Justiça em Angola

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho da disciplina de Direito, sob o tema a Direito A Justiça Em


Angola, orientado pelo professor da disciplina de Direito, vou apresentar de um modo
suscinto e resumido todos os aspectos relacionados ao tema em análise.

Para melhor entendimento traçou-se alguns objectivos gerais e específicos que


espero atingir ao longo deste trabalho.

É assim que como objectivo geral pretende-se conhecer a aprender sobre o


Direito A Justiça Em Angola Já por outro lado como objectivo específico, pretendo
aperfeiçoar os meus conhecimentos sobre Direito A Justiça Em Angola.

O trabalho está dividido em duas parte, numa primeira fase apresento o conceito
de Direito e da Justiça, por outro lado far-se-á uma incursão sobre o sistema jurídico
angolana sua constituição e gênese, os tribunais existentes e os aspectos inerentes ao
acesso a justiça de modo geral.

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1. DIREITO A JUSTIÇA EM ANGOLA

1.1 Conceitos e Definiçoes:

As primeiras concepções a respeito da justiça surgiram na Grécia Antiga, onde


se utilizava a expressão Dikaiosyne (Δικαιοσύνη) para representar a personificação de
uma integridade moral relacionada ao Estado e aos governos.

Aristóteles definia justiça como sendo uma igualdade proporcional: tratamento


igual entre os iguais, e desigual entre os desiguais, na proporção de sua desigualdade.
Aristóteles também reconhece que o conceito de justiça é impreciso, sendo muitas vezes
definido a contrariu sensu, de acordo com o que entendemos ser injusto – ou seja,
reconhecemos com maior facilidade determinada situação como sendo injusta do que
uma situação justa.

Platão reconhece a justiça como sinônimo de harmonia social, relacionando


também esse conceito à ideia de que o justo é aquele que se comporta de acordo com a
lei. Em sua obra A República, Platão defende que o conceito de justiça abrange tanto a
dimensão individual quanto coletiva: a justiça é uma relação adequada e harmoniosa
entre as partes beligerantes de uma mesma pessoa ou de uma comunidade.[3] Platão
associava a justiça aos valores morais.

1.2 Direito

Direito pode se referir à ciência do direitoou ao conjunto de normas jurídicas


vigentes em um país (direito objetivo). Também pode ter o sentido
de íntegro, honrado. É aquilo que é justo, reto e conforme a lei. É ainda uma regalia,
um privilégio, uma prerrogativa.

A ciência do direito é um ramo das ciências sociais que estuda as normas


obrigatórias que controlam as relações dos indivíduos em uma sociedade. É uma
disciplina que transmite aos estudantes de direito um conjunto de conhecimentos
relacionados com as normas jurídicas determinadas por cada país. Para alguns autores, é
um sinal de organização de uma determinada sociedade, porque indica a recepção de
valores e aponta para a dignidade do ser humano.

A faculdade legal de praticar ou não um determinado ato é designada por (direito


subjetivo). Neste caso, o direito se refere ao poder que pertence a um sujeito ou grupo.
Por exemplo, o direito de receber aquilo pelo qual se pagou.

O direito como conjunto de normas também se divide em positivo ou natural.


O direito positivo são as normas criadas e postas em vigor pelo Estado; o direito
natural são as normas derivadas da natureza, ou seja, são as leis naturais que orientam
o comportamento humano, os direitos fundamentais.

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2. O DIREITO E O ACESSO À JUSTIÇA
O acesso à Justiça é um direito constitucionalmente consagrado. A
Constituição de Angola estabelece o acesso à justiça como direito fundamental (artigo
29º) de todos os angolanos. Para ter acesso à justiça o cidadão deve conhecer as
instituições do Estado encarregues de proteger e defender os seus direitos e interesses,
como funciona o sistema de justiça e como pode recorrer ao poder judicial quando os
seus direitos são violados.

2.1 O que dispões a Constituição:

A nossa Constituição, da República é "baseada na dignidade humana". Dispõe


ainda a nossa Constituição que a República de Angola "é um Estado democrático de
direito que "promove e defende os direitos e liberdades fundamentais do homem, quer
como indivíduo, quer como membro de grupos sociais organizados, e assegura o
respeito e a garantia da sua efectivação pelos poderes legislativo, executivo e judicial".

2.2 Princípios Constitucionais:

Trata-se de princípios fundamentais plasmados na Constituição que devem ser


escrupulosamente observados pelos órgãos de soberania, particularmente pelos
tribunais, que têm a espinhosa missão de administrar a justiça em nome do povo.
Temos uma nova Constituição e é indispensável que os órgãos que, por lei, têm de
aplicar o Direito tenham sempre em conta, quando proferem as suas decisões, os
direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos contidos na Constituição da
República.

Os aplicadores do Direito devem ter sempre em vista que, no exercício da sua


actividade, têm de assegurar a convivência pacífica na sociedade, para o que se devem
alicerçar nos valores de justiça. Disse um eminente jurista que o Direito "se propõe
instaurar uma ordem justa, e, por isso, ele liga-se à justiça".

Em processos criminais, deve haver por parte dos tribunais um particular cuidado no
tratamento dos casos, uma vez que as decisões em processos dessa natureza podem
implicar a privação da liberdade de pessoas, e seria de total injustiça que essas decisões
fossem tomadas erradamente, ou por má apreciação das situações submetidas a
julgamento, ou por má aplicação das leis, ou por fraude judicial, podendo causar
prejuízos àqueles a quem são aplicadas as penas.

