Alonso, Luís Felipe Toro
Alonso, Luís Felipe Toro
Alonso, Luís Felipe Toro
Algoritmos de Seleção e
Dimensionamento de Secadores
Campinas - S.P.
21 de DEZEMBRO de 2001
FEAGRI
Algoritmos de Seleção e
Dimensionamento de Secadores
Luís Felipe Toro Alonso
Engenheiro de Alimentos
Mestre em Tecnologia de Alimentos
Campinas - S.P.
21 de DEZEMBRO de 2001
Agradeço ao Prof. Kil Park, foram anos de orientação em que aprendi um bocado
sobre secagem.
Ao caríssimo Fernando Brod sempre disposto a ajudar e a partilhar informações.
Ao Pr. Pedro Cruz pelas orações e interseções.
Aos meus dois verdadeiros irmãos Alexandre Mazzonetto e Fabiano Godoi, meus
incentivadores permanentes.
Aos meus pais, José Aylton e Nilze, sempre presentes e disponíveis para o que quer
que eu necessitasse. Prontos para me apoiar, sempre.
À minha esposa, Gabriela, verdadeiro tesouro. Obrigado por todo o estímulo e
suporte, e ainda por ter paciência para ler e corrigir o português deste trabalho. Agradeço a
Deus por um presente maravilhoso como você, eu te amo muito.
Agradeço ao Deus Todo Poderoso que por sua grande misericórdia fez-me vivo por
seu Santo Espírito, mediante o sacrifício do Seu Filho, Cristo Jesus.
ϑ Função implícita -
Ψ Função implícita -
α Constante característica de forma (placa, cilindro, esfera) adimensional
β Dimensão característica de forma (placa, cilindro, esfera) m
ε Porosidade do leito adimensional
εb Porosidade do leito expandido adimensional
εmf Porosidade na mínima fluidização adimensional
φ Esfericidade do material adimensional
γ Inclinação do secador m/m
η Número de camadas no modelo de BET adimensional
ϕ Fração do leito adimensional
κ Constante na equação de GAB adimensional
λ Calor latente de vaporização kJ/kg
νg Viscosidade cinemática do gás m2/s
θ Tempo h
θc Tempo de secagem em período constante h
θd Tempo de secagem em um secador rotativo direto h
θf Tempo de secagem em período decrescente h
θm Tempo de secagem condutiva h
θp Tempo de secagem em um secador paralelo h
θrd Tempo de secagem em um secador rotativo direto h
ρ Densidade real do material kg/m3
ρb Densidade aparente do material kg/m3
ρg Densidade real do gás kg/m3
ω Rotação do secador rpm
ξ Função implícita -
ψ Função implícita -
ζ Função implícita -
A Área m2
A' Área de referência para secador em leito de ar cruzado m2
Aλ Área do leito de secagem m2
a1,2,3,... Constantes da equação convectiva –
Ac Área de secagem para o período constante m2
Ad Área de secagem no secador rotativo direto m2
Af Área de secagem para o período decrescente m2
Ah Área de contato com a fonte de aquecimento (condução) m2
Ap Área de secagem no secador paralelo m2
Ar Número de Arquimedes adimensional
PALAVRAS-CHAVE:
SUMMARY: Being capable to quickly select and to dimension the most adequate dryer to
a process is a competitive advantage in the globalization environment, particularly for
companies that commercialize this equipment. Therefore, it is desirable to formulate a new
algorithm of selection and dimensioning of driers. This thesis studies various models of
dryer selection and dimensioning to produce a new algorithm using a model of selection by
KEEY as reference. Four applied problems had been formulated with the purpose to test
the new algorithms. By the application of the problems to the new algorithms it was
possible to conclude that the obtained results are consistent with the consulted literature
and, as expected, it fits to the model by KEEY. Finally, some insights are brought up on
future research lines that may continue this work.
KEYWORDS:
CAPÍTULO 1
Introdução e teoria de secagem....................... 5
CAPÍTULO 2
Seleção de secadores..................................... 45
CAPÍTULO 3
Dimensionamento de secadores.................... 95
CAPÍTULO 4
Definição do problema e matéria-prima ..... 143
CAPÍTULO 5
Verificação do algoritmo ............................ 165
CAPÍTULO 6
Considerações Finais .................................. 205
PRÓLOGO
Para uma mais fácil compreensão deste trabalho, houve-se por bem a inclusão deste
prólogo. Este trabalho de tese foi desenvolvido em uma série de capítulos a fim de que
cada etapa do trabalho possa ser compreendida em separado. Ao mesmo tempo, a reunião
destes capítulos deve formar um conjunto tal que expresse o conhecimento que se buscou
acrescentar neste trabalho.
