Ações Do Vento em Edifícios Altos
Ações Do Vento em Edifícios Altos
Ações Do Vento em Edifícios Altos
AGRADECIMENTOS
Concludo este trabalho meu desejo exprimir aqui os mais sinceros agradecimentos a todas
as pessoas pelo apoio, orientao, encorajamento e facilidades concedidas que em muito me
ajudaram no contedo da presente dissertao, permitindo ao mesmo tempo conduzi-la a
bom termo.
Em especial, o meu profundo reconhecimento aos meus orientadores cientficos, Eng.
Fernando Marques da Silva e Eng. Isabel Simes de Carvalho, pela permanente e
inesgotvel disponibilidade, compreenso, interesse e orientao, que de modo crucial
contribuiu decisivamente para o seu enriquecimento.
PREFCIO
Aeolos, embora no fosse um Deus e no tivesse templos na Grcia Antiga, muitas vezes
encontrado na mitologia Grega e nos textos Gregos.
identificado na Odisseia que, no decorrer de uma viagem, Ulisses chegou ilha de Aeolos.
Nas cavernas dessa ilha os ventos estavam presos. Aeolos seguia de forma minuciosa o que
os Deuses ordenaram: Deix-los sair sobre a forma de brisas suaves, ventanias,
tempestades ou pela forma que os Deuses desejassem.
Ulysses passou um ms com Aeolos e entre eles gerou-se uma amizade profunda. Como
presente Aeolos deu-lhe uma bolsa contendo todos os ventos adversos. Para que pudesse
ter os ventos controlados, pediu-lhe para segurar a bolsa de forma firme.
Enquanto dormia homens maliciosos, abriram-lhe a bolsa. Deste modo, todos os ventos
adversos puderam escapar. Num modo selvagem tomaram todas as direces de forma
descontrolada e destruidora!
A luta de Ulisses e dos seus homens contra o vento lembra e evidencia a dedicao e o
esforo continuado dos Engenheiros contemporneos, para controlar o poder do vento, com
um design nos Edifcios / Estruturas de forma a serem seguras e econmicas (in
Stathopoulos and Baniotopoulos, 2007 [1]).
iii
RESUMO
A aco do vento um dos factores mais importantes a considerar na anlise do
comportamento de estruturas de grandes dimenses e elevada flexibilidade.
Numa construo, a eficcia, a segurana e os custos da construo, so factores que esto
directamente relacionados com a exactido dos clculos do projecto, devendo a aco do
vento ser objecto de uma avaliao detalhada.
O quadro de Pases da Comunidade Europeia criou o eurocdigo (procedimento simplificado
e determinstico) que aplicado a todos os Pases membro.
Em edficios, cuja altura supere em duas vezes o valor da largura, o cdigo sugere a diviso
da altura do edifcio em trs zonas, sendo a zona central subdividida em bandas. O cdigo
no define o nmero de bandas, ou as respetivas alturas, a considerar para a realizao do
clculo da zona central.
Pretende-se com este trabalho contribuir para o esclarecimento do nmero e dimenso
dessas bandas horizontais (hstrip), a adoptar no clculo.
Como objecto do estudo so utilizados edifcios, com diferentes alturas, geometrias e
caractersticas estruturais.
Como ferramenta utilizada a metodologia do cdigo, tendo sido elaborada uma folha de
clculo para o processamento de dados.
Conseguiu-se assim representar o perfil do desvio percentual em relao ao valor ptimo,
em funo do nmero de faixas horizontais pretendido para realizar clculo.
ABSTRACT
The wind action is one of the most important factors to consider in analysing the behaviour
of large and high flexible structures.
In construction, the efficiency, safety and construction costs are factors inherent to the accuracy of design calculations. The dynamic wind effects fall within the primary variables requiring a detailed evaluation in order to produce an accurate analysis.
The framework of the European countries created the eurocode (simplified and deterministic) to be applied by all member States.
In buildings, whose height exceeds twice the width, the code suggests the division of the
buildings height in three zones, the central one being partitioned into a number of stripes.
However, it does not define neither the number, nor height, of those stripes to consider in
the calculation.
The aim of this work is to contribute to a clarification on the number, or its heights, of the
stripes (hstrip), to be adopted in the calculation.
In this study different buildings heights, geometries and structural characteristics are studied.
As a tool, a spreadsheet was assembled out of the code to perform the procedure evaluations.
It is possible to clearly identify the profile of the deviations, in relation a reference value,
depending on the number of horizontal strips selected to perform the calculation.
