Mapeamento Das Casas de Religiões de Matriz Africana
Mapeamento Das Casas de Religiões de Matriz Africana
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2, jul-dez 2017
Introdução
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O PNCT
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Ao todo 26 organizações colaboraram direta e indiretamente para a construção do plano: Instituto
Nacional da Tradição e Cultura Afro-brasileira (INTECAB), Centro Nacional de Religiosidade e
Africanidade Afro-brasileira (CENARAB), Federação Nacional do Culto Afro-brasileiro (FENACAB),
Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (ACBANTU), Movimento Nacional Nação
Bantu (MONABANTU), Coordenação de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (COPIR)
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Rede Nacional de Saúde da População Negra, Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-
Ameríndia (AFA), Instituto Nacional e Órgão Supremo Sacerdotal da Tradição e Cultura Afro-brasileira
(INAEOESSTECAB), Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), União de Negros pela
Igualdade (UNEGRO), Movimento Negro Unificado (MNU), Coletivo de Entidades Negras (CEN),
Fórum Interreligioso do Rio de Janeiro, Agentes Pastorais Negros (APN’s), Centro de Apoio às
Populações Marginalizadas (CEAP), Coordenação Amazônica das Religiões de Matrizes Africanas e
Ameríndias (CARMAA), Conselho Nacional de Iyas e ekedes Negras (CONAIYAEKENE), Associação
de Umbanda e Candomblé do Estado de MG (AUCEMG), Associação Afro-brasileira e Cultural Ylê
Iyabá Omi (ACYOMI), Candomblé Ilê Axé OMIDEWA, Congregação Espírita Umbandista do Brasil
(CEUB), Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé (FBEUC), Fórum Religioso Afro-
brasileiro do Distrito Federal e Entorno (FOAFRO), Casa do Perdão, Centro de Tradições Afro-brasileiras
(CETRAB), ONG Resgate e Preservação do Cultura Afro-brasileira OMI-DÙDÚ, Centro Estudo da
Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Instituto Pedra de Raio – Justiça Cidadã (IPR),
Congresso Nacional Afro-braileiro (CNAB).
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Na época que foi lançado o plano o número de categorias incluídas na política a partir da definição de
“povos e comunidades tradicionais” passavam de dez, todos eles com as suas particularidades e
necessidades em termos de políticas públicas. Além de Povos de matriz africana: Povos Indígenas,
Comunidades Remanescentes de Quilombos, Ribeirinhos, Extrativistas, Quebradeiras-de Coco-Babaçú,
Pescadores Artesanais, Seringueiros, Geraizeiros, Vazanteiros, Pantaneiros, Comunidades de Fundos de
Pastos, Caiçaras, Faxinalenses, dentre outros.
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Esta definição é do Guia orientador para mapeamentos junto aos Povos e Comunidades Tradicionais de
Matriz Africana de 2016, portanto mais recente ao PNCT estudado, foi escolhida pela definição estar
sistematizada de forma mais clara sem prejuízo à análise proposta.
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Questão da etnia também está relacionada a questão racial.
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Foram entrevistadas 2 pessoas para este artigo que participaram da construção do PNCT, a identidade
deles será preservada.
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Para Emerson Ferreira Rocha (2010), o racismo difuso é o racismo que opera segundo um código
estético, estética enquanto um fenômeno ordinário da percepção. É uma característica do racismo
brasileiro que também pode ser chamado de “camuflado” ou “dissimulado”, enquanto o domínio da pré-
objetividade.
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Ordenações Filipinas, disponível em http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/l5ind.htm
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Para exemplificação do caso ver: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-
urbana/2017/04/12/interna_vidaurbana,698777/sacerdote-de-umbanda-e-condenado-por-perturbacao-de-
sossego.shtml
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Código Penal disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-lei/Del2848.htm
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E ainda: “Ao mesmo tempo que é miscigenacionista, no que toca aos traços físicos, à
ideologia brasileira de relações inter-raciais ou interétnicas é assimilacionista, no que se
refere aos traços culturais.” (NOGUEIRA, 1985. p. 84)
E porque são essas características importantes? A resposta é porque ambas
foram utilizadas pela ideologia do branqueamento e pelas políticas higienistas que, por
sua vez, foram responsáveis pela construção intelectual e política que embasou a forja
da nossa nação e que ainda hoje influem na estruturação racista da nossa sociedade e do
Estado.
A ideologia do branqueamento com suas políticas migratórias que proibiam a
entrada de africanos e asiáticos ao passo que estimulava a entrada de trabalhadores
brancos europeus teve como justificativa de sua execução um número considerável de
intelectuais que pregavam a crença na evolução da sociedade que deveria caminhar para
o ideal civilizatório branco europeu tendo aí seu auge. Essa ideologia começa a
respaldar as políticas de construção do Estado a partir da Proclamação da República em
1989, que ocorre após a abolição da escravidão no Brasil. Nesse momento o modelo do
Estado-nação perseguido pelo Brasil foi o modelo homogeneizante da sociedade
europeia reafirmando, mais uma vez, a exclusão e a hierarquização dos não brancos e de
suas histórias, formas e modos de vida.
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O Desfecho do PNCT
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Constituição de 1988, que ainda assim permite que haja relação entre o Estado e igrejas
em colaborações de interesse público que respaldam o grande número de hospitais
católicos e evangélicos financiados pelo dinheiro público, ou ainda a existência de
bancada evangélica, religiosos assumindo cargos executivos a partir de sua ordenação,
capelas católicas e evangélicas nos prédios da repartição pública, ao passo que outras
religiões não encontram o mesmo respaldo:
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
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