Motivação Nas Organizações
Motivação Nas Organizações
Motivação Nas Organizações
1-CONCEITUAÇÃO DE MOTIVAÇÃO:
Atualmente a organização vem enfatizando cada vez mais o assunto sobre a motivação
pessoal. em razão do destaque deste assunto na literatura administrativa temos os mais diversas
conceituações e aplicações da motivação no ambiente de trabalho, porém o sentido da palavra
motivação provem do latim, é o que afirma Maximiniano, (2004 p. 14) “A palavra motivação deriva
do latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no processo
no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por algum motivo ou razão”.
Pode-se analisar que o autor refere-se à motivação como a mola propulsora que contribui
para a realização de um determinado desejo, sendo o motivo e a emoção o segredo do entusiasmo
na realização de algum objetivo.
Portanto, motivação é pessoal, mas pode ser influenciada por objetivos e interesses coletivos
as pessoas a irem em busca de algo que possa satisfazer suas vontades e que contribua de alguma
forma para a realização de seus desejos, fica difícil motivar pessoas, até porque o ser motivado
supera limites como se a pessoa estivesse sob efeito de algo superior, isso se dá quando a pessoa
está centrada em seu objetivo maior levando a uma integração em busca de sua auto-realização.
Através desta informação do autor, pode-se verificar que na verdade o ser humano precisa de
algo que o estimule para então começar a agir em busca de um determinado objetivo. Sabe-se,
portanto, que a motivação humana ao longo dos anos serviu de objeto de estudo, para tentar tornar
claro o que estimula o ser em questão a objetivar algo, portanto assim como que o ser humano é
estimulado através de uma recompensa é desestimulado para um comportamento primitivo, isto é, o
impulso leva as pessoas a agirem por necessidades reais direcionada por suas expectativas de vida e
por aspirações.
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Falar-se de motivação em geral é algo a ser bastante pensado, ou seja, desafiador. Baseia-se
na sua própria significação de palavra que motivação é simplesmente aquilo que motiva pessoas
para uma determinada ação. Um dos questionamentos mais discutidos é o fato de que a motivação é
interna.
Montana (1999, p. 203) diz que motivação é o “processo de estimular um indivíduo para que
tome ações que irão preencher uma necessidade ou realizar uma meta desejada”.
Diante desta afirmativa, observa-se que a motivação é o insight para a ação e a partir daí o
ser humano busca satisfazer suas necessidades. Pois, é notório que o estágio atual do ser humano
conta com uma constante busca por tudo o que possa servir de melhoria de vida em relação a
desempenho profissional, familiar, financeiro e tudo o que possa servir de melhoria contínua.
21 Disponível em http://www.saude.gov.br
2 Lei orgânica da Saúde
TEORIAS MOTIVACIONAIS
De acordo com Steers e Poter apud Casado (2002, p.249). “Antes da revolução industrial a
motivação tinha forma de medo, punição - física financeira ou social.”
Verifica-se desta forma que a punição era uma forma de motivar os colaboradores em um
ambiente organizacional e o medo instalava-se neste ambiente de trabalho. Estas punições não eram
realizadas somente de forma psicológica, apareciam também sob forma de restrições financeiras, e
diversas vezes foram caracterizadas no sentido real sob a forma de lesão de ordem física. Com a
industrialização maciça veio à cultura de produtividade em larga escala, e essa preocupação com
produtividade, exigia um melhoramento dos procedimentos e, por conseguinte, novas maneiras de
uniformizar as atividades.
Em contrapartida no Taylorismo, o método de racionalizar a produção, de primar a todo
custo pelo aumento da produtividade do trabalho, desta forma "economizando tempo”, aperfeiçoou
a divisão social do trabalho inserida pelo sistema de fábrica, assegurando definitivamente o controle
do tempo do trabalhador pela classe dominante, e difundindo sempre a idéia que para se motivar o
trabalhador é necessário que se utilize o dinheiro, como forma de acompanhar a motivação na
produtividade. Essas idéias levaram a uma idealização errada de motivação no trabalho.