vii
NDICE
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ I
PREFCIO .......................................................................................................................... III
RESUMO .............................................................................................................................. V
ABSTRACT ........................................................................................................................ VII
NDICE ................................................................................................................................ IX
NOMENCLATURA .............................................................................................................. XI
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................... XVII
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................ XIX
CAPTULO 1
INTRODUO................................................................................................ 1
ix
4.1. Metodologia.............................................................................................................. 29
4.2. Edifcio CAARC ........................................................................................................ 30
4.3. Edifcio REN ............................................................................................................. 40
4.4. Torre Monsanto ........................................................................................................ 43
4.5. Edifcio Solmar ......................................................................................................... 50
CAPTULO 5
CONCLUSES............................................................................................. 59
NOMENCLATURA
A (m2)
rea
Afr (m2)
Aref (m2)
rea de referncia
b - (m)
B2 (-)
C (-)
Calt (-)
coeficiente de altitude
Cd (-)
coeficiente dinmico
Cdir (-)
coeficiente de direco
Ce(z) (-)
coeficiente de exposio
Cf (-)
coeficiente de fora
Cf,o (-)
Cf,l (-)
Cfr (-)
coeficiente de atrito
Clt (-)
CM (-)
coeficiente de momento
Cp (-)
coeficiente de presso
Cpe (-)
Cpi (-)
Cp,net (-)
Cprob (-)
coeficiente de probabilidade
Cr (-)
coeficiente de rugosidade
Co (-)
coeficiente de orografia
Cs (-)
coeficiente de dimenso
Cseason (-)
d (m)
mdulo de Young
fL (-)
frequncia adimensional
Ffr (N)
Fj (N)
Fw (N)
h (m)
altura da construo
have (m)
altura de obstruo
hdis (m)
H (m)
Iv (-)
intensidade de turbulncia
k (-)
rugosidade equivalente
kI (-)
coeficiente de turbulncia
kp (-)
factor de pico
kr (-)
coeficiente de terreno
k (Pa)
rigidez de toro
K (-)
Ka (-)
xii
Kiv (-)
Krd (-)
Kw (-)
Kx (-)
coeficiente adimensional
l (m)
L (m)
Ld (m)
Le (m)
Lj (m)
comprimento de correlao
Lu (m)
m (kg/m)
n1,x (Hz)
n1,y (Hz)
n0 (Hz)
frequncia de ovalizao
N (-)
Ng (-)
p (-)
qb (N/m2)
qp (N/m2)
r (m)
raio
R2 (-)
Re (-)
nmero de Reynolds
Rh, Rb (-)
s (-)
coeficiente; coordenada
xiii
S (-)
aco do vento
SL (-)
t (seg)
T (seg)
Ws (kg)
Wt (kg)
vCG (m/s)
vdiv (m/s)
vm (m/s)
vb (m/s)
z (m)
zave (m)
altura mdia
comprimento de rugosidade
ze (zi) (m) altura de referncia para a presso exterior (interior) exercida pelo vento
zg (m)
zmax (m)
altura mxima
xiv
zmin (m)
altura mnima
zs (m)
(-)
a (-)
d (-)
s (-)
(-)
coeficiente
0 (-)
1 (-)
factor de frequncia
(-)
varivel
(-)
(N)
esbelteza
(-)
(St)
(graus)
(kg/m3)
massa volmica do ar
v (-)
a,x (-)
mc (-)
r (-)
(-)
(-)
s (-)
(-)
xvi
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 -
Figura 2.2
Figura 2.3
Figura 2.4
Figura 2.5
Figura 2.6
Figura 2.7
Figura 3.1 -
Figura 3.2 -
Figura 3.3 -
Figura 4.2
Figura 4.3
Figura 4.4
xvii
Figura 4.5 -
Figura 4.6
Figura 4.7
Figura 4.8 -
Figura 4.9
Figura 4.10 Identificao conjunta das quatro curvas (0; 30; 45 e 90).....................57
xviii
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 Categorias de terreno e respectivos parmetros.........................................19
Tabela 4.1 Caractersticas bsicas do Edifcio CAARC..................................................30
Tabela 4.2 -
xix
xx
Captulo 1
INTRODUO
1.1. CONSIDERAES INICIAIS
A aco do vento tem vindo a constituir ao longo da histria da humanidade uma
manifestao ambiental da maior importncia, condicionando o comportamento do homem e
das suas realizaes.
Uma estrutura imersa num escoamento fica sujeita a cargas associadas sua aco. Este
facto deu origem ao aparecimento de importantes reas cientficas que se ocupam da
compreenso dos movimentos atmosfricos, bem como da Aerodinmica, como parte da
Mecnica dos Fluidos, que procura caracterizar e quantificar a interaco entre os
escoamentos de massas de ar e os corpos neles imersos. Conhecimentos de mecnica dos
fluidos e estruturas fundamental para compreenso dos detalhes daquela interaco.
A caracterizao do vento num dado local, entendido como escoamento de uma massa de ar
na camada limite atmosfrica (CLA), exige um leque de conhecimento em vrias vertentes,
como sejam a orografia, a rugosidade local e a turbulncia. Em particular, a turbulncia, com
caractersticas essencialmente dinmicas, pode influenciar significativamente as cargas a que
as estruturas esto sujeitas. Este facto aliado complexidade da interaco escoamento
versus estrutura um dos principais problemas nesta rea da engenharia.
alguns
conceitos
fundamentais
necessrios
para
compreenso
dos
efeitos
Captulo 2
CARACTERIZAO DO VENTO
2.1. CAMADA LIMITE ATMOSFRICA
A atmosfera ao ser perturbada tende naturalmente para o movimento, originando aquilo que
se convenciona chamar vento. Estas perturbaes so constitudas fundamentalmente por
gradientes de presso que resultam de aquecimentos diferenciais em diferentes locais. Tais
desequilbrios provocados quer por fenmenos termodinmicos, quer por fenmenos
mecnicos, tornam a atmosfera instvel, obrigando esta a uma procura incessante de
equilbrio e originando as circulaes atmosfricas [3].
A energia necessria ao desencadeamento destes fenmenos tem fundamentalmente
origem no sol. Este emite energia sob a forma de radiao solar, chegando uma pequena
parcela desta radiao superfcie terrestre depois de atravessar a atmosfera. Parte desta
radiao absorvida pela superfcie terrestre, aquecendo-a. Posteriormente parte dessa
energia absorvida e emitida sob a forma de radiao terrestre. Esta radiao captada por
sua vez pela atmosfera local, obrigando a um deslocamento, reemitido noutro local a energia
antes adquirida, provocando diferenas de temperatura e presso atmosfrica [3]. Os
deslocamentos das altas para as baixas presses esto na origem do movimento das massas
de ar. Assim estamos na presena de uma deslocao horizontal do ar atmosfrico
relativamente superfcie da Terra.
Os deslocamentos das massas de ar atmosfrico podem ser considerados como resultantes
da sobreposio de escoamentos independentes, caracterizados pelas respectivas escalas
horizontais de comprimento, variando a ordem de grandeza das suas dimenses de
milmetros a milhares de quilmetros.
A fora de atrito gerada entre uma superfcie e o fludo que sobre ela se escoa, resulta da
viscosidade do fludo e tende a retardar o movimento. Este efeito do atrito faz-se sentir
numa regio do escoamento prxima da superfcie, denominada Camada Limite Atmosfrica
(CLA), e tem como principal caracterstica a variao da velocidade do escoamento entre o
valor zero, na camada aderente superfcie, e o valor da velocidade do escoamento no
perturbado (no exterior da CLA).
Uma camada limite turbulenta pode considerar-se, para efeitos de anlise, como sendo
constituda por duas camadas com caractersticas distintas:
- Uma camada interior, em condies de equilbrio local, tambm denominada camada de
parede. nesta regio que se colocam a maioria dos problemas de Engenharia do Vento.
- Uma camada exterior onde se faz sentir a influncia do escoamento mdio.
