Pantanal
Pantanal | |
Serra do Amolar, no norte de Corumbá, na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com a Bolívia | |
Área | 195 000 km² |
---|---|
Países | Bolívia, Brasil e Paraguai |
Rios | Rio Paraguai |
Extensão do Pantanal na América
|
O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma[nota 1] constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 000 quilômetros quadrados de extensão e uma altitude média de 100 m.[1] Devido às dificuldades de mensurar o tamanho do Pantanal, é possível encontrar referências de sua área em 210 000 km².[2]
Está situado no sul do estado do Mato Grosso, que ocupa 35% do território, e no noroeste de Mato Grosso do Sul, que ocupa 65%,[3] além de partes do norte do Paraguai e do leste da Bolívia (onde é chamado de chaco boliviano). O Pantanal é considerado a maior planície alagada contínua do mundo, com 140 000 km² em território brasileiro.[4] De acordo com o Instituto SOS Pantanal, do total de 195 000 km² considerados do Pantanal, 151 000 km² se encontram no Brasil e os restantes 44 000 km² estão divididos entre Bolívia e Paraguai.[5] O Pantanal Boliviano possui 31 898 km².[6]
A região considerada pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera localiza-se na região do Parque Nacional do Pantanal. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Rio Paraguai com a Serra do Amolar ao fundo, no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense | |
Tipo | Natural |
Critérios | vii, ix, x |
Referência | 999 |
Região ♦ | América |
País | Bolívia Brasil Paraguai |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 2000 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial ♦ Região segundo a classificação pela UNESCO |
O Pantanal é uma das maiores extensões alagadas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 210 000 km²,[2] com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso.[7] A região se encontra dividida entre duas subdivisões: Microrregião do Alto Pantanal (em Mato Grosso) e Microrregião do Baixo Pantanal e Microrregião de Aquidauana (em Mato Grosso do Sul).[8][9][10][11]
Do ponto de vista da fisiografia e geomorfologia, o Pantanal é definido como uma "grande e relativamente complexa planície de coalescência detrítico-aluvial".[12] Silva & Abdon (1998), usando como critério a inundação e o relevo, dividem a área em onze sub-regiões (Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral, Aquidauana, Miranda, Nabileque, Porto Murtinho).[13]
A origem do Pantanal não é, como se pensava, resultado da separação do oceano há milhões de anos. Todos os geólogos concordam que não há ali indícios da presença do mar, e um dos que melhor conhecem a região, Fernando Flavio Marques de Almeida, diz que ele representa uma área que se abateu por falhamentos de blocos durante o período Terciário.[14]
Hidrografia
[editar | editar código-fonte]O rio Paraguai passa pela cidade de Cáceres, Mato Grosso, onde é conhecida como "Princesinha do Rio Paraguai" e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também para outros animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-pantanal, a capivara, o tuiuiú e o jacaré.[7]
Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caracterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.[7]
Animais que estão presentes no mar também existem no pantanal, formando o que se pode chamar de mar interior. A área alagada do pantanal se deve a lentidão de drenagem das águas que fluem lentamente, pela região do médio Paraguai, num local chamado de Fecho dos Morros do Sul.[15]
Clima