A administração científica de Taylor passa a defender o uso de formas de controle sobre os
subordinados e, no ambiente que antes era da punição, surgiu uma nova crença de que o
dinheiro seria a principal forma de incentivar o trabalhador a produzir. Se a preocupação de
antes era descobrir o que se deveria promover para motivar as pessoas, nos dias
contemporâneos o discurso organizacional sobre motivação caminha para o vértice do
prazer na execução das tarefas, excluindo a suposição de que o trabalho seja algo
desagradável, retira-se do trabalhador ou mau ou o bom desempenho e eficiência e coloca-
se a responsabilidade ao supervisor. (CASADO, 2002, p.249-250).
Seguindo este pensamento, é esperado que o gerente preencha cada posição com o
trabalhador adequado, forneça treinamento e exerça controle para atingir resultados, uma vez
atingidos, os trabalhadores devem ser bem recompensados financeiramente, desta forma induzindo
a trabalhar mais rápido e melhor. À medida que este modelo tradicional foi aplicado os problemas
começaram a surgir.
Maslow apud Montana (1999, p.228) explica que “existe uma tendência natural na qual o
indivíduo se torna conscientes de cada uma delas? (atos de sentimentos de proteção e segurança,
atos de pertencer, estima, e no final auto-realização), motivados por elas em ordem decrescente”.
sentimentos relativos às necessidades dos seres humanos, atingindo seu grau de motivação
conforme o momento de sua vida. Seus estudos influenciaram vários outros autores tal como:
Frederick Herzberg que também realizou um postulado sobre a Teoria Motivação-Higiene, que
tratava de comportamentos humanos e as atitudes no trabalho avaliando sobre o aumento da
produtividade, em relação ao funcionário motivado, diminuição do absenteísmo e melhores relações
no ambiente da organização, baseado nestes ideais haveria a compreensão que elevam o moral
trazendo a alegria com a auto-realização.
Herzberg apud Stoner e Freeman (1995, p.326) chegou à premissa de que “os fatores
responsáveis pela satisfação são em geral desligados e distintos dos fatores da satisfação
profissional”. Isto é quando explicamos a teoria da motivação baseada nas necessidades falamos de
Maslow e quando se quer explicar a teoria fundamentada em comportamentos e atitudes, Herzberg
é o que se ajusta a essa idéia.
Os administradores devem estar cientes destes fatores, e ter conhecimento das teorias que
influenciam o ser humano. As organizações para a sua funcionalidade mais efetiva estão
sistematizadas em hierarquias, e os colaboradores devem estar cientes de seus papéis , assim como é
sempre um grande desafio para os gerentes, tentarem compreender os colaboradores ali estão
alocados, enfocando sempre no contexto, as razões de seus comportamentos, e qual a maneira
melhor para motivá-las para serem mais produtivas e atenderem os apelos da organização.
3-TEORIAS DA MOTIVAÇÃO:
Segundo Spector (2002, p.198) “a motivação é um estado interior que induz uma pessoa a
assumir determinados tipos de comportamentos”. Visto por outro angulo, a motivação refere-se ao
desejo de adquirir ou alcançar determinado objetivo ou meta, ou seja, motivação em seu sentido
amplo resulta dos desejos das necessidades ou vontades que o ser humano tem de alcançar algo, da
insatisfação que nos leva sempre a procura de um novo objetivo a cada realização concluída. Isso
justifica porque algumas pessoas são bastante motivadas a ganhar dinheiro, neste sentido observa-se
que um alto grau de motivação pode influenciar o ser humano para a satisfação de seus desejos.
A motivação é uma ferramenta das mais importantes para o sucesso organizacional, pois
afeta o desempenho funcional do colaborador, sendo a mola propulsora para que o processo de
produção que é a funcionalidade da organização seja o responsável pelo processo de transformação,
TEORIAS MOTIVACIONAIS
isto é, os processos de transformação são responsáveis pela geração de bens (produtos e serviços), e
para que saia a contento do cliente é necessário que atinja seu grau de excelência. Este fato torna-se
muito presente quando se fala das hierarquias das necessidades, pois mostra na verdade, que tudo
deve estar em concordância com as verdadeiras necessidades, ou seja, cada qual ao seu nível, pois
caso isso não ocorra, a produção sofre uma conseqüência a qual chamamos de efeito cascata.