A anlise da camada exterior de uma CLA turbulenta apresenta-se mais complexa que a da
camada interior, devido ao facto de o seu comportamento ser controlado pelos turbilhes de
grandes dimenses, com capacidade para transportar as caractersticas do campo mdio a
grandes distncias e transferir energia para o interior da CLA. O gradiente de velocidades do
vento que existe entre o topo e o nvel mais baixo desta camada limite objecto inicial da
formao de turbilhes de larga escala, com um tamanho equivalente altura da camada
limite, como representado na Figura 2.1.
As principais caractersticas de escoamentos em regime turbulento so a sua grande
capacidade de difuso e o carcter aleatrio. A turbulncia surge com a formao de
grandes turbilhes e dissipa-se nos pequenos turbilhes. Entre os vrtices de grande
dimenso e os de dimenso reduzida, verifica-se a existncia de uma gama contnua de
escalas de vrtices.
Estes turbilhes so instveis por natureza, sendo progressivamente destrudos e
transformados em turbilhes cada vez menores. Por fim, quando se encontram numa
dimenso reduzida, que pode chegar ordem dos milmetros, acabam por ser
completamente dissipados em calor pela viscosidade dinmica do ar.
Desta forma, a CLA pode ser entendida como uma camada de ar em movimento, contendo
turbilhes de diferentes tamanhos que se podem movimentar a diferentes velocidades e
direces, em relao camada principal. Para aplicaes em Engenharia Civil so de maior
interesse os ventos fortes, os quais tm caractersticas equivalentes s condies da CLA em
estabilidade neutra, sendo influenciados pela rugosidade da superfcie terrestre.
As duas principais consequncias da existncia da camada limite atmosfrica, em termos de
projecto estrutural, so:
- Variao da velocidade mdia do vento em funo da altitude;
- Gerao de rajadas de vento, ao longo do escoamento.
A presena das rajadas, que ocorrem numa sequncia aleatria de frequncias e
intensidades, impem uma variao aleatria da velocidade do ar, quer em termos de
espao quer em termos de tempo. As rajadas mais velozes so de menor durao e actuam
sobre uma pequena regio, correspondendo chegada simultnea ao ponto em estudo de
turbilhes de diversas dimenses, em condies tais que seus efeitos se sobrepem.
A espessura da camada limite atmosfrica depende de alguns factores, tais como:
rugosidade do terreno, variao da temperatura do ar com a altitude e da localizao
geogrfica. As construes por sua vez encontram-se imersas nesta camada, tendo que ser
projectadas e construdas de acordo com as normas vigentes.
A natureza aleatria do vento dentro da camada limite atmosfrica torna-o de difcil
caracterizao, para critrios de projecto estrutural. Contudo, algumas simplificaes so
7
(2.1)
10
(2.2)
Onde U(Z) a velocidade mdia do vento na cota z e U10 a velocidade mdia do vento na
cota de referncia (10 metros acima do solo), e z0 altura caracterstica da rugosidade da
superfcie.
Camada Limite Atmosfrica a parte da atmosfera, diretamente influenciada pela superfcie
e sobre as cidades chamada CLA urbana e a rugosidade da superfcie, turbulncia trmica
e mecnica, produo antrpica de calor e pelo armazenamento de calor pelas estruturas
fsicas urbanas, esto com ela directamente relacionados. CLA urbana forma-se na direco
do vento envolvendo toda a estrutura da cidade, como uma redoma cuja altura depende da
rugosidade da superfcie e da estabilidade atmosfrica, sendo o fluxo de ar fortemente
modificado pela geometria dos edifcios. Assim, a direco e a velocidade do vento so
alteradas o que pode causar dificuldade na disperso de poluentes nas grandes cidades.
Figura 2.4 Variao da altura da camada limite, conforme o tipo de terreno [6]
11
, e uma flutuante,
velocidade instantnea U(t) como a soma de uma componente mdia,
(2.3)
12
Na face de barlavento, o vento exerce uma presso positiva, com uma amplitude que varia
em funo da sua velocidade de aproximao e aumenta de acordo com a altura sobre o
solo, devido ao perfil vertical de velocidades da CLA.
Estas presses so caracterizadas por coeficientes adimensionais que relacionam a diferena
entre a presso local e a ambiente com a presso dinmica do escoamento,
Cp=
(2.4)
Estes coeficientes podem, assim, assumir valores positivos e negativos, tal como ilustrado na
Figura 2.6.
Da interaco entre um escoamento e um obstculo com arestas vivas a face de barlavento
experimenta valores de Cp>0 (sobrepresso), variveis vertical e longitudinalmente, ficando
todas as outras faces sob Cp<0 (suco), com valores aproximadamente uniformes em cada
face (dependendo do seu comprimento, uma vez que, o escoamento pode aderir s faces
laterais e de topo). Formas mais complexas implicam maiores variaes na distribuio de
presses, como referido em [5].
Figura 2.6 Aco do vento nas superfcies a montante e jusante de corpo [8]
13
A fora resultante que actua no edifcio, ento a combinao dos efeitos das presses
positivas a montante e das presses negativas que actuam a jusante. Em superfcies com
raio de curvatura o ponto de separao varia em funo de alguns factores, como: a
velocidade do escoamento, a turbulncia, a rugosidade da superfcie do corpo e a curvatura.
14
15
16
Captulo 3
ANLISE DA ACO DO VENTO PELO
EUROCDIGO
3.1. ENQUADRAMENTO
A Norma Europeia EN 1991-1-4 procura criar um conjunto de linhas orientadoras para a
determinao das aces do vento sobre estruturas, tanto local com globalmente, aplicvel a
edifcios com alturas inferiores a 200m.
O documento de referncia, no aplicvel a edifcios com alturas superiores a 200m. No
mesmo documento so referidos os anexos nacionais, que determinam um conjunto de
condies fsicas e climticas, caractersticas de cada regio. O cdigo , ainda, composto
por um conjunto de anexos que permitem de forma simplificada definir um leque de
caractersticas da aco do vento bem como algumas propriedades dinmicas dos edifcios.
O objectivo deste captulo resumir os principais passos e mtodos de clculo adoptados no
mbito deste trabalho.
(3.1)
17
Para Portugal admite-se para V",0 o valor de 27 m/s ou 30m/s, consoante o edifcio em
V", pelo coeficiente de probabilidade calculado pela equao (3.2); (ver tambm a EN 19911-4).
3 4
(3.2)
k=
0,2
n=
0,5
No caso de uma poca bastante restrita do ano a velocidade bsica dever ser tambm
afectada pelos coeficientes referidos acima.
