Papers by Jair Batista da Silva
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Bahia: análise e dados, 2011
A juventude como objeto de pesquisa acadêmica e políticas públicas tem recebido a atenção dos mai... more A juventude como objeto de pesquisa acadêmica e políticas públicas tem recebido a atenção dos mais variados atores sociais: universidades, ONGs, Estado em seus diferentes níveis (União, estados e municípios), organismos internacionais, partidos políticos, entidades estudantis, organizações religiosas, etc. Ocorre que a concepção de juventude – por mais que seja polissêmica devido ao contexto social, econômico, político e cultural que a informa, como se tentará mostrar a seguir – não deve ser pensada como algo homogêneo, pois são diversas as suas clivagens e diferenciações internas (classe, cor/raça, espaço etc.). Por essa razão, o objetivo deste texto é abordar a associação entre juventude e discriminação racial com a finalidade de evidenciar o lugar social ocupado pela juventude na Bahia, especialmente o reconhecimento social inferiorizado conferido à juventude não branca.
Para dar conta desta tarefa será tomado como referência o estudo do mercado de trabalho dos jovens que tinham entre 18 e 24 anos de idade, recortando este grupo pela variável cor/raça e considerando como universo pesquisado o estado da Bahia. O marco temporal será a década de 2000, mais especificamente os anos de 2002 e 2008, visto que se pretende discutir as transformações mais recentes no mercado de trabalho dos jovens baianos e estes dois momentos servem para expressar um retrato parcial, mas representativo do que ocorreu no período
Revista Prelúdios, 2013
O objetivo deste texto é discutir a noção de experiência em três autores da tradição crítica
a pa... more O objetivo deste texto é discutir a noção de experiência em três autores da tradição crítica
a partir da exposição daquela noção em Thompson, Benjamin e Adorno. Parte-se da
hipótese segundo a qual a experiência serve como ponto de crítica das relações de classe,
da narrativa e sociedade administrada. Para isso recuperamos o caráter histórico, corporal,
narrativo e político da experiência. Nos três autores que tomamos para discutir,
tal noção é possível, mesmo considerando suas particularidades teóricas. As similitudes
residem precisamente na forma como a experiência fundamenta e permite realizar o
diagnóstico da sociedade existente, sublinhando os elementos alienadores e as possibilidades
de sua superação, e, ademais, na construção de um pensamento crítico ou uma
reflexão que vislumbre na práxis social cotidiana as possibilidades de emancipação
Revista Temáticas, 2007
O objetivo deste trabalho é investigar qual o sentido dado por Marx à noção de inversão. Como é s... more O objetivo deste trabalho é investigar qual o sentido dado por Marx à noção de inversão. Como é sabido, Marx afirmou que inverteu a dialética hegeliana para extrair dela o nódulo racional. Assim sendo, pretende-se verificar se o sentido desta noção é o mesmo ou se ela sofre transformações em momentos diferentes da sua obra. Para isso, pesquisamos obras referentes a momentos distintos de sua trajetória intelectual com a pretensão de evidenciar a polissemia que a inversão adquire quando se comparam textos de períodos diversos. Por isso, nos baseamos na hipótese segundo a qual Marx introduz conteúdo diferente à noção quer se tome os textos do início de produção intelectual (Os Manuscritos econômico-filosóficos), quer se investigue a sua obra mais importante (O Capital).

Caderno CRH, 2015
O objetivo deste artigo é indicar elementos para a seguinte indagação: para onde foram os sindica... more O objetivo deste artigo é indicar elementos para a seguinte indagação: para onde foram os sindicatos? Para tanto, analisamos as duas principais centrais sindicais do país: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical (FS), tanto em seu ideário quanto em relação às suas respectivas atuações sindicais. Nossa hipótese central é que o sindicalismo brasileiro recente, denominado como novo sindicalismo, sofreu grandes transformações ao longo de mais de três décadas, que acabaram por alterar significativamente suas práticas e concepções sindicais. Isso se verificou especialmente em seu núcleo mais importante, a CUT, resultante direta do novo sindicalismo, cuja atuação sindical distanciou-se do chamado sindicalismo combativo, dotado de claro caráter de classe, para práticas sindicais predominantemente voltadas para as negociações visando à ampliação dos espaços de cidadania. Para realizar esta análise nosso trabalho recorreu às principais resoluções de congressos, plenárias, documentos e às pesquisas que analisaram as práticas sindicais durante as décadas mais recentes
Book Reviews by Jair Batista da Silva
Revista Interseções, 2009
Resenha do livro "Trabalho, cidadania e reconhecimento" de Josué Pereira da Silva. São Paulo: Ann... more Resenha do livro "Trabalho, cidadania e reconhecimento" de Josué Pereira da Silva. São Paulo: Annablume, 2008. 165p.
