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Psicofarmacologia

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Psicofarmacologia

A psicofarmacologia é a ciência que trata da relação entre o uso de drogas e as


alterações psíquicas diversas da ordem do humor, cognição, comportamento,
psicomotricidade e personalidade.

Dentro da psicofarmacologia há diversos conceitos, entre eles estão às drogas


psicotrópicas que é uma substância química que age principalmente no
sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente
muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência. Já os
Fármacos são uma substância química conhecida e de estrutura química
definida dotada de propriedade farmacológica, ou seja, são substancias
biologicamente ativos como, por exemplo, cocaína, nicotina, anfetamina, THC,
CBD e álcool.

Também tem o principio ativo que é o fármaco que esta contido no


medicamento, a substância que deverá exercer efeito farmacológico. Um
medicamento, alimento ou planta pode ter diversas substâncias em sua
composição, porém somente uma ou algumas destas conseguirão ter ação no
organismo. Uma observação seria dizer que todo principio ativo é um fármaco,
mas nem todo fármaco é um medicamento. O medicamento serve como uma
proteção para o principio ativo como, por exemplo, as capsulas ajudam o
principio ativo a passarem pelo estomago.

Existem diversos tipos de drogas psicotrópicas, a depressora que reduz a taxa


de disparo do potencial de ação, como por exemplo, o álcool e ansiolíticos. Os
estimulantes que geram aumento da atividade em algumas partes do cérebro,
simultaneamente ela diminui em outras partes, como por exemplo a cocaína e
anfetamina. As alucinógenas/Perturbadoras que alteram a senso percepção e o
fluxo de pensamento, simultaneamente aumenta o funcionamento de algumas
áreas do cérebro como, por exemplo, a maconha e o ópio.

Outros termos usados em psicofarmacologia são os neurotransmissores, que


são substancias químicas produzidas por neurônios, responsáveis por levar
informações de uma célula para outra célula. Os receptores fazem o trabalho
de receber os neurotransmissores, e existem dois tipos de receptores, os
onotrópicos que funcionam como canal que as passagens de íons do meio
intracelular para o extracelular e só há passagem se houver a ligação iônica
dos neurotransmissores. E também os metabotrópicos que recebem contato do
neurotransmissor, e libera no meio intracelular uma PTN que estava ligada a
ele. A PTN vai ter uma ação que vai mudar o metabolismo da célula (por isso o
nome).

As substancias exógenas podem ser agonista ou antagonista. As agonistas


possuem atividades intrínsecas, e são capazes de se ligar aos
neurotransmissores e consegue gerar uma ação parcial que gera parte da
resposta Inversa, fazem ligação mas geram a resposta inversa.

Já a antagonista são as que não possuem atividades intrínsecas, ou seja,


ocupa espaço literalmente. Ocupa uma ligação que impede que o
neurotransmissor faça a ligação e desencadeie uma reação. Dentro das
antagonistas existem os: Competitivo - Ocupa um sitio antes que o
neurotransmissor ocupe; Não competitivo – Impede que se ligue agindo em
outra parte da célula, não necessariamente no sitio de ligação.

Os sítios de ligação é a região de uma proteína que se associa com um ligante.


Geralmente consiste numa cavidade na superfície da proteína, constituída por
uma disposição específica de aminoácidos. As proteínas podem ter
diferentes sítios de ligação para diferentes ligantes. A droga psicoativa só
consegue fazer efeito nas pessoas, pois se ligaram aos sítios de ligação.

A Curva dose-resposta é a concentração do fármaco relacionado e efeito dele.


Com o aumento da concentração o efeito aumenta até chegar em um ponto
máximo do corpo, e a partir daí o organismo não consegue mais responder, e o
efeito ( a resposta do corpo) começa a cair.

A potência (força) refere-se à quantidade de medicamento (geralmente


expressa em miligramas) necessária para produzir um determinado efeito,
como o alívio da dor ou a diminuição da pressão arterial ou seja, é
concentração necessária para gerar efeito. Já a eficácia é a capacidade do
medicamento de produzir um efeito (como redução da pressão arterial),
portanto, é a quantidade máxima de efeito que uma droga pode gerar.
Índice Terapêutico

O índice terapêutico é uma comparação entre a quantidade de um


agente terapêutico necessária para causar um efeito terapêutico desejado e a
quantidade que causa efeitos tóxicos. Quantitativamente, é a proporção dada
entre a dose tóxica dividida pela dose terapêutica. Ele da justamente essa
distancia entre tratar e matar, o intervalo entre dose eficaz e dose toxica.

Dentre as catecolaminas estão a dopamina que atua no humor, cognição


(aprendizagem e memória), vias de recompensas e movimento. Quando essas
vias atuam no corpo são responsáveis por alterar esses fatores no corpo.