18
de orografia %
8)
, e com valor de referncia da velocidade do vento #$ , sendo
determinada pela equao (3.3):
#7 8)
%( 8
%
8
#$
(3.3)
CATEGORIA DE TERRENO
[m]
[m]
0,005
0,05
0,3
1,0
15
III
Zmin
II
Z0
IV
Com recurso aos parmetros da Tabela 3.1 define-se o coeficiente de rugosidade %(
, dado
pelas equaes (3.4 e 3.5):
19
%( <( =>
para
zmin z zmx
(3.4)
%( 8
%(?7'-
para
z zmin
(3.5)
?
?
<( 0,19 B?
,CC
. F
(3.6)
em que:
z0,II = 0,05 m (categoria de terreno II, Tabela 3.1);
zmin => altura mnima definida na Tabela 3.1;
zmax a ser considerada igual a 200 m.
O coeficiente de orografia %
8
, deve ser considerado quando o declive do terreno for
superior a 5% [2]. Neste trabalho no vai ser considerada esta possibilidade.
Os procedimentos sugeridos no Anexo A para casos especficos em que os edifcios em
estudo se encontram bastante prximos de edifcios vizinhos, podendo ficar sujeitos a efeitos
secundrios e induzir elevadas velocidades do vento segundo algumas direces (v. 4.3.4 EN
1991-1-4). Estes efeitos podem inclusive criar situaes de desconforto junto aos edifcios.
? I
?)
G ?
H
20
(3.7)
desvio padro das flutuaes e da velocidade mdia, equaes (3.8 e 3.9) [2].
QRS
B
TU
VWX
DY
ZC
X
X
[X
\-
QRS
Q#8K^>
para
zmin z zmx
(3.8)
para
z zmin
(3.9)
Onde <_ denominado o factor de turbulncia, com valor sugerido de 1.0, salvo indicao
do Anexo Nacional.
c
`4 ?
a1 7 QV?
b c d !7?
(3.10)
O valor 7 na expresso baseia-se num factor de pico igual a 3,5 e consistente com os
valores dos coeficientes de presso e de fora.
corrente comparar-se esta grandeza presso esttica da velocidade bsica, `$ ,
definindo-se assim uma nova grandeza, o factor de exposio, %*? , que no mais do que a
%*
efX
eg
c
a1 7 QR?
b c d !7?
/ c d !c
(3.11)
21
Em casos de rugosidade baixa (zonas costeiras) e grandes alturas como esto sujeitos os
edifcios altos, o coeficiente de exposio chega a atingir valores de 5 unidades.
b) Para edifcios com 2bh>b, poder considerar-se que o edifcio constitudo por
duas zonas, compreendendo: uma inferior que se prolonga na vertical, a partir do
solo, at uma altura igual a b, e uma superior constituda pelo restante (Figura 3.2);
b, e; iii) uma zona intermdia, entre as partes superior e inferior, que poder ser
22
ij %) %& %k `4?
l(*k
(3.12)
23
poder ser determinada pela soma vectorial das foras ij,* , ij,' e ij,+G , calculadas a partir
Foras exteriores
Foras interiores
Foras atrito
(3.13)
(3.14)
(3.15)
Em que:
- cscd
coeficiente estrutural;
- we
- wi
- Aref
- Cfat
coeficiente de atrito;
- Afat
24
(3.16)
%k,
o coeficiente de fora para elementos de seco rectangular com arestas vivas e sem
livre escoamento em torno das extremidades;
o:
op
o: depende
do nmero de Reynolds, e;
%) %&
1 + 2 Kp Iv( Ze) B 2 + R 2
1 + 7 Iv( Ze)
(3.17)
Nesta expresso, q1 o factor de pico definido pela mxima razo entre a flutuao do
vento e o seu desvio padro. r2 e s2 representam os factores de fundo e de ressonncia,
25
rc
1
b+h
1 + 0.9
L ( Ze )
0.63
(3.18)
onde,
b-
Largura do edifcio
h-
Altura do edifcio
26
t Ze,1, x
6.8 fL ( Ze,1, x )
(1 + 10.2 fL ( Ze,1, x ))
5
3
(3.19)
A equao (3.20), funo da frequncia adimensional u(,>) que por sua vez se relaciona
com a escala de comprimentos da turbulncia;
ut (Ze,1, x ) =
1, x L(Ze)
m(Ze)
(3.20)
Destas expresses importa contabilizar o valor espectral da resposta do primeiro modo para
a altura de referncia Ze . Posto isto, o factor de ressonncia definido pela equao (3.21):
sc
2
t (Ze,1, x ) Rh(h) Rb(b)
2
(3.21)
Onde:
v-
Rh e Rb -
R ( h ) =
1
1
2 (1 e 2h )
h h
4,6h
fL( Ze, n1, x)
L(Ze)
(3.22)
R ( b ) =
4,6h
1
1
fL( Ze, n1, x)
2 (1 e 2b ) com b =
b b
L(Ze)
(3.23)
com
h =
O factor de pico, q1, toma o maior dos valores: definido pela equao (3.24), ou q13.
0 .6
kp = max 2 ln(T ) +
ln(
T
)
(3.24)
!K(Zy), ou seja no caso das velocidades definidas pela Norma Europeia x=600 (10min) e !
a frequncia cruzada da interaco dos fenmenos de fundo e ressoantes, contabilizando
apenas a frequncia do modo de vibrao fundamental, equao (3.25),
= 1, x
R2
c
B2 + R2
com
! 0.08 Hz
(3.25)
>1
z{
|
(3.26)
sy
Onde
}R~
(3.27)
28
Captulo 4
CASOS DE ESTUDO
4.1. METODOLOGIA
A metodologia seguida no trabalho, adopta o procedimento indicado em [2], para edifcios
altos cuja altura superior a duas vezes a dimenso da largura, mas inferior a 200m.
A fora resultante da aco do vento no Edifcio ser calculada s na zona central (Figura
4.1), uma vez que as outras duas zonas esto bem definidas.
Como ponto de partida para a referncia de clculos, foi definido como nmero mnimo uma
(1) banda horizontal (zona central no seu todo) e como nmero mximo a subdiviso desta
zona em vinte e sete (27) bandas.