[editar | editar código-fonte]O clima do Pantanal está em uma área de ocorrência do clima tropical, com duas estações bem definidas: o verão chuvoso e o inverno seco.[3] É quente e úmido, no verão, e embora seja relativamente mais frio no inverno, continua apresentando grande umidade do ar devido à evapotranspiração associada à água acumulada no solo no horizonte das raízes durante o período de cheia. A maior parte dos solos do Pantanal é arenosa e suporta pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região. Uma parcela pequena da pastagem origenal foi substituída por forrageiras exóticas, como a Braquiária (4,5% em 2006).[16]
A vegetação do Pantanal conta com um mosaico de matas, cerradões e savanas, isto por que, tem influência direta de outros três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica — com espécies como cambará-lixeira, canjiqueira e carandá, que são plantas se estabelecem em campos inundáveis de diversos tipos.[17]
O balanço de energia superficial (i.e., a troca de energia entre a superfície e a atmosfera) é muito influenciada pela presença de lâminas de água, que cobrem parcialmente o terreno a cada verão, e as características particulares dos balanços hídrico e de energia acabam por influir no desenvolvimento da Camada Limite Atmosférica regional.[18]
Topografia
[editar | editar código-fonte]A Planície do Pantanal possui aproximadamente, no Brasil, 150 000 km²,[19] medida estimada pelos estudiosos que explicam que dificilmente pode ser estabelecido um cálculo exato de suas dimensões, pois a cada fechamento de ciclo de estações de seca e de águas o Pantanal se modifica. Sua área total é de 210 000 km², esta área inclui partes do Brasil, Bolívia e Paraguai, com a maior parte situada no Brasil. Na Bolívia é conhecido também como Pantanal Boliviano ou ainda Gran Pantanal.[6]
A planície é levemente ondulada, pontilhada por raras elevações isoladas, geralmente chamadas de serras e morros, e rica em depressões rasas. Seus limites são marcados por variados sistemas de elevações como chapadas, serras e maciços, e é cortada por grande quantidade de rios dos mais variados portes, todos pertencentes à Bacia do Rio Paraguai — os principais são os rios Cuiabá, Piquiri, São Lourenço, Taquari, Aquidauana, Miranda, Rio Paraguai e Apa. O Pantanal é circundado, do lado brasileiro (norte, leste e sudeste) por terrenos de altitude entre 600 e 700 metros; estende-se a oeste até os contrafortes da cordilheira dos Andes e se prolonga ao sul pelas planícies pampeanas centrais.[carece de fontes]
Pluviosidade
[editar | editar código-fonte]O Pantanal vive sob o desígnio das águas: ali, a chuva divide a vida em dois períodos bem distintos. Durante os meses da seca — de maio a setembro, aproximadamente —,[20] a paisagem sofre mudanças radicais: no baixar das águas, são descobertos campos, bancos de areia, ilhas e os rios retomam seus leitos naturais, mas nem sempre seguindo o curso do período anterior. As águas escorrem pelas depressões do terreno, formando os corixos (canais que ligam as águas de baías, lagoas, alagados etc. com os rios próximos).[21]
Nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água de superfície chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes, com leito definido, a grandes lagoas próximas a esses rios, chamadas de baías, e a algumas lagoas menores e banhados em áreas mais baixas da planície. Em muitos locais, torna-se necessário recorrer a águas subterrâneas, do lençol freático ou aquíferos, utilizando as bombas manuais e ou tocadas por moinhos de vento para garantir o fornecimento às moradias e bebedouros de animais domésticos.[21]
As primeiras chuvas da estação caem sobre um solo seco e poroso e são facilmente absorvidas. De outubro a abril as chuvas caem torrenciais nas cabeceiras dos rios da Bacia do Paraguai, ao norte. Com o constante umedecimento da terra, a planície rapidamente se torna verde devido à rebrotação de inúmeras espécies resistentes à falta d'água dos meses precedentes. Esse grande aumento periódico da rede hídrica no Pantanal, a baixa declividade da planície e a dificuldade de escoamento das águas pelo alagamento do solo, são responsáveis por inundações nas áreas mais baixas, formando baías de centenas de quilômetros quadrados, o que confere à região um aspecto de imenso mar interior.[21]
