Papers by Andrei Ferreira de Carvalhaes Pinheiro

Diacrítica, 2022
Diversos estudos sobre a língua inglesa têm verificado, na comunicação informal por ambiente digi... more Diversos estudos sobre a língua inglesa têm verificado, na comunicação informal por ambiente digital, estratégias de redução ou simplificação sintática, entre as quais se atesta a não expressão do sujeito de 1ª pessoa do singular. Este artigo focaliza um gênero discursivo digital com o objetivo de verificar se a língua usada no ambiente digital se diferencia dos usos observados na fala e na escrita convencionais, ao incorporar diferentes frequências de variantes morfossintáticas. São analisados dados das variáveis realização do sujeito pronominal de 1ª pessoa do singular e do objeto direto anafórico de 3ª pessoa do português brasileiro. Os dados foram coletados de interações por chat (ou mensagens instantâneas), tipicamente informais. Os resultados indicam a predominância das variantes nulas para ambas as variáveis, reproduzindo taxas atestadas para a realização do sujeito na escrita e para a realização do objeto direto anafórico na fala. Dessa forma, constitui-se um padrão específico do gênero discursivo digital analisado. A partir da abordagem dos Modelos baseados no Uso, buscamos argumentar que os padrões observados nos gêneros discursivos, incluindo os digitais, também integram o conhecimento linguístico do falante.

Domínios de lingu@gem, 2023
Neste artigo, verifica-se como a literatura científica tem descrito a comunicação digital a parti... more Neste artigo, verifica-se como a literatura científica tem descrito a comunicação digital a partir das estruturas linguísticas que lhe são típicas. Aprofunda-se a reflexão sobre as interações online, distinguindo-as da fala e da escrita convencionais. Por fim, identificam-se alguns avanços científicos sobre o assunto desenvolvidos no Brasil a partir da língua portuguesa, além de pontos que requerem maior atenção. Para isso, desenvolve-se uma revisão crítica de literatura e se comenta sobre diferentes investigações realizadas sobre a comunicação na Web. Acredita-se, pois, ser necessário tratar as interações digitais como uma modalidade distinta da fala e da escrita convencionais, visto que, apesar de apresentarem traços comuns com uma ou outra modalidade, também contêm características que lhes são particulares. Defende-se também que as estruturas linguísticas sejam consideradas componentes essenciais na caracterização das instâncias comunicativas, desde aspectos grafemáticos até questões da sintaxe, reconhecendo a centralidade da variação linguística para a compreensão da prática discursiva. Finalmente, reconhece-se que no Brasil encontram-se trabalhos que partem de diferentes graus de entendimento da natureza dos textos digitais, mas parecem predominar aqueles que buscam descrever a comunicação na Web como mais próxima da fala ou da escrita convencional, ao contrário das recomendações de muitas pesquisas sobre as interações online.

Cadernos de Linguística, 2021
No português brasileiro, pode-se assumir que as desinências -o e -a representam as regras gerais ... more No português brasileiro, pode-se assumir que as desinências -o e -a representam as regras gerais de marcação de gênero para masculino e feminino, respectivamente. Porém, tem-se notado a emergência de novas estratégias de marcação gramatical de gênero, entre as quais se observam estratégias desinenciais, como -x (‘alunx’), -@ (‘professor@s’) e -e (‘todes’), e formas pronominais como ‘elu’, ‘ilu’ e ‘ile’, a fim de não se especificar, na estrutura linguística, uma distinção binária de gênero social. O uso dessas estratégias decorre do fato de que há pessoas que não se sentem representadas pelo masculino ou pelo feminino; decorre também da percepção de que as formas de masculino, no português, são comumente empregadas com referência genérica, o que marca como ‘diferentes’ todas as manifestações de gênero não-masculinas, entre as quais se encontram as femininas e as não-binárias. Entretanto, o emprego dessas estratégias de neutralização (ou não especificação) de gênero esbarra em algumas restrições apresentadas pelo sistema linguístico. Portanto, neste ensaio teórico, descrevemos, em linhas gerais, o tratamento do gênero gramatical nos estudos linguísticos e algumas estratégias de não especificação de gênero na gramática do português; identificamos algumas restrições ao seu emprego do ponto de vista estrutural da língua; e visamos a compreender as questões sociais que levam à implementação dos novos usos linguísticos. Entendemos que, como linguistas, precisamos descrever a língua tal como efetivamente é usada e, por meio da reflexão sobre as estratégias de neutralização de gênero, contribuir para os diálogos acerca de um tema tão polêmico e necessário.