A tese em seus capítulos :
• BIBLIOGRAFIA.
Listagem da bibliografia consultada para a realização deste trabalho.
• APÊNDICE.
Código fonte dos programas desenvolvidos neste trabalho.
CAPÍTULO 1
ÍNDICE
ÍNDICE.................................................................................................................................. 7
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... 8
OBJETIVO ............................................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 9
2. MATÉRIA-PRIMA ..................................................................................................... 11
2.1. CONTEÚDO DE UMIDADE .............................................................................. 11
2.2. ATIVIDADE DE ÁGUA ..................................................................................... 12
2.2.1. ISOTERMAS DE SORÇÃO ......................................................................... 13
2.2.2. MODELOS DE ISOTERMAS...................................................................... 15
2.2.2.1. LANGMUIR (KEEY, 1972) .............................................................. 16
2.2.2.2. BET (BRUNAUER, EMMET e TELLER, 1938).............................. 16
2.2.2.3. BET linearizada (BRUNAUER, EMMET e TELLER, 1938) ........... 16
2.2.2.4. GAB (PARK & NOGUEIRA, 1992) ................................................. 17
2.2.2.5. CHEN (1971).......................................................................................... 17
2.2.2.6. CHEN & CLAYTON (1971) ................................................................. 17
2.2.2.7. CHUNG & PFOST (1967) ..................................................................... 17
2.2.2.8. HALSEY (1948)..................................................................................... 18
2.2.2.9. OSWIN (CHINNAN, M.S. , BEAUCHAT, L.R., 1985) .................. 18
2.2.2.10. HENDERSON (ASAE, 1991.b)...................................................... 18
2.2.2.11. AGUERRE (AGUERRE, SUAREZ, & VIOLLAZ, 1989)............. 18
2.2.2.12. PELEG (1992) ...................................................................................... 18
2.2.2.13. IGLESIAS & CHIRIFE (apud: ZHANG et al., 1996) ......................... 19
3. SECAGEM .................................................................................................................. 21
3.1. MECANISMOS DE MIGRAÇÃO DE UMIDADE ............................................ 21
3.2. CURVAS DE SECAGEM ................................................................................... 22
3.3. CINÉTICAS DE SECAGEM............................................................................... 26
3.3.1. MIGRAÇÃO DE ÁGUA POR DIFUSÃO ................................................... 27
3.3.2. MIGRAÇÃO CAPILAR E DIFUSÃO DE VAPOR..................................... 28
3.3.3. MODELO DE FRENTE DE EVAPORAÇÃO ............................................. 28
3.3.4. TEORIAS MODERNAS............................................................................... 28
3.4. CURVA CARACTERÍSTICA DE SECAGEM .................................................. 29
4. SECADORES.............................................................................................................. 33
4.1. SECADOR DE CARGA ...................................................................................... 34
4.1.1. CAMADA DELGADA ................................................................................. 34
4.1.2. CAMADA ESPESSA.................................................................................... 35
4.1.3. FRENTES DE SECAGEM ........................................................................... 35
4.2. SECADORES CONTÍNUOS............................................................................... 36
5. SIMULAÇÃO E OTIMIZAÇÃO................................................................................ 43
6. DISPOSIÇÕES FINAIS .............................................................................................. 45
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1: Relação dos produtos com seus secadores mais adequados. ............................ 33
Tabela 1.2: Arranjos do secador de tambor. ........................................................................ 42
OBJETIVO
1. INTRODUÇÃO
PROJETANDO UM SECADOR
Conhecimento Não
Isotermas de sorção
dos materiais Informações sobre o
material, o
equipamento e o
processo
Sim
Cinética de secagem
Conhecimento Não
do equipamento
Sim
Não
Conhecimento
Testes
do processo
Balanços
Sim
Tempo de residência
Comportamento
Dimensões principais
dinâmico
CUSTOS
OTIMIZANDO UM SECADOR
2. MATÉRIA-PRIMA
Entre 0,40e 0,80 há uma aceleração das reações químicas pelo aumento da
concentração dos substratos. Próximo a 0,60, cessa a atividade microbiana e para Aw
inferior a 0,30 atinge-se a zona de adsorção primária.
A água no alimento é dita água livre se a água comporta-se fisicamente como a
água pura, com pressão de vapor igual à da água pura. A água é referida como água ligada
quando a atividade de água é reduzida, a ponto da água tornar-se menos ativa e não manter
as propriedades químicas e físicas da água pura. Por exemplo, não pode congelar ou agir
como solvente em reações. Podemos descrever a água nos alimentos por seu
comportamento, correspondendo à água ligada o mecanismo de adsorção molecular.