Os resultados so apresentados graficamente em termos da variao percentual, Pccp, da
fora total aplicada, Fw, em funo do nmero de bandas centrais, e tomando como
referncia o caso de uma nica zona central, de acordo com o Diagrama de Clculo
apresentado em Anexo.
P
100
(4.1)
O valor de Fw1 corresponde fora exercida pela aco do vento para uma faixa (zona
central total) e Fwn a fora exercida pela aco do vento na zona central, dada pelo
somatrio das n foras parciais relativas a cada banda.
29
Aeronautical Research Council). Este edifcio uma estrutura terica (1970) que serviu de
padro para a uniformizao de ensaios em tneis de vento [7].
As caractersticas deste edifcio resumem-se na Tabela 4.1.
Tabela 4.1 Caractersticas bsicas do Edifcio CAARC
Caractersticas do Edifcio CAARC
Altura do Edifcio (h)
182,7
45,9
30,6
225238
kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1,225
kg/m
N de Pisos (n)
61
central)
90,9
4172
0,25
Hz
0,0509
A Tabela 4.2 resume os valores de Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das
9 reas em que foi fraccionada. Os valores apresentados so resultantes da diferena entre
o valor do Cp a montante da fachada (CpM), e o valor do Cp a jusante da mesma (CpJ). A
equao 4.2, representa o modo de clculo do CpT.
CpT = CpM - CpJ
(4.2)
Hcentral centro-
1,75
Hcentral inferior-
1,75
1,4
1,4
Por se tratar de um prisma rectangular valores de Cp identificados na Tabela 4.2, iro ser
utilizados em todos os clculos para o Edifcio CAARC.
30
Os valores de Cp utilizados neste trabalho, para as incidncias do vento a zero (0) graus,
foram obtidos por estrapolao e interpolao, aos dos testes realizados a um cubo quando
exposto a um fluxo de linhas de corrente num tnel vento [5], representado na Figura 4.1.
31
A Tabela 4.3, lista os valores da altura de cada faixa horizontal, a fora total aplicada na
zona central pela aco do vento, em funo do somatrio dos valores parciais de cada
banda.
Tabela 4.3 Valores do Edifcio CAARC que respeitam a clculo
Bandas
90,9
18864,3
45,5
18146,7
30,3
17875,0
22,7
17732,1
18,8
17644,0
15,5
17584,3
10,1
17482,9
12
7,6
17431,3
15
6,06
17400,1
18
5,05
17379,1
21
4,33
17364,1
24
3,80
17352,8
27
3,36
17344,0
Representa-se na Figura 4.2 a evoluo das variaes percentuais da carga exercida pelo
vento, eq. (4.1), em funo do nmero de bandas considerado. Recorrendo aos valores da
tabela 4.3 e com a aplicao da equao (4.1), o primeiro ponto da curva de 3,8%.
[[2
66{z,6z{,F
66{z,
100 3,8%
32
7.60
7.76
7.87
7.95
8.01
8.06
Percentagem Diferencial
7.32
7
6.79
6.47
6.00
5.24
3.80
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
167,55
N de Pisos (n)
56
central)
75,8
3476,9
0,275
Hz
0,0509
Tabela 4.5 Edifcio CAARC, valores que respeitam ao clculo, para 5/6 na Hcentral
34
Bandas
75,8
15694,0
37,9
15135,1
25,3
14926,1
18,9
14816,8
15,2
14749,7
12,6
14704,2
8,4
14627,3
12
6,3
14588,2
15
5,1
14564,6
18
4,2
14548,8
21
3,6
14537,5
24
3,2
14528,9
27
2,8
14522,3
152,4
N de Pisos (n)
51
central)
60,6
2781,5
0,301
Hz
0,0508
Tabela 4.7 Edifcio CAARC, valores que respeitam ao clculo, para 4/6 Hcentral
Bandas
60,6
12523,4
30,3
12116,4
20,2
11966,6
15,2
11888,7
12,1
11841,1
10,1
11808,1
6,7
11754,5
12
5,1
11727,2
15
4,1
11710,3
18
3,4
11699,2
21
2,9
11691,2
24
2,5
11685,2
27
2,2
11680,6
35
137,25
N de Pisos (n)
46
central)
45,5
2086,2
0,335
Hz
0,0508
Tabela 4.9 Valores do Edifcio CAARC que respeitam ao clculo para 3/6 Hcentral
36
Bandas
45,5
9355,1
22,7
9090,0
15,2
8994,2
11,4
8944,7
9,1
8914,6
7,6
8894,2
5,1
8860,1
12
3,8
8842,8
15
3,0
8832,4
18
2,5
8825,4
21
2,2
8820,4
24
1,9
8816,6
27
1,7
8813,7
122,1
N de Pisos (n)
41
central)
30,3
1390,8
0,377
Hz
0,0508
Tabela 4.11 Valores do Edifcio CAARC que respeitam ao clculo para 2/6 Hcentral
Bandas
30,3
6192,3
15,5
6056,6
10,1
6007,2
7,6
5981,9
6,1
5966,5
5,1
5956,2
3,4
5939,0
12
2,5
5930,2
15
2,0
5925,0
18
1,7
5921,5
21
1,4
5919
24
1,3
5917,1
27
1,2
5915,6
37
106,95
N de Pisos (n)
36
central)
15,2
695,4
0,430
Hz
0,0508
Tabela 4.13 Valores do Edifcio CAARC que respeitam ao clculo para 1/6 Hcentral
38
Bandas
15,2
3063,8
7,6
3021,0
5,1
3006,3
3,8
2998,9
3,0
2994,4
2,5
2991,3
1,7
2986,3
12
1,3
2983,8
15
1,0
2982,3
18
0,84
2981,3
21
0,72
2980,5
24
0,63
2980,0
27
0,56
2979,6
7.87
7.95
8.01
8.06
7.76
7.30
7.37
7.42
7.47
7.20
6.58
6.64
6.69
6.73
6.49
5.66
5.72
5.76
5.79
5.48
5.59
4.38
4.43
4.48
4.51
4.53
4.29
2.61
2.66
2.69
2.72
2.74
2.75
Percentagem Diferencial
7.60
7.32
7.05
6.79
6.47
6.31
6.02
6.00
5.71
5.59
5.45
5.24
5.07
4.93
4.89
4.71
4.45
4.39
6.80
6.14
5.29
4.15
6.36
3.87
3.86
3.80
3.71
3.56 3.46
3.25
3.05
2.83
2.37
2.27
2.12
1.88
2.53
2.25
2
1.40
1
00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
39
Pela representao dos valores obtidos nas curvas de segregao da zona central em altura,
verificamos que ao reduzir a altura da zona central da dimenso de b at zero, a variao
percentual compreende um domnio de 6% at 0%.