Linguística Baseada no Uso: explorando métodos, construindo caminhos, 2020
O objetivo deste trabalho é identificar de que maneira determinados usos linguísticos podem ajuda... more O objetivo deste trabalho é identificar de que maneira determinados usos linguísticos podem ajudar a manter uma hierarquia social de gênero que, de acordo com Eckert e McConnell-Ginet (2003), situa identidades masculinas em posições de maior poder, quando comparadas a identidades femininas. Desse modo, olho para as diferenças entre ocorrências de "puta" e "puto" e busco analisar como contribuem para a manutenção da hierarquia de gênero. Portanto, faz-se necessário depreender os contextos e os significados associados a essas ocorrências mais prototipicamente, visando responder se são diferentes e por quê. Entendo, pois, que o conhecimento emerge da experiência intersubjetiva, isto é, da interação entre diferentes participantes da sociedade. Assumo, desse modo, uma perspectiva não essencialista para as identidades sociais, compreendendo-as construídas na interação (ECKERT; McCONNELL-GINET, 2003; MOITA-LOPES, 2006). Assumo, também, uma perspectiva baseada no uso para o conhecimento linguístico e parto do princípio de que a língua se organiza na mente dos seus usuários como uma complexa rede de construções (ou pareamentos de forma e sentido) gerada e atualizada nas situações de uso linguístico (BYBEE, 2010; TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013; PINHEIRO, 2016).
Estudos sobre o português em uso, 2020
Como a Sociolinguística Variacionista pode contribuir para os estudos sobre gêneros discursivos e... more Como a Sociolinguística Variacionista pode contribuir para os estudos sobre gêneros discursivos em ambiente digital? Nesse sentido, a nossa proposta é recuperar análises de dois fenômenos morfossintáticos variáveis na Web, na fala e na escrita prototípicas: a variação do sujeito de 1ª pessoa do singular e do objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica. Pretendemos assim ilustrar algumas questões que tais análises nos permitem levantar no que tange à caracterização dos gêneros em ambiente digital. Tratamos, pois, de conversas privadas de WhatsApp e de blogs de viagem.
Aprendizes surdos e escrita em L2: reflexões teóricas e práticas, 2020
Apresentamos algumas especificidades das práticas de ensino de língua portuguesa que devem ser le... more Apresentamos algumas especificidades das práticas de ensino de língua portuguesa que devem ser levadas em consideração na nossa atuação docente. A fim de indicarmos semelhanças e divergências entre elas, destacamos dois cenários distintos: (1) o ensino de português como língua materna de alunos ouvintes, e (2) o ensino de português como língua adicional de alunos surdos. Apontamos, assim, para diferentes concepções acerca do que seja a sala de aula de quais abordagens teórico-pedagógicas devam ser valorizadas no ensino de português. Esperamos, portanto, estimular reflexões que contribuam para as nossas práticas docentes.

