanha de grupos de direita em defesa daquele período e de dar legitimidade a um governo comandado por militares. Em outro trecho, afirma:
“ | "...a grande imprensa e outras instituições fizeram forte barragem discursiva em favor da queda de Goulart, em que mobilizaram à exaustão o tema do perigo vermelho (comunistas) para incrementar o clima de pânico. O certo é que ao sair dos quartéis as Forças Armadas desequilibraram a situação e promoveram a derrubada de Goulart, por isso seu papel foi essencial no golpe." | ” |
— Rodrigo Patto Sá Motta |
Uma reportagem do jornal The Intercept Brasil afirma que as supostas guerrilhas de Jango, o armamento em posse das Ligas Camponesas (o MST da época) e as infiltrações comunistas nas forças armadas não passavam de fantasia, e que o golpe de 64 ocorreu sem resistência, pois "resistência não havia". Além disso, as lutas armadas comunistas só apareceram após a implementação da ditadura, e não antes dela, e, na verdade, nunca colocaram em risco a democracia brasileira.[32][33]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
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- ↑ A influência de outros movimentos de esquerda anteriores e contemporâneos ao PCB era residual, vide: DULLES, J. W F. Anarquistas e Comunistas no Brasil – 1900-1930. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977; KOVAL, B. História do Proletariado Brasileiro.São Paulo: Alfa Omega, 1982.
- ↑ Reivindicações trabalhistas eram requeridas por anarquistas antes de 1922, mas só foram alcançadas depois da luta organizada do PCB durante o governo Vargas que teve de responder a estas demandas, vide: FONSECA, P. C. D. Vargas, o Capitalismo em Construção. São Paulo: Nova Fronteira, 1987. Outras conquistas trabalhistas serão efetuadas no governo João Goulart por reivindicação também do PCB como o direito ao 13º salário, vide: TELLES, J. O Movimento Sindical no Brasil. São Paulo: Ciências Humanas, 1981 e LCP (entrevistas concedidas por Luiz Carlos Prestes a Anita Leocadia Prestes e Marly de Almeida Gomes Vianna, gravadas em fita magnética e transcritas; RJ, 1981-83). LCP, fita nº XV.
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- ↑ (Prestes, 2001: cap.IX)
- ↑ O Partido retomará a legalidade ao seguir a diretriz soviética de 1945 de não enfrentar governos progressistas, vide: (Carone, 1982: 3-4) (Prestes, 2001: cap.IX)
- ↑ CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DO PCB NAS LUTAS NO CAMPO: UM BREVE BALANÇO DA ATUAÇÃO DO PCB JUNTO AOS CAMPONESESRonilson Barboza de Sousa
- ↑ Mais tarde esta facção passará a defender a luta armada durante o regime militar, vide: (Marighella, 1979: 49, 58, 63, 104)
- ↑ Duas táticas e uma mesma estratégia – Do ‘Manifesto de Agosto de 1950’ à ‘Declaração de Março de 1958 Anita Leocádia Prestes.
