RESENHAS
A HISTÓRIA ORAL E SEUS LUGARES
Ricardo Santhiago*
* Universidade Federal de São Paulo, Instituto das Cidades, São Paulo, SP, Brasil.
GROSSEYE, J.; STEAD, N.; VAN DER PLAAT, D. (org.) Speaking of Buildings: Oral History in
Architectural Research. New York: Princeton Architectural Press, 2019.
Sua data de nascimento – cada vez mais disputada – é 1948. Foi naquele ano
que o historiador estadunidense Allan Nevins criou um escritório de pesquisa, na
Columbia University, devotado à prática de documentação que se valeria dela como
instrumento central: a história oral. Método de pesquisa baseado em entrevistas
abertas com pessoas que viveram ou testemunharam eventos com significado histórico, desde então a história oral transformou-se e aperfeiçoou-se a tal ponto que
a herança de Nevins (baseada na premissa de registrar testemunhos no presente
para arquivamento e uso de pesquisadores no futuro) é uma dentre as muitas das
raízes que a alimentam.
Aprimorado com a contribuição oferecida por saberes oriundos de diferentes
campos disciplinares – a História, a Arquivologia, as Ciências Sociais, a Comunicação, os Estudos Culturais, a Psicologia Social –, o método da história oral também se
espraiou para uma miríade de áreas, em abordagens que podem ou não tangenciar
aquelas dos estudos históricos e sociológicos, que tradicionalmente o empregaram.
Nas últimas duas décadas, volumes sobre o uso da história oral nas artes visuais, na
educação física, na educação matemática, no serviço social, na saúde, entre outros,
têm renovado um fenômeno que parece inevitável: o cíclico redescobrimento da
história oral e sua aclamação como uma novidade bem-vinda, e potencialmente
transformadora, para cada uma dessas áreas.
Somente até o ano de 2019 a arquitetura esteve imune a essa dinâmica: o livro
Speaking of Buildings: Oral History in Architectural Research (2019), organizado por
Janina Gosseye, Naomi Stead e Deborah van der Plaat, vem se unir a títulos desse
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perfil. Figura entre os melhores dele, demonstrando de maneira arguta a indissociabilidade entre pesquisa empírica e reflexão teórico-metodológica na prática de
história oral, e evidenciando a capacidade desse método de promover um enriquecimento epistemológico nos estudos de arquitetura e urbanismo.
Publicado pela Princeton Architectural Press, o livro é composto de doze
capítulos divididos em três partes: “Constructing History” [Construindo história];
“Restitution Histories/Disrupting History” [Histórias de restituição/Disrupcionando
a história, com a licença do neologismo] e “The Unspoken and the Unspeakable” [O
não dito e o indizível]. Os capítulos são abraçados por uma introdução de Janina
Gosseye e uma conclusão da lavra das três organizadoras (que também assinam
aberturas para cada uma das seções), entrançando os princípios que levaram à
publicação, as contribuições de cada capítulo, bem como o debate sobre o potencial e os limites do método na historiografia da arquitetura, delineando assim uma
relação íntima e orgânica entre os textos.
Em diálogo com seu próprio tempo – mas também com a retórica que caracteriza boa parte da literatura de história oral desde os anos 1970 –, a publicação visa
dar um passo adiante na construção de uma historiografia da arquitetura que não
seja “dominada pelas elites, principalmente ocidentais e masculinas”, e enxerga na
história oral um modo de oferecer “abordagens, métodos e estratégias para quebrar
esse silêncio, para contar histórias diferentes” (p. 10).1 Oportunamente, reconhece a
si mesma como mais um gesto – e não como um movimento inaugurador – na construção de contranarrativas, em um plantel que incluiria biografias de arquitetas
mulheres, trabalhos de micro-história, abordagens das relações entre arquitetos e
agentes antes marginalizados, assim como livros baseados em testemunhos, como
o canônico Lived-In Architecture, de Philippe Boudon, de 1972, valioso por contrastar a história do conhecido complexo habitacional de Pessac, de Le Corbusier, na
cidade francesa de Bordeaux, com a experiência narrada por seus habitantes.
A disposição do livro é justamente esta: a de evidenciar que os produtos do
trabalho arquitetural não permanecem congelados ao longo do tempo, e que a
historiografia da arquitetura deve abraçar com mais vigor o caráter dinâmico e a
projeção no tempo de seus objetos, bem como as vozes e as narrativas geralmente
negligenciadas. Ambiciona-se, assim, uma historiografia da arquitetura polivocal,
inclusiva e multifacetada – termos e conceitos que permeiam a obra. Expandir “o
mapa da história arquitetural e de sua historiografia”, escreve Gosseye na introdução, é algo que os pesquisadores podem fazer “reconhecendo que aqueles que
1. Todos os trechos reproduzidos do livro Speaking of Buildings: Oral History in Architectural Research
foram traduzidos pelo autor da resenha.