As caractersticas bsicas do Edifcio REN esto identificadas na Tabela 4.14. A Tabela 4.16,
possui os valores da altura de cada banda horizontal e a fora total projectada na zona
central do edifcio, pela aco do vento.
40
65
31
17
278345
kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1,225
kg/m3
N de Pisos (n)
23
central)
93
0,708
Hz
0,1002
A Tabela 4.15 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 3
reas em que foi fraccionada. Os valores apresentados so j os resultantes da diferena
entre os de montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal
fachada.
Tabela 4.15 - Valores de CpT do Edifcio REN, zona central (Hcentral)
Hcentral esquerdo-
1,4
Hcentral centro-
1,6
Hcentral direito-
1,4
226,8
1,5
225,5
1,0
225,0
0,75
224,8
0,6
224,7
0,5
224,6
0,33
224,4
12
0,25
224,3
15
0,2
224,3
18
0,16
224,3
21
0,14
224,2
24
0,13
224,2
27
0,11
224,2
41
1.8
Percentuagem Diferencial
1.6
1.4
1.2
1.04
0.8
0.6
1.08
1.10
1.11
1.12
1.13
1.13
0.98
0.94
0.88
0.78
0.58
0.4
0.2
0.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
No Edifcio REN, a altura da zona central possui trs metros. A subdiviso em vinte e sete
(27) bandas deve-se apenas a razes de coerncia com o edifcio CAARC, uma vez que no
faz sentido para o clculo.
Pela leitura da figura 4.5, a curva apresenta uma evoluo semelhante, s das configuraes
testadas no Edifcio CAARC e aqui tambm atingem 75% da variao mxima para quatro
bandas.
42
43
100
40
40,5
531258 kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1,225
kg/m3
N de Pisos (n)
central)
33
20
800
0,46
Hz
0,1000
A Tabela 4.18 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 3
reas em que foi fraccionada. Os valores apresentados so resultantes da diferena entre o
valor do Cp a montante da fachada (CpM), e o valor do Cp a jusante da mesma (CpJ). A
equao 4.2, representa o modo de clculo do CpT.
Os valores de Cp utilizados para as incidncias do vento difrentes de zero (0) graus, foram
obtidos por estrapolao e interpolao, ao dos valores Cp encontados em testes realizados
numa superfcie em L, quando exposto a um fluxo de linhas de corrente num tnel vento
[5], representado na Figura 4.7.
44
Figura 4.7 Distribuio do coeficiente de presso nas faces de uma superfcie em L [5]
Tabela 4.18 - Valores de CpT do Edifcio Torre de Monsanto para 0, zona central (Hcentral)
Hcentral esquerdo-
0,25
20,0
533,3
10,0
521,2
6,7
517,1
5,0
514,9
4,0
513,7
3,3
512,8
2,2
511,3
12
1,7
510,6
15
1,3
519,2
18
1,1
509,9
21
0,96
509,7
24
0,81
509,5
27
0,71
509,4
45
As caractersticas bsicas do Edifcio Torre de Monsanto para 90, esto resumidas na tabela
4.20. A tabela 4.22, apresenta os valores da altura de cada banda horizontal e a fora total
na zona central pela aco do vento.
100
40,5
43
531258
kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1,225
kg/m3
N de Pisos (n)
33
central)
19
769,5
90
0,46
Hz
0,1000
A Tabela 4.21 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 3
reas em que foi fraccionara. Os valores apresentados so j os resultantes da diferena
entre os de montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal
fachada.
Tabela 4.21 - Valores de CpT do Edifcio Torre de Monsanto para 90, zona central (Hcentral)
Hcentral esquerdo- 1,35
46
19,0
1201,1
9,5
1175,2
6,3
1166,2
4,8
1161,6
3,8
1158,9
3,2
1157,0
2,2
1153,9
12
1,6
1152,4
15
1,3
1151,4
18
1,06
1150,8
21
0,90
1150,4
24
0,79
1150,0
27
0,70
1149,8
N de Pisos (n)
Altura da Zona Central (l central)
rea da zona Central (A central)
ngulo de incidncia ao vento ()
Frequncia de vibrao Fundamental ( >1)
100
43
m
40,5
m
531258 kg/m
30
m/s
1.225
33
14
602
180
0,46
0,1000
kg/m3
m
2
m
Hz
47
A Tabela 4.24 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 3
reas em que foi fraccionada. Os valores so j os resultantes da diferena entre os de
montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal fachada.
Tabela 4.24 - Valores de CpT do Edifcio Torre de Monsanto, para 180, zona central (Hcentral)
14,0
1424,4
7,0
1401,4
4,7
1393,4
3,5
1389,3
2,8
1386,9
2,3
1385,2
1,6
1382,5
12
1,17
1381,1
15
0,93
1380,3
18
0,78
1379,7
21
0,67
1379,3
24
0,58
1379,0
27
0,52
1378,8
48
4.5
4.25
Percentuagem Diferencial
3.84
3.68
3.67
3.51
3.44
3.28
3.5
3.04
2.90
4.11
3.92
2.97
4.05
3.06
4.38
4.42
4.45
4.47
4.33
4.18
4.22
4.25
4.27
4.13
3.12
3.16
3.19
3.21
3.22
2.77
2.66
2.49
2.5
2.26
2.20
2.16
2
1.64
1.5
0.5
0
0.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
As curvas da Figura 4.8 apresentam um perfil semelhante para os trs ngulos de incidncia
ao vento e atinge-se 75% da variao mxima com quatro bandas.
A variao percentual inerente a cada curva, varia em funo da rea da zona central e
independente dos valores de Cp.
49
50
N de Pisos (n)
Altura da Zona Central (l central)
rea da zona Central (A central)
ngulo de incidncia ao vento ()
Frequncia de vibrao Fundamental ( >1)
75
28
233
181966
30
m
m
m
kg/m
m/s
1,225
24
19
551
0
0,613
0,1000
kg/m3
m
2
m
Hz
A Tabela 4.27 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 9
reas em que foi fraccionada.