E também a noradrenalina que são as vias responsáveis para nossa resposta


de luta ou fuga, controle motor, aprendizagem, memória, medo, atenção,
analgesia, ciclo arcardiano, hipotermia, sedação.

Por ultimo a adrenalina, que é um hormônio simpaticomimético e


neurotransmissor responsável por preparar o organismo para a realização de
grandes feitos, derivado da modificação de um aminoácido aromático,
secretado pelas glândulas suprarrenais, assim chamadas por estarem acima
dos rins.

Transtornos de humor

Transtornos de humor são transtornos de saúde mental nos quais as


alterações emocionais consistem de períodos prolongados de tristeza
excessiva (depressão), de exaltação excessiva ou de euforia (mania), ou
ambos. A depressão e a mania representam os dois extremos opostos, ou
polos, dos transtornos do humor. Os transtornos do humor também são
conhecidos como transtornos afetivos

Os episódios depressivos consistem em sintomas como humor triste, falta de


interesse e anedonia (perda de capacidade de sentir prazer), acompanhados
por alterações de sono, apetite, energia, libido e motivação. Esses episódios de
depressão são causados pela redução de monoamina no cérebro. Já os
episódios maníacos possuem características como euforia ou irritabilidade
aumenta a energia e diminui a necessidade de sono.

Antidepressivos

Os antidepressivos aumentam a transmissão de serotoninérgica no cérebro


como um todo, sendo assim é utilizado para tratamento de pânico (já que para
ter pânico tem que ter baixa serotonina). O antidepressivo aumenta serotonina,
então meu cérebro reduz a quantidade de receptor (economia de energia
cerebral). Sendo assim, não absorve a serotonina, não gerando tanta
ansiedade. Então o antidepressivo aumenta a ansiedade por um tempo
(intervalo de 2-6 meses) até que o cérebro perceba que tem muita serotonina
solta e diminua o numero de receptores. Assim, não gera resposta de
ansiedade.

Existe depressão/alegria normais e manifestações patológicas, o que vai diferir


é a intensidade e o tempo de duração, que começa a interferir signitivamente
no cotidiano do individuo.

Inibidores de monoaminoxidade

Os fármacos inibidores da MAO inibem a enzima monoamina oxidase (MAO),


responsável por degradar monoaminas como
a noradrenalina, tiramina, dopamina e serotonina, aumentando assim a
concentração no corpo e no cérebro destas monoaminas e condicionando
maior excitação dos neurônios que possuem receptores para estes
mediadores. Existem dois tipos de IMAOS: os reversíveis e os irreversíveis.

Os IMAOS reversíveis são em geral mais bem tolerados e causam poucas


interações alimentares, porém são em geral menos eficazes. Os IMAOs
irreversíveis e não seletivos bloqueiam a ação dos dois subtipos da enzima
(MAO-A e MAO-B). Esta característica confere-lhes uma longa duração de
ação, mas está também relacionada com os seus efeitos adversos, uma vez
que a inibição não seletiva (e irreversível) leva à acumulação e consequente
toxicidade de vários dos subtratos da MAO, sobretudo a Tiramina. Por este
motivo, é muitas vezes necessária a instituição de uma dieta alimentar
específica para reduzir o consumo de substratos da enzima, como a tiramina.
No entanto, os IMAO irreversíveis são muito mais eficazes.

Com base em observações clínicas, o aumento da quantidade de mediadores


na fenda sináptica está relacionado com a melhoria de sintomas depressivos,
embora o mecanismo subjacente não seja perfeitamente claro. A resposta
parece residir nas alterações no número e afinidade dos receptores, devidas ao
aumento da concentração de mediadores, o que explica também a demora
(mais de uma semana) entre o início da terapêutica e a manifestação dos
efeitos.

Alimentos ricos em tirosina

Alguns dos alimentos ricos em tirosina são os queijos envelhecidos; vinhos e


chope; panetone, pão de queijo e casca de banana; embutidos (salame,
presunto, linguiça, mortadela); remédios (antigripais e descongestionantes)

Estabilizador de humor

Os estabilizadores de humor tem a função de inibir a alternância dos episódios


maniacos/hipomaniacos e da depressão na perturbação bipolar. Destacam-se
o Lítio e alguns anticonvulsivantes e antipsicóticos que provaram também ter
uma ação estabilizadora.

Na depressão os estabilizadores de humor funcionam como a diminuição na


atividade do sistema serotoninérgico, cujos corpos celulares localizam-se nos
núcleos da rafe. Já na mania ocorre uma atividade excessiva do sistema
serotoninérgico.

