Phytolacca dioica
ombu, umbu, bela-sombra Phytolacca dioica | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Phytolacca dioica L. |
Phytolacca dioica L., 1762[1] é uma espécie de planta herbácea de grande porte, conhecida pelos nomes comuns de ombu, ombú, umbú ou bela-sombra, com distribuição natural nas pampas da América do Sul, mas utilizada como ornamental nas zonas de clima mediterrânico de todo o mundo. Apesar de apresentar morfologia arbórea, o ombu é uma planta herbácea de grandes dimensões, não tendo madeira no seu caule, pese embora o seu tamanho. A planta forma uma canópia com um perímetro de 12 a 15 m, podendo atingir uma altura de 12 a 18 m. O nome deriva da palavra guarani ombu, que significa vulto ou sombra.
Descrição
[editar | editar código-fonte]O ombu apresenta-se geralmente como espécimes isolados, embora por vezes apareçam bosques de dimensão apreciável. Alguns desses bosques são famosos, como acontece com a Isla de los ombúes no Cerro Arequita, Lavalleja, e o Bosque de ombúes, situado em Rocha, Uruguai, o qual tem um perímetro de quase 20 km.
A planta pertence ao mesmo género da uva-de-rato (Phytolacca americana), uma herbácea ruderal comum em zonas húmidas e sombrias.
O ombu tem um crescimento muito rápido, mas, sendo uma planta herbácea, o seu caule é esponjoso, podendo facilmente ser cortado com uma faca. A sua seiva é venenosa, tendo um cheiro desagradável, pelo que a planta não é atacada por herbívoros e está imune aos gafanhotos e outros insectos esfoliantes.
As folhas do ombu são de forma elíptica, de cor verde escuro, brilho ceroso e com dimensões que podem atingir os 20 cm de comprimento. A face inferior das folhas é de um verde mais claro e esbranquiçado. As folhas são de inserção alternada, com pecíolo curto.
A floração ocorre durante os meses de setembro-novembro e os frutos amadurecem nos meses de janeiro-fevereiro. As flores são pequenas, alvas, de muitos estames e 5 sépalas verdes, dióicas, em rácemos terminais de cor esbranquiçada. Ficam agrupadas na ponta dos ramos, de até 15 cm de comprimento. O fruto é uma baga com 10 reentrâncias, de casca amarela a preta, de polpa macia e suculenta, de 3–7 mm de comprimento e sustentado em cachos. Quando maduros são de cor vermelho escuro, contendo múltiplas sementes ovóides com cerca de 3 mm de comprimento, de cor cinza-escuro ou negro brilhante.[2]
Usos
[editar | editar código-fonte]O ombu é um símbolo da cultura gaúcha, do Uruguai e da Argentina, já que a sua copa é identificável à distância, providenciando abrigo contra a chuva e o sol (daí o chamar-se bela-sombra). Pela mesma razão é cultivada como árvore ornamental e de sombra. Crescendo de forma isolada, era chamado o farol das pampas.
As folhas são usadas como laxativos ou purgantes em medicina tradicional. Seu suco também é usado para dores reumáticas ou artrite. Sua cinza, misturada com sal, é dada ao gado para combater bernes e carrapatos.[3]
As características do ombu, em particular o engrossamento do tronco junto ao colo, fazem desta planta uma óptima espécie para utilização em técnicas de bonsai.
Exemplares
[editar | editar código-fonte]Em Lisboa existem vários exemplares dignos de registo, nomeadamente:
- um exemplar de grande porte, no Largo do Limoeiro, classificado como "Árvore de Interesse Público"[4].
- outro em Campo de Ourique, exemplar também classificado, foi desclassificado por causa de uma poda desastrosa
- outro no Jardim de Santos[5].
Referências
- ↑ «Phytolacca dioica ». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 30 de janeiro de 2014
- ↑ «Um pé de que?». Umbu. Consultado em 13 de maio de 2012[ligação inativa]
- ↑ UFSM. Inventário Florestal Contínuo, cap. VI, 3 (PDF). [S.l.: s.n.]
- ↑ http://www.icnf.pt/portal/florestas/ArvoresFicha?Processo=KNJ1%2F355&Concelho&Freguesia&Distrito
- ↑ http://cidadanialx.blogspot.pt/2016/10/a-bela-sombra-da-r-do-limoeiro-foi.html
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- O ombu. (em inglês)