Chamadas 2025 by Signum Revista da ABREM
Prazo de submissão de propostas: 15/12/2024
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v. 25, n. 1, 2024 by Signum Revista da ABREM

Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
O mestre de escola Roscelino de Compiègne figura entre um dos principais pensadores ocidentais do... more O mestre de escola Roscelino de Compiègne figura entre um dos principais pensadores ocidentais dos séculos XI e XII. No entanto, muito pouco se sabe a seu respeito. O presente artigo busca não somente fazer uma breve apresentação do que é conhecido a respeito de sua trajetória, mas discutir as suspeições de heresia que recaíram sobre seus posicionamentos. Para tanto, em primeiro lugar, questionarei até que ponto é possível afirmar que o mestre de Compiègne de fato foi condenado como herético. Em seguida, investigarei o contexto mais amplo das acusações que sofrera, centrando a análise nos motivos que levaram Anselmo da Cantuária a se dedicar no combate aos posicionamentos de Roscelino. Ao fazê-lo, será possível observar de que modo a heresia poderia ser um elemento determinante nas disputas políticas pelos poderes locais ao ser empregada como um eficiente instrumento, seja para desestabilizar indivíduos ou partidos incômodos, seja para assegurar posições eclesiásticas de grande prestígio.

Signum, v. 25, n. 1 , 2024, 2024
A Legenda aurea, compilação hagiográfica produzida na península Itálica, na segunda metade do séc... more A Legenda aurea, compilação hagiográfica produzida na península Itálica, na segunda metade do século XIII – cuja autoria é remetida ao frade dominicano Jacopo de Varazze –, tem sido bastante estudada por pesquisadores de diversos lugares do mundo. No Brasil, não é diferente. Desde seu desembarque em território nacional há mais de trinta anos, uma quantidade significativa de produções acadêmicas (de teses a apresentações de trabalhos) já foi realizada. Tendo isso em vista, o presente artigo tem por objetivo fazer um balanço a respeito desses trabalhos. O foco, no entanto, não reside em discorrer sobre os temas mais explorados, mas sim colocar em perspectiva a trajetória desses trabalhos sobre o legendário. Para isso, vale-se de uma abordagem quantitativa realizada a partir de dados coletados na plataforma Lattes. Igualmente, busca-se situar essas pesquisas dentro dos estudos medievais no país, bem como levantar explicações externas para suas tendências e oscilações.
Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
Ao contrário do que comumente imaginamos devido às convenções culturais e acadêmicas estabelecida... more Ao contrário do que comumente imaginamos devido às convenções culturais e acadêmicas estabelecidas no oitocentos, os cristãos medievais não desconheciam a diversidade de fisionomias humanas. Nos textos produzidos no decorrer do período, homens e mulheres da Idade Média demonstraram ciência de existirem sujeitos negros no mundo. Neste artigo, pretendo apresentar os referenciais teóricos e metodológicos pelos quais que venho empregando em minhas pesquisas sobre menções a negros na documentação medieval. A fim de ilustrar as operações sugeridas, aplico o referido instrumental ao poema inglês tardo-medieval Rei de Tars.

Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
Resumo: O artigo tem como objetivo analisar as temporalidades presentes na trilogia de Fernão Lop... more Resumo: O artigo tem como objetivo analisar as temporalidades presentes na trilogia de Fernão Lopes, cronista oficial do reino português na primeira metade do século XV. Partindo da problematização sobre a multiplicidade do tempo apontada por Reinhart Koselleck e tendo em vista os regimes de historicidade identificados por François Hartog, busca-se compreender os significados assumidos pelo passado, presente e futuro na produção lopeseana. Compreende-se aqui, tal como o fez Bernard Guenée, as crônicas como o gênero historiográfico por excelência no início do século XV e adota-se a sistematização de Jacques Le Goff acerca da percepção do tempo na Idade Média. Procura-se demonstrar que o cronista opera uma superposição entre o tempo dos reis e o tempo da salvação, de forma que além de conjugar a reverência ao passado, a história mestra da vida, com o tempo escatológico cristão, voltado para o futuro, insere um presente contínuo de bonança a partir da instituição da dinastia de Avis em Portugal.
Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
palavra é o modo de comunicação mais inteligível e que mais convém ao espírito, um meio que permi... more palavra é o modo de comunicação mais inteligível e que mais convém ao espírito, um meio que permite apreender e exprimir tudo o que se agita nas profundidades da consciência, tudo o que habita as suas regiões aparentemente mais inacessíveis. Hegel Toda arte nasce de um passado 'potencializado em futuro', por corte dialético, e o artista é aquele que, pela sua vivência, capta essa energia e a condensa em estruturas objetivas.
Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
Resumo: Em função da pandemia organizamos uma disciplina eletiva que foi ministrada de forma virt... more Resumo: Em função da pandemia organizamos uma disciplina eletiva que foi ministrada de forma virtual, através da AVA-UERJ, para os alunos do curso de Graduação em História da UERJ, no ano de 2020. Nosso objetivo com esse curso era explorar as potencialidades do uso de filmes e games para o ensino da História Medieval na educação básica. Neste trabalho que aqui apresentamos reunimos algumas reflexões no âmbito teóricometodológico histórico e pedagógico realizadas por nós, e propostas aos nossos alunos, nas quais baseamos o nosso curso. Além disso, relatamos aqui, de forma um tanto etnográfica, nossa experiência com os alunos e os produtos finais por eles desenvolvidos.

Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
A primeira vantagem desta volumosa miscelânea decorre de qualquer publicação com esse perfil, qua... more A primeira vantagem desta volumosa miscelânea decorre de qualquer publicação com esse perfil, quando os articulistas que dela participam são movidos por autêntico espírito científico, como aqui: a variedade de títulos, versando diversos gêneros e temas, oferece da Idade Médiaperíodo em questãoum rico panorama linguístico, literário, historiográfico. A segunda vantagem tem a ver com a inesperada escolha do assunto central: os "documentos periféricos ao texto literário", quais sejam, os prólogos, os colófons, as dedicatórias, os apêndices, as glosas, as notas, as epígrafes etc., tudo aquilo que Gérard Genette, já em 1987 (Seuils), alertava como sendo complemento indispensável à significação mais completa de um texto. Disse-o de forma precisa, logo na Introdução ao seu livro famoso: "... esse texto raramente se apresenta em estado nu, sem o reforço e o acompanhamento de certo número de produções, verbais ou não, como um nome de autor, um título, um prefácio, ilustrações, que nunca sabemos se devemos ou não considerar parte dele, mas que, em todo caso, o cercam e o prolongam, exatamente para apresentá-lo, no sentido habitual do verbo, mas também em seu sentido mais amplo: para torná-lo presente, para garantir sua presença no mundo, sua "recepção" e seu consumo...". 1 Dado esse instigante perímetro temático, o leitor paciente ainda levará uma terceira vantagem: as poderosas lições metodológicas, subliminares aos esforços de rastrear fontes, de comparar edições, de restituir "origenais", de "traduzir" passagens tantas vezes "ilegíveis", de decifrar notas ou de complementá-las, de propor outras hipóteses para questões polêmicas, de "ler" imagens, de levantar o(s)
Signum, v. 25, n. 1, 2024, 2024
Barbara Obrist (auteur) Centre d'histoire des Sciences et des Philosophies Arabes et Médiévales [... more Barbara Obrist (auteur) Centre d'histoire des Sciences et des Philosophies Arabes et Médiévales [...] de todas as artes, [a arte alquímica] imita melhor a natureza.
