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Segunda Revolução Industrial

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Ferrovia alemã em 1895

A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX (c. 1850–1870), e terminou durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), envolvendo uma série de desenvolvimentos dentro da indústria química, elétrica, de petróleo e de aço. Outros progressos essenciais nesse período incluem a introdução de navios de aço movidos a vapor, o desenvolvimento do avião, as primeiras técnicas de automação e produção em massa de bens de consumo, o enlatamento de comidas, refrigeração mecânica e outras técnicas de preservação e a invenção do telefone eletromagnético.[1]

Esse período marca também o advento da Alemanha e dos Estados Unidos como potências industriais, juntando-se à França e ao Reino Unido.

A Segunda Revolução Industrial é vista como apenas uma fase da Revolução Industrial já que, de um ponto de vista sócio-tecnológico, não houve uma clara ruptura entre as duas. Na verdade, a 2.ª revolução industrial foi um aprimoramento e aperfeiçoamento das tecnologias da Primeira Revolução. Ainda, é argumentável que ela se divide no meio no século XIX, com o crescimento das estradas de ferro,[2] os navios a vapor e invenções cruciais como o processo de Bessemer e o processo de produção de aço de Siemens, com o forno Siemens-Martin, que resultaram no barateamento do aço, transporte rápido e menores custos de produção.[3]

Edison em 1878

Nos Estados Unidos a Segunda Revolução Industrial é comumente associada com a eletrificação de Nikola Tesla, Thomas Alva Edison e George Westinghouse e com o gerenciamento científico aplicado por Frederick Winslow Taylor.

George Westinghouse

No passado, o termo "Segunda Revolução Industrial" também era usado na imprensa e pelos industrialistas para se referir às mudanças consequentes da dispersão da nova tecnologia após a Segunda Guerra Mundial. O entusiasmo e os debates sobre os perigos e os benefícios da Era Atômica foram mais intensos e duradouros que os sobre a Era Espacial, mas ambos eram compreendidos como propulsores de uma nova Revolução Industrial.

No início do século XXI, o termo "Segunda Revolução do Trabalho" também tem sido usado para se referir aos efeitos antecipados de um hipotético sistema de nanotecnologia molecular sobre a sociedade. Nesse cenário mais recente, a manufatura deixaria a maioria dos processos manufatureiros de hoje obsoletos, impactando todas as facetas da economia moderna. Esse artigo se refere exclusivamente à primeira definição.

Máquinas a vapor

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Uma das invenções mais importantes para a comunicação de ideias técnicas foi a prensa móvel movida a vapor, inventada nas décadas anteriores à Revolução. Isso permitiu a invenção da máquina de fazer papel no começo do século XIX. A segunda revolução industrial também viu a introdução da composição tipográfica com a linotipia e a monotipia e o processo de produção através da madeira que enfim libertava as corporações dos limitados suportes de algodão e linho. Essa difusão de conhecimento na Grã-Bretanha, foi o resultado da revogação em meados de 1870 dos impostos sobre o papel, o que encorajou o crescimento do jornalismo técnico e dos periódicos através do barateamento da produção.

Invenções e suas aplicações foram bem mais difundidas nessa Revolução (ou fase da revolução) que antes. Esse período viu o crescimento das máquinas operatrizes nos Estados Unidos capazes de fazer partes necessárias para o uso em outras máquinas. Também surgiu a linha de produção para a fabricação de produtos de consumo.

Ciclo de Otto
1. Admissão
2. Compressão
3. Combustão & Expansão
4. Expulsão (ou Exaustão)

O motor a vapor foi desenvolvido e aplicado na Grã-Bretanha durante o século XVIII e somente exportado com lentidão à Europa e ao resto do mundo no século XIX, ao longo da Revolução Industrial. Em contraste, na Segunda Revolução Industrial, desenvolvimentos práticos do motor de combustão interna apareceram em muitos países industrializados e o intercâmbio de ideias aconteceu de forma bastante rápida.

O desenvolvimento do motor de combustão interna foi um motivador dos automóveis primitivos na França em 1870, mas esses nunca foram produzidos em quantidade. Foi Gottlieb Daimler que realmente fez a façanha de usar petróleo ao invés de gás de carvão (coal gas) como combustível para o automóvel alguns anos depois. E então Henry Ford fez do motor de combustão interna um fenômeno do mercado em massa, utilizando-se da linha de produção.

Combustível para o progresso

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A Primeira Revolução Industrial foi baseada somente em ferro[2] e carvão mas na segunda surgiu um novo combustível que mudou o mundo; o petróleo, com esse novo combustível sendo usado em motores de combustão e em máquinas eles ganharam uma potência incrível que aumentou muito a eficiência e fez indústrias crescerem ainda mais no ramo.[4][5]

Com tantas invenções as pessoas não queriam mais viver no campo e se mudaram para as cidades para trabalharem o que gerou o êxodo rural fazendo grande aumento na população urbana e diminuindo a rural, essas pessoas buscavam emprego na indústria.[6] A abundância da oferta de mão de obra, que incluía crianças e mulheres, está intimamente ligada ao rebaixamento dos salários e à degradação das condições de trabalho, mulheres e crianças, com o desemprego urbano, bem como aos impactos sociais decorrentes já que havia mais oferta do que demanda de mão de obra. Também foi notável a expansão do número de trabalhadores de colarinho branco e o crescente envolvimento em sindicatos.

Referências

  1. Hobsbawm, Eric J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. São Paulo: Forense Universitária, 2011.
  2. a b Anstis, Ralph (1997). Man of Iron - Man of Steel: The Lives of David and Robert Mushet (em inglês). [S.l.]: Albion House. ISBN 095113714X 
  3. «Industria 4.0». www.industria40.gov.br. Consultado em 26 de março de 2018
  4. «Segunda Revolução Industrial: causas e consequências». Brasil Escola. Consultado em 1 de setembro de 2020 
  5. Russell, Loris S. (Loris Shano), 1904-1998, (2003). A heritage of light : lamps and lighting in the early Canadian home. Toronto: University of Toronto Press. OCLC 666911794 
  6. Alves, Eliseu; da Silva e Souza, Geraldo; Marra, Renner (2011). Êxodo e sua contribuição à urbanização de 1950 a 2010. [S.l.]: Revista de Política Agrícola (Embrapa). p. 80-88 
  1. Beaudreau, Bernard C. The Economic Consequences of Mr. Keynes: How the Second Industrial Revolution Passed Great Britain By, (New York, NY:iUniverse, 2006)
  2. Bernal, J. D. [1953] (1970). Science and Industry in the Nineteenth Century. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 0-253-20128-4.
  3. Hobsbawm, E. J. (1999). Industry and Empire: From 1750 to the Present Day, rev. and updated with Chris Wrigley, 2nd ed., New York: New Press. ISBN 1-56584-561-7.
  4. Kranzberg, Melvin; and Carroll W. Pursell, Jr. (eds.) (1967). Technology in Western Civilization, 2 vols., New York: Oxford University Press.
  5. Landes, David (2003). The Unbound Prometheus: Technical Change and Industrial Development in Western Europe from 1750 to the Present, 2nd ed., New York: Cambridge University Press. ISBN 0-521-53402-X.








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