(BOBBIO, 1992)
força motriz para a secagem. A figura 1.4, mostra a retenção de umidade em função de
conteúdo de umidade versus atividade de água.
Feijão
20 Amendoim
Arroz
Trigo
15 Soja
10
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Umidade Relativa (%)
80
Maça
Uvas
60 Banana
Espinafre
Menta
40
20
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Umidade Relativa (%)
Note-se que os deterioráveis possuem variação menor do teor de umidade (de 3 a 23%) do
que os perecíveis (0 a 75%). PARK & NOGUEIRA (1992) afirmam que a distinção de
propriedades entre os produtos pode ser inferida através das equações de BET e
LANGMUIR (ver item 2.3.2.1 e 2.3.2.2).
(X m C Aw ) (1 − (η + 1) Aw η + η Aw η+1 )
(1 − Aw ) (1 − (C − 1) Aw − C Aw η+1 )
Xe = ( 1.4 )
[ (
Aw = exp − t 4 T t 5 exp − t 6 X e t 7 )] ( 1.8 )
Este modelo é baseado na premissa que a variação na energia livre para a adsorção
está relacionada com a umidade.
t8
Ln Aw = − exp[− t 9 X e ] ( 1.9 )
Rg T
[(
1 − Aw = exp − t 14 T X e t15 )]
2.2.2.11. AGUERRE (AGUERRE, SUAREZ, & VIOLLAZ, 1989)
X e = t 18 Aw t19 + t 20 Aw t 21 ( 1.14 )
3. SECAGEM
A secagem tem a finalidade de eliminar um líquido volátil contido num corpo não
volátil, através de evaporação. A secagem é a operação na qual a atividade de água de um
alimento é diminuída pela remoção da água, através de sua vaporização (KAREL, 1975). O
tipo de secagem a ser utilizado depende, dentre outros fatores, do produto a ser
desidratado, da sua constituição química e das características físicas do produto final
desejado (CUNNINGHAN, 1982).
Durante a secagem é necessário um fornecimento de calor para evaporar a umidade
do material e também deve haver um sorvedor de umidade para remover o vapor de água,
formado a partir da superfície do material a ser seco. (figura 1.7)
Fonte de Sorvedor de
Calor Umidade
Transferência Transferência
de Calor de Massa
Material a
ser seco
Este processo, de fornecimento de calor da fonte quente para o material úmido que
promoverá a evaporação da água do material e em seguida a transferência de massa
arrastará o vapor formado.
Do ponto de vista de fornecimento de calor, os mecanismos básicos de
transferência de calor empregados indicam os possíveis equipamentos necessários. A
retirada do vapor de água formado na superfície do material é analisada do ponto de vista
de movimento do fluido (mecânica dos fluidos), indicando também os possíveis
equipamentos para esta finalidade.
Finalmente, as considerações sobre como água é transportada do interior do sólido
à superfície fundamentam as teorias existentes na secagem. (PARK, 1987)
SUPERFÍCIE DE SECAGEM
INTERIOR DO MATERIAL
Os produtos biológicos são muito diferentes entre si, devido a sua forma, estrutura,
e suas dimensões. Além das condições de secagem serem muito diversas de acordo com as
propriedades do ar de secagem e com a forma com que se faz o contato ar-produto. Uma
vez que o produto é colocado em contato com ar quente, ocorre uma transferência do calor
do ar ao produto sob o efeito da diferença de temperatura existente entre eles.
X
(kgw/kgms)
Temperatura
do produto
dX/dt
(kgw/kgmss)
a) Evolução do
conteúdo de
umidade c) Evolução da
temperatura
do produto
b) Cinética de
secagem
0 1 2
I. e II. Leito de bolas de vidro ; de areia ; de argila ; de areia com argila ; de calcário ; de silicagel
III. Evaporação de um líquido orgânico a partir de um leito bolas de vidro: a) benzeno ; b) n-pentanol.
IV. Leito de bolas de poliestireno
V. Areia ; argila com plástico ; cerâmica ; lac-tose
VI. Particulados (casos especiais de I)
VII. caso (I) com diferentes curvaturas no período decrescente, exemplo: silicato de alumínio para
diferentes temperaturas ou areia e papel para diferentes espessuras.