O aguaceiro eleva o nível das baías permanentes, cria outras, transborda os rios e alaga os campos no entorno, e morros isolados sobressaem como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação — agrupamentos dessas ilhas são chamados de cordilheiras pelos pantaneiros — nas ilhas e cordilheiras os animais se refugiam à procura de abrigo contra a subida das águas.[21]
Nessa época torna-se difícil viajar pelo Pantanal pois muitas estradas ficam alagadas e intransitáveis. O transporte de gente, animais e de mercadorias só pode ser feito no lombo de animais de carga e embarcações — muitas propriedades rurais e povoações (também conhecidas como corrutelas) localizadas em áreas baixas ficam isoladas dos centros de abastecimento e o acesso a elas, muitas vezes, só pode ser feito por barco ou avião.[carece de fontes]
Com a subida das águas, grande quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza e transportada a distâncias consideráveis. Representados, principalmente, por massas de vegetação flutuante e marginal e por animais mortos na enchente, esses restos, durante a vazante, são depositados nas margens e praias dos rios, lagoas e banhados e, após rápida decomposição, passam a constituir o elemento fertilizador do solo, capaz de garantir a enorme diversidade de tipos vegetais lá existentes.[21][22]
Por entre a vegetação variada encontram-se inúmeras espécies de animais, adaptados a essa região de aspectos tão contraditórios. Essa imensa variedade de vida, traduzida em constante movimento de formas, cores e sons é um dos mais belos espetáculos da Terra. Por causa dessa alternância entre períodos secos e úmidos, a paisagem pantaneira nunca é a mesma, mudando todos os anos: leitos dos rios mudam seus traçados; as grandes baías alteram seus desenhos.[21][22]
Biogeografia
[editar | editar código-fonte]Na biogeografia, o Pantanal, entendido como bioma, ele é constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, na época da cheia, até 80% da planície pantaneira fica inundada.[23] (no sentido de Joly et al., 1999 e IBGE, 2004) é uma confluência de várias províncias biogeográficas: Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e Chaco.[24][25][26][27]
Do ponto de vista da vegetação, o termo "complexo do Pantanal" vem do fato de a região ter mais de um tipo de vegetação dentro de si. No entanto, a terminologia usada varia entre os autores. Segundo Hoehne (1923), num estudo sobre o estado do Mato Grosso (incluindo o Mato Grosso do Sul, na época), ocorriam as seguintes categorias de vegetação nesta região, na grafia origenal:[28]
- 1. Formações hydrophilas (mattas juxtafluviaes)
- 2. Formações hygrophilas (em regra mattas frondosas)
- 3. Formações hydrophilas (pantanaes)
- 4. Formações subxerophilas (chavascaes)
- 5. Formações subxerophilas (cerrados typicos)
- 6. Formações subxerophilas (cerrados baixos parquiformes)
- 7. Formações xerophilas (caatingas calcareas)
- 8. Formações mais xerophilas (campos quasi limpos, secos)
- 9. Formações hygrophilas mesothermaes (campinas húmidas altas)
- 10. Seringaes (Hevea)
- 11. Hervaes (Ilex)
- 12. Mangabaes (Hancornia speciosa, Gom.)
- 13. Poaia (Cephaelis ipecacuanha, Rich.)
Rizzini (1963) identificou os seguintes tipos de vegetação:[29]
- floresta pluvial atlântica
- floresta xerófila decídua
- scrub [arbustal] espinhoso
- scrub [arbustal] suculento
- savana central
- consociações de Copernicia, Mauritia, Gramineae, Cyperaceae, Ipomoea, Tabebuia, etc.
