Moisés Sbardelotto
Professor da PUC Minas, atuando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião e no Programa de Pós-Graduação Profissional em Teologia Prática.
Mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com estágio doutoral na Università di Roma "La Sapienza", na Itália. Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
É escritor, palestrante, tradutor e consultor em Comunicação para diversos órgãos e instituições civis e religiosos. Coordenador do Grupo de Reflexão sobre Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Grecom/CNBB) e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Entre 2018 e 2020, realizou pós-doutorado (bolsa Fapergs/Capes) no PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos, onde atuou como professor colaborador. É também pós-doutor em Ciências da Religião pela PUC Minas.
Coordena o Grupo de Reflexão sobre Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Grecom/CNBB) e colabora com o Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Integra também o grupo de trabalho internacional e interdisciplinar sobre inteligência artificial do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam).
É autor de "Missionários no ambiente digital: em nome de quem?" (Ed. Santuário/Paulinas, 2024), "Comunicar a fé: Por quê? Para quê? Com quem?" (Ed. Vozes, 2020), "E o Verbo se fez rede: religiosidades em reconstrução no ambiente digital" (Ed. Paulinas, 2017) e de "E o Verbo se fez bit: A comunicação e a experiência religiosas na internet" (Ed. Santuário, 2012). É coautor de "Influenciadores digitais católicos: efeitos e perspectivas" (Ed. Ideias & Letras/Paulus, 2024).
Foi membro da Comissão Especial para o "Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil", da CNBB. De 2008 a 2012, coordenou o escritório brasileiro da Fundação Ética Mundial (Stiftung Weltethos), fundada por Hans Küng.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7541172349566613
Mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com estágio doutoral na Università di Roma "La Sapienza", na Itália. Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
É escritor, palestrante, tradutor e consultor em Comunicação para diversos órgãos e instituições civis e religiosos. Coordenador do Grupo de Reflexão sobre Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Grecom/CNBB) e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos (IHU).
Entre 2018 e 2020, realizou pós-doutorado (bolsa Fapergs/Capes) no PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos, onde atuou como professor colaborador. É também pós-doutor em Ciências da Religião pela PUC Minas.
Coordena o Grupo de Reflexão sobre Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Grecom/CNBB) e colabora com o Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Integra também o grupo de trabalho internacional e interdisciplinar sobre inteligência artificial do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam).
É autor de "Missionários no ambiente digital: em nome de quem?" (Ed. Santuário/Paulinas, 2024), "Comunicar a fé: Por quê? Para quê? Com quem?" (Ed. Vozes, 2020), "E o Verbo se fez rede: religiosidades em reconstrução no ambiente digital" (Ed. Paulinas, 2017) e de "E o Verbo se fez bit: A comunicação e a experiência religiosas na internet" (Ed. Santuário, 2012). É coautor de "Influenciadores digitais católicos: efeitos e perspectivas" (Ed. Ideias & Letras/Paulus, 2024).
Foi membro da Comissão Especial para o "Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil", da CNBB. De 2008 a 2012, coordenou o escritório brasileiro da Fundação Ética Mundial (Stiftung Weltethos), fundada por Hans Küng.
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Artigos acadêmicos by Moisés Sbardelotto
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Sbardelotto analisa como essa experiência das redes sociais vai não só mudando a relação entre Igreja e seus fiéis, mas vai também constituindo outro modo de “ser católico”. “Para além de uma prática ritual de fé, emergem práticas comunicacionais midiáticas sobre a religião, que produzem (micro)transformações no próprio catolicismo, cuja construção comum é reivindicada pelos diversos interagentes em rede”, analisa. O pesquisador também reflete como se dá a relação entre a tradição católica — e da Igreja como um todo — e a mudança, a atualização para esse outro momento. “O catolicismo, na era digital, continua se manifestando como historicamente enraizado e institucionalmente estruturado, mas também como simbolicamente fluido e comunicacionalmente ressignificado”, aponta.
E cada casa também não se fechou, mas pôde se conectar com outros lares, unindo pessoas, famílias, grupos e comunidades em encontros de oração, formação e organização de ações pela internet. Os ambientes digitais, assim, escancararam as portas das nossas casas ao mundo, fazendo com que nos sentíssemos “reconvocados para fora” (ekklesia), para o “céu aberto” da comunicação, ao encontro de nossos irmãos e irmãs de fé.
Mesmo em um período de distanciamento social, a Igreja pôde continuar sendo – e talvez até mais – “em saída”, como pede Francisco. Agora, porém, pelas “estradas digitais”, que, como diz o papa em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2014, estão “congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança”.
A relação entre os termos “pós-verdade” e fake news, as redes sociais e suas possibilidades de disseminar conteúdos falsos e também de dar voz a quem não tinha em outros tempos são alguns pontos abordados por Sbardelotto. O especialista também analisa o contexto das eleições no Brasil e sugere um “processo de conscientização comunicacional” para enfrentar a avalanche de mentiras entre candidatos.
A realidade da Igreja também é lembrada, na qual “certos indivíduos e grupos católicos em rede, muitas vezes, deixam de lado a missão de anunciar a “boa notícia” (good news) para inventar e compartilhar apenas “fake (good) news”, falsificando o Evangelho e o testemunho cristão com suas práticas de ódio e intolerância”.