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usam, ocupam e constroem edifícios possuem um conhecimento espacial singular”;
“adotando uma postura mais inclusiva diante dos narradores [...] que transmitem
histórias dos, e sobre os, edifícios”; e, antes de mais nada, “ouvindo”. “Conseguir
falar de edifícios é uma coisa, ser ouvido é outra” (p. 19).
A primeira parte do livro é composta de quatro ensaios reunidos pela inspiração de construir histórias sobre pessoas, sujeitos e eventos alegadamente
ausentes do registro da história da arquitetura. Jesse Adams Stein e Emma Rowden inauguram os textos do livro com um mergulho interessante na história do
Centro Correcional Maitland, na Austrália, de especial interesse para os estudiosos
dos chamados patrimônios marginais ou difíceis. Elas recuperam os depoimentos
registrados em um projeto de história oral sobre a prisão pouco depois de seu fechamento, em 1998, revisitando-os de maneira tão poderosa quanto singela: revelam
que, não tendo sido conduzidos com essa preocupação, os depoimentos são ricos
em dados sobre os parâmetros arquiteturais da prisão. Como as analistas mostram,
algumas das falas emulam quase visitas guiadas à construção: “A primeira coisa
que você percebe são os grandes muros de arenito...”, diz um oficial penitenciário
cuja narrativa é permeada de referências espaciais, em contraste com sua própria
afirmação sobre seu desinteresse em relação à arquitetura da prisão.
Os dois artigos seguintes trazem ao centro da cena historiográfica personagens fundamentais para a realização e para a crítica da arquitetura. Christine
Wall desafia o protagonismo do arquiteto na arquitetura moderna, entrevistando
empreiteiros e operários da construção civil londrina dos anos 1960 e 1970 que trabalharam em obras brutalistas. “Suas histórias de vida coletivas criam um meio
para escrever uma história alternativa da arquitetura – uma que inclui as relações
e lutas entre diferentes atores” (p. 72), escreve Wall, em perspectiva ecoada no texto
seguinte, sob nova perspectiva. Jessica Kelly discute o papel da história oral no estudo biográfico sobre J. M. Richards, crítico, escritor e editor da revista inglesa The
Architectural Review. “Críticos e jornalistas têm sido percebidos como profissões
auxiliares” (p. 77), aponta Kelly como um dos motivos para as poucas remissões
ao seu personagem, somado à perda de seu arquivo na revista que editou. Tendo
iniciado suas entrevistas de maneira exploratória e como estratégia para acessar
outros fundos documentais, a autora reposicionou o lugar delas na pesquisa à medida que a “personalidade” de Richards se tornou seu foco de interesse.
Destoando dos textos que lhe fazem companhia nesta primeira parte, o ensaio “Action Archive: Oral History as Performance” [Arquivo Ação: História oral
como performance], de Helena Mattson e Meike Schalk, propõe uma revisão do
conceito de arquivo: como outros autores e autoras, elas o entendem não como
coleção estática de documentos, mas como uma “ferramenta ativa” para a escrita
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da história. Insatisfeitas com as lacunas dos arquivos oficiais acerca de projetos
participativos de regeneração urbana em Estocolmo, Mattson e Schalk criaram o
projeto “Action Archive”, baseado em testemunhos abertos, jantares de conversação e discussões públicas – para elas, tais ações configuram-se como “extensões” do
formato da entrevista de história oral, em narrações distintas que podem “revelar
diferentes comunidades imaginadas e as histórias comuns construídas que reproduzem a identidade de grupo” (p. 109).
A segunda parte do livro erige o argumento de que certas pessoas e grupos
não estiveram apenas ausentes da história da arquitetura mais canônica: foram,
com efeito, dela intencionalmente excluídos, em razão de classe, raça, gênero e
suas intersecções. O sujeito que emerge como protagonista do cânone é o arquiteto
homem e branco – e, por esse motivo, afirma-se a necessidade de uma restituição
que, por alterar as tais bases, seria disruptiva. Ironicamente, o primeiro artigo, de
autoria de Karen Burns, intitulado “Oral History as Activism: The Public Politics
of Spoken Memory” [História oral como ativismo: A política pública da memória
falada] redimensiona a grandiloquência de afirmações como essa, ao concordar
com Despina Stratigakos a respeito de que a lacuna de gênero na historiografia da
arquitetura persiste, apesar dos esforços de inúmeros pesquisadores. Obliquamente, Burns sugere que ações públicas de rememoração – como os projetos Parlour e
Voices of Experience, da Austrália e da Escócia, respectivamente –, e não pesquisas
acadêmicas strictu senso, pressionariam de maneira mais eficaz a memória coletiva.
