Estrutura Geológica e Relevo Do Brasil
Estrutura Geológica e Relevo Do Brasil
Estrutura Geológica e Relevo Do Brasil
RESUMO
Este trabalho versa sobre a Estrutura Geolgica Brasileira, sua a formao, classificao e suas principais caractersticas. Contem dados importantes a respeito do relevo brasileiro, sua classificao de acordo com os pesquisadores Aroldo de Azevedo, Aziz Ab'Saber e Jurandyr Ross visando suas modificaes e diferenciais desde a primeira classificao de Aroldo de Azevedo a terceira e ltima classificao de Jurandyr Ross, que contriburam imensamente, cada um a seu tempo, para o estudo do relevo do Brasil. Identifica os tipos de relevo predominante no territrio brasileiro - planaltos, plancies e depresses - e os critrios para sua classificao.
LISTA DE ILUSTRAES
I. Figura 1.1 Brasil: escudos cristalinos segundo Aziz N. Ab'Saber - 08 II. Figura 1.2 Brasil: bacias sedimentares segundo Aziz N. Ab'Saber - 09 III. Figura 1.3 Diviso do relevo brasileiro, segundo Aroldo de Azevedo - 11 IV. Figura 1.4 Diviso do relevo brasileiro, segundo Aziz V. Ab'Saber - 13 V. Figura 1.5 Classificao do relevo brasileiro, segundo Jurandyr Ross - 15 VI. Figura 1.6 Planalto - 17 VII. VIII. Figura 1.7 Depresso - 19 Figura 1.8 Plancies- 21
Sumrio
INTRODUO.......................................................................................................05 PROCESSO DE FORMAO DA GEOLOGIA BRASILEIRA...............................06 CLASSIFICAO DA ESTRUTURA GEOLGICA BRASILEIRA ........................07 Escudos Cristalinos...........................................................................................07 Bacias Sedimentares.........................................................................................09 CLASSIFICAO E TIPOS DE RELEVO.............................................................10 Classificao do Relevo....................................................................................10 Primeira Classificao: Aroldo de Azevedo...................................................10 Segunda Classificao: Aziz Ab'Saber..........................................................12 Terceira Classificao: Jurandyr Ross..........................................................14 Tipos de Relevo.....................................................................................................16 Planaltos............................................................................................................16 Planaltos em Bacias Sedimentares...............................................................18 Planaltos em Intruses Coberturas Residuais de Plataforma......................18 Planaltos em Ncleos Cristalinos Arqueados...............................................18 Planaltos dos Cintures Orognicos.............................................................18 Depresses........................................................................................................19 Depresses Perifrica...................................................................................20 Depresses Marginais...................................................................................20 Depresses Interplanlticas..........................................................................20 Plancies.............................................................................................................21 Plancies Costeiras........................................................................................22 Plancies Continentais...................................................................................22 CONCLUSO.........................................................................................................23 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................24
INTRODUO
Neste trabalho trazemos consideraes importantes a respeito da estrutura geolgica brasileira e do relevo. Observamos que a estrutura geolgica data da era Pr-Cambriana e se classifica como escudos cristalinos que ocupam 36% do nosso territrio e bacias sedimentares os 64% restantes da rea total do territrio. Percebemos que sua estrutura geolgica interfere na classificao e nos tipos de relevo encontrados no pas, e que sempre que se fala em relevo brasileiro trs classificaes so lembradas as de Aroldo de Azevedo, a de Aziz Ab'Saber e a de Jurandyr Ross e que cada um desses autores seguiram uma 'escola' diferente em seus estudos de geomorfologia e aprimoraram seus estudos de acordo com que a tecnologia da poca permitia um aprofundamento de suas pesquisas at serem definidos como tipos de relevo os planaltos, plancies e depresses, que foi aderida somente na classificao de Jurandyr Ross no antes utilizada na classificao dos outros gegrafos.