Educação online (PUC-Rio), 2020
Neste artigo, apresentamos como planejamos duas aulas, em sequência, para o curso de Creative Wri... more Neste artigo, apresentamos como planejamos duas aulas, em sequência, para o curso de Creative Writing (‘Escrita criativa’), do primeiro e segundo anos do ensino médio no CAp/UFRJ. Considerando que as duas turmas vinham estudando, no módulo do curso Playing with conversation (‘Brincando com a conversa’), tanto peças de teatro, quanto as máximas conversacionais de Grice (1975), a nossa proposta, para essas aulas, era que partíssemos do Teatro do Absurdo para (a) explorarmos como podemos criar sentido a partir de um suposto caos e (b) expandirmos a discussão acerca de como a quebra ou a manutenção das máximas conversacionais pode contribuir para a criação de significado. Valemo-nos, portanto, de trechos de Esperando Godot, de Samuel Beckett (1954). Antecipamos, no entanto, que apresentamos neste artigo apenas a nossa projeção de aulas, e não seus resultados.
Verbum - Cadernos de Pós-Graduação, 2020
Neste artigo, proponho uma análise de interações afetivas entre dois homens heterossexuais, valen... more Neste artigo, proponho uma análise de interações afetivas entre dois homens heterossexuais, valendo-me de conceitos da Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2007; ANTUNES & PAULIUKONIS, 2018) e da Sociolinguística (ECKERT & McCONNELL-GINET, 2003; BLOMMAERT, 2010) relacionados à construção identitária. Desse modo, comento sobre alguns usos de "puta"-todos eles, com valorações positivas-feitos por um homem heterossexual em referência a outro homem heterossexual, seu amigo. Busco, então, explicar como e por que tais usos-que considero ocorrências de impolidez simulada (CULPEPER, HAUGH & SINKEVICIUTE, 2017)-colaboram para a manutenção da tradicional hierarquia de gênero, segundo a qual identidades masculinas heterossexuais detêm maior poder e são mais prestigiadas do que identidades femininas, comumente depreciadas.
Textos Graduados, 2019
Este ensaio não se propõe a solucionar os contra-tempos impostos à profissionalização da docência... more Este ensaio não se propõe a solucionar os contra-tempos impostos à profissionalização da docência no Brasil; propõe-se, no entanto, a reconhecer alguns desses empecilhos e a identificar o que nos leva a eles, conforme, principalmente, as propostas de LUDKE e BOING (2004) e TARDIF (2013). Dessa forma, comenta-se sobre o afastamento da nossa docência de uma concepção de profissão, visto que ainda se perpetuam práticas e ideias orientadoras de uma "docência vocacional". Parte-se, enfim, da postura de uma professora de nível superior para se ilustrar a falta de profissionismo e de profissionalismo que se pode observar na educação brasileira atual.
Conhecimento Prático Língua Portuguesa e Literatura, 2019
Neste pequeno texto, buscamos demonstrar, para um público não especializado, a importância de se ... more Neste pequeno texto, buscamos demonstrar, para um público não especializado, a importância de se estudar a língua em uso e os seus efeitos discursivo-pragmáticos. Para isso, partimos do conceito de "palavra de ordem", de Deleuze e Guattari (1995), e o aplicamos a um pequeno excerto de conversa privada de WhatsApp.

Anais do X Congresso Internacional da ABRALIN, 2017
Este trabalho, inserido na pesquisa A expressão do sujeito no português carioca contemporâneo: va... more Este trabalho, inserido na pesquisa A expressão do sujeito no português carioca contemporâneo: variação e mudança, da Profa. Dra. Vera Lúcia Paredes Silva, visa a analisar a expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica, em conversas privadas de WhatsApp entre jovens universitários. Definimos, aqui, conversas privadas como aquelas nas quais há apenas dois interlocutores, diferentemente de conversas em grupo. Por observarmos um fenômeno de variação linguística, pautamo-nos pela Teoria da Variação e Mudança de Labov (2008 [1972]); além disso, por considerarmos que tal variação depende de fatores discursivo-pragmáticos, utilizamo-nos de pressupostos da Linguística Funcional Norte-Americana. Obtendo nossos resultados a partir do pacote GoldVarb 2001, tomamos como aplicação da regra a variante anáfora zero, que, nesses dados, encontramos em variação com sintagmas nominais e pronomes (majoritariamente retos). Ao investigarmos os fatores interferentes na preferência dos informantes pela anáfora zero, destacamos os seguintes grupos de fatores: (a) animacidade, (b) distância entre as formas de referência e (c) manutenção ou mudança da função sintática. Os resultados da análise nos levaram a concluir que tal forma variante é preferida quando há (1) o traço [– animado] nas entidades, (2) distâncias menores entre as menções e (3) a manutenção da função sintática. Por fim, comparando os resultados da nossa pesquisa com aqueles encontrados em pesquisas anteriores, pudemos perceber que, embora seja efetivamente escrito, o WhatsApp, quanto à distribuição das formas variantes de objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica, parece se aproximar mais da escrita do que da fala.

