A arlesiana - La Doulou
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A arlesiana - La Doulou - Alphonse Daudet
A arlesiana
*
La Doulou
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A coleção CLÁSSICOS DA LITERATURA UNESP constitui uma porta de entrada para o cânon da literatura universal. Não se pretende disponibilizar edições críticas, mas simplesmente volumes que permitam a leitura prazerosa de clássicos. Nesse espírito, cada volume se abre com um breve texto de apresentação, cujo objetivo é apenas fornecer alguns elementos preliminares sobre o autor e sua obra. A seleção de títulos, por sua vez, é conscientemente multifacetada e não sistemática, permitindo, afinal, o livre passeio do leitor.
Alphonse Daudet
A arlesiana
*
La Doulou
TRADUÇÃO E NOTAS JORGE COLI
© 2024 EDITORA UNESP
Título original: L’Arlésienne / La Doulou (La Douleur)
Direitos de publicação reservados à:
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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) DE ACORDO COM ISBD
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva – CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
Literatura francesa: Romance 843.7
Literatura francesa: Romance 821.133.1-31
Editora afiliada:
Sumário
___________________
Apresentação
A arlesiana
Personagens
Primeiro Ato
Primeiro Quadro
O Sítio do Castelet
Primeira Cena
Cena II
Cena III
Cena IV
Cena V
Cena VI
Cena VII
Cena VIII
Cena IX
Cena X
Cena XI
Segundo Ato
Segundo Quadro
As Margens do Charco de Vaccarès, em Camargue
Primeira Cena
Cena II
Cena III
Cena IV
Cena V
Cena VI
Cena VII
Terceiro Quadro
A Cozinha do Castelet
Primeira Cena
Cena II
Cena III
Cena IV
Cena V
Cena VI
Cena VII
Terceiro Ato
Quarto Quadro
O Pátio de Castelet
Primeira Cena
Cena II
Cena III
Cena IV
Cena V
Quinto Quadro
Primeira Cena
Cena II
Cena III
Cena IV
Cena V
Cena VI
Cena VII
La Doulou
Prefácio
I
II
Apresentação
___________________
EM 1870, A FRANÇA VIVIA O ESTOURAR DA GUERRA FRANCO-PRUSSIANA, conflito bélico que representava um rescaldo das Guerras Napoleônicas, que no início daquele século haviam desencadeado contra o país uma série de animosidades por parte de outras potências europeias em função das grandiloquentes ambições de poder de Napoleão Bonaparte. Embora já fosse uma figura proeminente da intelectualidade francesa, o contista, novelista e dramaturgo Alphonse Daudet, então com trinta anos, alistou-se no Exército determinado a ajudar na defesa de Paris contra as tropas do Império Prussiano. Mas lutar na guerra representaria apenas mais um dos tantos episódios singulares a compor a singular biografia desse escritor, cuja vida atribulada e marcada por adversidades de toda ordem forneciam a substância de sua produção literária. A presente edição, que compila a peça A arlesiana e os relatos que compõem La Doulou
, é uma amostra importante da densidade da literatura desse autor que, pouco popular no Brasil, pede (porque merece) mais notoriedade.
Alphonse, nascido na região de Provença, no sul francês, era filho de uma família tipicamente burguesa. Em 1849, o pai, um empresário no ramo de tecidos, acabou vendendo a fábrica que possuía e se mudou com a família para Lyon, onde também encontrou grandes dificuldades nos negócios. Ali, em apenas oito anos os Daudet faliram. Com toda a estrutura financeira familiar comprometida, não restou alternativa a Alphonse senão interromper os estudos para conseguir um emprego que passava longe dos seus melhores sonhos: o de porteiro de escola, cargo que ocupou por apenas seis meses, tempo suficiente para deixá-lo profundamente deprimido, porque nessa época as ambições literárias já o dominavam. Não por acaso, a experiência naquele emprego lhe renderia material para, anos depois, produzir seu livro semibiográfico Le Petit Chose [A coisinha] (1868).