v. 24, n. 2, 2023 by Signum Revista da ABREM
Signum, v. 23, n. 2, 2023
Cláudia Costa Brochado
Luciana Calado Deplagne
Organizadoras
Signum, v. 24, n. 2, 2023
THE FEMALE AUTHORITY IN THE QUERELLE DES FEMMES
María-Milagros Rivera Garretas
Universidad de Bar... more THE FEMALE AUTHORITY IN THE QUERELLE DES FEMMES
María-Milagros Rivera Garretas
Universidad de Barcelona
Signum, v. 24, n. 2, 2023
Os séculos medievais têm a espiritualidade como elemento central e as mulheres têm Maria como med... more Os séculos medievais têm a espiritualidade como elemento central e as mulheres têm Maria como mediadora de mundo. A grande mãe do mundo cristão é virgem, como indica seu nome, aquela que revela o “corpo sem coito” e a “concepção sem falo”. Naquele momento, uma grande parte das mulheres não se submeteram ao “contrato sexual”, mulheres espirituais que intensamente veneraram a virgem. As monjas e as beguinas, de maneira especial, têm suas vidas dedicadas a nutrir relações que extrapolam as famílias consanguíneas, dedicando-se gratis et amore a dar algo de si. A virgem será venerada também pelas casadas que deixaram registro de sua devoção de muitas maneiras. No horizonte de todas elas há uma autoridade feminina: essa grande mãe que têm em suas mãos os mistérios - o rosário -, e entre eles o de conceber prescindindo do falo/homem.
Signum, v. 24, n. 2, 2023
Elisabet Cifre fue una mujer poliedrica. Beguina, mıśtica, profetisa, maestra y sanadora, fundó ... more Elisabet Cifre fue una mujer poliedrica. Beguina, mıśtica, profetisa, maestra y sanadora, fundó una escuela para niñas en el año 1510 y puso por escrito sus confesiones. Desde su caraćter profetico, Elisabet ejerció de sanadora y mediadora polıtica en la isla de Mallorca entre los años 1467 y 1542. En el presente artıćulo se introduce la vida de esta beguina y se indaga en su praćtica polıtica inspirada por la divinidad en un contexto polıtico marcado por la Querella de la Rosa.
Signum, v. 24, n. 2, 2023
O que tem Claricia? Seria ela, a mulher-letra que sustenta a inicial Q do salmo 51 e batiza com s... more O que tem Claricia? Seria ela, a mulher-letra que sustenta a inicial Q do salmo 51 e batiza com seu nome um manuscrito medieval (The Walters Art Museum, Ms. W.26), uma artista, como propõe certa tradição da história da arte feminista? No entanto, por mais atraente que seja essa hipótese, faltam-lhe provas. O objetivo deste artigo é, pois, analisar essa letra inicial composta em parte por uma mulher nomeada Claricia, que tem desafiado a historiografia. Trata-se de uma personagem histórica ou ficcional? Artista laica ou monja? Metáfora ou personificação de valores? Ainda que as respostas a essas questões não possam ser conclusivas, irei tratar aqui de um aspecto fundamental que foi pouco explorado pela bibliografia: seja quem for, Claricia é também figura e letra, está literal e virtualmente posicionada na
interseção entre texto e imagem.

Signum, v. 24, n. 2, 2023
Sob uma perspectiva filosófica, este artigo trata de um aspecto político-epistemológico presente ... more Sob uma perspectiva filosófica, este artigo trata de um aspecto político-epistemológico presente em duas obras de Pizan – A Cidade das damas e o Espelho de Cristina – guiado por uma leitura epistemológica contemporânea e consentânea às reivindicações feministas de autoridade epistêmica. Os elementos centrais para uma afirmação de autoridade cognitiva são elementos que compõem também seus argumentos típicos em prol da racionalidade, da virtude e das capacidades intelectuais das mulheres – os exempla, argumentos de autoridade, argumentos educacionais igualitários, e composições persuasivas de imagens. Para além destes, proponho também a performatividade que é ensejada por sua própria condição autoral, literária e filosófica, como a peça-chave para a compreensão da construção da autoridade cognitiva christiniana como autoridade
epistêmica cuja significação e atualidade enquadram-se no escopo do que hoje chamamos de epistemologia feminista.
