Curso Relações Internacionais - Teoria e História PDF
Curso Relações Internacionais - Teoria e História PDF
Curso Relações Internacionais - Teoria e História PDF
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Relações
Internacionais:
Teoria e História
MÓDULO I - CONCEITOS ELEMENTARES E CORRENTES
TEÓRICAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
https://youtu.be/HTil3nMmCoU
O Processo de Globalização
“Contra a Antiglobalização”.
Dilemas da Globalização
De fato, uma das grandes certezas do século XXI é que nele ainda
presenciaremos o fenômeno da guerra. Entretanto, alguns cogitam mesmo que
a guerra, neste século, não será mais entre países, mas entre civilizações
(HUNTINGTON, 1998).
Assista à aula proferida pelo Professor Doutor Joanisval Brito Gonçalves, por
ocasião de curso presencial ministrado no ILB. Aqui
Aumente o som de seu equipamento e bons estudos!
https://youtu.be/KvPHAAnXsgQ
Conceitos Fundamentais
Sociedade Internacional;
Atores;
Forças Profundas;
Sistema Internacional;
Potência;
Hegemonia.
Sociedade Internacional
Sociedade Internacional
Sociedade Internacional
Ator Internacional
Sistema Internacional
Forças Profundas
Rafael Calduch Cervera (1991), por sua vez, cita o conceito de Potência
Internacional segundo C. M. Smouts, ou seja, como aquele Estado “mais ou
menos poderoso segundo sua capacidade de controlar as regras do jogo em um
ou mais âmbitos-chaves da disputa internacional e segundo sua habilidade de
relacionar tais âmbitos para alcançar uma vantagem”.
Interessante observar que a hegemonia dos EUA hoje é mantida mais por
outros meios – o que alguns autores chamam de soft power (poder suave) –,
como a presença marcante na compilação e divulgação de notícias e diversões,
na produção de bens de consumo, nas inúmeras formas de cultura popular e sua
identificação com a liberdade política e de mercado, do que propriamente por
meio do hard power (poder militar).
As relações internacionais têm sido marcadas pela disputa, por parte das
Potências, da hegemonia na Sociedade Internacional. Essa hegemonia, além de
política, pode ser militar, econômica, cultural ou ideológica. Pode ser regional ou
global. Um Estado que seja a Potência hegemônica em uma dessas áreas muito
provavelmente o será na maioria das outras. É claro que tal liderança pode ter
diferentes gradações e que uma grande Potência econômica em nossos dias
pode não ter o mesmo poder de influência cultural ou até militar no cenário
internacional.
Hegemonia
"A ciência exige algo mais do que fatos e descrições de fatos. Exige uma
explicação de por que ocorreram, que efeitos causaram e algumas predições
(ou, no caso das ciências sociais, conjecturas) sobre seu comportamento
provável no futuro, uma mescla de causalidade, teleologia e prospecção. No
campo das ciências sociais, como em outras ciências, a teoria é chamada a
ministrar essas explicações, pondo ordem ao mundo heterogêneo e muitas
vezes incompreensível dos fatos isolados, e a arriscar algumas predições."
Começamos por essa teoria por uma razão simples: para muitos
estudiosos da política internacional, a Teoria do Equilíbrio de Poder, também
conhecida como Teoria do Balanço de Poder, é o que mais próximo existe de
uma teoria política das relações internacionais. Arnold Toynbee, conhecido
historiador, chegou mesmo a dizer que tal teoria constituía uma “lei” da História.
A fase idealista
A fase idealista
de igualdade formal.
Para as Relações Internacionais, é particularmente importante a visão
construída por Hugo Grócio sobre a sociedade internacional a partir da teoria do
contrato. Grócio, considerado o pai do Direito Internacional, defendeu ser o
direito um conjunto de normas ditadas pela razão e sugeridas pelo appetitus
societatis. A base da doutrina de Grócio é a solidariedade, ou potencial
solidariedade, entre os Estados em relação à aplicação da lei internacional, e
procura estabelecer uma ordem mundial restringindo os direitos dos Estados de
irem para a guerra por motivações políticas e promover a ideia de que a força só
pode ser legitimamente usada em nome dos objetivos e anseios da comunidade
internacional como um todo.
