Dependência Emocional
Dependência Emocional
Dependência Emocional
Abstract
Introdução
Assim sendo o amor próprio não é nem abnegado e nem egoísta por
completo, é o equilíbrio entre esses dois tipos de sentimentos que caracterizam
o amar a si mesmo. O amor erótico é originalmente um tipo que anseia por
exclusividade, união com outra pessoa. Na perspectiva erótica, o amor é apenas
mais um entre muitos sentimentos envolvidos. É ao mesmo tempo avassalador
e também carregado de ternura. Para o público leigo a dependência emocional
é entendida como um amor extremo, mas podemos distingui-la do amor (seja
qual for o tipo) por algumas características peculiares, tais como: submissão
excessiva, baixa autoestima, dificuldade de tomar decisões, desequilíbrio
emocional na ausência do outro, mas sem dúvida a distinção mais visível é a
ausência de interesse por si mesmo. Muitas vezes o discurso de um amor
avassalador que suporta todas as adversidades mascara uma dependência
emocional.
Discussão
Para Ferreira (2004), o amor foi inventado foi inventado para suprir a falta.
“Os poetas sempre souberam que desejar é lamentar a falta de algo" (p. 13). A
falta é a marca do desejo e, neste sentido a contribuição que o amor oferece
para supri-la é indiscutível se o analisarmos sob a perspectiva que os amantes
o enxergam. O amado é apreendido como aquilo que estava faltando para o
amante, e nos ditos populares fica bem claro a posição que o amor representa:
a de alma gêmea, a outra metade...
Os conflitos e entraves dessa junção de dois seres logo surgem, e o que
seria um encaixe perfeito, agora dar lugar as queixas, decepções, expectativas
não atendidas e sofrimentos sem fim...
Esse homem que ama demais, explica Taty, começa a viver em função
da amada, vasculha tudo e corre sério risco de estar caindo na cilada do ciúme
excessivo. Além disso, se culpa por tudo que acontece de errado, e ainda por
cima possui uma autoestima muito baixa, por isso, não se dá valor. Por ser
humilhado todo o tempo pela amada, esse homem sofre o que a psicanalista
chama de 'cegueira emocional'.
Por fim, pode se concluir que a pergunta norteadora desse estudo foi
respondida na direção de diferenciar uma dependência emocional de um tipo de
amor. As dificuldades encontradas foram: a carência de literatura cientifica
voltada para o sofrimento psíquico do dependente aqui no Brasil, a escolha dos
parceiros e a falta de consenso quanto às terminologias utilizadas.
Conclusão