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Relatório

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUB UNIFEI

CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

Douglas Fernandes Gavio - 32645

Exerccio A Propriedades Termoeltricas

Itajub, 2014

Sumrio
I Resumo
II Introduo e Objetivos
III Fundamentao Terica
IV Desenvolvimento Prtico
IV.I Dados Coletados
IV.II Clculos e Grficos
IV.III Anlise de Resultados
V Concluso
VI Referncias Bibliogrficas

I - Resumo

Este relatrio tem o objetivo de apresentar os resultados obtidos no Exerccio A


da disciplina EME215 ministrada pelo professor Vladimir Cobas. Esta prtica
tem o intuito de compreender as propriedades termoeltricas de alguns
dispositivos e as vrias tcnicas para medio de variaes de temperaturas.

Palavras-chave: temperatura; termmetros; propriedades termoeltricas.

II - Introduo e Objetivos
A prtica consiste em examinar as propriedades termoeltricas de um
dispositivo de resistncia de platina, um termopar e um termistor; examinar o
efeito gerado pela variao da temperatura em um termmetro de lquido em
vidro e o efeito em um termmetro bimetlico.

III - Fundamentao Terica


Existem diversos dispositivos para a medio de variaes de temperatura.
Cada um apresenta suas vantagens e desvantagens e o princpio de
funcionamento diferente.
Termmetro dilatao de lquidos:
Trata-se do instrumento mais utilizado na medio da temperatura, devido
facilidade de operao, baixo custo e grande variedade de aplicao. Seu
princpio de funcionamento est baseado na expanso de um lquido em
funo da temperatura. O lquido contido em um bulbo, expandindo em um
tubo capilar. O mercrio o lquido mais comumente utilizado no intervalo de
38C a 540C, sendo que o intervalo inferior limitado pelo ponto de
congelamento do mercrio e o ponto superior pela resistncia do vidro. Um gs
inerte normalmente utilizado para preencher o espao acima do mercrio.
Para temperaturas mais baixas outros lquidos podem ser usados, como lcool
(at - 62C), pentano (at -200C) e mistura de propano (at -217C).
Resumindo, baseiamse na lei de expanso volumtrica de um lquido com a
temperatura, dentro de um recipiente fechado.
Termmetro bimetlico:
A operao deste tipo de termmetro se baseia no fenmeno da dilatao
linear dos metais com a temperatura.
O princpio de funcionamento simples dois metais com coeficientes de
dilatao trmica diferentes so soldados formando uma nica haste. A uma
determinada temperatura, a haste dos dois metais est numa posio; quando
a temperatura varia, a haste modifica a sua posio produzindo uma fora ou
um movimento. Variando-se a temperatura do conjunto, observa-se um
encurvamento que proporcional a temperatura.

Vantagens:
1. Baixo custo;
2. Simplicidade do funcionamento;
3. Facilidade de instalao e de manuteno;
4. Largas faixas de medio;
5. Possibilidade de ser usado com os mecanismos de transmisso.
As desvantagens so:
1. Preciso ruim;
2. No linearidade de indicao;
3. Grande histerese;
4. Presena de peas mveis que se desgastam;
5. Facilidade de perder calibrao.
Termmetros resistncia:
O princpio de medio de temperatura por meio de termmetros de
resistncia, repousa essencialmente sobre a medio de variao da
resistncia eltrica de um fio metlico em funo da temperatura. A relao
matemtica entre a resistncia de um condutor e sua temperatura dada pela
frmula aproximada:
R = Ro ( 1 + at)
Onde :

R = resistncia tC
Ro = resistncia 0C
a = coef. de variao de resistncia do metal com a temperatura
t = temperatura

A maior parte das termorresistncias so feitas de platina, mas so tambm


utilizados outros materiais, como por exemplo o nquel. Por norma, quando se
fala de uma termorresistncia ela identificada pelo material que a constitui e
pela resistncia que apresenta a 0 C. Por exemplo, uma Pt-100 ser uma
termorresistncia de platina que a 0 C apresenta uma resistncia de 100 , ao

passo que uma Ni-500 ser uma termorresistncia de nquel que a 0 C


apresenta uma resistncia de 500 .

Termistores:
Os termistores so resistores termicamente sensveis, cujas caractersticas
exibem grandes mudanas na resistncia com uma pequena mudana da
temperatura do corpo, devido alterao na concentrao de portadores de
carga. Esta mudana da resistncia com a temperatura pode resultar em um
coeficiente negativo da resistncia, onde a resistncia diminui com um aumento
na temperatura (termistor NTC). Quando a resistncia aumenta com um
aumento na temperatura, o resultado um coeficiente positivo da
temperatura (termistor PTC). A maioria dos metais tm um coeficiente positivo
de temperatura.
Os termistores so fabricados depositando-se uma pequena quantidade de
pasta semicondutora sobre fios de liga de platina. Posteriormente, as unidades
so revestidas com um epoxi para a proteo e a estabilizao. A natureza do
material do termistor possibilita que mudanas mnimas na temperatura do
corpo, gerem uma grande mudana na resistncia medida, esta relao
exponencial.
Obs.: A distino entre termo-resistncia e termistor (ou termistncia) prendese com o tipo de material utilizado na sua construo. A diferena que as
termo-resistncias,

que

em

lngua

inglesa

so

designados resistance

temperature detectors, RTD, utilizam materiais condutores como a platina, o


cobre ou o nquel; e os termistores (ingl. thermal resistors) utilizam misturas
semicondutoras, como o mangans, o nquel, o cobalto, o cobre, o ferro, o
titnio, etc.