Caderno CRH, 2011
Resenha do livro "Trabalho imaterial: Marx e o
debate contemporâneo". São Paulo: Annablume.
FAPES... more Resenha do livro "Trabalho imaterial: Marx e o
debate contemporâneo". São Paulo: Annablume.
FAPESP, 2009. 161p.
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Revista Critica Marxista, 2010
A discussão teórica e política mais recente tem sublinhado que as lutas, os conflitos e os embate... more A discussão teórica e política mais recente tem sublinhado que as lutas, os conflitos e os embates orientam-se por demandas por igualdade efetiva, o que significa
considerar reivindicações de natureza material e culturais. Até aqui, a polêmica tem
sido travada em torno da questão econômica (redistribuição) e reivindicações de
natureza identitária (reconhecimento). Esquematicamente, pode-se dizer que,
de um lado, encontram-se aqueles preocupados com as desigualdades em virtude
da exploração e da dominação de classe; de outro, aqueles atentos às reivindicações de caráter cultural. Tal polêmica tem estimulado a produção de teorizações
sobre a natureza dos embates no mundo atual. Serão essas lutas definidas apenas
por reconhecimento concebido como modelo identitário ou como modelo de
status?1
E, mais ainda: reconhecimento e redistribuição são termos irredutíveis,
logo impossíveis de serem incorporados a uma teoria abrangente acerca das lutas
sociais? Haveria possibilidade teórica, e política, de combinar tais lutas com a luta
de classe? Haveria espaço na teoria marxista para incorporar essa problemática?
Em caso afirmativo, como isso seria possível? A discussão a seguir procura oferecer
elementos para o entendimento dessas questões para, no final, expor as lacunas presentes nessas teorizações a partir de um ponto de vista que consideramos marxista
Books by Jair Batista da Silva
marxismo21, 2021
Neste terceiro E-book de marxismo21, Racismo, etnia e lutas de classes no debate marxista, são pu... more Neste terceiro E-book de marxismo21, Racismo, etnia e lutas de classes no debate marxista, são publicados 23 artigos escritos por 26 autores(as) que analisam a questão étnico-racial e sua relação com as lutas de classes a partir da teoria marxista.
O livro foi organizado por Danilo Enrico Martuscelli e Jair Batista da Silva e está dividido em sete partes principais: 1. Os pioneiros no debate marxista sobre a questão racial na América Latina e no Brasil; 2. Análises clássicas de marxistas brasileiros sobre as lutas e a posição do negro na sociedade brasileira; 3. Eurocentrismo, colonialismo e antirracismo; 4. Movimento comunista, questão negra e luta de classes; 5. Marxismo e questão indígena: teoria, programa e resistências; 6. Os intelectuais marxistas e o debate sobre a questão racial no Brasil; e 7. Capitalismo, antirracismo e luta de classes.
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Papers by Jair Batista da Silva
Para dar conta desta tarefa será tomado como referência o estudo do mercado de trabalho dos jovens que tinham entre 18 e 24 anos de idade, recortando este grupo pela variável cor/raça e considerando como universo pesquisado o estado da Bahia. O marco temporal será a década de 2000, mais especificamente os anos de 2002 e 2008, visto que se pretende discutir as transformações mais recentes no mercado de trabalho dos jovens baianos e estes dois momentos servem para expressar um retrato parcial, mas representativo do que ocorreu no período
a partir da exposição daquela noção em Thompson, Benjamin e Adorno. Parte-se da
hipótese segundo a qual a experiência serve como ponto de crítica das relações de classe,
da narrativa e sociedade administrada. Para isso recuperamos o caráter histórico, corporal,
narrativo e político da experiência. Nos três autores que tomamos para discutir,
tal noção é possível, mesmo considerando suas particularidades teóricas. As similitudes
residem precisamente na forma como a experiência fundamenta e permite realizar o
diagnóstico da sociedade existente, sublinhando os elementos alienadores e as possibilidades
de sua superação, e, ademais, na construção de um pensamento crítico ou uma
reflexão que vislumbre na práxis social cotidiana as possibilidades de emancipação
Book Reviews by Jair Batista da Silva
debate contemporâneo". São Paulo: Annablume.
