Ideologia e Currículo

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Thiago Gonalves Reblo- Ps graduao em Gesto Educacional

APPLE, Michael. Ideologia e Currculo. So Paulo. Brasiliense,1982.

O objetivo da Ideologia e Currculo demonstrar que h uma hegemonia ideolgica na


transmisso de valores, tendncias culturais e econmicas comum a todos se
enfatizando que h uma garantia de que certos estudantes sero selecionados e
transcendero para outros nveis de ensino. Para isso, a redao do texto gira em torno
das seguintes temticas: Controle Social e o problema da comunidade; A rea do
currculo e o problema da comunidade; A diferenciao do currculo e a questo da
comunidade; Etnicidade, inteligncia e comunidade e O conflito e o currculo oculto.
Alm disso, a exposio crtica e parte tanto da anlise histrica do currculo e
controle social quanto do currculo oculto e a natureza do mesmo. Partindo desses
pressupostos, a abordagem foi do ponto de vista da educao como instrumento de
transformao social. A partir da, fundamentou-se a escrita tanto no vis neomarxista e
de alguns elementos marxistas, por conseguinte, a escrita externa a pedagogia
progressista caracterizada pela tendncia crtico-social dos contedos. Tanto que, clara
a relao vigente entre educao e sociedade. Tudo isto, se fez com a tcnica da
documentao indireta do tipo bibliogrfica. Em primeiro lugar, no final sculo XIX e
incio do sculo XX havia um clima ideolgico sobre as escolas urbanas. Ento, para
nacionalizar a populao outros lderes e formadores de lderes usaram o currculo como
ttica para restaurar o que estava se perdendo. Usando a imigrao europeia na Amrica
como plano de fundo no Ps I Guerra e atentando para o problema da luta entre classes
sociais instigaram-se os imigrantes com valores e padres comportamentais especficos
que reduziriam os focos de revoluo porque estes estariam satisfeitos ao cumprir com
seus encargos sociais e a estes trabalhadores seria atribuda a ideia da sorte que para os
mandatrios no passaria de uma ideia da sorte em massa em meio sociedade
industrial. Outra prtica empregada veio da articulao entre a sociologia da educao
com o behaviorismo, nesse caso, o negro substituiu o imigrante com justificada pela
diferena de inteligncia sob a gide cientfica que na verdade ocultava o
conservadorismo nas decises sociais e educacionais. Em suma, o interesse dos
educadores e cientistas sociais da poca intentava a conformidade com as ideias
dominantes, logo o trabalhador era o especializado e treinado para fazer algo em
especfico, por outro lado havia o generalista que era o supervisor ou gerentes dos
subordinados tcnicos. Desse perodo assim como atualmente, o controle pela diferena
curricular tambm se fez pela diferena entre pessoas e classes que tambm poderiam
ser controladas. Por que o fizeram? Diz-se que tericos formadores do currculo viam
vantagem na industrializao e no surgimento de grandes empresas, isto nos leva a
noo de hierarquia graduada de inteligncia e instruo onde a diversidade apoiada,
porm sob o aspecto implcito para manuteno da ordem, ou seja, estabilidade social,
conhecimento especializado e econmico. Nisso a cincia tem sido fundamental porque
aumentava a estratificao e justificava o poder de um grupo sobre o outro mantendo
assim a regulao. Do ponto de vista tecnolgico, quem faz a cincia tem ideologias e
por isso diz-se que ela possui viso ideolgica. Considerando que, uma ordem
econmica social foi aceita em meio industrializao e aumentando-se cada vez mais
o crescimento tecnolgico, a imigrao e diminuio da vida em comunidade desenhou-
se a recorrncia da criao de categorias e procedimentos que sustentam o indivduo
abstrato, alm dos professores e estudantes desvinculados. Agora se percebe a retomada
do termo comunidade, tanto que, as escolas trabalham com a administrao cientfica,
ou seja, em educao, assim como na distribuio desigual de bens e servios
econmicos, aqueles que tm recebem. Mas, se as instituies devem ser sensveis s
causas comunais vlido tambm reconhecer as conexes histricas entre grupos que
detiveram o poder e a cultura que preservada e ensinada nas escolas. Entretanto, a
tomada de conscincia de uma posio poltica no deixa muitos vontade. Nesse
sentido, para que a escola desempenhe o seu papel histrico na socializao estudantil
preciso trabalhar com naturalidade, mesmo porque os padres correspondem a um
importante papel na hegemonia ideolgica. Por esse motivo, necessrio haver uma
justificao constante e aperfeioada para aceitao dos distintos papis sociais. Dessa
forma, fundamental tratar a questo do problema do currculo porque quando as
escolas mostram-se neutras e isoladas dos processos polticos, bem como do debate
ideolgico no h criticidade envolvida. Assim, vlido cientificar que o conhecimento
escolar est se tornando cada vez mais claro quanto tendncia da verdadeira natureza e
competio de grupos de diferentes pases. Portanto, preciso ir alm destas anlises
para alcanar muitas das origens do ensino da orientao dominante.

Palavras chave: Valores; Tendncias; Currculo; Histria; Controle; Cultura;


Instituies; Escola; Sociedade; Homogeneidade; Imigrantes; Conservadoras; Interesse;
Inteligncia; Classes; Conscincia; Conflito.

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