O artigo seguinte chega a conclusões similares: Sandra Parvu e Alice Sotgia
tratam das ações de coletivos ativistas e de antigos moradores do complexo habitacional de Boyle Heights, em Los Angeles, contra sua demolição, em 1996. Nesse caso,
a militância dos moradores foi incapaz de impedir a destruição dos prédios modernistas dos anos 1940 e a subsequente expulsão da pobre (e violenta) comunidade
mexicano-americana dali, substituída por uma classe média de origem asiática. No
entanto, as autoras insistem em que as ações públicas – notadamente, a gravação
de entrevistas com moradores e sua disseminação nacional, feita por um coletivo
artístico e por uma organização sem fins lucrativos – contribuíram para “ativar um
debate crítico sobre o papel do lugar dos residentes na transformação arquitetural
e urbana” (p. 136) e para desfazer a percepção pública negativa sobre a comunidade local.
Já em “Taking my place/Talking your place”, Kelly Greenop segue outro caminho. Em sua pesquisa sobre comunidades aborígines nos subúrbios de Brisbane,
na Austrália, ela defrontou-se com forte resistência, oriunda de experiências prévias negativas: pesquisas nas quais essas comunidades se sentiram exploradas e
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prejudicadas, em função das relações de poder nelas presentes. Greenop levanta questões importantes, como as diferentes estratégias de controle sobre sua
pesquisa mobilizadas por membros centrais da comunidade e viabilizadas, em
certa medida, pela combinação que promoveu entre a história oral e as técnicas
de observação participante. Sem negligenciar tais questões, a autora defende a legitimidade e o valor de pesquisas nas quais a identidade do grupo e a identidade
do pesquisador não coincidem. “Por meio de histórias orais inspiradoras, outsiders
podem alimentar relacionamentos melhores com comunidades e indivíduos e podem continuar trabalhando em busca de objetivos de pesquisa importantes que
iluminam as histórias da arquitetura e que levam experiências e vozes indígenas
autênticas a uma audiência mais ampla” (p. 169), conclui.
A segunda parte é fechada pelo artigo de Thomas-Bernard Kenniff, que
argumenta em favor da compreensão da arquitetura como um campo dialógico,
caracterizado por vozes múltiplas, por intersubjetividade, por “encontros situados
que desafiam os modos como as histórias da arquitetura são construídas” (p. 174)
– e, consequentemente, da compreensão do saber arquitetônico como um tipo de
conhecimento gerado pelo diálogo. Trazendo à cena dois projetos de regeneração
urbana – um em Londres, outro em Toronto – de que participou, Kenniff chega a
uma conclusão singela, mas ainda assim metodologicamente significativa para a
comunidade de referência do livro: um projeto arquitetônico é construído por uma
polifonia de vozes, a ser desejavelmente recuperada também na construção de sua
narrativa.
A terceira e última parte do livro reúne quatro ensaios que – por uma ironia
própria ao método – lidam com o silêncio, com a omissão, com o indizível. Atenta à
fala, a história oral também desenvolveu formas específicas (distintas daquelas da
historiografia tradicional ou de recursos como os da análise de discurso) de lidar
com seus diferentes modos de se ausentar: pessoais, grupais institucionais; deliberadas, involuntárias; biológicas, psicológicas, culturais; permutadas por invenções,
mitos, meias-verdades.
Apontando para a insuficiência dos dados demográficos no estudo da migração e do refúgio, Ceren Kürüm discorre sobre seu trabalho com mulheres do
Chipre rural, as quais, desde a invasão turca, tiveram que abandonar e recriar seus
lares, continuamente, em uma situação de abrigo temporário caracteristicamente
permanente. A autora somou entrevistas de história oral à sua pesquisa de documentação fotográfica e desenhística das práticas espaciais de refugiadas. Kürüm
demandou-lhes rememorar suas experiências de deslocamento forçado, defrontando-se com uma barreira inesperada. Todas iniciavam a conversa perguntando,
e não respondendo; elas queriam saber sobre seu estado civil. Kürüm faz uma aná-
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lise de cunho sociológico interessante sobre os efeitos de sua condição de mulher
solteira sobre as falas – relutantes e compactas – de suas narradoras.
Outra ordem de imprevisto aparece no trabalho de Ashley Paine: ele procurou o prestigiado arquiteto suíço Mario Botta para uma entrevista que foi marcada,
adiada, cancelada e posteriormente substituída por um breve relato escrito. Ainda
que sem grande fôlego especulativo, Paine entende que a situação consistiu em
uma oportunidade de renovar suas perguntas de pesquisa, que passaram a girar
em torno dos silêncios de Botta em uma situação de não interação.