Os valores apresentados so resultantes da diferena entre o valor do Cp a montante da
fachada (CpM), e o valor do Cp a jusante da mesma (CpJ). A equao 4.2, representa o modo
de clculo do CpT.
Tabela 4.27 - Valores de CpT do Edifcio Solmar para 0, zona central (Hcentral)
Face 1
Face 2
Face 3
51
19,0
1072,4
9,5
1042,1
6,3
1031,4
4,8
1026,0
3,8
1022,7
3,17
1020,5
2,1
1016,7
12
1,6
1014,9
15
1,3
1013,7
18
1,1
1013,0
21
0,90
1012,5
24
0,79
1012,0
27
0,70
1011,7
As caractersticas bsicas do Edifcio Solmar para 30, esto identificadas na tabela 4.29. A
tabela 4.31, possui os valores da altura de cada faixa horizontal, a fora total projectada na
zona central pela aco do vento e o Decremento Logartmico Total de Amortecimento ().
75
23
29
181966 kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1,225
kg/m
N de Pisos (n)
29
716,3
30
central)
52
24
0,613
0,1000
Hz
A Tabela 4.30 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 9
reas em que foi fracionada. Os valores apresentados so j os resultantes da diferena
entre os de montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal
fachada.
Tabela 4.30 - Valores de CpT do Edifcio Solmar para 30, zona central (Hcentral)
Face 1
Face 2
Face 3
29,0
1436,6
14,5
1379,4
9,7
1358,6
7,3
1347,8
5,8
1341,1
4,8
1336,8
3,2
1329,3
12
2,4
1325,6
15
1,9
1325,3
18
1,6
1321,8
21
1,4
1320,7
24
1,2
1319,9
27
1,1
1319,2
As caractersticas bsicas do Edifcio Solmar para 45, esto identificadas na tabela 4.32. A
tabela 4.34, possui os valores da altura de cada faixa horizontal e a fora total projectada na
zona central pela aco do vento.
53
Tabela 4.32 Caractersticas bsicas do Edifcio Solmar para 45, zona central (Hcentral)
Caractersticas do Edifcio Solmar
Altura do Edifcio (h)
Comprimento do Edifcio (b)
Largura do Edifcio (l)
Massa Equivalente (m)
Velocidade fundamental do vento (v)
Massa volmica do ar (
N de Pisos (n)
Altura da Zona Central (l central)
rea da zona Central (A central)
ngulo de incidncia ao vento ()
Frequncia de vibrao Fundamental ( >1)
75
29
23
181966
30
m
m
m
kg/m
m/s
1,225
24
17,4
462,4
45
0,613
0,1000
kg/m
m
2
m
Hz
A Tabela 4.33 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 12
reas em que foi fraccionada. Os valores apresentados so j os resultantes da diferena
entre os de montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal
fachada.
Tabela 4.33 - Valores de CpT do Edifcio Solmar para 45, zona central (Hcentral)
54
Face 1
Face 2
Face 3
Face 4
17,0
787,0
8,5
766,8
5,7
759,7
4,3
756,1
3,4
753,9
2,8
752,5
1,9
750,0
12
1,4
748,8
15
1,1
748,0
18
0,94
747,5
21
0,81
747,2
24
0,71
746,9
27
0,63
746,7
As caractersticas bsicas do Edifcio Solmar para 90, esto identificadas na tabela 4.35. A
tabela 4.37, possui os valores da altura de cada banda horizontal e a fora total projectada
na zona central pela aco do vento.
75
24
29
181966 kg/m
30
m/s
Massa volmica do ar (
1.225
kg/m
N de Pisos (n)
24
27,0
783,0
90
central)
0,613
Hz
0,1000
55
Tabela 4.36 resume os valores Cp da zona central [5], correspondentes a cada uma das 9
reas em que foi fraccionada. Os valores apresentados so j os resultantes da diferena
entre os de montante, CpM, e jusante, CpJ, equao 4.2, para uma incidncia normal
fachada.
Tabela 4.36 - Valores de CpT do Edifcio Solmar, para 90, zona central (Hcentral)
Face 1
Face 2
Face 3
27,0
1374,3
13,5
1322,5
9,0
1303,8
6,8
1294,1
5,4
1288,2
4,5
1284,3
3,0
1277,6
12
2,3
1274,3
15
1,8
1272,2
18
1,5
1270,9
21
1,3
1269,9
24
1,1
1269,2
27
1,0
1268,6
56
8.00
8.07
8.13
8.17
7.89
7.52
7.59
7.65
7.69
7.42
5.47
5.54
5.59
5.63
5.66
5.36
4.95
5.02
5.06
5.10
5.12
4.86
7.73
7.47
Percentuagem Diferencial
6.95
6.65
6.55
6.26
6.18
5.83
7.28
7.03
5.43
5.13
4.84
4.64
4.39
4.33
4.21
5.19
4.70
3.99 3.93
3.82
3.77
3.47
2.83
2.57
0
0.00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
57
Captulo 5
CONCLUSES
59
REFERNCIA BIBLIOGRFICAS
[1]
[2]
[3]
Johnson, G.L. (2001). Wind Energy Systems. Chapter 2, (Consulta em Maio 2012).
www.rpc.com.au/pdf/wind2.pdf.
[4]
Sparling, B.F. Structural Engineering Systems Design. [S.l.:s.n.], 1997. CE 461 Wind
Loads, p.38-46.
[5]
Glria Gomes, M., Moret Rodrigues, A., Mendes, P., (2005). Experimental and numeri-
cal study of wind pressures on irregular-plan shapes, Journal of Wind Engineering and
Industrial Aerodynamics, 93, 741756.
[6]
Plate, E. J. (1995). Urban climates and urban climate modelling: an introduction. Wind
Climate in Cities, NATO ASI Series, Serie E volume 277, pp. 23-39.
[7]
Castro, G.L. (2009). Uma Contribuio para a Avaliao dos Efeitos da Aco do Vento
em Estruturas Flexveis. Tese de Mestrado. Faculdade de Cincias e Tecnologia da
Faculdade de Coimbra.
[8]
Technology.
[9]
[10]
Taranath B.S., (2005), Wind and earthquake resistant buildings, Marcel Dekker.
61
[11]
Canadian Journal of Civil Engineering, Vol. 24, No. 5, pp. 736 753.