Segundo Coelho (1996), a estrutura geolgica brasileira se classifica em e scudos cristalinos e bacias sedimentares, sendo:
Escudos Cristalinos
De acordo com dados em pesquisas de Coelho (1996), so estruturas geolgicas muito antigas, rgidas e formadoras das atuais reas de estabilidade tectnica, aparecem associadas s jazidas de minerais metlicos. No Brasil ocupam 36% do territrio sendo:
Os 32% formados na era Arqueozica e constitudos por rochas magmticas internas e metamrficas. Formam o denominado embasamento ou complexo cristalino. Os 4% foram formados na era Proterozica e so formados em maioria por rochas metamrficas e possuem as principais jazidas de minerais metlicos (alumnio, estanho, ferro e mangans).
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Figura 1.1
(COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 73, figura 5.1)
9 Bacias Sedimentares
Sobre as bacias sedimentares Coelho (1996), nos diz que so depresses onde geralmente so depositados detritos ou sedimentos de forma horizontal ou quase horizontal vindo de reas prximas ou distantes. Sua estrutura ocupa 64% da rea total do territrio brasileiro divididas em grandes bacias e pequenas bacias de acordo com a sua extenso e em paleozica, mesozica, cenozica terciria e cenozica quartenria de acordo com a sua idade. Economicamente as bacias so de grande importncia pois abrigam minerais energticos (petrleo e carvo mineral).
Figura 1.2
(COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 74, figura 5.2)
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Classificao do Relevo
Segundo Moreira (2002), para compreender qualquer forma de relevo, deve-se considerar a atuao conjunta de todos os fatores - tanto a influncia interna, como a atuao do clima. Tambm necessrio observar a evoluo do clima ao longo do tempo geolgico, que contribuem para explicar o modelado do presente. Classificar o relevo implica em agrupar suas formas de acordo com a semelhana de caractersticas externas.
De acordo com Almeida e Rigolin (2003), Aroldo de Azevedo era professor e nos deixou sua primeira classificao em 1940, sua pesquisa era pioneira. Fez seu trabalho em duas etapas, uma primeira classificando as divises gerais geomorfologicamente e a segunda classificando as subdivises geologicamente. Para diferenciar planaltos de plancies usou a altimetria estabelecendo um limite de 200m para diferenciar uma forma da outra.
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Figura 1.3
(COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 77, figura 5.4)
Almeida e Rigolin (2003) nos mostra que o gegrafo Aziz Ab'Saber em 1962 usou um novo critrio para classificar o relevo brasileiro ampliando a classificao de Aroldo de Azevedo acrescentou novas unidades ao relevo brasileiro. Usou do critrio morfoclimtico, que explica as formas de relevo pela ao do clima, e aboliu o processo altimtrico baseando-se nos processos de eroso e sedimentao na diferenciao dos planaltos e plancies. Segundo Ab'Saber as superfcies onde predominam os agentes erosivos so considerados planaltos e as superfcies onde a deposio dos sedimentos maior do que a eroso so considerados plancies.
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Figura 1.4
(COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 78, figura 5.5)
Segundo Almeida e Rigolin (2003), Ross faz um detalhamento mais especfico do relevo brasileiro levando em considerao as caractersticas geolgicas e geomorfolgicas, do solo, hidrografia e vegetao do pas chegando mais prximo da realidade. Em seu projeto foi usado do que a tecnologia oferecia de mais moderno. Almeida e Rigolin (2003) deixa claro que nessa nova classificao so consideradas trs principais formas de relevo: planaltos, plancies e depresses. As classificaes anteriores consideravam apenas a existncia de planaltos e plancies. Ross aprofundou os critrios morfoclimticos de Ab'Saber e considerou o nvel altimtrico de Aroldo de Azevedo, usando cotas diferentes das anteriores, e baseou-se em trs maneiras diferentes de explicar as formas de relevo. Morfoestrutural: Leva em conta a estrutura geolgica. Morfoclimtico: Considera o clima e o relevo. Morfoescultural: Considera a ao de agentes externos. Em Almeida e Rigolin (2003) tem-se que cada um dos grupos criou um nvel que foi chamado de txon que obedece a uma hierarquia. 1 Txon: Considera a forma de relevo que se destaca naquela rea. 2 Txon: Leva em considerao a estrutura geolgica onde os planaltos foram modelados. 3 Txon: Considera as unidades morfoesculturais, formadas tanto por plancies como por planaltos e depresses usando nomes locais e regionais.