Signum, v. 24, n. 2, 2023
O governo de Enrique IV (1454-1474) foi interpretado pela cronística castelhana quatrocentista de... more O governo de Enrique IV (1454-1474) foi interpretado pela cronística castelhana quatrocentista de forma complexa. Esse monarca foi associado às atitudes desonrosas, tirânicas e arbitrárias diante dos seus súditos mais ilustres, como os da alta nobreza, e da sua própria linhagem. Esse é um dos pontos de conflitualidades e crises considerados mais graves por Diego de Valera e atribuído a Enrique IV na obra Memorial de diversas hazañas. As narrativas valerianas reservam um espaço importante ao tema do casamento na construção da memória negativa da gestão enriquina. Assim, neste artigo discuto os paradigmas historiográficos presentes em Diego de Valera sobre as conjugalidades a partir da perspectiva dos Estudos de Gênero e da História das Masculinidades Palavras-chave: Diego de Valera; Enrique IV; Gênero
Signum, v. 24, n. 2, 2023
Pesquisas recentes passaram a valorizar e dar voz às mulheres que em seu tempo e espaço não tiv... more Pesquisas recentes passaram a valorizar e dar voz às mulheres que em seu tempo e espaço não tiveram o devido reconhecimento, revelando suas inúmeras contribuições nos mais diversos campos do saber, nos quais elas se aventuraram. No entanto, se percebe que a vida pessoal delas ainda desperta mais a curiosidade do que a sua práxis e é neste cenário que se situa a abadessa Hildegarda de Bingen, figura que provoca espanto e admiração, sobretudo quando se constata sua ampla e variada atividade criadora, além de sua forte presença no meio eclesial e polı́tico e sua grande e ampla competência em vários campos do saber. Uma capacidade multifacetada que se destaca e que impacta profundamente porque rompe os padrões e classificações habituais, sobretudo quando permite pensar as personagens femininas da e na Idade Média.

Signum, v. 24, n. 2, 2023
O objetivo deste artigo é salientar a importância da figura feminina por meio da imagem de Margar... more O objetivo deste artigo é salientar a importância da figura feminina por meio da imagem de Margaret de York (1446-1503), duquesa da Borgonha, casada com Carlos, o Temerário e irmã dos reis Eduardo IV e Ricardo III, da Inglaterra. Margaret foi uma mulher ativa que se envolveu nas questões políticas de seu tempo e procurou defender o ducado frente às investidas do rei da França, Luís XI. Era uma mulher religiosa e ao longo de sua vida fez várias doações às ordens religiosas. Teve uma importante biblioteca com cerca de duas dúzias de livros e tinha grande apreço pela cultura e por livros iluminados. Um elemento importante é que ela é representada em várias iluminuras como uma mulher piedosa, rezando e fazendo ações de caridade. Essas atitudes, além de reforçar a sua religiosidade, pretendiam a afirmação política do ducado da Borgonha. Dentre os manuscritos que encomendou o mais famoso é a obra Les Visions du Chevalier Tondal, viagem imaginária ao Além, redigida por David Aubert e iluminada por Simon Marmion. Nesta obra é possível observar os elementos do Além-Túmulo e as concepções sobre Inferno e Paraíso. A obra foi feita como manual de comportamento para o marido da duquesa, Carlos, o Temerário e nos auxilia a compreender elementos da religiosidade
Signum, v. 24, n. 2, 2023
As narrativas de milagres e vidas de santos são tipologias documentais que permitem explorar dive... more As narrativas de milagres e vidas de santos são tipologias documentais que permitem explorar diversas lógicas que estruturam os valores da sociedade cristã. No caso deste artigo, trata-se de aprofundar possibilidades de pesquisa em torno da justiça e da verdade, relativamente a situações que envolvem mulheres postas "à prova". Pretende-se analisar os argumentos que permitem, nas lógicas dos relatos, alcançar a certeza jurídica de que as envolvidas merecem a redenção ou o castigo. O que se prova é tido como verdadeiro. A base documental é constituída pela narrativa da vida de santa Pelágia que se encontra no Manuscrito 01 da Seção de Obras Raras da Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília (UnB), conhecido, também, como Flos Sanctorum, produzido em Portugal, no séc. XIV.

