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GNU

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja GNU (desambiguação).
GNU
Versão do sistema operativo Unix
Logótipo
GNU
Modelo Software livre
Núcleo GNU Hurd, GNU Linux-libre
Licença GNU General Public License entre outras
Página oficial www.gnu.org/
Estado de desenvolvimento
Em desenvolvimento

GNU (/menu/, acrônimo de "GNU is Not Unix"[1]) é um sistema operacional tipo Unix criado para oferecer um sistema completo e totalmente composto por software livre - isto é, que respeita a liberdade dos usuários[2] - criado por Richard Stallman em 1983, mas que seria montado por pessoas que trabalhavam juntas pela liberdade de todos os usuários de software para controlar sua computação.[2] O objetivo primário e contínuo do GNU é oferecer um sistema compatível com o sistema Unix que seria um software 100% livre. O nome do sistema, o GNU, é um acrônimo recursivo que significa GNU's Not Unix, uma maneira de prestar homenagem às ideias técnicas do Unix, enquanto ao mesmo tempo diz que o GNU é algo diferente. Tecnicamente, o GNU é como o Unix. Mas ao contrário do Unix, o GNU dá aos usuários liberdade.[2]

O GNU foi apoiado de várias maneiras pela Free Software Foundation, a organização sem fins lucrativos também fundada pela Richard Stallman para defender ideais de software livre. Entre outras coisas, a FSF aceita atribuições de direitos autorais e isenções de responsabilidade, para que possa atuar em tribunal em nome dos programas GNU. Para ser claro, contribuir com um programa para o GNU não requer a transferência de direitos autorais para a FSF. Se você atribuir direitos autorais, a FSF aplicará a General Public License (GPL) para o programa se alguém violar isso, se você manter os direitos autorais, a execução será sua.[2] A FSF denomina que sua missão é preservar, proteger e promover a liberdade de usar, estudar, copiar, modificar e redistribuir software de computador e defender os direitos dos usuários de Software Livre.[2]

Richard Stallman fez o anúncio inicial do Projeto GNU em setembro de 1983. Uma versão mais longa, chamada de Manifesto GNU, foi publicada em março de 1985.[3] O desenvolvimento do GNU começou com Richard Stallman em 1984 com o objetivo de criar um "sistema operacional que seja completamente software livre". Este sistema operacional GNU deveria ser compatível com o sistema operacional Unix, de forma que fosse fácil de portar aplicativos e obter adeptos,[4] porém não deveria utilizar-se do código fonte deste.[3]

A partir de 1984, Stallman e vários programadores que abraçaram a causa, vieram desenvolvendo as peças principais de um sistema operacional, que inclui kernel, compilador de linguagem C, editores de texto, formatadores de texto, clientes de e-mail, interfaces gráficas, bibliotecas, jogos entre outros. O projeto começou em outubro de 1984 e em outubro de 1985 foi fundada a Free Software Foundation, inicialmente com o intuito de ajudar levantar fundos para o projeto GNU.[3]

Em 1992 o sistema operacional já estava quase completo, mas restava o núcleo ( "kernel" ) do sistema operacional. O grupo iniciado por Stallman vinha desenvolvendo um núcleo chamado Hurd. Porém, em 1992, um jovem finlandês chamado Linus Torvalds decidiu mudar a licença de seu núcleo para uma Licença livre compatível com a GPL do GNU.[5] Este núcleo era capaz de usar todas as peças do sistema operacional GNU, o que permitiu que, pela primeira vez desde o fechamento do código do sistema operacional Unix fosse possível executar um sistema completo totalmente livre. Este núcleo ficou conhecido como Linux, contração de Linus e Unix.[3][5] A combinação do kernel Linux com o quase completo sistema GNU resultou num sistema completo denominado GNU/Linux.[3] O projeto GNU não se limita ao cerne do sistema operacional, mas também visa fornecer um espectro de software (o que quer que os usuários desejem ter), e isso inclui aplicativos.[3]

Stallman escolheu o nome GNU porque este nome, além da coincidência com o mamífero Gnu, é um acrônimo recursivo de: GNU is Not Unix (em português: GNU Não é Unix).

