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A arlesiana - La Doulou
A arlesiana - La Doulou
A arlesiana - La Doulou
E-book178 páginas1 hora

A arlesiana - La Doulou

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Sobre este e-book

Uma amostra dupla da maestria de Alphonse Daudet As duas obras aqui reunidas, exemplares da grandiosidade de Alphonse Daudet, aproximam-se pelo tom trágico: em "A arlesiana", bela e delicada peça que abre este volume, acompanham-se os conflitos do jovem Frédéri, atormentado por seu amor não correspondido por uma mulher misteriosa de Arles, enquanto "La Doulou" traz o registro lírico da luta do autor contra a dor física.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jan. de 2024
ISBN9786557145111
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    A arlesiana - La Doulou - Alphonse Daudet

    Capa

    A arlesiana

    *

    La Doulou

    FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP

    Presidente do Conselho Curador

    Mário Sérgio Vasconcelos

    Diretor-Presidente / Publisher

    Jézio Hernani Bomfim Gutierre

    Superintendente Administrativo e Financeiro

    William de Souza Agostinho

    Conselho Editorial Acadêmico

    Divino José da Silva

    Luís Antônio Francisco de Souza

    Marcelo dos Santos Pereira

    Patricia Porchat Pereira da Silva Knudsen

    Paulo Celso Moura

    Ricardo D’Elia Matheus

    Sandra Aparecida Ferreira

    Tatiana Noronha de Souza

    Trajano Sardenberg

    Valéria dos Santos Guimarães

    Editores-Adjuntos

    Anderson Nobara

    Leandro Rodrigues

    A coleção CLÁSSICOS DA LITERATURA UNESP constitui uma porta de entrada para o cânon da literatura universal. Não se pretende disponibilizar edições críticas, mas simplesmente volumes que permitam a leitura prazerosa de clássicos. Nesse espírito, cada volume se abre com um breve texto de apresentação, cujo objetivo é apenas fornecer alguns elementos preliminares sobre o autor e sua obra. A seleção de títulos, por sua vez, é conscientemente multifacetada e não sistemática, permitindo, afinal, o livre passeio do leitor.

    Alphonse Daudet

    A arlesiana

    *

    La Doulou

    TRADUÇÃO E NOTAS JORGE COLI

    © 2024 EDITORA UNESP

    Título original: L’Arlésienne / La Doulou (La Douleur)

    Direitos de publicação reservados à:

    Fundação Editora da Unesp (FEU)

    Praça da Sé, 108

    01001-900 – São Paulo – SP

    Tel.: (0xx11) 3242-7171

    Fax: (0xx11) 3242-7172

    www.editoraunesp.com.br

    www.livrariaunesp.com.br

    atendimento.editora@unesp.br

    DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) DE ACORDO COM ISBD

    Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva – CRB-8/9410

    Índice para catálogo sistemático:

    Literatura francesa: Romance 843.7

    Literatura francesa: Romance 821.133.1-31

    Editora afiliada:

    Sumário

    ___________________

    Apresentação

    A arlesiana

    Personagens

    Primeiro Ato

    Primeiro Quadro

    O Sítio do Castelet

    Primeira Cena

    Cena II

    Cena III

    Cena IV

    Cena V

    Cena VI

    Cena VII

    Cena VIII

    Cena IX

    Cena X

    Cena XI

    Segundo Ato

    Segundo Quadro

    As Margens do Charco de Vaccarès, em Camargue

    Primeira Cena

    Cena II

    Cena III

    Cena IV

    Cena V

    Cena VI

    Cena VII

    Terceiro Quadro

    A Cozinha do Castelet

    Primeira Cena

    Cena II

    Cena III

    Cena IV

    Cena V

    Cena VI

    Cena VII

    Terceiro Ato

    Quarto Quadro

    O Pátio de Castelet

    Primeira Cena

    Cena II

    Cena III

    Cena IV

    Cena V

    Quinto Quadro

    Primeira Cena

    Cena II

    Cena III

    Cena IV

    Cena V

    Cena VI

    Cena VII

    La Doulou

    Prefácio

    I

    II

    Apresentação

    ___________________

    EM 1870, A FRANÇA VIVIA O ESTOURAR DA GUERRA FRANCO-PRUSSIANA, conflito bélico que representava um rescaldo das Guerras Napoleônicas, que no início daquele século haviam desencadeado contra o país uma série de animosidades por parte de outras potências europeias em função das grandiloquentes ambições de poder de Napoleão Bonaparte. Embora já fosse uma figura proeminente da intelectualidade francesa, o contista, novelista e dramaturgo Alphonse Daudet, então com trinta anos, alistou-se no Exército determinado a ajudar na defesa de Paris contra as tropas do Império Prussiano. Mas lutar na guerra representaria apenas mais um dos tantos episódios singulares a compor a singular biografia desse escritor, cuja vida atribulada e marcada por adversidades de toda ordem forneciam a substância de sua produção literária. A presente edição, que compila a peça A arlesiana e os relatos que compõem La Doulou, é uma amostra importante da densidade da literatura desse autor que, pouco popular no Brasil, pede (porque merece) mais notoriedade.