Signum, v. 24, n. 2, 2023
João Gil foi um franciscano que viveu na segunda metade do século XIII e anos inicias do XIV, man... more João Gil foi um franciscano que viveu na segunda metade do século XIII e anos inicias do XIV, mantendo vínculos com a região de Zamora, área então pertencente ao Reino de Castela. Provavelmente foi ali que ele compôs, em latim e em prosa, as Legende Sanctorum et Festivitatum aliarum de quibus Ecclesia sollempnizat, título dado à obra pelos editores, a fim de disponibilizar para os seus irmãos materiais para meditação e preparo de pregações, como é possível concluir das informações registradas no prólogo. A obra, em sua forma atual, contém 88 capítulos, que tratam de santos, anjos e festas litúrgicas. Além de Maria, outras mulheres que foram reconhecidas como santas ganham destaque nessa compilação. No artigo, apresento reflexões sobre o perfil social e de santidade das mulheres que protagonizam capítulos, discutindo por que as virgens mártires ganham relevo no legendário egidiano.
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Chamadas 2025 by Signum Revista da ABREM
v. 25, n. 1, 2024 by Signum Revista da ABREM
v. 24, n. 2, 2023 by Signum Revista da ABREM
María-Milagros Rivera Garretas
Universidad de Barcelona
interseção entre texto e imagem.
epistêmica cuja significação e atualidade enquadram-se no escopo do que hoje chamamos de epistemologia feminista.
María-Milagros Rivera Garretas
Universidad de Barcelona
interseção entre texto e imagem.
epistêmica cuja significação e atualidade enquadram-se no escopo do que hoje chamamos de epistemologia feminista.
abre o título desse estudo, foi escrita em um desenho por uma criança em idade escolar da província de Salerno, sul da Itália, para expressar seu entendimento sobre a obra de Trotula, médica da Escola de Salerno no século XI, autora dos tratados Sobre as doenças das mulheres e Sobre a beleza das mulheres. O desenho faz parte da publicação, em formato impresso e também interativo em blog/web serie, do projeto Trotula e il giardino incantato [Trotula e o jardim encantado], que divulga a obra e os valores de Trotula para crianças, numa perspectiva que circula entre fábula e conhecimento histórico (https://www.trotula.it/). Pretende-se aqui, como objetivo, refletir sobre o alcance dos tais valores de Trotula no século XXI, suas perspectivas e possibilidades, a partir de um paralelo entre o conhecimento histórico/acadêmico e o conhecimento do medievo (re)construído nas práticas pedagógicas da educação fundamental.
Na revista colaboraron todos/as os/as intelectuais de preguerra de forma que, despois de comentar as súas propostas dramáticas e os modelos escenográficos que esas xeracións propuñan para a recuperación do teatro galego, quedará comprobada a pouca aceptación que as ditas propostas tiveron entre a xente do teatro da época, colectivo constituído por mozos e mozas nados despois da Guerra Española (1936-1939) que, en moitas ocasións, estaban vinculados ao activismo político e/ou abertamente enfrontados á política exclusivamente cultural dos intelectuais da Editorial Galaxia.
Neste contributo faise unha revisión (con proposta editorial) do tratamento dalgúns adverbios desde unha perspectiva segmentativa, sempre a partir da revisión dos manuscritos e do confronto coas principais edicións críticas existentes.
Nadia R. Altschul - Universidade de Glasgow
Maria Eugênia Bertarelli - Unigranrio
Clínio Amaral - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Thomas Bonnici nasceu na ilha mediterrânica de Malta (1942). Após terminar seus estudos universitários, decidiu se estabelecer no Brasil (1964), onde revalidou seu diploma de Filosofia (1983) na FAI-Faculdades Associadas do Ipiranga e de Letras (1984) na FAFIJAN-Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul. Em solo brasileiro, fez ainda o doutorado (1988) em Teoria da Literatura pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) - campus de São José do Rio Preto. Desde 2012 é professor aposentado da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde ingressou em 1984. Tem experiência em Literaturas Estrangeiras Modernas, com interesse sobretudo por Literatura Inglesa e por temas como Pós-colonialismo, Pós-modernismo, Feminismo, Teoria Literária etc. No Departamento de Letras da UEM, o prof. Bonnici construiu uma sólida carreira acadêmica, coordenando projetos e orientando pesquisas (graduação e mestrado), ao mesmo tempo em que produzia seus trabalhos, que ultrapassam duas dezenas de livros e capítulos e uma centena de artigos. Em maio de 2021, gentilmente nos concedeu essa entrevista, cuja focalização direcionou-se às suas recentes e importantes publicações sobre o Mediterrâneo medieval.