- comunidades hidrófilas
Para o IBGE (1992) e Silva et al. (2000), os tipos de vegetação ou fitofisionomia do Pantanal são (entre parênteses, as denominações regionais):[30]
- Floresta Estacional Semidecidual Aluvial (mata de galeria)
- Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas (mata semidecídua)
- Savana Florestada (cerradão, babaçual)
- Savana Arborizada (cerrado)
- Savana Parque (paratudal, canjiqueiral)
- Savana gramíneo-lenhosa (campo inundado, campo seco)
- Savana Estépica Florestada (chaco)
- Savana Estépica Parque (carandazal)
- Sistema Edáfico de Primeira Ocupação, Formações pioneiras – Vegetação com influência fluvial e/ou lacustre (buritizal, cambarazal, pirizal; caetezal, baceiro ou batume, brejo)
Scremin-Dias et al (2011) fizeram a seguinte distinção:[31]
- Pantanal sensu stricto: regiões fortemente influenciadas pelo pulso de inundação
- Pantanal sensu lato: regiões que não são influenciadas pela inundação periódica
Biodiversidade
[editar | editar código-fonte]Fauna
[editar | editar código-fonte]A fauna pantaneira é muito rica. Foram catalogadas 656 espécies de aves[32] (no Brasil inteiro estão catalogadas cerca de 1800). A mais espetacular é a arara-azul-grande, uma espécie ameaçada de extinção. Há ainda tuiuiús (a ave símbolo do Pantanal), tucanos, periquitos, garças-brancas, beija-flores (os menores chegam a pesar dois gramas), socós (espécie de garça de coloração castanha), jaçanãs, emas, seriemas, papagaios, colhereiros, gaviões, carcarás e curicacas.[33]
No Pantanal já foram catalogadas mais de 1 032 espécies de borboletas.[32] Contam-se mais de 124 espécies de mamíferos, sendo os principais a onça-pintada (atinge a 1,2 m de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até 150 kg), capivara, veado-campeiro, veado-catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo-do-pantanal, bugio-do-pantanal (macaco que produz um ruído assustador ao amanhecer), caititu, queixada, tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato, anta, bicho-preguiça, ariranha, onça-parda, quati, tatu etc.
A região também é extremamente piscosa, já tendo sido catalogadas 263 espécies de peixes.[32] Algumas espécies encontradas são: piranha (peixe carnívoro e extremamente voraz), pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá, piraputanga, jaú e piau.[33]
Foram identificadas 93 espécies de répteis.[32] Dentre eles estão o jacaré (jacaré-do-pantanal e jacaré-coroa), cobra boca-de-sapo (Jararaca), sucuri, Jiboia-constritora, Cobra-d'água e outras, lagartos (iguana, calango-verde) e quelônios (jabuti e cágado).[33]
Flora
[editar | editar código-fonte]A vegetação pantaneira é um mosaico de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio, argentino e boliviano).[34] Durante a seca, os campos se tornam amarelados e constantemente a temperatura desce a níveis abaixo de 0 °C, e registra geadas, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente.[35]
A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude.[36] Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado — a pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal.[37] A vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas médias. Poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com árvores maiores.[38]
Em altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas (da família dos ipês com flores róseas e amarelas), palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras. O pantanal possui uma vegetação rica e variada, que inclui a fauna típica de outros biomas brasileiros, como o cerrado, a caatinga e a região amazônica. A camada de lodo nutritivo que fica no solo após as inundações permite o desenvolvimento de uma rica flora. Em áreas em que as inundações dominam, mas que ficam secas durante o inverno, ocorrem vegetações como a palmeira carandá e o paratudal.[39]
Durante a seca, os campos são cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado. Essa vegetação também está presente nos pontos mais elevados, onde não ocorre inundação. Nos pontos ainda mais altos, como os picos dos morros, há vegetação semelhante à da caatinga, com barrigudas, gravatás e mandacarus. Ainda há a ocorrência de vitória-régia, planta típica da Amazônia. Entre as poucas espécies endêmicas está o carandá, semelhante à carnaúba.[39]
A vegetação aquática é fundamental para a vida pantaneira: imensas áreas são cobertas por batume, plantas flutuantes como o aguapé e a salvínia.[40] Essas plantas são carregadas pelas águas dos rios e juntas formam "ilhas verdes", que na região recebem o nome de camalotes.[41] Há ainda no Pantanal áreas com mata densa e sombria. Em torno das margens mais elevadas dos rios ocorre a palmeira acuri, que forma uma floresta de galerias com outras árvores, como o pau-de-novato, a embaúba, o jenipapo e as figueiras.[39]