A fase idealista
A fase realista
Behavioristas e pós-behavioristas
Finalmente, Arenal identifica uma quarta fase, motivada pelo que David
Easton (1969) chamou de “nova revolução da ciência política”, e que se
convencionou chamar de pós-behaviorismo. Essa nova revolução ter-se-ia
produzido devido a uma profunda insatisfação com a pesquisa política e os
ensinamentos behavioristas, sobretudo por quererem converter o estudo da
política em uma ciência segundo o modelo físico-natural. As bandeiras
levantadas pelos pós-behavioristas são ação e relevância. O novo movimento,
sem abandonar o enfoque científico do behaviorismo, dirige sua atenção à
conduta humana enquanto tal e aos problemas reais do mundo, às motivações
e aos valores subjacentes a toda conduta. Busca-se uma pesquisa com ênfase
ao caso concreto, dando atenção a um objeto de análise que difere dos objetos
das ciências exatas. O pós-behaviorismo constituiu, portanto, a síntese do
debate entre as concepções tradicionalistas e as científicas.
Realismo, Pluralismo e Globalismo
Realismo
Idealismo X Realismo
Idealismo x Realismo
Tradicionalistas x Científicos
Realistas x Pluralistas
Outros debates
Unidade 4 - O Realismo
O Realismo
O Realismo
Para garantir sua segurança, os Estados irão buscar aumentar seu poder
– definido pela capacidade de influenciar os demais Estados e de ser
influenciado o mínimo por eles –, projetando-o no sistema internacional. Esse
poder relaciona-se intimamente com o uso da força – sobretudo de poderio
político-militar e os aspectos econômicos relacionados a ele. Em outras palavras,
quanto mais forte for um Estado frente a seus pares, menos sujeito a ser
subjugado por estes ele se encontra.
Pág. 4 - O Realismo
O que os realistas buscam deixar claro é que não se pode querer igualar
a China a Liechtenstein, ou o Brasil à Somália, ou ainda, ou ainda, os EUA ao
Afeganistão. Não adianta, portanto, querer arguir o artigo 2º da Carta das Nações
Unidas para que se imponha o princípio da igualdade entre os Estados nas
relações internacionais. Os Estados são distintos uns dos outros quanto à
grandeza territorial, populações, localização geográfica, capacidade militar,
níveis de desenvolvimento em que se encontram, recursos econômicos,
capacidade de exploração desses recursos. É exatamente em virtude dessas
diferenças que os Estados terão maior ou menor influência no sistema
internacional e buscarão formas de defender seus interesses.
Também sobre o Realismo, veja o texto que trata da moral nas Relações
Internacionais numa perspectiva realista, de Marcelo Beckert Zapelini.
Críticas ao Realismo
O Neorrealismo
Waltz usa a noção de poder estrutural – espécie de poder que pode estar
operando quando os Estados não estiverem agindo da forma que se esperava,
dada a desigualdade de distribuição de poder no sistema internacional. Percebe-
se que Waltz se inspirou em Durkheim, para quem a sociedade não é a simples
soma de indivíduos e que todo fato social tem por causa outro fato social, e
jamais um fato da psicologia individual. Em seu trabalho sobre o suicídio,
Durkheim procurou demonstrar que, mesmo no ato privado de tirar a própria vida,
conta mais a sociedade presente na consciência do indivíduo do que sua própria
história individual. Ou seja, o ambiente é mais importante do que o agente, e
essa é a tese por trás do Neorrealismo de Waltz.
Neorrealistas X Globalistas
Um dos últimos debates que merece referência neste curso é o que se dá
entre neorrealistas e globalistas.
Neorrealistas X Globalistas
Conclusão
A extensão espacial
A diversidade sistêmica
A estratificação hierárquica
A polarização
Polarização (cont.)
O grau de institucionalização
O grau de institucionalização
Conclusão do Módulo I
# A Sociedade Anárquica e
O Renascimento
O Renascimento (cont.)
(Séculos XV e XVII)
Fonte :http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm30.html
As Grandes Navegações
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm36.html
O fato é que logo as principais potências europeias se lançariam em busca
de novas terras e novas rotas, e uma nova era se iniciaria nas relações
internacionais.
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm34.html
Fonte: http://perso.wanadoo.fr/alain.houot/index.html
No processo de fortalecimento da monarquia, foi importante a criação de
algumas instituições. A primeira delas foi a do imposto nacional, que se
diferenciava da cobrança de tributos feita pelos senhores feudais. Enquanto esta
se fundava nas relações pessoais de vassalagem, o imposto moderno baseava-
se na ideia de que a contribuição era feita para a construção de um bem comum.
A Reforma (cont.)
A Reforma (cont.)