Alguns tipos de termistores


Termistores encapsulados em vidro oferecem termo estabilidade longa, podem
ser

configurados

em

tamanhos

muito

pequenos

permitem

ser

hermeticamente lacrado.
Termistores de chip oferecem rpida resposta, baixo custo, uma gama
extensiva de tamanhos e tolerncias e sensibilidade alta para mudanas de
temperatura
NTC:
O

NTC

(Negative

Temperature

Coefficient,

Coeficiente

Negativo

de

Temperatura), tem resistncia inversamente proporcional temperatura. Ele


feito de compostos semicondutores, como os xidos de ferro, magnsio e
cromo. Quando submetidos tratamento de envelhecimento adequado,
possuem boa estabilidade.
O tempo e resposta podem variar desde uma frao de segundos at minutos,
dependendo do tamanho da massa detectora e da capacidade trmica do
termistor. O limite superior de temperatura de funcionamento depende das
mudanas fsicas do material ou soldas usados para ligar as conexes eltricas
geralmente de 400 C, o limite inferior de temperatura de 269 C, porm
industrialmente so utilizados 60 C.
PTC:
O PTC (Positive Temperature Coeffient) tem resistncia proporcional a
temperatura, e atua numa faixa restrita, em virtude da falta de linearidade. A
variao da resistncia maior que a de um NTC, na mesma faixa. Seu uso
mais freqente como sensor de sobretemperatura, em sistemas de proteo,
por exemplo, de motores.

Termopares:
O termopar gera uma tenso eltrica que tem relao com a diferena de
temperaturas entre junes de metais diferentes. A figura ao lado d o
esquema bsico do funcionamento.
A juno da extremidade a juno de medio
e fica fisicamente no local do qual se deseja
medir a temperatura. As duas junes de
conexo dos fios para o dispositivo de medio so as junes de referncia
ou junes frias. Embora sejam duas, na realidade podem ser consideradas
nicas, pois o metal em ambos os condutores o mesmo (cobre normalmente).
Alm da tenso provocada pela diferena de
temperaturas entre junes h a parcela gerada
pelo gradiente de temperatura ao longo dos fios.
Ao contrrio da primeira, ela tem uma relao quadrtica com a temperatura e
responsvel pela relao no linear do dispositivo.
Notar que junes na mesma temperatura no afetam a sada. Assim, elas
podem ser soldadas (as junes produzidas pelo metal da solda esto na
mesma temperatura).

IV Desenvolvimento Prtico
IV.I Dados Coletados
PT100 REF
(C)
45,28
50,05
55,01
60,04
65,01
70,04
75,01
80,04
85
90,03
95
97,82

PT100 IND ()
118,78
120,54
122,5
124,07
126,1
127,92
129,65
131,45
133,13
134,85
136,84
137,48

Termopar (uV)
1824
2024
2228
2432
2739
2851
3055
3261
3474
3680
3891
4002

Termistor ()
1304
1080
900
752
631
530
449
382
326
279
240
222

Lquido em vidro (C)


45,2
50,1
55,2
60,1
65,1
70
74,9
80,1
85,2
90,1
95
98

Bimetlico (C)
44
49
54
60
64
70
75
79
84
89
94
97

IV.II Clculos e Grficos


Atravs dos dados coletados durante a prtica, forma obtidos os seguintes
grficos e suas respectivas equaes de curva com os clculos do tratamento
de regresso linear utilizando o software Matlab.
PT100 IND
y(x) = 2.7919x -286.7048

Figura 1 - Grfico do PT100 IND

Termopar
y(x) = 0.0242x + 0.8935

Figura 2 - Grfico do Termopar tipo T

Termistor
y(x) = -68.4730ln(x) + 257.3701

Figura 3 - Grfico do Termistor NTC

Termmetro de lquido em vidro


y(x) = 0.9985x + 0.0507

Figura 4 - Grfico do Termmetro de lquido em vidro

Termmetro Bimetalico
y(x)= 0.9990x + 0.8523

Figura 5 - Grfico do Termmetro Bimetlico

IV.III Anlise de Resultados


A partir da anlise de dados, sabe-se que ambos grficos se aproximaram
bastante do grfico ideal de cada equipamento. Entretanto, ambos se diferem
em caractersticas. O termopar, PT100 IND, termmetro lquido e o termmetro
bimetlico geraram um grfico linear e o termistor uma curva logartmica.
Como era de se esperar, os termmetros lquido e bimetlico obedecem a uma
linearidade medida que a temperatura aumenta. Os termmetros lquido
dilatam a coluna de lquido e os termmetros bimetlico dilatam os metais
linearmente com a temperatura.
Grficos ideais:
Termistor

Termopar tipo T

V Concluso
Com base nos dados e nas curvas caractersticas de cada dispositivo, notase que os mesmos possuem caractersticas distintas e, portanto, cada se
adequa melhor em certas aplicaes.
O termopar, por suportar elevadas temperaturas, mais utilizado em
metalrgicas e siderrgicas, por exemplo. Logo, ele mais indicado para
processos onde sua varivel fsica atinja altssimas temperaturas.
J o termistor, por calcular a temperatura atravs da resistncia, mais
vantajoso que seja utilizado em alguns processos como: controle da
temperatura na partida de motores, reatores eletrnicos de Lmpada
Fluorescentes para o aumento da vida til, repartida automtica na proteo
contra sobre correntes em mdulos de telecomunicaes dentre outras
aplicaes.

VI Referncias Bibliogrficas
http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/textos/apostila.htm
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20061/Cesar/SENSORESTermistor.html
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAelkMAL/transdutorestemperatura?part=2#

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