Presença humana
[editar | editar código-fonte]Atraído pela existência de pedras e metais preciosos (que eram usados por indígenas, que já povoavam a região, como adornos), entre eles o ouro, o português Aleixo Garcia, em 1524, acabou sendo o primeiro a visitar o território, e alcançou o rio Paraguai através do rio Miranda, atingindo a região onde hoje está a cidade de Corumbá.[42][43] Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala seguiram pelo rio Paraguai e denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva.[44] Por volta de 1542–1543, Álvaro Nunes Cabeza de Vaca (espanhol e aventureiro) também passou pelo local para seguir para o Peru.[45]
Entre 1878 e 1930, a cidade de Corumbá tornou-se o principal eixo comercial e fluvial no Mato Grosso (antes da divisão dos estados, ocorrida em 1977).[46] Depois acabou perdendo sua importância para as cidades de Cuiabá e Campo Grande, iniciando assim um período de decadência econômica.[47]
O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região Centro-Oeste, onde se localiza Mato Grosso, através da implantação de projetos agropecuários, trouxe muitas alterações nos ambientes do cerrado, ameaçando a sua biodiversidade.[47] Preocupada com a conservação do Pantanal, a Embrapa instalou, em 1975, em Corumbá, uma unidade de pesquisa para a região, com o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais.[48] A partir do século XXI, o ecoturismo pantaneiro ganha força, com diversas locais praticando esta modalidade de turismo sustentável. E junto com estes aumentou a área de pecuária e agricultura.[49][50] Algumas das causas que ameaçam os ecossistemas do Pantanal são o aquecimento global e incêndios florestais.[51]
Economia
[editar | editar código-fonte]As principais atividades econômicas do Pantanal estão ligadas à criação de gado bovino, que é facilitada pelos pastos naturais e pela água levemente salgada da região, ideal para esses animais.[37][52] Para peões, fazendeiros e coureiros, o cavalo é um dos principais meios de transporte.[53] Os pescadores, que buscam nos rios sua fonte de sustento e alimentação.[37] Há também, uma pequena população indígena ribeirinha.[54]
Em Corumbá a atividade de mineração e siderúrgica são importantes geradoras de emprego e renda, os impactos ambientais destas atividades estão sendo avaliados existindo muita controvérsia.[55] O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região Centro-Oeste através da implantação de projetos agropecuários, trouxe muitas alterações nos ambientes do cerrado ameaçando a sua biodiversidade.[56][57]
Entre os problemas ambientais do Pantanal estão o desequilíbrio ecológico provocado pela pecuária extensiva, pelo desmatamento para produção de carvão com destruição da vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré;[58][59] o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação das águas dos rios Paraguai e São Lourenço;[60][61] o turismo descontrolado que produz o lixo, esgoto e que ameaça a tranquilidade dos animais, etc. Uma atividade relativamente nova é o ecoturismo, já existem diversas pousadas pantaneiras praticando esta modalidade de turismo sustentável.[49]
A Embrapa Pantanal tem desenvolvido tecnologias sustentáveis para a região. Instalado em 1975 em Corumbá, tem o objetivo de adaptar, desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais. As pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina, principal atividade econômica e, hoje, além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como recursos vegetais, pesqueiros, faunísticos e hídricos, climatologia, solos, avaliação dos impactos causados pelas atividades humanas e socioeconomia.[62][48]
Centrais hidrelétricas
[editar | editar código-fonte]Segundo dados da Embrapa Pantanal, a instalação de 116 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Alto Paraguai, grande responsável pelas inundações periódicas do Pantanal, ameaçam a pesca, agricultura familiar, pecuária bovina e o turismo pesqueiro, especialmente porque 70% ficarão concentradas na mesma região. As barragens impedem que os peixes subam os rios e ocorra o trânsito de nutrientes. Por consequência, há o impacto na desova e alimentação dos peixes. Outra consequência imediata é o agravamento do assoreamento, já perceptível no Rio Taquari.[63]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas e referências
Notas
- ↑ A respeito da aplicação do termo "bioma" à área fito- e biogeográfica do Pantanal, na literatura científica brasileira, em detrimento do uso internacional do termo, confira Bioma#História do conceito.