Filme indicado: Lutero, de Eric Till, conta a história do monge alemão que se
rebelou contra o abuso de poder na Igreja Católica há 500 anos. Trata-se de
filme interessante para auxiliar na compreensão da Reforma e da
Contrarreforma.
Reforma (cont.)
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm32.html
É importante observar que o descontentamento com a Igreja era grande
em boa parte da Europa. O protestantismo, não só da linha luterana, espalhou-
se com muita rapidez por todo o norte do continente. A reação católica, a
Contrarreforma, deu-se sob diversas formas. A primeira delas foi no campo da
atuação religiosa. Como observa Perry (1999, p. 242), “a princípio, a energia
para a reforma veio do clero comum, bem como de leigos como Inácio de
Loyola”. Loyola foi o fundador da famosa Companhia de Jesus. Como fora
treinado como soldado, ele organizou os jesuítas de forma rígida e altamente
disciplinada.
A Guerra
A Guerra dos Trinta Anos chegaria a termo por meio da Paz de Westfália
(1648), e uma Nova Ordem seria estabelecida no cenário europeu e,
consequentemente, nas relações internacionais da Era Moderna.
Leia mais sobre a Guerra dos Trinta Anos acessando o sítio “Vultos e episódios
da Época Moderna”.
A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ancien_R/ancienr9.html
O Legado de Westfália
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ancien_R/ancienr11.html
Leia mais sobre a Guerra dos Trinta Anos acessando o sítio “Vultos e episódios
da Época Moderna”.
A Revolução Francesa
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ancien_R/ancienr13.html
Registre-se que essa ressonância da Revolução Francesa foi tanto prática
quanto simbólica. A Revolução foi marcante por ter atingido a principal
monarquia europeia e o maior e mais populoso país europeu (se excluída a
Rússia). De fato, as transformações que marcariam a Europa e a civilização
ocidental no século XIX seriam influenciadas diretamente por aquelas mudanças
ocorridas no âmbito doméstico da França, então a Potência hegemônica no
continente. Nesse sentido, podemos perceber como transformações nas
Grandes Potências acabam afetando todo o sistema internacional,
proporcionalmente ao grau de poder dessa Potência.
Nesse contexto, Luís XVI tentou fugir para o exterior. Preso no meio do
caminho, foi levado de volta a Paris e guilhotinado. A República foi proclamada,
e a França se viu, externamente, em um estado quase permanente de guerra.
Internamente, a Revolução mergulhou no Terror – aproximadamente 40 mil
pessoas morreram – e na luta entre as diversas facções. Após um período de
contrarrevolução e de agravamento dos conflitos internos, o poder passou para
as mãos dos generais. Um deles, Napoleão Bonaparte, assumiu o controle do
governo em novembro de 1799.
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/Rev_Emp/revemp3.html
A nova Ordem Internacional do Século XIX - Antecedentes
Napoleão Bonaparte
- As zonas de “influência”, onde a anexação foi indireta, mas o Antigo Regime foi
eliminado pelas autoridades francesas. É o caso da maior parte da Alemanha
entre o Reno e o Elba, do Grão-Ducado de Varsóvia, do Reino da Sicília e do
Reino de Nápoles.
- As zonas de “resistência positiva”, essencialmente a Prússia, onde os dirigentes
(...) calcularam que o melhor meio de encerrar a luta contra a França era pôr em
prática extensas reformas sociais (abolição da servidão e dos direitos feudais).
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix4.html
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix5.html
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix6.html
De uma forma geral, as revoluções de 1848 foram revoluções sociais de
trabalhadores pobres. Quando se viram diante da revolução “vermelha” (ameaça
à propriedade), os moderados liberais e os conservadores se uniram. Os
trabalhadores ficaram isolados diante da união de forças conservadoras e ex-
moderadas aliadas ao velho regime. Com essa aliança, os regimes
conservadores restaurados estavam preparados para fazer concessões ao
liberalismo econômico. A década de 1850 viria a ser, de fato, um período de
liberalização sistemática: fim da legislação de guildas e liberdade para se praticar
qualquer forma de comércio; fim do severo controle estatal sobre a mineração;
realização de uma série de tratados de livre-comércio etc. Nesse momento, a
burguesia deixava de ser uma força revolucionária.
Antecedentes
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix3.html
Antecedentes
A Unificação da Itália
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix7.html
A Unificação da Alemanha
Expansão colonial
Antecedentes
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/xix/xix8.html
Sobre a situação dos EUA frente a outras potências na virada do século, vide
Paul Kennedy, op.cit.
