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Vinduque

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Vinduque
Horizonte de Vinduque
Horizonte de Vinduque
Símbolos
Selo de Vinduque
Selo
Localização
Vinduque está localizado em: Namíbia
Vinduque
Localização na Namíbia
Coordenadas 22° 34′ 12″ S, 17° 05′ 01″ L
País  Namibia
Região Khomas
História
Estabelecido 18 de outubro de 1890
Administração
Prefeita Agnes Mpingana Kafula[1]
Características geográficas
Área total 1 981,9 sq mi (5 133 km²)
População total (2020) 431 000 hab.
Densidade 84 hab./km²
Fuso horário WAT (UTC+1)
Horário de verão WAST (UTC+2)
Vinduque no final do século XIX

Vinduque[2][3][4][5][6] (em inglês e em português brasileiro[7]: Windhoek,[8] pronunciada/ˈvɪnt.hʊk/ clique para ouvir) é a capital da Namíbia e da região de Khomas. Está localizada ao centro do Planalto das Terras Altas de Khomas, a cerca de 1 700 metros acima do nível do mar, quase exatamente no centro geográfico namibiano.

É o centro social, econômico, político e cultural da Namíbia. Quase todos os órgãos governamentais, instituições educacionais e culturais, além de empresas nacionais, estão sediadas ali. A população da cidade, em 2020, era de 431 000,[9] e segue em crescimento contínuo devido a um influxo de todo o país.[10]

A cidade se desenvolveu no local de uma fonte termal permanente conhecida pelas comunidades pastoris indígenas. Desenvolveu-se rapidamente depois que Jonker Afrikaner, chefe tribal do povo oorlan, se estabeleceu ali em 1840 e construiu uma igreja de pedra para sua comunidade. Nas décadas seguintes, várias guerras e hostilidades armadas resultaram na negligência e destruição do novo assentamento. Vinduque foi fundada pela segunda vez em 1890 quando o território estava sendo colonizado pelo Império Alemão.

A cidade é um importante centro do comércio de peles de ovelha.

Localmente, Vinduque é pronunciada/ˈvɪnt.hʊk/ (clique para ouvir), razão pela qual a cidade é também conhecida em português pelo aportuguesamento da pronúncia aproximativa, "Vinduque".

Tradicionalmente, foi conhecida por dois nomes: Aigans, nome dado pelos namas, e Otjomuise, nome dado pelos hererós. Ambos os nomes se referem às nascentes de água quente que existiam no local, e que estiveram na origem do povoamento. Em meados do século XIX, o Capitão Jan Jonker Afrikaner estabeleceu-se perto de uma das maiores nascentes, no local do actual subúrbio de Klein-Vinduque. O local era o ponto de contacto entre os namas e os hererós.

O nome Vinduque é derivado da palavra afrikaans Wind-Hoek, que significa "canto do vento".

A cidade prosperou durante algum tempo, com o afluxo de colonos africânderes, mas as guerras entre Nama e Herero acabaram por destruí-la.

Em 1878, o Reino Unido anexou Baía de Walvis e incorporou-a na Colónia do Cabo (em Inglês: Cape Colony). No entanto, o Reino Unido não estava interessado em estender a sua influência para o interior. Um pedido por parte de comerciantes de Lüderitzbucht resultou na declaração do protectorado alemão do Sudoeste Africano em 1884. Em 1890, a Alemanha enviou uma força militar de protecção (Schutztruppe) sob o comando do Major Curt von François, para manter a ordem. Esta força estabeleceu-se em Vinduque, interpondo-se entre os Nama e os Herero.

Vinduque foi fundada em 18 de Outubro de 1890, quando Von François iniciou a construção de um forte, hoje conhecido como Velha Fortaleza (Alte Feste). A cidade desenvolveu-se lentamente, com apenas os edifícios essenciais e pequenas explorações agrícolas de frutas, tabaco, e gado. O desenvolvimento acelerou a partir de 1907, com a imigração de colonos vindos de outras partes da Namíbia, da Alemanha, e da África do Sul.

Durante a Primeira Guerra Mundial, tropas sul-africanas ocuparam Vinduque em Maio de 1915. Durante os próximos cinco anos, a Namíbia foi administrada por um governo militar, provocando a estagnação da cidade e do país. Após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento recuperou gradualmente. A partir de 1955, foram iniciados grandes projectos de obras públicas, incluindo a construção de escolas e hospitais, o alcatroamento de estradas, e a construção de barragens e aquedutos, que finalmente estabilizaram o abastecimento de água potável. O desenvolvimento da cidade acelerou-se com a independência da Namíbia em 1990.

Vinduque encontra-se geminada com diversas cidades na sua maioria capitais africanas, mas destaca-se as cidades de Trossingen na Alemanha e Richmond nos Estados Unidos.

Vinduque é centro administrativo, econômico e cultural de Namíbia. Um estudo feito no inicio da década de 90 estimou que a cidade responde por metade dos empregos não relacionados com a agricultura no país. A cidade possui uma universidade pública, uma companhia aérea e algumas redes de bancos e serviços privados. O governo de Vinduque possui um orçamento maior que varias cidades próximas somadas.

Selos para German South West Africa carimbo Windhuk

O alcatroamento das ruas de Vinduque começou em 1928, estando hoje praticamente completo. A cidade possui dois aeroportos: o Aeroporto de Eros (para pequenas aeronaves) nos arredores da cidade, e o Aeroporto Internacional de Vinduque, 42 km a leste da cidade.

Vinduque está situada numa região semi-desértica, com dias geralmente quentes (muito quentes no Verão) e noites frias, sendo raras as temperaturas negativas. As temperaturas mínimas situam-se entre 5 °C e 18 °C.

A maior parte da chuva cai nos meses de verão. A seca ocorre normalmente uma vez em cada década.

Referências

  1. «City of Windhoek - Councillors Portal - Current Mayor». www.windhoekcc.org.na. Consultado em 15 de maio de 2022 
  2. Serviço das Publicações da União Europeia. «Anexo A5: Lista dos Estados, territórios e moedas». Código de Redacção Interinstitucional. Consultado em 16 de junho de 2020 
  3. Porto Editora. «Vinduque». Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Infopédia – Enciclopédia e Dicionários Porto Editora. Consultado em 19 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 2 de abril de 2015 
  4. «Tradução de Windhoek no Dicionário Infopédia de Português Inglês». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 4 de novembro de 2016 
  5. Instituto Internacional da Língua Portuguesa. «Vinduque». Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. Consultado em 28 de maio de 2017 
  6. Correia, Paulo (Primavera de 2019). «Duxambé, Chechénia e os estados Xã e Chim» (PDF). Sítio web da Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia no portal da União Europeia. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (n.º 59): 5-14. ISSN 1830-7809. Consultado em 8 de julho de 2019 
  7. BRASIL, Ministério das Relações Exteriores (2016). «Manual de Redação Oficial e Diplomática do Itamaraty» (PDF). Consultado em 22 de julho de 2022 
  8. «"Windhoek" na infopédia - Porto Editora» 
  9. «Windhoek, Namibia Population 1950-2020». www.macrotrends.net. Consultado em 14 de março de 2020. Cópia arquivada em 9 de julho de 2020 
  10. «World Gazetter: Windhoek - profile of geographical entity including anme variants». Consultado em 19 de dezembro de 2010 
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