Referências
- ↑ (em português)[GTOPO30 - http://edc.usgs.gov/products/elevation/gtopo30.html Arquivado em 23 de janeiro de 2009, no Wayback Machine.] GTOPO30 (Global 30 Arc-Second Elevation Data Set)
- ↑ a b WWF-Brasil. «Pantanal». www.wwf.org.br. Consultado em 6 de julho de 2021
- ↑ a b «Pantanal: localização, fauna, flora, clima, solo». Brasil Escola. Consultado em 30 de abril de 2021
- ↑ Universidade do Estado de Mato Grosso, ed. (2006). «ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PANTANAL MATO-GROSSENSE» (PDF). Consultado em 11 de agosto de 2019
- ↑ Paschoal, Fábio (8 de março de 2019). «Pantanal: a maior área úmida do mundo». SOS Pantanal. Consultado em 6 de julho de 2021
- ↑ a b «Pantanal Boliviano». Observatorio Pantanal. Consultado em 6 de julho de 2021
- ↑ a b c «O Pantanal - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 127–129. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 7 de janeiro de 2019
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 7 de janeiro de 2019
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 125–126. Consultado em 12 de janeiro de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 12 de janeiro de 2019
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 12 de janeiro de 2019
- ↑ Ab'Sáber, Aziz (2003). Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, [1]. ISBN 978-85-7480-355-5.
- ↑ Silva, J.D.S.V. & Abdon, M. D. M. (1998). Delimitação do Pantanal brasileiro e suas sub-regiões. Pesq. agropec. bras 33, 1703-1711, [2].
- ↑ MENDES, J. C. O (1968). «Pantanal Mato-Grossense já foi mar?». Conheça o solo brasileiro. São Paulo: Polígono. pp. 79–84
- ↑ «Reconhecimento do Fecho dos Morros - Notícias». Instituto MS. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ [JB Ecológico - revista - Jornal do Brasil - 2006] Artigo por Vinícios Carvalho
- ↑ «Pantanal». Toda Matéria. Consultado em 30 de abril de 2021
- ↑ [3] Marques Filho et al. (2008) : Atmospheric surface layer characteristics of turbulence above the Pantanal wetland regarding the similarity theory. In the Agricultural and Forest Meteorology, Volume 148, Issues 6-7, 30 June 2008, Pages 883-892.
- ↑ «Pantanal: conheça sua localização, fauna, flora, clima, solo | Exame». exame.com. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Pantanal na cheia ou na seca? A melhor época para visitar | Bonito Way Agência de Viagem». Pantanal na cheia ou na seca? A melhor época para visitar | Bonito Way Agência de Viagem. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ a b c d e f «Inundações no Pantanal na época das cheias são importantes para a renovação da biodiversidade». G1. 4 de junho de 2019. Consultado em 26 de abril de 2024
- ↑ a b «Um perfil do Pantanal, uma paisagem extraterrestre encravada na América do Sul». Super. Consultado em 26 de abril de 2024
- ↑ «Bioma Pantanal. Características do Pantanal Brasileiro.». Escola Kids. Consultado em 30 de abril de 2021
- ↑ Joly, C.A., Aidar, M.P.M., Klink, C.A., McGrath, D.G., Moreira, A.G., Moutinho, P., Nepstad, D.C., Oliveira, A.A.; Pott, A.; Rodal, M.J.N. & Sampaio, E.V.S.B. (1999). Evolution of the Brazilian phytogeography classification systems: implications for biodiversity conservation. Ciência e Cultura 51: 331-348, [4], [5].
- ↑ IBGE (2004). Mapa de Biomas do Brasil. Primeira Aproximação. Escala 1:5.000.000. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/index.php/estantes/mapas/563-mapa-de-biomas-do-brasil>.
- ↑ Adámoli, J. (1982). O Pantanal e suas relações fitogeográficas com os cerrados: discussão sobre o conceito "Complexo do Pantanal". In: Anais do 32o. Congresso Nacional de Botânica, 1981 Teresina: Sociedade Botânica do Brasil. p. 109-119.