Antecedentes
O Estado-nação
Esse era o pano de fundo para um século “de extremos”, o século XX, em
que os principais Atores internacionais se confrontariam numa intensidade nunca
antes vista na história da Sociedade Internacional.
Conclusão
A Era dos Impérios, de Eric Hobsbawm (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988), é
obra fundamental para a compreensão do período que antecede a I Guerra
Mundial e no qual se consolida a hegemonia europeia no mundo.
Unidade 3 - A I Guerra Mundial e os Entre-Guerras
A I Guerra Mundial
http://www.brasilescola.com/
Ao final do conflito, o sistema internacional mudaria definitivamente. A
Europa sofreria intensa destruição, os impérios coloniais começariam a ruir, e a
hegemonia europeia no mundo daria seus últimos suspiros. A Sociedade
Internacional se apresentaria ainda mais complexa e com novos Atores não
europeus a ditar suas regras. A Belle Époque seria apenas nostalgia.
A I Guerra Mundial
A I Guerra Mundial
A Sérvia, por sua vez, como país eslavo, acreditava que contaria com o
apoio da Rússia. Como em um dominó, o sistema de alianças fez com que a
guerra entre austríacos e sérvios atingisse, também, alemães e russos. Estes
últimos, graças a outra aliança, atraíram para o conflito os franceses. Os ingleses
entraram na guerra para defender a Bélgica, país que fora invadido pelos
alemães. Assim, um sistema de alianças rígido e um sistema de mobilização
militar conduziram os europeus para a Guerra. De um lado, estavam Inglaterra,
França, Rússia e Sérvia. De outro, Alemanha e Áustria-Hungria. Durante o
desenrolar do conflito, muitos outros países se envolveriam. O Mapa 20 retrata
essas alianças às vésperas da I Guerra Mundial
Mapa 20: A Europa de 1914 – As Alianças
Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=mapastematicos
A Guerra
A I Guerra Mundial
A Guerra
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre14_18/gun7.html
Grandes Mudanças
A I Guerra Mundial
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre14_18/gun8.html
A I Guerra Mundial
A I Guerra Mundial
Terminado o conflito, que deveria ter sido rápido e fácil, a Europa estava
em situação lamentável e não mais teria forças para estar à frente da Sociedade
Internacional. Os EUA já deveriam ser consultados sobre os destinos do sistema
internacional, e, no Oriente, o Japão avocava sua parcela de influência. E essas
transformações estavam apenas começando... O mundo já dava sinais de deixar
de ser eurocêntrico. A Primeira Guerra Mundial foi a grande tragédia europeia.
Fonte:
http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre14_18/gun12.html
O Entre-Guerras e a Nova Ordem Internacional
A Europa que saía da guerra era bastante diferente daquela que a iniciara.
De certo modo, o impacto da I Guerra para algumas nações europeias foi ainda
maior do que o da II Guerra Mundial. Sangrada e traumatizada, a Europa não
conseguiu se recuperar por meio dos Tratados de Paz. Ao contrário de uma paz
duradoura, conseguiu-se, apenas, por intermédio de tratados impiedosos, deixar
os alemães desejosos de uma revanche. Diferentemente do Congresso de Viena
(1815), que fora um exemplo de como se obter a paz, Versalhes foi a expressão
de raiva dos vencedores. O resultado é que, vinte anos depois, eclodiria outra
guerra mundial.
A Revolução Russa
Apesar disso, o Czar Nicolau II, preso aos compromissos de guerra com
a França e com a Grã-Bretanha, não dava sinais de que desistiria do conflito.
Pressionado, abdicou em março de 1917. O governo passou às mãos de um
governo moderado sob o comando de Alexander Kerenski. Entretanto, o novo
governo não eliminou o principal problema do país: a guerra. Em outubro do
mesmo ano, Lênin, líder bolchevista que retornara do exílio, preparou a tomada
do poder. Kerenski, abandonado pelo exército, fugiu. Lênin assumiu então o
governo
Dos escombros do império dos czares surgiu um novo país, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), primeira nação do mundo sob um
regime marxista e que se tornaria a única Potência do planeta capaz de rivalizar
com os EUA. O governo revolucionário enfrentaria ainda grandes crises políticas
e econômicas, mas conseguiria superar esses obstáculos e retomar o processo
de industrialização e de crescimento iniciado pela Rússia czarista. Entretanto,
essas transformações acarretariam a morte de milhões de pessoas, não só em
virtude da insuficiência de alimentos, mas também por causa de decisões
desastrosas da política econômica – tomadas por burocratas do Partido
Comunista – e, ainda, como resultado de perseguições e expurgos contra toda
e qualquer pessoa suspeita de ser contrária ao regime. Nesse contexto, a figura
de Josef Stalin, que assumiu o poder após a morte de Lênin, em 1924, e
governou ditatorialmente a URSS até a sua própria morte, em 1953, teve um
papel central.