Maslow (2000, p.105) ainda complementa dizendo que “as necessidades vão se tornando
mais sofisticadas à medida que mudamos de nível”. Na hierarquia das necessidades, quer seja
membro de uma tribo primitiva, ou de classes sociais distintas, nunca se estará inteiramente
satisfeito com as coisas essenciais que já se possui. Continuamente, procura-se melhor qualidade e
TEORIAS MOTIVACIONAIS
A motivação sem dúvida é exclusivamente interna a cada indivíduo, e podemos dizer que
ninguém motiva ninguém, porém os gestores devem entender que a organização para funcionar no
contexto produção competitividade, é necessário que os grupos sejam trabalhados com o estímulo
externo de motivação para que ela ocorra, para isso é preciso incentivar os gestores de empresas
utilizem várias ferramentas de trabalho, tais como atividades de animação para que haja rendimento
no trabalho. O funcionário que tem motivação tem vontade de realizar os trabalhos que lhe
competem, tem vontade de ter conhecimentos que aprimorem o seu desempenho no trabalho, e tem
compromisso com a organização.
Segundo Malik (1998, p.58) “Um trabalhador absolutamente desmotivado numa dada
unidade, ao mudar de local e de condições de trabalho, passa a fazer o que lhe é pedido na maioria
das vezes. Motivação é algo que a organização espera a priori do trabalhador”.
Constata-se que a motivação pode muito bem estar relacionada ao ambiente da organização,
a gerência, e a outros motivos que levam muitas vezes o profissional a mudar de ambiente de
trabalho e modificar completamente seu estado desmotivado, e apresentar um quadro de muita
motivação na realização de suas tarefas, levando a um excelente desempenho, muitas vezes da
mesma atividade que realizava na antiga unidade, nesse caso podemos observar que a motivação
surge de estímulos externos.
Chiavenato (1981, p.49) afirma que “a motivação funciona em termos de forças ativas e
impulsionadoras, traduzidas como desejo e receio, o indivíduo deseja poder deseja status receia o
ostracismo social, que nada mais é que o isolamento social rejeita ameaças de auto-estima”.
Entende-se que a motivação aberta deve produzir metas, e para obtenção é necessário que o
ser humano gaste energias. Nessa perspectiva, quando se pergunta qual à razão do colaborador agir
de forma inesperada quando submetido a estímulos motivacional. Reconhece-se que a
complexidade do ser humano de apresentar e de seus comportamentos múltiplos, divergindo
necessidades entre eles, torna-se desta forma imprescindível que se procurem informações para a
motivação de cada um.
Morgan (1996) sugere as seguintes medidas a serem usadas pelas empresas para atingirem a
motivação de seus colaboradores no que tange a Teoria de Maslow:
1. Auto-realização; estimulo ao completo comprometimento, o trabalho como dimensão
importante na vida do empregado;
2. Auto-estima: cargos que permitam realização, autonomia, e responsabilidade, trabalho
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Georges Elton Mayo foi um cientista social australiano responsável pelo ensaio teórico que
se fundamentava na necessidade de democratização e humanização que tinha por objetivo
primordial analisar a rotação do pessoal (turnover), a fadiga, os efeitos das condições físicas do
trabalho sobre os empregados, os acidente, esse experimento foi um movimento de resposta
antagônica à abordagem clássica da Administração, vista pela classe operária e pelos sindicatos
como a grande vilã, pois explorava o trabalhador e enaltecia os donos de fábrica.
A teoria das relações humanas baseou-se em grande parte nos experimentos de Elton Mayo
que foram iniciados em Hawthorne, pelo Western Eletric Company, e terminados no final da década
de 1930, sob a supervisão de Elton Mayo. Fundamentada no princípio de que a remuneração não
era o fator crucial para motivar os empregados a conseguir resultados mais elevados, esta teoria
presumia que era necessário manter o “moral” do pessoal elevado e, para isso, o importante era
manter um ambiente agradável e humano na organização, boas condições de trabalho, além da
remuneração adequada.
Conforme foram sendo feitas as experiências através desses estudos, muitos resultados
foram obtidos e mostraram que além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais
importante influenciava a produtividade. Essa simplória visão foi usada durante quase vinte anos
simplesmente por não haver estudos mais profundos a respeito deste determinado assunto.