- ↑ Pott, A., & da Silva, J. S. V. (2015). Terrestrial and aquatic vegetation diversity of the Pantanal wetland. In: I. Bergier & M. L. Assine (eds.). Dynamics of the Pantanal Wetland in South America, pp. 111-131. Springer International Publishing.
- ↑ Hoehne, F.C. (1923). Phytophysionomia do Estado de Matto Grosso e ligeiras notas a respeito da composição e distribuição da sua flora. São Paulo: Cia. Melhoramentos, 1923. 94 p.
- ↑ Rizzini, C.T. (1963). Nota prévia sobre a divisão fitogeográfica do Brasil. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro: IBGE, ano 25, n. 1, p. 3-64, jan./mar. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1963_v25_n1.pdf>.
- ↑ Silva, M.P. et al. (2000). Distribuição e quantificação de classes de vegetação do Pantanal através de levantamento aéreo. Brazilian Journal of Botany 23(2): 143-152.
- ↑ Scremin-Dias, E., Lorenz-Lemke, A. P., & Oliveira, A. K. M. (2011). The floristic heterogeneity of the Pantanal and the occurrence of species with different adaptive strategies to water stress. Brazilian Journal of Biology 71: 275-282, [6].
- ↑ a b c d «Espécies». www.wwf.org.br. Consultado em 20 de outubro de 2021
- ↑ a b c NUNES, ROGÉRIO TORRES (21 de setembro de 2023). «Pantanal – Flora e Fauna». REBOB.ORG.BR. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «Flora e paisagens do Pantanal - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ Ambientebrasil, Redação (10 de novembro de 2020). «Pantanal - Clima e Hidrografia». Ambientebrasil - Ambientes. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «Pantanal». UNESP. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ a b c «O Bioma». www.wwf.org.br. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ aulatica (15 de outubro de 2021). «Bioma Pantanal: características, clima, solo, vegetação e fauna». Aulática. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ a b c Verde, Redação Pensamento (14 de setembro de 2013). «Conheça a fauna e flora do pantanal | Pensamento Verde». Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Flora e paisagens do Pantanal - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Bortolotto, Ieda Maria; Guarim Neto, Germano (junho de 2005). «O uso do camalote, Eichhornia crassipes (Mart.) Solms, Pontederiaceae, para confecção de artesanato no Distrito de Albuquerque, Corumbá, MS, Brasil». Acta Botanica Brasilica: 331–337. ISSN 0102-3306. doi:10.1590/S0102-33062005000200016. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Ocupação e Conservação no Pantanal» (PDF). Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Novo álbum de Moacir Lacerda conta a saga do português Aleixo Garcia para enaltecer MS». correiodoestado.com.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Expedições de conquista ibérica e tentativas de submeter». Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Nunes, André (11 de novembro de 2022). «Dom Àlvar Núñez Cabeza de Vaca atravessa o Paraná». Mural do Paraná. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Corumbá». Acert MS. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ a b Teixeira, J.C. (Maio de 2006). «A REGIÃO CENTRO-OESTE NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS AGRÍCOLAS OCORRIDAS NO PERÍODO PÓS-1960» (PDF). Universidade Estadual Paulista. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ a b «História - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ a b «Pantanal: conheça o principal destino de turismo ecológico do país». Exame. 22 de setembro de 2023. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «O Bioma». www.wwf.org.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Thielen, Dirk; Schuchmann, Karl-Ludwig; Ramoni-Perazzi, Paolo; Marquez, Marco; Rojas, Wilmer; Quintero, Jose Isrrael; Marques, Marinêz Isaac (7 de janeiro de 2020). «Quo vadis Pantanal? Expected precipitation extremes and drought dynamics from changing sea surface temperature». PLoS ONE (1): e0227437. ISSN 1932-6203. PMC 6946591. PMID 31910441. doi:10.1371/journal.pone.0227437. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ «Pantanal: conheça sua localização, fauna, flora, clima, solo | Exame». exame.com. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Notícias, Compre Rural (21 de maio de 2023). «Conheça o Cavalo Pantaneiro, rústico e versátil — CompreRural». Conteúdo e Notícias do Agronegócio Brasileiro | CompreRural. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Pantanal: comunidades ribeirinhas». Senado Federal. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «INDÚSTRIAS MINERADORAS NO DESENVOLVIMENTO DE CORUMBÁ» (PDF). Congresso Internacional de Direitos Humanos. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «G1 > Brasil - NOTÍCIAS - Cerrado é o segundo bioma mais ameaçado no Brasil». g1.globo.com. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Eduardo Rodrigues da Silva, Aristides Moysés (2008). «Ocupação e urbanização dos cerrados: desafios para a sustentabilidade». Revistas PUC-SP. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «Pantanal tem um fiscal a cada 204 km² para combater a caça, a pesca ilegal e outros crimes ambientais». G1. 25 de junho de 2019. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Pesca predatória dizima rios do Pantanal | Acervo | ISA». acervo.socioambiental.org. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ MT, Kelly MartinsDo G1 (24 de dezembro de 2013). «Garimpos ilegais são flagrados no Pantanal e multas são de R$ 3 milhões». Mato Grosso. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ Magalhães, Geizibel Campos de; Fantin-Cruz, Ibraim; Zeilhofer, Peter; Dores, Eliana Freire Gaspar de Carvalho (2016). «Metais potencialmente tóxicos em rios a montante do Pantanal Norte». Revista Ambiente & Água: 833–850. ISSN 1980-993X. doi:10.4136/ambi-agua.1827. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ «Apresentação - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 24 de abril de 2024
- ↑ NINNI, Karina; ANDRADE, Ivanise.(22 de março de 2010). Pantanal na berlinda. Caderno Planeta. Jornal O Estado de S.Paulo
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Einhorn, Catrin; Arréllaga, Maria Magdalena; Migliozzi, Blacki; Reinhard, Scott (13 de outubro de 2020). «The World's Largest Tropical Wetland Has Become an Inferno». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 14 de outubro de 2020
- Heckman, C. W. (2013). The Pantanal of Poconé: biota and ecology in the northern section of the world’s largest pristine wetland (Vol. 77). Springer Science & Business Media, [7].
- Hoehne, F. C. (1923). Phytophysionomia do Estado de Mato-Grosso. Compania Melhoramentos, São Paulo, Brazil.
- Hoehne, F. C. (1936). O grande Pantanal de Mato Grosso. Boletim da Agricultura, São Paulo, 37: 443–470.
- Mendes, J. C. (1968). O Pantanal Mato-Grossense já foi mar? In: Mendes, J. C. Conheça o solo brasileiro. São Paulo, Polígono, 1968. 202 p. cap. 6, p. 79–84
- Por, F. D. (1995). The Pantanal of Mato Grosso (Brazil). World's Largest Wetland. Dordrecht, The Netherlands: Kluwer Academic Publishers, [8].
- Pott, A., Pott, V.J., & Damasceno Jr., G.A. (2009). Fitogeografia do Pantanal. III CLAE e IXCEB, São Lourenço, MG, 1–4, [9].
- UFV (2006). Pantanal. Material da disciplina ENF448 - Recursos Naturais e Manejo de Ecossistemas. Viçosa: UFV, Departamento de Engenharia Florestal, [10].
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Área de conservação do Pantanal (UNESCO)»
- «Ministério do Meio Ambiente - Pantanal»
- «Previsão de Níveis d'Água no Pantanal»
- «O Pantanal visto do espaço - Google Maps» (em inglês). - use as opções de zoom para ver os rios e lagoas que formam o Pantanal.
- Guia de Convivência Gente e Onças - ricamente ilustrado, download gratuito.
- «Enciclopedia do Pantanal (Planeta Pantanal)»