A Crise de 1929
Fascismo e Nazismo
O Fascismo italiano, copiado depois por muitos outros países, tinha entre seus
princípios:
As origens do nazismo
Toda a extensão da tragédia causada pela Guerra Civil Espanhola pode ser
constatada pela reportagem do The Times, de 28 de abril de 1937, da qual
extraímos o seguinte trecho:
“Guernica, a mais antiga cidade dos bascos, centro de suas tradições culturais,
foi completamente destruída ontem à tarde por um reide aéreo dos revoltosos.
O bombardeio dessa cidade aberta, muito atrás das linhas de combate, durou
três horas e quinze minutos, durante as quais uma poderosa esquadra aérea
alemã, composta de bombardeiros Junker e Heinkel, e caças Heinkel, não
parava de despejar sobre a cidade bombas de1000 libras e, calcula-se, mais
de 3000 projéteis incendiários de 2 libras, de lumínio. Ao mesmo tempo, os
caças mergulhavam sobre a cidade para metralhar a parte da população civil
refugiada nos campos(...).”
ANTECEDENTES:
EUA e URSS
A GUERRA
A Queda da França
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre39_45/gdeux11
.html
A batalha da Grã-Bretanha (Operação Leão-do-Mar) iniciou-se em 13 de
outubro de 1940. A Luftwaffe iniciou os bombardeiros sobre Londres. Todavia,
foi testemunhada, naquelas semanas, uma das maiores ondas patrióticas da
história britânica, que, somada ao “espírito de Dunquerque”, fez com que Hitler,
ao final do mês, encerrasse a batalha para poupar aeronaves para o seu principal
objetivo: a destruição da URSS. É importante observar que o general Charles De
Gaulle e parte da elite moderada francesa migraram para Londres, onde
estabeleceram o governo francês no exílio, ou “França Livre”.
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre39_45/gdeux15
.html
O Dia D
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre39_45/gdeux23
.html
O Dia D (cont.)
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/guerre39_45/gdeux25
.html
Há, ainda, alguns clássicos imperdíveis, como O mais longo dos dias, de
Benhard Wicki, que trata do Dia “D”, o desembarque aliado de 6 de junho de
1944; e Uma Ponte Longe Demais, do diretor Richard Attenborough, sobre a
Operação Market Garden, um plano ousado para obter um rápido final para a
II Guerra por meio da invasão da Alemanha e destruição das indústrias de
guerra do III Reich – esse ambicioso plano mostrou-se um dos grandes erros
da guerra e causou mais baixas aos Aliados do que toda a invasão da
Normandia.
Esses objetivos devem nortear seus estudos nesta Unidade, e esperamos que
você possa, efetivamente, demonstrar os conhecimentos que eles propõem!
Recorra ao material de estudo e busque solucionar suas dúvidas!
A Guerra Fria
Muitos autores defendem que, após o fim da II Guerra Mundial, não havia
mais a ideia de uma Sociedade Internacional europeia, criada a partir de 1815.
A instabilidade internacional no período de 1919 a1939, que culminou na II
Guerra, corroeu um estado de equilíbrio de quase 100 anos. A Europa entrou
em uma profunda crise de valores e testemunhou o retorno dos egoísmos
nacionais, como ocorrera no período pós-Westfália.
No âmbito político, o mundo pós-1945 foi marcado pela hegemonia dos EUA e
da URSS e um novo modelo de política internacional: o sistema de zonas de
influência de raio planetário, característico do novo tipo de Ator – a
Superpotência. O mundo seria, portanto, dividido em zonas de influência
soviética e estadunidense. O continente americano e o Ocidente Europeu
constituíram-se em zona de influência dos EUA, e o Leste Europeu, da URSS.
No Mapa 28, é possível identificar com clareza essa zona sob a hegemonia
soviética.
Mapa 28: A Europa em 1946
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ap45/actuel1.html
"A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz,
impossível."