Os especialistas em produtividade “sabiam”, na época, que a melhor forma de aumentar a
produção seria encontrar a medida ideal de luminosidade, temperatura, ventilação e a altura
da bancada de produção, entre outras condições ambientais, e estimular as pessoas por meio
da remuneração. Assim formaram na Western Eletric um grupo experimental para o qual
seriam melhoradas as condições de trabalho e, ao mesmo tempo, um grupo de controle,
para o qual essas condições seriam mantidas inalteradas. (LACOMBE E HEILBORN, 2003
p. 318)
A teoria humanista não tinha como foco a estrutura formal, a sua atenção era voltada para a
organização informal, o conjunto de relações sociais não previstas em regulamentos e
organogramas, isto é, relações extra-oficiais, espontâneas ou paralelas à hierarquia formal.
Mais adiante, os estudiosos viram que não era permitido constatar a hipótese de que os
empregados satisfeitos eram mais produtivos do que os insatisfeitos. Não havia diferenças
comprovadas em relação ao nível de satisfação entre os grupos de trabalho de alta e baixa
TEORIAS MOTIVACIONAIS
produtividade.
Depois, de muitas experiências nesse tipo de abordagem, os estudiosos decidiram voltar às
condições iniciais e imaginaram que a produção reduziria em nível drástico, porém o resultado
obtido surpreendeu a todos e pode comprovar que na verdade os colaboradores não estavam
interessados apenas em boas condições de trabalho ou excelente remuneração.
Na verdade o que os mantinha motivados era o interesse que seus líderes demonstravam pela
realização de suas atividades. Foi a partir daí que surgiu a teoria das relações humanas.
De acordo com Chiavenato (2000, p.113) “A experiência de Hawthorne proporcionou um
delineamento de todos os princípios básicos da Escola das Relações Humanas”.
Essa afirmação nos dá a idéia de que a Escola de relações humanas traçou uma nova
abordagem de tratamento do colaborador na organização, sendo uma forma de combater a Teoria
Clássica e a Cientifica.
A teoria das relações Humanas baseou-se nos seguintes princípios (CHIAVENATO, 2000,
p.115):
1. Nível de Produção resultante da interação social;
2. Comportamento social dos empregados;
3. Importância do conteúdo;
4. Grupos Informais;
5. Relações Humanas;
6. Importância do conteúdo e do cargo;
7. Ênfase nos aspectos emocionais.
expectativas, que juntas fazem toda a diferença quando falamos de atitudes e comportamentos em
grupo. Já as Relações humanas no que se refere a compreensão “[...] permite ao administrador
melhores resultados de seus colaboradores e a criação de uma atmosfera na qual cada pessoa é
encorajada a exprimir-se de forma livre e sadia.” (CHIAVENATO, 2000, p. 115). O autor ainda
afirma que o administrador para obter o resultado de suas metas frente aos colaboradores deve
primar por um bom clima organizacional em que as pessoas acreditem em si mesmo e tenha
motivação o suficiente para produzir. No que diz a respeito da Importância do conteúdo e do cargo,
a especialização não é a forma mais eficiente de divisão do trabalho. O conteúdo influencia a moral
do trabalhador, os trabalhos muito simples e repetitivos fazem com que ocorra a redução da
produtividade, pela diminuição da satisfação e da eficiência. Já a relação com ênfase nos aspectos
emocionais, envolve razões, que não são irracionais e sem planejamento.
A teoria dos dois fatores, ou seja, dos fatores higiênicos e motivacionais foi desenvolvida
por Herzberg apud Chiavenato (2004, p. 239) afirmava que “a motivação dos indivíduos depende
destes dois fatores que tem ligações estritas”. O autor desta teoria Frederick Herzberg, era um
psicólogo, consultor e professor universitário americano, tinha como base em sua teoria, que as
empresas devem estar aptas para proporcionar meios que contribuam para o trabalho de qualidade
na organização. Exemplificando temos alguns fatores de influência: condições de trabalho e
conforto, políticas da organização e administração, benefícios, salários, segurança no cargo, entre
outros.
Para Herzberg3 depois que esses fatores são satisfeitos, não adianta tentar aumentar um deles
para conseguir maior motivação dos profissionais, essa química de estar motivado para alcance de
metas não vai mais fluir.
A expressão higiene serve exatamente para identificar o seu caráter preventivo e mostrar que
se destinam simplesmente a evitar fontes de insatisfação. Ninguém trabalha com mais esmero,
porque uma empresa decide incluir, por exemplo, um plano odontológico como benefício extra.
Entretanto, há necessidade de se ter este plano, pois as pessoas precisam estar saudáveis, a falta dele
gera insatisfação por parte dos colaboradores.