- ↑ Ambos os partidos comunistas herdeiros desta época reconheceram que esta atitude foi um erro por conta da traição efetuada pelo capitalismo nacional monopolista, vide: Descaminhos da Revolução Brasileira: o PCB e a construção da estratégia nacional-libertadora (1958-1964), (Prestes, L.C., 1980: 12), (Prestes, 2010: 162), (Prestes, 2010: 55-59) e Caio Prado Jr. A Revolução Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
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- ↑ Prestes sai do partido por conta do apoio moderado ao movimento, mas é rejeitado pelo PT, vide:Ecos à Carta de Prestes, n. 2, maio/1980 e Arquivos do Dops dizem que Lula barrou a entrada de Luís Carlos Prestes no PT
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Bibliografia
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- Giocondo Dias – uma vida na clandestinidade
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- Octávio Brandão and the intelectual matrices of Communism in Brazil
- Descaminhos da Revolução Brasileira: o PCB e a construção da estratégia nacional-libertadora (1958-1964)
- Estado, Democracia e Socialismo no Pensamento Comunista Brasileiro:o caso dos partidos comunistas: PCB e PC do B
- As transformações do PCB e a democracia Brasileira
- Astrojildo Pereira: o dilema da nacionalização do marxismo no Brasil
- O Ano Vermelho
- Octavio Brandão e o confisco da memória: nota à margem da história do comunismo brasileiro
- O Manifesto Comunista e sua recepção no Brasil
- O Brasil dos gramscianos
- Buonicore: Astrojildo Pereira e a gênese do comunismo no Brasil *
- Um pouco da história da esquerda
- O marxismo (ou o “marxismo”) no curso de mestrado em história da Universidade Federal Fluminense (1974-1978)
- UMA ESQUERDA PARA O CAPITAL
- “Esses chamados intelectuais de esquerda”: o IPM do PCB e o fenômeno do comunismo na produção cultural do pós-golpe
- Octávio Brandão nas origens da esquerda do Brasil
- A lei do desenvolvimento desigual e combinado de León Trotsky e a intelectualidade brasileira
- Trotsky e os estudos sobre o populismo brasileiro
- NOS PRIMÓRDIOS DO PCB
- AS AVENTURAS DO MARXISMO NO BRASIL
- E. P. Thompson no Brasil: recepção e usos
- Anos 1960: Caio Prado Jr. e "A Revolução Brasileira"
- O MARXISMO BRASILEIRO (1922-1969): A VOCAÇÃO STALINISTA DA TEORIA DA TRANSIÇÃO
- A AVENTURA BRASILEIRA DO MARXISTA CAIO PRADO JR
- CAIO PRADO JR. E A NACIONALIZAÇÃO DO MARXISMO NO BRASIL
- A produção social do marxismo universitário em São Paulo: mestres, discípulos e "um seminário" (1958-1978)
- OS VENTOS QUE SOPRARAM DO LESTE: O PCB ENTRE O FIM DA HISTÓRIA E O MARXISMO
- Anotações sobre a história do marxismo no Brasil
- Duas gerações de intelectuais pecebistas
- A RENOVAÇÃO PECEBISTA DOS ANOS 80
- O marxismo de Caio Prado Jr.
- A PRÉ-HISTÓRIA DE GRAMSCI NO BRASIL (1927-1974)
- O DEBATE AGRÁRIO NA REVISTA BRASILIENSE
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Vídeo: 100 anos de comunismo no Brasil, 10 de julho a agosto de 2021.
- Aula 1. Introdução geral ao curso. A fundação do Partido Comunista (antecedentes, o congresso, as resoluções). Prof. Valter Pomar.
- Aula 2. Anos 1920. O Partido Comunista e a Internacional Comunista nos anos 1920. Profª Marly Viana.
- Aula 3. O Partido Comunista frente a Revolução de 1930 e a contrarrevolução de 1932. Prof. Breno Altman.
- Aula 4. O Partido Comunista durante a ditadura Vargas. Profª Moara Crivelente.
- Aula 5. Legalidade, participação nas eleições, na Constituinte e cassação do mandato. Profª Ana Prestes.
- Aula 6. Do manifesto de janeiro de 1947 à declaração de março de 1958. Prof. Breno Altman.
- Aula 7. Do V congresso à cisão de 1962. Prof. Valter Pomar.
- Aula 8. O PCB e o golpe de 1964. O VI Congresso do PCB e as cisões da luta armada. Profª Dulce Pandolfi.
- Aula 9. O PCdoB e o golpe de 1964. A sexta conferência, as cisões. Prof. José Reinaldo. Prof. José Reinaldo Carvalho.
- Aula 10. A luta armada urbana e o Araguaia. Parte 1. Prof. Valter Pomar. Parte 2. Prof. Wladimir Pomar.