    Alphonse, nascido na região de Provença, no sul francês, era filho de uma família tipicamente burguesa. Em 1849, o pai, um empresário no ramo de tecidos, acabou vendendo a fábrica que possuía e se mudou com a família para Lyon, onde também encontrou grandes dificuldades nos negócios. Ali, em apenas oito anos os Daudet faliram. Com toda a estrutura financeira familiar comprometida, não restou alternativa a Alphonse senão interromper os estudos para conseguir um emprego que passava longe dos seus melhores sonhos: o de porteiro de escola, cargo que ocupou por apenas seis meses, tempo suficiente para deixá-lo profundamente deprimido, porque nessa época as ambições literárias já o dominavam. Não por acaso, a experiência naquele emprego lhe renderia material para, anos depois, produzir seu livro semibiográfico Le Petit Chose [A coisinha] (1868).

    Porém, com a vitalidade própria de alguém que entrava na vida adulta, ao completar dezoito anos ele se encheu de coragem e partiu para a capital, Paris, onde seu irmão mais velho já vivia. Logo passou a ser habitué na cena erudita da cidade, conhecendo (e passando a conviver com) algumas das personalidades artísticas mais influentes da época. Entre estas, incluem-se Frédéric Mistral, tido como o artífice do movimento conhecido como Félibrige, que recuperou a importância da língua e da cultura provençais; e Émile Zola, que dispensa apresentações. Já em seu primeiro ano em Paris, Alphonse Daudet faz sua estreia literária com um livro de poemas, Les Amoureuses, dedicado à modelo Marie Rieu, com quem viveu sua primeira grande paixão. Pouco depois lança um livro de contos, Le Roman du Chaperon Rouge, ainda de forma discreta. Só em 1869 consegue chamar a atenção e lograr algum êxito com a publicação de Lettres de mon moulin. Dois anos antes, havia se casado com Julia Allard, que viria a ser a mãe de seus três filhos.

    Observador profundo do comportamento humano, Daudet tinha o hábito de usar caderninhos para registrar impressões sobre as pessoas, que usava como matéria-prima para o desenvolvimento de suas personagens. Não se detinha em alguma estética ou tendência específica que pudesse categorizá-lo como pertencente a determinado movimento. Ainda que tenha absorvido alguma influência do naturalismo então ascendente, muito personificado em seu amigo Zola, Daudet operava em outra rotação. Inclusive divergia dos naturalistas, ancorado na crença de que estes se concentravam em demasia nos aspectos mais nebulosos da realidade. Daudet, por sua vez, era um autor passional, que valorizava em seus enredos as contradições próprias da vida, familiarizado como era tanto com os estratos sociais mais pobres quanto com as elites abastadas, tanto com os extremos da bonança e da pobreza quanto com o mundo da arte e os canhões do front.

    ___________________

    A arlesiana, bela e delicada peça de tintas trágicas que abre este volume, nasceu originalmente como um conto, publicado no livro Lettres de mon moulin. Transformada na peça em três atos tal como a lemos aqui, teve sua música incidental composta por Georges Bizet e apresentada pela primeira vez em 1872 no Théâtre du Vaudeville em Paris, o que ajudou a popularizá-la. La Doulou, por sua vez, sintetiza os esforços de Alphonse Daudet para lidar com as permanentes, dilacerantes e crescentes dores causadas por desdobramentos da sífilis, relatando-as ora na forma do sofrimento em si, ora em divagações de cunho ficcional-onírico. Os dois textos, escritos com tamanha vitalidade para retratar a evidente proximidade da morte, gravam memória indelével no leitor. Sobre o colega, Émile Zola não soube reprimir seu desconcerto: Existe entre os contadores de histórias e romancistas contemporâneos um autor que, ao nascer, recebeu todos os dons do espírito. Refiro-me a Alphonse Daudet. Imagino que todas as fadas se reuniram em torno de seu berço para, cada qual, conceder-lhe um presente raro por meio de sua varinha: uma lhe ofereceu graça; outra, charme. E o mais incrível é que a fada má, aquela que normalmente vem por último para derrubar todas as dádivas preciosas, chegou tão atrasada na ocasião que não pôde entrar.

    ALPHONSE DAUDET

    (NÎMES, 1840 – PARIS, 1897)

    FOTO DE FÉLIX NADAR, S/D

    Alphonse Daudet

    ___________________

    A arlesiana

    Peça em três atos e cinco quadros

    Representada pela primeira vez no Theâtre du Vaudeville, em 1o de outubro de 1872

    Personagens

    ___________________

    Balthazar Monsieur Parade

    Fréderi Abel

    Oficial Marc Colson

    Francet Mamaï Cornaglia

    Mitifio Régnier

    Tripulante Lacroix

    Um criado Moisson

    Rose Mamaï Madame Fargueil

    Renaude Alexis

    O Inocente Morand

    Vivette Bartet

    Uma criada Leroy¹

    Para a

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