3 Idem p. 239
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Sabe-se que, o homem que vive em sociedade precisa e depende de outras pessoas para
sobreviver, o que gera nele um conjunto de necessidades. Além de ser um eterno insatisfeito, ou
seja, quanto maior motivação por parte do grupo que está inserido planejando caminhos e traçando
metas para o desenvolvimento próprio ou da empresa, mais motivadas ficarão as pessoas que estão
em interação grupal. A tendência da motivação é atrair mais motivação.
Para que haja satisfação nesta teoria, Herzberg orienta que as organizações façam o
enriquecimento de cargos, o que produzirá aumento na motivação, na produtividade, no
absenteísmo e na rotatividade.
Entende-se que, a satisfação está relacionada ao cargo e a atividade que o indivíduo
desempenha, e a insatisfação está arraigada com os ganhos na empresa, benefícios dados pela
empresas, clima organizacional, condições de trabalho, e outros fatores de importância na busca da
motivação.
Herzberg apud Chiavenato (2004, p. 69) finaliza que “enquanto Maslow fundamenta a sua
teoria da motivação nas diferentes necessidades humanas [...] intra-orientada, Herzberg alicerça sua
teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo [...]”.
Observa-se que ambos falam de motivação, mas defendem uma determinada linha, Herzberg
segue dois fatores, higiênicos e motivacionais, enquanto que Maslow utiliza a pirâmide, das
necessidades humanas.
De acordo com Limongi (2002, p. 256) “é considerada uma teoria de processo, e não
simplesmente de conteúdo, pois identifica relações entre variáveis dinâmicas, que explicam o
comportamento das pessoas no trabalho”.
A teoria contigencial da motivação de Victor Vroom, doutor em Psicologia pela
Universidade de Michigam e grande estudioso sobre motivação e liderança nas organizações,
baseia-se no modelo fundamentado no poder do autocontrole para alcançar um determinado
objetivo.
Os fatores dessa teoria de acordo com Victor Vroom são: Valência, Expectativa e
Instrumentalidade.
Partindo-se da análise da figura acima é possível afirmar que existem três fatores que
determinam em cada indivíduo a motivação para produzir: os objetivos individuais, a relação que o
indivíduo percebe entre produtividade e alcance dos seus objetivos, bem como a capacidade de o
indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade. (CHIAVENATO, 2004)
Observa-se, portanto que a teoria baseia-se na relação que o indivíduo deve atingir entre
produtividade e a aspiração de seus objetivos individuais; e a aptidão que o tem colaborador de
poder entusiasmar-se com o seu próprio nível de produtividade.
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Daft (1999, p. 323) esclarece a teoria da expectativa, quando “sugere que a motivação
depende das expectativas dos indivíduos em relação à sua capacidade de realizar tarefas e receber as
recompensas desejadas”. Para haver motivação por parte dos colaboradores é necessário que a
organização gerencie ferramentas que promovam a motivação desses colaboradores.
Victor Vroom apud Limongi (2002, p.257) ao explicitar esta teoria determina três
conceituações que a define melhor. São as seguintes:
A Valência está centrada no valor da recompensa como forma de atingir objetivos próprios.
Enquanto que a expectativa é a confiança de que os esforços estão ligados ao desempenho para
atingir esses objetivos. Fazendo com que o indivíduo consiga atravessar barreiras para o sucesso de
sua atuação. A performance deve ser atingível pelo colaborador se motivar. Os alvos aos quais são
inalcançáveis tornam-se desmotivadores. Em suma a teoria quer explicar que a quantidade de valor
que uma pessoa tem ao efetuar determinada tarefa vai depender da expectativa que ela tem em sua
implicação, é nisso que essa teoria se baseia, ver figura 04 abaixo.
diferenças individuais.
O autor faz um comparativo das três teorias, e o enfoque de cada teórico no processo da
motivação, Maslow fundamenta-se nas necessidades das pessoas, Herzberg condiciona dois fatores
para que ela aconteça, e Vroom direciona a força da motivação na produtividade do homem.
2.3.5-Teoria X e Y de Mcgregor:
Essas teorias chamadas X e Y, têm seus fundamentos nas reflexões históricas, culturais,
econômicas, tecnológicas e sociais ainda utilizadas por grande parte das organizações, isto é,
mostram a probabilidade de gerir a produtividade do ser humano, e visualizar o comportamento
humano nas empresas.