Igea Troiani, no texto subsequente, obtém melhor êxito teórico ao discutir a
presença do rumor e da fofoca – elementos a que se acede por meio de entrevistas
informais, off the record – na construção de histórias alternativas críticas. Remetendo aos próprios trabalhos monográficos sobre a história da arquitetura moderna,
Troiani valoriza a qualidade do rumor e da fofoca como fontes de informação que
se contrapõem a narrativas de arquitetos heroicos e de projetos de sucesso; que
permitem expor práticas ou performances socialmente deploradas, como as ameaças e as formações de grupos; que ajudam a compreender como as redes sociais
de um arquiteto impactam sua carreira. Trata-se, sem dúvida, de uma perspectiva
polêmica, além de uma forma curiosa de encaminhar a finalização de um livro devotado a um tipo de entrevista conglutinado a práticas de registro e arquivamento
bastante estreitas.
Talvez estejamos diante, de fato, de uma composição anticlimática, interpretação que o último artigo do livro fortalece. “When Subjects Cry” [Quando os sujeitos
choram], de Andrea J. Merrett, sucede textos que – em sua maioria – endossam o
argumento do uso da história oral na historiografia da arquitetura, demonstrando,
sob uma perspectiva que não dissocia empiria e teoria, o enriquecimento da última
com as fontes geradas pela primeira. A contribuição de Merrett posiciona-se um
degrau abaixo, dotando-se das falhas comuns de outras áreas, nas já comentadas
situações de redescobrimento cíclico da história oral como método de pesquisa.
No fervor de sua própria descoberta, Merrret oferece uma reprise tardia de um
enquadramento metodológico já repisado no âmbito da história oral: “O sujeito
que chora lembra o pesquisador das complexidades emocionais, psicológicas e
encarnadas de um indivíduo, complexidades que não podem ser suavizadas, nem
nas próprias narrativas nem no relato final do historiador”. O argumento é apropriado, mas sobressai a desproporcionalidade entre a grandeza da afirmação e a
fraqueza na abordagem teórica do tema – em nada distando da mais consolidada
literatura de história oral.
Afortunadamente, o texto final das organizadoras – “Ways to Listen Anew:
What Next for Oral History and Architecture? [Novas formas de ouvir: O que está
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por vir para a história oral e a arquitetura?]” –, na verdade uma enriquecedora
conversa a três vozes, retoma a trilha do livro: uma discussão metodológica, não
metodologista, que se volta à história oral como possibilidade de expansão para a
historiografia da arquitetura e examina alguns de seus desafios técnicos, teóricos
e epistemológicos, atinentes ao seu desejado enraizamento na prática historiadora
no campo da arquitetura. De forma mais interessante, as organizadoras confirmam, nesse livro diverso, o caráter mobilizador da história oral no disparo de
reflexões que estão para além dela própria – a história oral como uma bússola,
como um laboratório epistemológico, de acordo com as palavras de Marieta de
Moraes Ferreira. As outras possibilidades de alcançar a alteridade e a polifonia
na construção do saber, o caráter eminentemente público do conhecimento e as
intersecções entre ação, reflexão e política são alguns dos temas da conversa sobre
um livro de conversas que, espera-se, seja capaz de ressoar para todos aqueles que
investigam e que constroem os espaços onde se vive.
Referências
GROSSEYE, J.; STEAD, N.; VAN DER PLAAT, D. (org.) Speaking of Buildings: Oral History in
Architectural Research. New York: Princeton Architectural Press, 2019.
revista brasileira de estudos urbanos e regionais, v.22, e202021, 2020
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Ricardo Santhiago
Historiador e comunicólogo, é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Graduado em Jornalismo (PUC-SP, 2004), com especialização em Jornalismo
Científico (Unicamp, 2006); mestre e doutor em História Social (USP, 2009/2013), com
pós-doutorado em História (UFF, 2015). Seu trabalho interdisciplinar concentra-se nas
áreas de história pública e história oral, comunicações e artes, teoria e metodologia de
pesquisa.
Email: rsanthiagoc@gmail.com
ORCID: 0000-0001-5318-5801
Submissão: 6 de abril de 2020.
Aprovação: 24 de junho de 2020.
Como citar: SANTHIAGO, R. A história oral e seus lugares. Revista brasileira de estudos
urbanos e regionais. v.22, E202021, 2020. DOI 10.22296/2317-1529.rbeur.202021
Artigo licenciado sob Licença Creative Commons CC BY 4.0.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
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