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Figura 1.5
(COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 82, figura 5.9)
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Tipos de Relevo
O relevo brasileiro apresenta grande variedade de unidades geomorfolgicas e diferentes tipos de estrutura geolgica, submetidos ao do intemperismo e eroso geraram diferentes formas de relevo. Quantos as formas de relevo predominante no territrio brasileiro foram divididas em 28 unidades sendo elas: 11planaltos, 11 depresses e 6 plancies, segundo Coelho (1996)
Planaltos
Segundo Coelho & Terra (2001), os planaltos em sua maioria so vestgios de antigas superfcies erodidas. As unidades de planalto so onze e abrangem a maior parte do territrio brasileiro. Foram identificados quatro variedades de planalto:
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Figura 1.6
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 80, figura 5.6)
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Moreira (2002) nos diz que so classificados desta forma:
Planalto da Amaznia oriental Planaltos e chapadas da bacia do Parnaba Planaltos e chapadas da bacia do Paran
Planalto e chapada dos Parecis Planaltos residuais Norte-Amaznicos Planaltos residuais Sul-Amaznicos
Planaltos e serras do Atlntico Leste-Sudeste Planaltos e serras de Gois-Minas Planaltos e serras residuais do Alto Paraguai
19 Depresses
De acordo com Coelho & Terra (2001), principalmente na Era Cenozica, processos erosivos, formaram reas rebaixadas no limite das bacias sedimentares com os macios antigos, as depresses, que recebem diferentes nomes de acordo com suas localizaes e caractersticas. Figura 1.7
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 80, figura 5.8)
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Almeida e Rigolin (2003) nos diz que so classificados desta forma:
Depresses Perifrica
Ocorrem nas regies de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas.
Depresses Marginais
Margeiam, as bordas das bacias sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas.
Depresso Amaznia Ocidental Depresso Marginal Norte Amaznica Depresso Marginal Sul-Amaznica Depresso Araguaia Tocantins Depresso Cuiabana Depresso Alto Paraguai-Guapor
Depresses Interplanlticas
So reas mais baixas, em relao aos planaltos que esto ao seu redor.
21 Plancies
Baseado em dados obtidos de Coelho e Terra (2001), correspondem a reas de relevo essencialmente planas, formada pela deposio recente de sedimentos. As plancies ocupam agora uma poro pequena no territrio brasileiro, pois, grande parte das plancies agora so classificadas como depresses marginais. Figura 1.8
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. pgina: 80, figura 5.7)
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Almeida e Rigolin (2003) nos diz que so classificados desta forma:
Plancies Costeiras
So as plancies encontradas nos litorais
Plancies Continentais
Plancies situadas no Interior do pas.
Plancie Rio Amazonas Plancie Ria Araguaia Plancie Pantanal do Rio Guapor Plancie Pantanal Mato-Grossense
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CONCLUSO
No decorrer do trabalho nosso grupo chegou a concluso que o relevo do Brasil tem ligao direta com sua estrutura geolgica, formada no Pr-Cambriano- por isso nosso relevo no possui grandes elevaes- e que com o decorrer dos anos e com as novas tecnologias professores e gelogos foram aperfeioando sua classificao e detalhando novas formas de relevo ao nosso territrio. O trabalho proporcionou ao grupo composto por Adnis, caro e Nathalia um aprofundamento de seus estudos em relao a estrutura geolgica e relevo de nosso pas, as pesquisas e mtodos utilizados para chegar a estas classificaes durante as ltimas dcadas.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALMEIDA, Lcia Marina Alves de; RIGOLIN, Trcio Barbosa. Geografia: Srie Novo Ensino Mdio- 1 Edio. So Paulo: tica, 2003. Pginas: 360 - 366
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil 4 Edio. So Paulo: Moderna, 1996. Pginas: 71 - 82 COELHO. M. A. & TERRA. L. Geografia Geral: O espao natural e socioeconmico- 4 Edio. So Paulo: Moderna, 2001. Pginas: 68 - 103
MOREIRA, Igor. O Espao Geogrfico, Geografia Geral e do Brasil47 Edio. So Paulo: tica, 2002. Pginas: 388 392
SANTOS, Claudio Srgio dos & LOURETTE, Lilia Marcia de Alvarenga. Domnios Naturais. 3 Srie do Ensino Mdio. Colatina ES: CEFETES, 2000. Pginas: 18 - 26