O principal representante dos estabilizadores do humor é o lítio. É um


medicamento eficaz no tratamento de episódios maníacos e na prevenção da
recorrência de crises maníacas ou depressivas em pacientes bipolares.

É usado com outros antidepressivos em pacientes refratários, em que são


pacientes que não aderem ao tratamento ou não respondem ao fármaco.

Ocorre um bloqueio á supersensibilidade do receptor pós sináptico da


dopamina.
Os seus efeitos adversos estão ligados ás concentrações séricas do carbonato
de lítio que seria a substância ativa junto á resposta individual do paciente.
Alguns dos efeitos adversos são: o ganho de peso, visão borrada, convulsões,
palpitações, entre outros. Geralmente ocorrem com mais frequência e com uma
maior gravidade em concentrações mais elevadas.

Anticonvulsivantes

Os anticonvulsivantes também tem a função de uma ação como estabilizadores


de humor. São primariamente usados na epilepsia mas provaram ter um efeito
estabilizador de humor também com pacientes com perturbação bipolar.

O ácido valproico é um tipo de anticonvulsivante e estabilizador de humor


muito utilizado no tratamento da epilepsia. Quando o paciente está em uma
crise de epilepsia ocorre um aumento na síntese, uma maior liberação de
GABA ( neurotransmissor inibitório ) quando chega ao potencial de ação e uma
redução á degradação do GABA no cérebro.

A lamotrigina é um antiepiléptico e estabilizador de humor usado na epilepsia e


no transtorno bipolar. O seu uso bloqueia canais de sódio voltagem-
dependentes inibindo a liberação de glutamato. Parece bloquear a receptação
das monoaminas incluindo a dopamina impedindo o disparo de potencial de
ação.

A carbamazepina é um dos principais medicamentos utilizados no tratamento


da epilepsia e na dor neuropática. O seu mecanismo de ação é o bloqueio de
canais de sódio das membranas dos neurônios de voltagem dependente pré-
sinápticos, reduzindo a liberação de glutamato. Bloqueio de receptores NMDA (
canais de Na+ ).

Vários outros anticonvulsivantes estão sendo estudados no transtorno bipolar


como:gabapentina, pregabalina, topiramato, tiagabina, entre outros.
Antipsicóticos

Os antipsicóticos são usados para o tratamento de esquizofrenia, se


caracterizam por ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por
isso, além de se constituírem como os fármacos preferencialmente usados no
tratamento das psicoses e esquizofrenia, também são utilizados como
anestésicos e em outros distúrbios psíquicos.

A psicose é a perda de juízo da realidade, entre elas, temos a alucinação que é


uma alteração na sensopercepção (percepção de ter visto, ouvido, tocado,
prova do ou cheirando algo que não estava realmente no local) e os delírios
que é uma alteração de pensamentos (crença ou realidade alterada que é
mantida com persistência apesar das evidências do contrário).

Hipótese dopaminérgica é citada como associada aos sintomas de


esquizofrenia. A dopamina é um neurotransmissor central liberado em
vesículas nas sinapses do sistema nervoso central; na esquizofrenia está
envolvido os sistemas mesolímbico (sintomas positivos) e o mesocortical
(sintomas negativos).

Nas vias dopaminérgicas se inicia agrupamentos de corpos celulares TC que


projetam seus axonais ou outras estruturas. O neurotransmissor é a dopamina,
é monoaminérgico, da família das catecolaminas e das feniletilaminas que
desempenha vários papéis importantes no cérebro e no corpo.

O sistema dopaminérgico mesolímbico é composto por um conjunto de


neurônios que (a partir do mesencéfalo) faz conexão de diversas regiões
cerebrais, especificamente o núcleo accumbens e o córtex pré-frontal.

A via mesocortical é uma via neuronal que conecta a área tegmental ventral ao
córtex cerebral, em particular aos lobos frontais.

Os receptores dopaminérgicos são: D1 D2

D1 e D2 D2, D3 e D4
Os receptores metabotrópicos de glutamato, são um tipo de receptores de
glutamato que operam através de um processo metabotrópico indireto.

Os neurolépticos são medicamentos inibidores das funções psicomotoras , a


qual pode encontrar-se aumentada em Estados, ex, de excitação ou agitação.
“apertando o neurônio”

Os tranquilizantes maiores tem atividade psicotrópica intensa e são indicados


em todas as formas de psicose, delírios e alucinações. (Haloperidol,
Clorpromazina, Levomepromazina)

Antipsicoticos e sistema piramidal: é uma grande coleção de axônios que


viajam entre o córtex cerebral do cérebro e a medula espinhal, separados em
duas famílias, típicos (+) aliviam os sintomas por horas e atípicos (-) aliviam os
sintomas positivos e negativos.

O sistema é formado pelo Tálamo, Cerebelo e Núcleos da base.

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