Os tribunais têm também, nos termos da Constituição, de "garantir e assegurar a


observância da Lei Fundamental, das leis e demais disposições normativas vigentes, a
protecção dos direitos e interesses legítimos dos cidadãos e das instituições". Todas as
pessoas, em particular as pessoas singulares, têm direito a um tratamento justo e digno
por parte dos tribunais, que, no exercício da sua função jurisdicional, devem reprimir as
violações da legalidade democrática e fazer com que os princípios e direitos
fundamentais sejam respeitados.

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3. TUTELA JURISDICIONAL EFECTIVA DO ESTADO

O Estado garante a protecção dos direitos dos cidadãos de acordo com a


Constituição de Angola. A Constituição diz que "o Estado reconhece como invioláveis
os direitos e liberdades fundamentais consagrados na Constituição e cria condições
políticas, económicas, sociais, culturais, de paz e estabilidade que garantam a sua
efectivação e protecção" (artigo 56º). Esta protecção é exercida através de várias
instituições tais como os Tribunais - que são um dos três poderes do Estado (os outros
são o Presidente e a Assembleia Nacional) - bem como a Procuradoria Geral da
República, a Polícia, a Provedoria de Justiça, os Advogados e outras organizações que
ajudam a proteger os direitos dos cidadãos.

3.1 OS TRIBUNAIS:

Os tribunais são o órgão de soberania com competência para administrar a


justiça em nome do povo. É nos tribunais que os cidadãos, vendo os seus direitos
violados, podem exigir que esses direitos se tornem efectivos e que sejam reparados
os danos resultantes de uma violação. Os tribunais têm o dever de defender os direitos
e interesses protegidos por lei, corrigir a violação da legalidade e decidir sobre os
conflitos de interesses públicos e privados. Neste sentido, os tribunais são responsáveis
por proteger os interesses dos cidadãos e das instituições do Estado.

3.2 O PODER JUDICIAL

O poder judicial, ou o poder dos tribunais, é exercido por Juízes, que julgam
casos e tomam decisões exclusivamente de acordo com a Constituição e as leis e não
devem ficar sujeitos a interferências de outros poderes ou a quaisquer ordens ou
instruções. No estado de direito, um sistema de tribunais fortes e independentes deve ter
a autoridade, os recursos e o decoro para responsabilizar membros do governo e altos
funcionários perante as leis e os regulamentos da nação. Por esta razão, os juízes devem
ter uma formação sólida, ser profissionais e independentes. Para cumprirem este papel,
os juízes têm que ser imparciais e aceitar julgar todos os casos meritórios (excepto
quando há uma situação de incompatibilidade, por exemplo se a pessoa a ser julgada é
família). As decisões dos tribunais são de cumprimento obrigatório para todas as
entidades públicas e privadas e prevalecem sobre as de quaisquer outras autoridades
(artigo 177º da Constituição).

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4. TRIBUNAIS EXISTENTES NO ORDENAMENTO JURÍDICO
ANGOLANO

É o tribunal que fiscaliza a


Tribunal Constitucional constitucionalidade das leis aplicáveis aos
casos julgados em tribunal e verifica a
constitucionalidade de todos os actos
normativos do Estado, titulares dos órgãos
de soberania e seus agentes.

É o tribunal que Fiscaliza a legalidade das


Tribunal de Contas finanças públicas, verifica se os gastos
públicos estão a ser utilizados de uma
forma eficiente e efectiva e controla as
contas do Estado.

É o órgão superior dos tribunais militares,


Supremo Tribunal Militar encarregado do julgamento de crimes
militares.

São os tribunais que tratam de matérias


Tribunais Judiciais (Tribunal Supremo, civis e criminais e exercem funções em
Tribunais Provinciais e Municipais) todas as áreas que não são atribuídas aos
outros tribunais.

4.1 Tribunais Judiciais


O Tribunal Supremo é o órgão máximo dos tribunais comuns. Ele está no topo
da hierarquia dos tribunais judiciais e toma a última decisão no julgamento de casos
quando o cidadão, ou o Ministério Público, solicita por via de recurso a reapreciação da
sentença emitida pelo Tribunal Provincial ou Municipal. O Tribunal tem a sua sede na
capital do país, Luanda, e exerce a sua jurisdição (aplica o direito) em todo o território
nacional. Por sua vez, os Tribunais Provinciais actuam nos casos das respectivas
províncias e os Tribunais Municipais, actuam nos respectivos Municípios.

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CONCLUSÃO

Do estudo ora concluído, chego a conclusão de que fala do Direito a Justiça em


Angola, é procurar entender como funciona a justiça em angola, como se sabe, nos
termos do art. 1.º do Código do Processo Civil, só ao Estado recai a responsabilidade de
dirimir os conflitos que poderão surgir entre as pessoas.

Por outro lado, a Constituição da República de Angola, no seu artigo 174.º sobre
a função Jurisdicional, dispõem que os tribunais são os órgãos de soberania com
competência de administrar a justiça em nome do povo.

Portando, tendo em atenção ao disposto constitucuinal, se pode a nosso nivel


aferir que a justiça em Angola é feita no tribunal, e todos os angolanos e cidadãos
estrangeiros têm o direito e o acesso a justiça sempre que virem os seus interesses a
serem ameaçados por terceiros de má fé.

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BIBLIOGRAFIA

JUSTOS, Santos. Introdução ao Estudo do Direito. Coimbra Editora: 2006, 5ª Ed.


AMARAL, Diogo Freitas. Manual de Introdução ao Direito, Almedina: Lisboa, 1ª Ed.
Artigos de: Jurísta Albano Pedro, sobre a Justiça e o Acesso a Justiça em Angola

Lei 2/15, que estabelece os príncípios e regras da organização e funcionamento dos


Tribunais de Jurisdição
Constituição da República de Angola, 2010
Código Civil Angolano
Código Penal Angolano
Código de Processo Civil

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