Submissões até 30 de setembro de 2024
Para mais informações: https://abrem.org.br/index.php/signum/index
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PRÁTICAS RELIGIOSAS E CIRCULAÇÃO DE MEDIADORES NO MEDIEVO
Organizadoras:
Profa. Dra. Maria Cristina Correia Leandro Pereira (Universidade de São Paulo)
Dra. Aline Benvegnú dos Santos (Université de Rennes 2)
É impossível dissociar aquilo que denominamos como “religião” na Idade Média de suas práticas e do contexto institucional e social que as produzia e no qual circulavam. Objetos, disputas políticas, relações comerciais, por exemplo, estavam entrelaçados a orações, a imagens devocionais, ou, ao menos, à expectativa de um desfecho positivo no post-mortem. A presença cotidiana desses mediadores – materiais ou imateriais – não deve, porém, implicar em uma leitura do Medievo que o entenda como um “tempo de fé”, homogêneo, desprovido de nuances nas práticas religiosas: ao contrário, estas eram permeadas por gradações em seu exercício e pela inventividade de seus agentes, sejam eles indivíduos, coletividades ou instituições. Distante daquela visão estanque, pois, a historiografia que discute os fenômenos religiosos na Idade Média tem, nas últimas décadas, procurado analisar as dinâmicas estabelecidas entre homens e mulheres medievais e o sobrenatural em uma perspectiva que recupere as relações entre as práticas religiosas e as demais dinâmicas sociais.
Ao estudo das relações entre as práticas religiosas e outros domínios deve-se somar um novo desafio posto pela historiografia recente: o estudo dos fenômenos de circulação/conexão, envolvendo a percepção de povos, doenças, objetos, mercadorias, etc., como elementos que, ao circularem, se metamorfoseiam e influenciam os seus espaços de presença. Compreender a esfera religiosa como meio de circulação comporta a análise da transformação dessas práticas em uma perspectiva georreferenciada, na qual não existe apenas um diálogo vertical com Deus – que, por sua vez, é também um produto e agente de circulação –, mas uma presença geográfica e horizontalizada dos atores das práticas de fé.
O presente dossiê busca, portanto, agregar estudos que relacionem o estudo de práticas religiosas com a circulação de pessoas, objetos, crenças e dos próprios agentes divinos na Idade Média, jogando luz sobre a influência das práticas religiosas nas dinâmicas de conexão/circulação no Medievo. Desde a circulação de modelos hagiográficos à disseminação de devoções, do deslocamento de profissionais das práticas religiosas à descida dos atores sobrenaturais na Terra, esperamos, através dos estudos de caso, oferecer um exercício de mapeamento das dinâmicas de circulação religiosa, tendo como eixo tanto a circulação horizontal entre homens e mulheres quanto a relação dialógica estabelecida nas dinâmicas de ascese entre os devotos e seus entes de devoção.
Serão aceitos artigos cujos temas dialoguem com alguma das seguintes temáticas:
1. Trânsito de objetos, imagens, relíquias e corpos;
2. Disseminação geográfica de cultos, hagiografias e devoções particulares;
3. Circulação de topoi hagiográficos e motivos iconográficos;
4. Análise dos modos de funcionamento dos contatos com o Além: práticas de ascese, êxtase, sonhos, aparições, comunicação com o sagrado, viagens ao Além, etc.;
5. Contato entre dinâmicas religiosas diversas e convívio entre diferentes culturas.
A proposta de dossiê se insere no âmbito das atividades realizadas pelo Projeto Temático “Uma história conectada da Idade Média: comunicação e circulação a partir do Mediterrâneo” (Processo FAPESP 21/02912-3) e busca agregar não apenas artigos produzidos pelos pesquisadores vinculados ao projeto, mas expandir a rede para outros colaboradores, tanto brasileiros como estrangeiros.
Considerando a indisponibilidade do site da Signum - Revista da ABREM, o prazo para submissão foi prorrogado, com a divulgação das diretrizes para autores e organizadores via academia.edu.
NOVO prazo de submissão de propostas: 30/12/23
E-mail de contato signumabrem@gmail.com