DOI:10.1139/cjce-24-5-736
[12]
Kolousek, V., Pirner, M., & Fisher, O. F. (1984). Wind Effects on Civil Engineering
Structures. Elsevier.
[13]
Sakamoto, H. (1985). Aerodynamic forces acting on a rectangular prism placed vertically in a boundary layer. Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics,
volume 18 , 131-151.
62
ANEXOS
O diagrama de clculo apresentado na pgina seguinte, possui na coluna central as variveis
de entrada, para uma melhor disposio.
As colunas laterais respeitam aos clculos intemdios, com o propsito de calcular a fora na
zona central.
O valor de sada (output) o campo FW, indicando o valor da fora do vento em cada uma
das bandas em que a zona central foi dividida.
Os valores apresentados na tabela, ilustram um exemplo para clculo de um dos doze
pontos, que representam a Hcentral do edifcio CAARC, para as vinte e sete bandas.
As variveis representadas na tabela seguinte respeitam ao ltimo ponto dessa curva e esto
identificadas na Nomenclatura.
Pela dimenso da tabela A, houve a necessidade de a dividir em trs partes na largura e por
sua vez represent-las em trs folhas.
63
DIAGRAMA DE CLCULO
Dados Intermdios 1
64
Dados de Entrada
Dados Intermdios 2
TABELA A1/3
Ze
Banda1
Banda2
Banda3
Banda4
Banda5
Banda6
Banda7
Banda8
Banda9
Banda10
Banda11
Banda12
Banda13
Banda14
Banda15
Banda16
Banda17
Banda18
Banda19
Banda20
Banda21
Banda22
Banda23
Banda24
Banda25
Banda26
Banda27
136.80
133.43
130.07
126.70
123.33
119.97
116.60
113.23
109.87
106.50
103.13
99.77
96.40
93.03
89.67
86.30
82.93
79.57
76.20
72.83
69.47
66.10
62.73
59.37
56.00
52.63
49.27
Cr
1.50
1.50
1.49
1.49
1.48
1.48
1.47
1.47
1.46
1.46
1.45
1.44
1.44
1.43
1.42
1.42
1.41
1.40
1.39
1.38
1.37
1.37
1.36
1.35
1.33
1.32
1.31
vm
Iv(Z)
qp
Lzs
B2
R2
45.11
44.97
44.82
44.67
44.52
44.36
44.20
44.03
43.86
43.68
43.50
43.31
43.12
42.91
42.70
42.49
42.26
42.02
41.78
41.52
41.25
40.97
40.67
40.35
40.02
39.67
39.29
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.15
2.35
2.34
2.33
2.31
2.30
2.29
2.28
2.26
2.25
2.24
2.22
2.21
2.19
2.18
2.16
2.14
2.13
2.11
2.09
2.07
2.05
2.03
2.01
1.98
1.96
1.93
1.91
246.22
243.04
239.83
236.58
233.29
229.96
226.58
223.15
219.67
216.15
212.57
208.93
205.23
201.47
197.64
193.75
189.78
185.73
181.60
177.38
173.07
168.65
164.13
159.48
154.71
149.80
144.74
0.54
0.54
0.53
0.53
0.53
0.53
0.52
0.52
0.52
0.52
0.51
0.51
0.51
0.51
0.50
0.50
0.50
0.49
0.49
0.49
0.48
0.48
0.47
0.47
0.46
0.46
0.45
2.32
2.32
2.32
2.32
2.32
2.32
2.32
2.32
2.31
2.31
2.31
2.31
2.31
2.30
2.30
2.30
2.29
2.29
2.29
2.28
2.28
2.27
2.26
2.26
2.25
2.24
2.23
65
TABELA A2/3
Banda1
Banda2
Banda3
Banda4
Banda5
Banda6
Banda7
Banda8
Banda9
Banda10
Banda11
Banda12
Banda13
Banda14
Banda15
Banda16
Banda17
Banda18
Banda19
Banda20
Banda21
Banda22
Banda23
Banda24
Banda25
Banda26
Banda27
66
cp
CsCd
Aref
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.51
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.27
1.26
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
154.53
kp
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
3.26
Altura fL(zs,n1)
136.80
1.09
133.43
1.08
130.07
1.07
126.70
1.06
123.33
1.05
119.97
1.04
116.60
1.03
113.23
1.01
109.87
1.00
106.50
0.99
103.13
0.98
99.77
0.96
96.40
0.95
93.03
0.94
89.67
0.93
86.30
0.91
82.93
0.90
79.57
0.88
76.20
0.87
72.83
0.85
69.47
0.84
66.10
0.82
62.73
0.81
59.37
0.79
56.00
0.77
52.63
0.76
49.27
0.74
b
0.94
0.94
0.94
0.95
0.95
0.95
0.96
0.96
0.96
0.97
0.97
0.97
0.98
0.98
0.99
0.99
1.00
1.00
1.01
1.02
1.02
1.03
1.04
1.05
1.06
1.06
1.07
Rb
0.83
0.82
0.82
0.82
0.82
0.82
0.81
0.81
0.81
0.81
0.80
0.80
0.80
0.79
0.79
0.79
0.78
0.78
0.78
0.77
0.77
0.76
0.76
0.76
0.75
0.74
0.74
TABELA A3/3
Banda1
Banda2
Banda3
Banda4
Banda5
Banda6
Banda7
Banda8
Banda9
Banda10
Banda11
Banda12
Banda13
Banda14
Banda15
Banda16
Banda17
Banda18
Banda19
Banda20
Banda21
Banda22
Banda23
Banda24
Banda25
Banda26
Banda27
h
3.73
3.74
3.75
3.76
3.78
3.79
3.80
3.82
3.83
3.85
3.86
3.88
3.90
3.92
3.94
3.96
3.98
4.00
4.02
4.05
4.07
4.10
4.13
4.17
4.20
4.24
4.28
Rh
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.24
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.22
0.22
0.22
a
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0009
0.0008
0.0008
0.0008
0.0008
0.0008
0.0008
0.0008
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
SL(zs,n)
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.12
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.13
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
0.18
Fw
698.68
695.39
692.02
688.56
685.02
681.37
677.62
673.76
669.79
665.69
661.47
657.10
652.59
647.92
643.08
638.06
632.84
627.41
621.74
615.83
609.64
603.15
596.32
589.13
581.52
573.46
564.87
67
69