A Guerra Fria
A Guerra Fria
rearmamento
(produção - tecnologi - sustentaç - fortalecimento
industrial e > as > ão e > do
desenvolvime colocada excitação mercadodomés
nto s no da tico
tecnológico) mercado demanda
doméstic
a
A Guerra Fria
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ap45/actuel3.html
Para conhecer o clima de tensão da Guerra Fria, assista a Treze dias que
abalaram o mundo (Thirteen days, 2000), dirigido por Roger Donaldson, com
Kevin Costner e Bruce Greenwood. O filme conta a história da Crise dos Mísseis
de Cuba (1962), com ênfase na maneira como se conduziu o processo decisório
no Governo Kennedy e as negociações com os soviéticos, que culminariam na
reestruturação das relações entre as Superpotências.
Outro filme fundamental para a compreensão do período e da maneira
como eram tomadas as decisões é Sob a Névoa da Guerra, dirigido por Errol
Morris. Vencedor do Oscar de melhor documentário de 2004, o filme se molda a
partir de uma longa entrevista do cineasta com Robert Strange McNamara,
Secretário de Defesa estadunidense dos governos de John F. Kennedy e Lyndon
Johnson (entre 1961 e 1967). McNamara apresenta, de forma realista, como se
conduziram a política externa e as relações com a URSS e outros atores em uma
das épocas mais conturbadas da Guerra Fria.
A Guerra Fria
A Guerra Fria
A Guerra Fria
√
Recuperação econômica e política da Europa
Ocidental: tentava-se o retorno da Europa ao centro das
relações internacionais, após a reconstrução proporcionada
pelo êxito dos investimentos e doações norte-americanas por
intermédio do Plano Marshall. A Europa deixava
gradativamente de ser um centro de poder alinhado
automaticamente aos EUA.
A Guerra Fria
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ap45/actuel8.html
Por mais estranho que possa parecer, há dois filmes que simbolizam bem
a percepção norte-americana dos valores do capitalismo na Guerra Fria na
década de 1980: Rambo III e Rocky IV. Em Rambo III, um veterano da Guerra
do Vietnã (Sylvester Stallone) é enviado ao Afeganistão para libertar seu mentor,
que caiu nas mãos dos soviéticos, durante a ocupação daquele país, e conta
com o apoio dos Talibãs. Interessante, sobretudo, se relacionarmos o filme à
realidade de duas décadas depois: a película retrata os vínculos dos EUA com
os guerrilheiros afegãos no combate aos soviéticos.
Muitos autores defendem que só se pode falar em Guerra Fria até o final
dos anos de 1960, uma vez que a fase que se segue é apenas um concerto entre
as duas Superpotências. Outros preferem chamar essa fase de “Segunda
Guerra Fria”, pois é o momento em que as duas Superpotências transferem sua
competição para o chamado Terceiro Mundo (Vietnã, Angola, Afeganistão, Líbia,
entre outros).
· os planos SALT (Strategic Arms Limitation Talks) congelaram por cinco anos
o desenvolvimento e a produção de armas estratégicas e o controle sobre
mísseis intercontinentais e lançadores balísticos submarinos;
A Guerra Fria
Fonte:http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ap45/actuel20.html
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ap45/actuel19.html
Globalização e regionalização
A Questão da Segurança
A Questão da Segurança
Observações iniciais
A Questão Da Segurança
O governo de Bill Clinton nos EUA (1993-2000) apontara para uma crise
do paradigma realista e uma ascensão do pluralista. Eleito em 1992, Clinton
prometeu uma liderança global de “baixo custo” e uma dedicação maior à
economia doméstica. Diante disso, vários acadêmicos norte-americanos, como
W. Kristol e R. Kagan, passaram a defender uma política externa neorreaganista
para os EUA, que se traduziria em uma reafirmação do “excepcionalismo” do
país no cenário internacional, argumentando que fora o legado militarista da
política de Ronald Reagan que permitira a vitória contra o Iraque no início da
década, que era a presença de soldados norte-americanos no Golfo Pérsico que
continha a agressividade de Saddam Hussein e do fundamentalismo islâmico do
Irã, que essa presença era o principal fator que impedia a escalada de conflitos,
como quase aconteceu entre a Grécia e a Turquia, que foi o papel dos EUA como
líder global que manteve o regime político no Haiti, no Paraguai etc.
Processos de Integração
Superpopulação e Subdesenvolvimento
Questões ambientais
Conteudista