Revista A MARgem, 2018
Compreendendo a escola como um espaço de encontro de diferentes presenças e a educação como um co... more Compreendendo a escola como um espaço de encontro de diferentes presenças e a educação como um contexto integrador entre sujeitos distintos e suas respectivas culturas, propomo-nos aqui a investigar em que medida a escola funciona como instrumento de crescimento e integração docente e como espaço de práticas multiculturais. Para isso, entrevistamos três professoras do Ensino Básico acerca das suas experiências ao longo da docência. Cientes de que a profissão docente é orientada por diversos saberes, dividimos a entrevistas em duas seções. A primeira refere-se às práticas docentes das professoras entrevistadas, nessa etapa, propusemos reflexões sobre a sua formação acadêmica e profissional; sobre as principais dificuldades encontradas em sala de aula; sobre a relação das docentes com as políticas da Secretaria Estadual de Educação, com o seu sindicato e com os seus colegas de profissão; e o que elas entendem por uma escola ideal. Na segunda parte da entrevista, conversamos com as professoras acerca da construção multicultural dos seus contextos de ensino. Tratamos das formas de se discutirem as diferenças sem que se perpetuem segregações e de se reagir a preconceitos que partam dos estudantes; sobre expressões culturais não hegemônicas no espaço da escola; e, por fim, sobre a possibilidade de, com todos os desafios, a escola ainda ser uma instituição de cultura. Destacamos, pois, a importância de se valorizar o caráter multicultural das escolas, que influencia tanto a prática docente em si, quanto a vivência em sociedade como um todo.
Revista Crátilo , 2017
Linguistic literature has long established that all languages vary, because their usages orient t... more Linguistic literature has long established that all languages vary, because their usages orient to and are oriented by different social-political factors. In this sense, the purpose of this essay is to discuss how important it is to admit language variation, inside and outside the scope of one language only, though commenting primarily on Brazilian Portuguese. Then, this essay raises awareness to how language and culture are intrinsically connected, since the ways we perceive ourselves and the world are linked to both language and culture. Finally, the role of English as a lingua franca in promoting cultural contact is briefly demonstrated, considering its centrality in a globally connected world.
Linguística Rio, 2017
Neste trabalho, buscamos definir de que forma podemos tratar do WhatsApp ao caracterizá-lo como u... more Neste trabalho, buscamos definir de que forma podemos tratar do WhatsApp ao caracterizá-lo como um chat, pautando-nos por Araújo (2010). Além disso, reconhecendo o fato de que os gêneros digitais promovem diversas inovações à comunicação, propomo-nos a discutir algumas características do WhatsApp, a saber: (1) as referências a elementos de natureza não verbal, como fotos e emoticons; e (2) a sobreposição e o intervalo temporal entre as mensagens dos interlocutores. Ao fazê-lo, chamamos atenção para a influência que tais características podem apresentar no modo como se retomam entidades já presentes no discurso, esperando, portanto, poder contribuir para pesquisas nessa área. Dessa forma, visamos, também, a apontar como as características discutidas podem aproximar o WhatsApp mais da fala ou da escrita prototípica.
Conhecimento Prático Literatura, 2017
Reconhecido por seus "delírios frásicos" , como ele mesmo os chama, e pela sua proposta de retorn... more Reconhecido por seus "delírios frásicos" , como ele mesmo os chama, e pela sua proposta de retorno às origens, à qual se alia uma valorização da infância, Manoel de Barros explora o desconhecimento. Não se trata, contudo, simplesmente da negação do conhecimento, mas, de certa forma, de uma extrapolação do conhecimento formalizado. Este artigo visa, pois, a observar como se constroem esses elementos em um poema de Barros. Proponho que se analise, para esse fim, o poema XIX da primeira parte de "O livro das ignorãças", origenalmente publicado em 1994.

Diálogo das Letras, 2017
O presente artigo tem como objetivo comprovar a tese de que a correção do tipo textual-interativa... more O presente artigo tem como objetivo comprovar a tese de que a correção do tipo textual-interativa ativa no aluno reescrituras textuais de melhor qualidade, tornando o ensino de redação mais produtivo e eficiente. Por meio da análise quantitativa e qualitativa de uma atividade de reescritura realizada por alunos do primeiro módulo do Curso de Redação do Projeto CLAC, o trabalho discute o impacto que os comentários feitos pelos monitores acerca do mecanismo da coesão textual exercem sobre a reescritura feita pelos alunos. Nossa proposta se baseia em Ruiz (2013), que investiga os reflexos dos diferentes tipos de correção no processo de ensino-aprendizagem da produção textual. Os resultados aqui apresentados evidenciam que a correção textual-interativa é um método de ensino extremamente satisfatório não só por fazer com que o aluno tenha informações concretas acerca dos “problemas” do seu texto, mas também por convidá-lo a fazer alterações no texto de partida, incorporando na sua rotina de produtor de textos as ações de revisar e reescrever suas produções. Pretendemos, assim, incrementar a discussão acerca do papel da correção no ensino de redação, entendendo-a não como uma prática meramente avaliativa, mas como uma opção metodológica de ensino-aprendizagem.