FAPESP, 2009. 161p.
considerar reivindicações de natureza material e culturais. Até aqui, a polêmica tem
sido travada em torno da questão econômica (redistribuição) e reivindicações de
natureza identitária (reconhecimento). Esquematicamente, pode-se dizer que,
de um lado, encontram-se aqueles preocupados com as desigualdades em virtude
da exploração e da dominação de classe; de outro, aqueles atentos às reivindicações de caráter cultural. Tal polêmica tem estimulado a produção de teorizações
sobre a natureza dos embates no mundo atual. Serão essas lutas definidas apenas
por reconhecimento concebido como modelo identitário ou como modelo de
status?1
E, mais ainda: reconhecimento e redistribuição são termos irredutíveis,
logo impossíveis de serem incorporados a uma teoria abrangente acerca das lutas
sociais? Haveria possibilidade teórica, e política, de combinar tais lutas com a luta
de classe? Haveria espaço na teoria marxista para incorporar essa problemática?
Em caso afirmativo, como isso seria possível? A discussão a seguir procura oferecer
elementos para o entendimento dessas questões para, no final, expor as lacunas presentes nessas teorizações a partir de um ponto de vista que consideramos marxista
Books by Jair Batista da Silva
O livro foi organizado por Danilo Enrico Martuscelli e Jair Batista da Silva e está dividido em sete partes principais: 1. Os pioneiros no debate marxista sobre a questão racial na América Latina e no Brasil; 2. Análises clássicas de marxistas brasileiros sobre as lutas e a posição do negro na sociedade brasileira; 3. Eurocentrismo, colonialismo e antirracismo; 4. Movimento comunista, questão negra e luta de classes; 5. Marxismo e questão indígena: teoria, programa e resistências; 6. Os intelectuais marxistas e o debate sobre a questão racial no Brasil; e 7. Capitalismo, antirracismo e luta de classes.
Para dar conta desta tarefa será tomado como referência o estudo do mercado de trabalho dos jovens que tinham entre 18 e 24 anos de idade, recortando este grupo pela variável cor/raça e considerando como universo pesquisado o estado da Bahia. O marco temporal será a década de 2000, mais especificamente os anos de 2002 e 2008, visto que se pretende discutir as transformações mais recentes no mercado de trabalho dos jovens baianos e estes dois momentos servem para expressar um retrato parcial, mas representativo do que ocorreu no período
a partir da exposição daquela noção em Thompson, Benjamin e Adorno. Parte-se da
hipótese segundo a qual a experiência serve como ponto de crítica das relações de classe,
da narrativa e sociedade administrada. Para isso recuperamos o caráter histórico, corporal,
narrativo e político da experiência. Nos três autores que tomamos para discutir,
tal noção é possível, mesmo considerando suas particularidades teóricas. As similitudes
residem precisamente na forma como a experiência fundamenta e permite realizar o
diagnóstico da sociedade existente, sublinhando os elementos alienadores e as possibilidades
de sua superação, e, ademais, na construção de um pensamento crítico ou uma
reflexão que vislumbre na práxis social cotidiana as possibilidades de emancipação
debate contemporâneo". São Paulo: Annablume.
FAPESP, 2009. 161p.
considerar reivindicações de natureza material e culturais. Até aqui, a polêmica tem
sido travada em torno da questão econômica (redistribuição) e reivindicações de
natureza identitária (reconhecimento). Esquematicamente, pode-se dizer que,
de um lado, encontram-se aqueles preocupados com as desigualdades em virtude
da exploração e da dominação de classe; de outro, aqueles atentos às reivindicações de caráter cultural. Tal polêmica tem estimulado a produção de teorizações
sobre a natureza dos embates no mundo atual. Serão essas lutas definidas apenas
por reconhecimento concebido como modelo identitário ou como modelo de
status?1
E, mais ainda: reconhecimento e redistribuição são termos irredutíveis,
logo impossíveis de serem incorporados a uma teoria abrangente acerca das lutas
sociais? Haveria possibilidade teórica, e política, de combinar tais lutas com a luta
de classe? Haveria espaço na teoria marxista para incorporar essa problemática?
Em caso afirmativo, como isso seria possível? A discussão a seguir procura oferecer
elementos para o entendimento dessas questões para, no final, expor as lacunas presentes nessas teorizações a partir de um ponto de vista que consideramos marxista
O livro foi organizado por Danilo Enrico Martuscelli e Jair Batista da Silva e está dividido em sete partes principais: 1. Os pioneiros no debate marxista sobre a questão racial na América Latina e no Brasil; 2. Análises clássicas de marxistas brasileiros sobre as lutas e a posição do negro na sociedade brasileira; 3. Eurocentrismo, colonialismo e antirracismo; 4. Movimento comunista, questão negra e luta de classes; 5. Marxismo e questão indígena: teoria, programa e resistências; 6. Os intelectuais marxistas e o debate sobre a questão racial no Brasil; e 7. Capitalismo, antirracismo e luta de classes.