A teoria X, conhecida como visão tradicional, vem representar o controle existente sobre os
recursos humanos da empresa. De acordo com esta teoria, as pessoas, em geral, não sentem vontade
de trabalhar ou pretendem trabalhar o necessário, e devido a isso, a grande parte dos trabalhadores
têm que ser coagidos, supervisionados insistentemente e ameaçados com penalidades, pois somente
dessa forma conseguem atender os objetivos propostos pela organização. Os colaboradores não
querem responsabilidades, optam por receber ordens formais sempre que necessário, possuem
pouca ou quase nenhuma ambição e põem a segurança acima de todos os fatores ligados ao
trabalho.
A teoria Y é mais otimista, e mostra o fato de que a ampliação dos recursos humanos é muito
mais otimizada e pode ser mais bem aproveitado. Nesta teoria o fundamento é o seguinte, quando
um ambiente é favorável ao trabalho, tudo flui naturalmente e pode ser prazeroso. O colaborador é
direcionado pela auto-orientação e autocontrole, desta forma ele faz parte dos objetivos da empresa,
aliado a tudo isso o funcionário recebe recompensas e sente-se mais motivado na realização de suas
tarefas. Sendo assim, o colaborador sente-se mais compromissado com as empresas, e esta maneira
diferente de administrar os recursos humanos no ambiente organizacional é o que faz as
organizações terem sucesso.
a proposta única mais com várias alternativas de solução. E essas propostas ocorrerem com as
práticas organizacionais coligadas as pesquisas das diferentes realidades de todas as organizações.
Tendo a visão de que o mais importante para o sucesso do administrador é a sua competência de
conciliar o trinômio: organização x ser humano x meio ambiente, permitindo a visão sistêmica da
realidade empresarial.
4 - TIPOS DE MOTIVAÇÃO:
Os colaboradores estão na maior parte de seu tempo nas organizações, direcionando os seus
esforços para as organizações. Portanto, fundamentamos nos seguintes fatores4 que interferem nos
mecanismos da motivação que são:
1. Salários;
2. Auto-estima e reconhecimento;
3. Relacionamento entre os colaboradores;
4. Promoções, treinamentos e capacitações;
5. Benefícios;
6. Segurança;
7. Condições de estrutura física e ferramentas nos locais de trabalho
Bergamini (1997, p.189) explica que “o trabalho desenvolvido pelas diferentes pessoas tem
sentidos diferentes para cada uma delas e esse sentido parece ligado ao conjunto de suas
necessidades motivacionais.” Entende-se que existem diversas formas de chegar ao mesmo
resultado, isso vai depender da motivação intrínseca das pessoas, das necessidades individuais, dos
conhecimentos, habilidades e experiências de cada um. Não basta apenas ter líderes, chefes,
gerentes, se o colaborador não estiver pronto, nada fará com que ele fique motivado.
Atualmente muito gestor ainda tem essa forma de pensar. Grande parte das organizações
acredita que a parte financeira é o principal elemento de motivação das pessoas. Num primeiro
momento essa idéia deu certo, no entanto os modelos motivacionais evoluíram em seus
pensamentos, porém todos agregaram antigos modelos mentais. No modelo das relações humanas, o
4 Idem p.145
TEORIAS MOTIVACIONAIS
foco da motivação era a prioridade das necessidades sociais do empregado, tornando-o agente de
transformação.
Sendo assim o modelo tradicional dava ênfase em motivar os trabalhadores para tarefas
repetitivas, o modelo das relações humanas buscava justamente o oposto: mostrar que esse
tipo de atividade desmotiva ainda mais o empregado e que somente em contatos sociais a
motivação seria fortalecida dando prioridade às necessidades sociais dos colaboradores,
tornando-o agente de transformação. O modelo das relações humanas criado por Elton
Mayo, sociólogo australiano, e um dos fundadores e principais expoentes do método
representou um avanço em relação ao modelo tradicional. (STONER E FREEMAN, 1982,
p. 326).
A teoria e a prática da motivação há muito faz parte de nossa vida. Indivíduos altamente
motivados podem resultar em aumentos substancias na produtividade e na satisfação do
trabalho, além de considerável redução do absenteísmo, do atraso, queixas e assim por
diante. (MONTANA 2003. p. 227)
Com base na citação acima, constata-se a importância da aplicação de algumas das teorias
básicas da motivação, produzindo estímulos para que os colaboradores sejam conduzidos a
realização de metas desejadas.