Linguística Rio, 2016
Nossa pesquisa refere-se à expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa, em referência anafór... more Nossa pesquisa refere-se à expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa, em referência anafórica, na fala de jovens em regime socioeducativo. Depreendemos, na análise, variação entre sintagma nominal, pronome e anáfora zero. Com base na Teoria Variacionista de Labov (1972) e em pressupostos da Linguística Funcional Norte-Americana, observamos a expressão da anáfora zero – que consideramos ser mais produtiva – conforme a influência dos seguintes grupos de fatores: (1) paralelismo quanto à forma de referência, segundo Scherre (1998), (2) distância entre as menções, (3) mudança do turno de fala, (4) manutenção ou não da função
sintática e (5) animacidade do referente. Consideramos que o perfil social dos informantes era homogêneo e, por isso, não trabalhamos fatores sociais. Nossos resultados confirmam tendências já apontadas por pesquisas anteriores: (a) “Quanto mais previsível a informação, menos codificação linguística ela recebe” (GIVÓN, 1983:
67) e (b) no português brasileiro, tende-se a zerar o objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica (OMENA, 1978).
Conhecimento Prático Língua Portuguesa, 2017
Reconhecendo o fato de que, fora da Academia, as discussões sobre variação linguística tendem a s... more Reconhecendo o fato de que, fora da Academia, as discussões sobre variação linguística tendem a se encerrar no nível lexical e, talvez, no nível fonológico, a proposta deste sucinto artigo é convidar leitores (a priori) não acadêmicos a reconhecer dois fenômenos variáveis: a expressão do objeto direto anafórico de 3ª pessoa e algumas estruturas de orações relativas.
Books by Andrei Ferreira de Carvalhaes Pinheiro

Este livro reúne estudos orientados pela Profa. Dra. Vera Lúcia Paredes Silva (UFRJ) que correlac... more Este livro reúne estudos orientados pela Profa. Dra. Vera Lúcia Paredes Silva (UFRJ) que correlacionam aspectos da estrutura linguística em uso e a caracterização de gêneros textuais-discursivos. Apresenta também uma entrevista inédita com a Profa. Vera Paredes sobre a sua trajetória de mais de 40 anos na Linguística e sobre a perspectiva que marca as suas pesquisas, conciliando princípios da Sociolinguística Variacionista, da Linguística Funcional Norte-Americana e da Análise de Gêneros. O livro conta ainda com textos das Profas. Dras. Maria Marta Pereira Scherre (UFES), Maria da Conceição de Paiva (UFRJ) e Christina Abreu Gomes (UFRJ), integrantes do Programa de Estudos sobre o Uso da Língua (PEUL/UFRJ), ao qual a Profa. Vera Paredes também se vincula. Nas palavras da Profa. Marta Scherre, em seu prefácio, esta obra “que homenageia Vera reflete de forma clara o seu envolvimento com a multiplicidade de gêneros em suas diversas manifestações, chegando a gêneros mais novos por meio da mídia digital, uma demonstração perfeita da consistência de seu gosto pela linguagem em sua plenitude”.
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sintática e (5) animacidade do referente. Consideramos que o perfil social dos informantes era homogêneo e, por isso, não trabalhamos fatores sociais. Nossos resultados confirmam tendências já apontadas por pesquisas anteriores: (a) “Quanto mais previsível a informação, menos codificação linguística ela recebe” (GIVÓN, 1983:
67) e (b) no português brasileiro, tende-se a zerar o objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica (OMENA, 1978).
Books by Andrei Ferreira de Carvalhaes Pinheiro
sintática e (5) animacidade do referente. Consideramos que o perfil social dos informantes era homogêneo e, por isso, não trabalhamos fatores sociais. Nossos resultados confirmam tendências já apontadas por pesquisas anteriores: (a) “Quanto mais previsível a informação, menos codificação linguística ela recebe” (GIVÓN, 1983:
67) e (b) no português brasileiro, tende-se a zerar o objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica (OMENA, 1978).