Porém, com a vitalidade própria de alguém que entrava na vida adulta, ao completar dezoito anos ele se encheu de coragem e partiu para a capital, Paris, onde seu irmão mais velho já vivia. Logo passou a ser habitué na cena erudita da cidade, conhecendo (e passando a conviver com) algumas das personalidades artísticas mais influentes da época. Entre estas, incluem-se Frédéric Mistral, tido como o artífice do movimento conhecido como Félibrige, que recuperou a importância da língua e da cultura provençais; e Émile Zola, que dispensa apresentações. Já em seu primeiro ano em Paris, Alphonse Daudet faz sua estreia literária com um livro de poemas, Les Amoureuses, dedicado à modelo Marie Rieu, com quem viveu sua primeira grande paixão. Pouco depois lança um livro de contos, Le Roman du Chaperon Rouge, ainda de forma discreta. Só em 1869 consegue chamar a atenção e lograr algum êxito com a publicação de Lettres de mon moulin. Dois anos antes, havia se casado com Julia Allard, que viria a ser a mãe de seus três filhos.
Observador profundo do comportamento humano, Daudet tinha o hábito de usar caderninhos para registrar impressões sobre as pessoas, que usava como matéria-prima para o desenvolvimento de suas personagens. Não se detinha em alguma estética ou tendência específica que pudesse categorizá-lo como pertencente a determinado movimento. Ainda que tenha absorvido alguma influência do naturalismo então ascendente, muito personificado em seu amigo Zola, Daudet operava em outra rotação. Inclusive divergia dos naturalistas, ancorado na crença de que estes se concentravam em demasia nos aspectos mais nebulosos da realidade. Daudet, por sua vez, era um autor passional, que valorizava em seus enredos as contradições próprias da vida, familiarizado como era tanto com os estratos sociais mais pobres quanto com as elites abastadas, tanto com os extremos da bonança e da pobreza quanto com o mundo da arte e os canhões do front.
___________________
A arlesiana, bela e delicada peça de tintas trágicas que abre este volume, nasceu originalmente como um conto, publicado no livro Lettres de mon moulin. Transformada na peça em três atos tal como a lemos aqui, teve sua música incidental composta por Georges Bizet e apresentada pela primeira vez em 1872 no Théâtre du Vaudeville em Paris, o que ajudou a popularizá-la. La Doulou
, por sua vez, sintetiza os esforços de Alphonse Daudet para lidar com as permanentes, dilacerantes e crescentes dores causadas por desdobramentos da sífilis, relatando-as ora na forma do sofrimento em si, ora em divagações de cunho ficcional-onírico. Os dois textos, escritos com tamanha vitalidade para retratar a evidente proximidade da morte, gravam memória indelével no leitor. Sobre o colega, Émile Zola não soube reprimir seu desconcerto: Existe entre os contadores de histórias e romancistas contemporâneos um autor que, ao nascer, recebeu todos os dons do espírito. Refiro-me a Alphonse Daudet. Imagino que todas as fadas se reuniram em torno de seu berço para, cada qual, conceder-lhe um presente raro por meio de sua varinha: uma lhe ofereceu graça; outra, charme. E o mais incrível é que a fada má, aquela que normalmente vem por último para derrubar todas as dádivas preciosas, chegou tão atrasada na ocasião que não pôde entrar
.
ALPHONSE DAUDET
(NÎMES, 1840 – PARIS, 1897)
FOTO DE FÉLIX NADAR, S/D
Alphonse Daudet
___________________
A arlesiana
Peça em três atos e cinco quadros
Representada pela primeira vez no Theâtre du Vaudeville, em 1o de outubro de 1872
Personagens
___________________
Balthazar Monsieur Parade
Fréderi Abel
Oficial Marc Colson
Francet Mamaï Cornaglia
Mitifio Régnier
Tripulante Lacroix
Um criado Moisson
Rose Mamaï Madame Fargueil
Renaude Alexis
O Inocente Morand
Vivette Bartet
Uma criada Leroy¹
Para a