Porter e Miles apud Stoner e Freeman (2004, p.333) acreditam que “o sistema consiste em
três variáveis que afetam a motivação nas organizações, que são as características individuais,
características do trabalho, e as características da situação do trabalho”.
geralmente tem pouco impacto sobre o desempenho dos colaboradores. Porém tem o poder
de decisão se os empregados ficam, ou não na empresa, isso vai variar de acordo com o
grau de atrativo que a empresa oferece. Por fim, temos a cultura da organização que se
baseiam em normas, valores e crenças que podem ou não interferir no desempenho, o
ambiente do trabalho pode influenciar de maneira substancial no colaborador. (STONER e
FREEMAN 1995, p.333).
devem estar habilitados em como vão incentivar a motivação para que todos possam atingir as
metas organizacionais com eficácia.
A motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho do
trabalho. A razão pela qual se focaliza tão insistentemente a motivação é que ela é mais
facilmente influenciável que as demais características das pessoas como traços de
personalidade, aptidões, habilidades, etc. (CHIAVENATO, 2002 p. 171).
O autor nesta citação revela que existem muitos fatores para que a motivação aconteça, a
mudança no comportamento do empregado que trabalha motivado, geralmente é visível, pois a
motivação é o tipo de comportamento que facilmente é identificado, mas que sofre diversas
influências e com isso, o desempenho do colaborador e dos resultados na produtividade é analisado
de forma que quando a organização necessita atingir metas um dos primeiros fatores os quais temos
que trabalhar é o aspecto psicológico dos funcionários.
Segundo Vergara (2003, p. 86) “Líderes devem mostrar-se hábeis para conduzir processos
multidisciplinares e deles participar visto que demandam poder de abstração, análise e síntese.” Os
lideres são importantes no processo da motivação, pois possuem habilidades em detectar a variação
do desempenho dos colaboradores quando estes condizem à motivação, pelo próprio poder de
apreciação que eles têm.
Para Chiavenato, (2002, p. 147) “A liderança não deve ser confundida com direção ou com
gerência. Um bom dirigente ou gerente deve ser necessariamente um bom líder.” O autor
exemplifica a importância da liderança quando se trata de atingir metas e devem ser hábeis para que
tudo ocorra dentro do proposto. A liderança deverá ser a fonte motivadora de todo o processo na
Organização, pois o líder incentivador é um excelente instrumento para alavancar a motivação.
Segundo Robbins (2002, p.105) “motivação é o processo responsável pelo grau de esforço
desprendido, pela direção que serão destinados estes esforços e pelo tempo com que o indivíduo
consegue mantê-los.” Desta forma, motivação é considerada como a força interna ou externa,
determinando a maneira, e a força de vontade que farão com que o colaborador busque atingir seus
objetivos.
A motivação na Organização será de extrema importância para todo o processo de trabalho,
cabe ao gestor avaliar e criar programas que vão melhor adaptar a cada realidade e dessa forma
venha a desencadear a força interna dos colaboradores para atingirem seus objetivos.
Assim quando o colaborador está buscando meios para alcançar efeitos final tais como
benefícios sociais, promoções ou aceitação do grupo, a motivação começa a aflorar e as
necessidades se transformam em objetivos, projetos, planos. Os agentes podem ser definidos como
necessidades ou impulsos provenientes do colaborador que podem ser conscientes ou
subconscientes, mas que proporcionam um bem para a organização.
Apreciando por esta ótica pode-se identificar visivelmente que nas organizações do
conhecimento, onde o trabalho intelectual será cada vez mais valorizado, mais os contratos de
trabalho serão psicológicos. Reter e identificar talentos dependerá fundamentalmente disso.
Segundo o estudioso em motivação Spector (2002, p.85):
As pessoas entram para as organizações por determinados motivos, tais como um bom
salário e oportunidade, de promoção, e que as organizações esperam certas coisas dos
funcionários por lhe pagar bem, tais como desempenho e criatividade. Esse entendimento
não escrito é conhecido como “contrato psicológico.