Atualmente, o sistema operacional GNU com o núcleo Linux é conhecido como GNU/Linux, que é a forma como o projeto GNU quer que os utilizadores se refiram ao sistema completo[6], embora a maioria das pessoas mencionem o sistema completo apenas como Linux por uma questão de comodidade e sonoridade, especialmente depois da mídia referenciar o sistema completo apenas como "Linux" por questões estratégicas - uma vez que Linux, atualmente, não é mais sinônimo de software livre e sim do movimento open source (desenvolvimento de software de código aberto).

Distribuições

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A FSF apenas endossa as distribuições que seguem as diretrizes para distribuição de software livre[7] definidas pela fundação, o que inclui a composição exclusivamente por software livre da imagem de instalação do sistema operacional, assim como o repositório de pacotes oficial. A distribuição também não deve possuir processos que ofereçam a possibilidade de opção por software não livre, como a instalação drivers adicionais. Documentação, registros de marcas e patentes relativas a distribuição também são pontos de análise.

As seguintes distribuições são oficialmente recomendadas e aprovadas pela FSF[8]:

  • Blag, baseada no Fedora. (Descontinuada);
  • Dragora, distribuição independente baseada no conceito de simplicidade;
  • dyne:bolic, voltada para produção de áudio e vídeo;
  • Guix, distribuição GNU/Linux construída em torno do gerenciador funcional de pacotes GNU Guix;
  • gNewSense, baseada no Debian;
  • Musix, destinada à produção de áudio;
  • Parabola, baseada no Arch Linux;
  • Hyperbola, uma distribuição GNU/Linux-libre com foco na simplicidade e suporte de longo prazo baseada no Arch GNU/Linux, mais a estabilidade e segurança do Debian;
  • Trisquel, voltada para micro e pequenas empresas, usuários domésticos e centros educacionais;
  • PureOS, uma distribuição GNU baseada no Debian com um foco na privacidade, segurança e conveniência;
  • Ututo, primeira distribuição GNU/Linux totalmente livre reconhecida pelo Projeto GNU e baseada no Gentoo. (Atualmente no Ubuntu);
  • libreCMC é uma distribuição GNU/Linux para dispositivos com recursos bastante limitados como roteadores;
  • ProteanOS é uma distribuição nova, pequena e rápida para dispositivos embarcados.

Distribuições conhecidas de GNU/Linux, como Ubuntu, Linux Mint, Debian, não são recomendadas porque não atendem as diretrizes. No site do projeto GNU existe uma análise destas distribuições[9], detalhando os pontos que não corroboram com a política.

Ligações externas

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Referências

  1. «O Sistema Operacional GNU e o Movimento de Software Livre». GNU organização. Consultado em 1 de agosto de 2024 
  2. a b c d e «The GNU Operating System and the Free Software Movement». Free Software Foundation. 22 de março de 2015. Consultado em 14 de abril de 2015 
  3. a b c d e f «Overview of the GNU System». 16 de junho de 2017. Consultado em 18 de julho de 2017 
  4. «ArtigoHistoriaDoLinux < Main < Foswiki». wiki.rea.ufg.br (em inglês). Consultado em 21 de julho de 2017 
  5. a b «Release notes for the version 0.12 of the Kernel Linux». Linus. 23 de junho de 1993. Consultado em 14 de abril de 2015 
  6. «Por que GNU/Linux?». www.gnu.org. Consultado em 29 de julho de 2017 
  7. «Diretrizes para Distribuições de Sistemas Livres». www.gnu.org. Consultado em 29 de julho de 2017 
  8. «Distribuições Livres de GNU/Linux». www.gnu.org 
  9. «Explicando Por Que Não Apoiamos Outros Sistemas». www.gnu.org. Consultado em 29 de julho de 2017 








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