O texto da mensagem ainda não está disponível - ele será divulgado, como de costume, no dia 24 de janeiro, memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e comunicadores -, mas a nota vaticana já permite tecer algumas considerações sobre o contexto da temática proposta.
Julgar a “natureza das relações na internet” a partir de uma noção elevada de “verdadeira comunidade” e usar a rede apenas como “metáfora” para a ideia de “comunidade solidária” pode levar a ignorar que, também no ambiente digital, o que está em jogo são “pessoas na sua inteireza”.
A relação entre os termos “pós-verdade” e fake news, as redes sociais e suas possibilidades de disseminar conteúdos falsos e também de dar voz a quem não tinha em outros tempos são alguns pontos abordados por Sbardelotto. O especialista também analisa o contexto das eleições no Brasil e sugere um “processo de conscientização comunicacional” para enfrentar a avalanche de mentiras entre candidatos.
A realidade da Igreja também é lembrada, na qual “certos indivíduos e grupos católicos em rede, muitas vezes, deixam de lado a missão de anunciar a “boa notícia” (good news) para inventar e compartilhar apenas “fake (good) news”, falsificando o Evangelho e o testemunho cristão com suas práticas de ódio e intolerância”.
normas eclesiais, aos pedidos feitos pelos padres sinodais no documento final do Sínodo. Entretanto, o papa não oferece respostas prontas. Ele reconhece que muitas pessoas “conhecem melhor do que
eu e do que a Cúria Romana a problemática da Amazônia, porque vivem lá, por ela sofrem e a amam apaixonadamente” (n. 3). Por isso, ele reapresenta a toda a Igreja o documento final do Sínodo, “de maneira oficial”, convidando a lê-lo integralmente. “Não pretendo substituí-lo nem repeti-lo” (n. 2).
convocado pelo papa Francisco. O convite do Papa foi o de contemplar,
compreender e servir aos povos amazônicos, caminhando juntos sob a inspiração e a orientação do Espírito Santo, a partir de quatro dimensões centrais: cultural, social, ecológica e pastoral. E esta última, segundo Francisco, é a essencial, pois inclui tudo. Embora a assembleia especial já tenha sido concluída, o caminho sinodal pelas estradas amazônicas continua.
Além de socialmente relevante, trata-se de um processo que afeta de modo direto o desenvolvimento da pastoral, da evangelização, da teologia e da comunicação eclesial. É também uma questão cultural, que atravessa as barreiras das religiosidades, uma vez que tais influenciadores alcançam e mobilizam pessoas comuns por meio de poderosas dinâmicas tecnológicas.
O foco deste livro é justamente compreender em profundidade esse fenômeno e suas possíveis consequências socioeclesiais. Fruto de uma pesquisa realizada ao longo de mais de dois anos, esta obra interliga de modo profícuo os campos da Comunicação e da Teologia. Com linguagem simples e acessível, aborda aspectos cruciais da cultura midiática, dos estudos de celebridades, da midiatização da religião, e da evangelização digital.
A partir de um exame crítico e criterioso de casos empíricos, oferece-se, com isso, uma reflexão fundamental e até então inédita, a fim de conhecer e lidar com o fenômeno da influência digital, particularmente católica, mas também em outros âmbitos sociais e religiosos.
Este livro eletrônico, resultado dos debates realizados nessa jornada, quer contribuir com a reflexão e a análise da semântica das religiões – entendida especificamente como os sentidos religiosos em circulação comunicacional nas diversas mídias – em diálogo com as mulheres e os homens da sociedade contemporânea.
Nos textos aqui reunidos, busca-se debater em perspectiva comunicacional a midiatização das religiões no contexto da tecnocultura, analisando criticamente as semânticas religiosas na sociedade contemporânea. Também examina-se a comunicação religiosa e seus discursos, linguagens, signos e símbolos em midiatização e seus significados para a cultura e a sociedade atuais. A partir da análise do conceito de midiatização no âmbito das religiões, percebem-se os desvios e deslocamentos no processo de ser religioso na contemporaneidade. Por fim, também reflete-se sobre os novos modos de ser religioso proporcionados pelas manifestações comunicacionais e midiáticas da religiosidade, do sagrado e da fé.
Para as religiões em geral, esse é um grande desafio contemporâneo. O ambiente digital emerge como um novo lócus religioso e teológico. Formam-se novas modalidades de percepção, de experiência e de expressão do “sagrado” em novos ambientes comunicacionais. E as práticas sociais no ambiente on-line, a partir de lógicas midiáticas, complexificam o fenômeno religioso. O “sagrado” passa a circular, fluir, deslocar-se nos meandros da internet por meio de uma ação não apenas do âmbito da “produção” eclesiástica nem só industrial-midiática, mas também mediante uma ação comunicacional das inúmeras pessoas conectadas.
Isso diz respeito especialmente às tradições religiosas mais históricas, como o Cristianismo, dada a sua existência bimilenar, em sua relação com esse novum comunicacional contemporâneo. Diante desses “sinais dos tempos” comunicacionais, a Igreja e as religiões são impelidas a modificar suas estruturas comunicacionais e seus sistemas internos e externos de significação do sagrado em sociedade. Que desdobramentos isso pode provocar, ou, melhor, já está provocando?