A motivação é influenciada pela idade, por circunstâncias pessoais, pela fase que a pessoa
está atravessando na vida e em sua carreira do momento, entretanto isso não é tudo,.O
ambiente externo também afeta a motivação , nos períodos de recessão econômica,
estabilidade no emprego é apontado com muita freqüência. (MONTANA 2003, p. 234)
Desta forma percebe-se que os autores identificaram vertentes individuais que podem
desencadear um bom ou mau desempenho dos colaboradores, que estão sob forte efeito do ambiente
interno e externo da organização. As organizações dependem de pessoas e as pessoas dependem das
organizações. O conflito está armado, e para a sobrevivência de ambas é necessário que os objetivos
se cruzem, todos os dias surgem novos modelos de trabalho nas organizações, e novas formas de
executar tarefas devido às novas tecnologias de trabalho, mas se a motivação não fizer parte do
trabalho dos colaboradores o desempenho ficará prejudicado.
Segundo Malik (1998, p.53) “a motivação no setor público da saúde, ainda é encarada como
um problema intrínseco às pessoas”. Existem alguns conceitos de categoria normativa da gestão que
admitem a expectativa de recompensas “legitimas”, partindo da premissa de que os
comportamentos são informados por “motivos”, existindo a hierarquização desses motivos alguns
motivos são considerados dignos e outros não.
Nota-se que não existe uma preocupação da organização em relação à motivação dos
funcionários da empresa nos serviços públicos, já que a consideram alheia ao serviço. A hierarquia
de motivos é usada como forma de serem julgadas de acordo com o entendimento da gerência.
Dando-nos a idéia de como atua o funcionalismo público, com suas gerências tradicionais, não
valorizam nada os servidores, e muitos de seus projetos humanísticos ainda estão aguardando a sua
implementação.
Os teóricos clássicos dão pouco ou nenhuma atenção aos aspectos humanos da organização,
porém “reconhece a necessidade de liderança, iniciativa, benevolência, equidade [...], a organização
inicialmente foi compreendida como um problema técnico” (MORGAN, 1996, p.3).
As organizações públicas precisam atentar-se aos acontecimentos no mercado de trabalho.
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Os gestores públicos têm conhecimento pelos próprios conhecimentos inerentes ao cargo sobre as
ferramentas de trabalho que existem, que se bem utilizadas podem serem aproveitáveis para motivar
as pessoas, seja pelo reconhecimento das necessidades humanas ou pela melhora do desempenho de
atribuições inerentes ao cargo.
Malik (1998, p.55) enfatiza “em saúde não é raro as pessoas afirmarem que a opção pelo
setor tem muito freqüentemente caráter vocacional. Por lidar com vidas humanas ou por dizer que o
faz, admite-se que essa área tem muito sacerdócio.” Afirma-se que nessas condições, seria possível
o colaborador produzir um bom desempenho por gostar da profissão, do que propriamente pelo
valor que irão representar para a organização.
Ainda nesta concepção, a autora afirma “internamente na área da saúde existe certa
competição quanto ao status, se não dentro da profissão, certamente dentro do serviço ou da
atividade”2. Aponta-se neste caso a motivação em busca do status que determina a organização
dentro do sistema de saúde pode dar, ou pelo fato de melhor salário, ou pela imagem que este
funcionário passa quando começa a trabalhar nesta instituição, além disso, o status que uma
profissão traz mais que a outra, gera insatisfação por parte dos colaboradores.
A priori a autora, identifica que os problemas de motivação nas empresas públicas, estão no
status da profissão, organizações do ambiente de trabalho, status da instituição, condições
adequadas para a realização do trabalho, segurança, produtividade, benefícios, bonificações,
compromisso com a organização, estabilidade. O modelo tradicional burocrático na empresa
pública impera as organizações públicas não estão muito atentas para o mercado de trabalho, nem
para o desenvolvimento dos seus profissionais e tampouco para quem oferece o serviço. Isso tudo
traz uma grande dificuldade dos gestores em aplicar ferramentas que motivem os colaboradores e
melhorem seus desempenhos na produtividade.
2 Idem p233
TEORIAS MOTIVACIONAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. As pessoas na organização. 6. ed.. São Paulo: Gente, 2002.
MALIK, Ana M. Gestão de Recursos Humanos. Volume 9. São Paulo. Editora Fundação Peirópolis
Ltda.1988.
ZANELLI, José Carlos, ANDRADE, Jairo Eduardo Borges e BASTOS Antônio Virgílio Bittencout.
Psicologia, Organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.