VIII. Madeira
IX. a) papel, lã, estearato de alumínio ; b) batata, tapioca, farinha
X. a) pão de centeio, fermento (leveduras) ; b) manteiga, margarinas
XI. a) grãos de trigo ; b) e c) continuação da secagem depois de uma interrupção
XII. a)calcário impregnado de água ; b) de água e sal ; c) tijolo de argila
Figura 1.10: Curvas de secagem normalizadas
As relações mais simples, que dão uma boa concordância com a prática
experimental são:
Fluxo de calor por unidade de área: Q = h c (T∞ − Ts ) ( 1.16 )
Já que durante este período, o calor fornecido é igual ao calor necessário para
evaporar a água, pode-se calcular o fluxo de massa N e obter a taxa de secagem pela
seguinte equação:
N = h c (T∞ − Ts ) λ ( 1.18 )
Nu = n 1 Pr n 2 Re n 3 ( 1.19 )
Esta teoria se apóia exclusivamente sobre a lei de FICK, que expressa que o fluxo
de massa por unidade de área é proporcional ao gradiente de concentração de água.
Utilizando a lei de FICK na equação de balanço de massa de água no interior do produto,
vem:
∂X
= ∇ ⋅ (D ef ∇X ) ( 1.20 )
∂t
Esta forma de FICK é simplificada, já que ela despreza a interdifusão, mas esta
hipótese é justificada, uma vez que a água migra dentro de uma matriz fixa.
Independentemente dos trabalhos sobre secagem, CRANK (1975) calculou um
grande número de soluções da equação de difusão para condições iniciais e de contorno
variados. Entretanto, estas soluções se aplicam aos sólidos de formas geométricas simples
(corpos semi-infinitos; placas, cilindros e esferas). E quando a difusividade é constante:
X − Xe ∞
1 ⎡ D π2 ⎤
=α∑ Exp ⎢− λ2i ef t⎥ ( 1.21 )
Xo − Xe i =0 β λ i ⎢⎣ β2 ⎥⎦
Este modelo tem sido aplicado para ajustar dados de secagem de vários materiais
biológicos. (JASON, 1958 ; SARAVACOS & CHARM, 1962 ; LABUZA e SIMON
(1970) ; KARATHANOS et al., 1990 ; PARK, ALONSO e GODOI, 1996 e outros)
Este modelo supõe que no começo da secagem a água líquida migra para superfície
por capilaridade, depois a partir de um momento dado, a água não flui mais até esta
superfície; o limite entre a parte que contém a água líquida e a parte seca se aprofunda
dentro do produto e define a frente a partir da qual a água se vaporiza. A espessura
crescente que deve atravessar o vapor até a superfície e o calor até esta frente, explicaria a
diminuição da velocidade de secagem (KEEY, 1978).
Esta teoria propõe que cada um dos fluxos considerados é influenciado por todos os
outros fluxos presentes. Por exemplo, num caso simples, a transferência de água é
decomposta em duas partes: na primeira, intervém o gradiente de teor de água como na lei
de difusão, e na outra, o gradiente de temperatura. Os fenômenos são tratados
separadamente e posteriormente agregados com as correções necessárias para o
acoplamento dos fenômenos simultâneos, este enfoque foi estudado por Philip e de Vries,
citados por PARK (1987)
Por outro enfoque, WHITAKER (1980) desenvolveu uma teoria de transferências
simultâneas de calor e de massa que considera a estrutura do material e os fenômenos
físicos, analisando os escoamentos em termos de escoamentos bifásicos.
De uma maneira geral, os modelos que consideram as transferências simultâneas de
calor e de massa são complicados e a resolução dos mesmos exige de cálculos complexos,
sobretudo quando se considera a variação dos coeficientes de difusão de massa em função
da temperatura e da umidade. Quando se levam em conta a deformação do produto e sua
heterogeneidade, a dificuldade aumenta ainda mais.
VAN MEEL (1957) é o primeiro que define uma curva característica de secagem
sem dimensão para um produto dado. Ele admite que o teor de água crítica de um produto é
constante, e que as curvas de taxa de secagem dX/dt = f (X), obtidas para condições
variadas de ar de secagem, apresentam semelhanças na forma.
KEEY (1972) utiliza o conceito de normalização de taxa de secagem introduzido
por VAN MEEL (1957) para expressar a curva de secagem em função da umidade
normalizada (ver item 3.3.3):
[X] = X c X ( 1.22 )
o
X − Xe dX ⎡ dX ⎤ ⎛ dX ⎞ ⎛ dX ⎞
abscissas: X → [X ] = vs. Ordenadas: →⎢ ⎥ =⎜ ⎟ ⎜ ⎟
Xc − Xe dt ⎣ dt ⎦ ⎝ dt ⎠ ⎝ dt ⎠ período 1
onde:
(dX/dt) período 1 : taxa no primeiro período (constante) ; [entre chaves] : valor normalizado
Esta idéia foi retomada e exposta por SCHLÜNDER (1976) e DAUDIN (1983). Ela
é ilustrada pela figura 1.11.
dX 1
⎡ dX ⎤
dt
2 ⎢ dt ⎥
⎣ ⎦
Zona de rea-
grupamento
de curvas
C.C.S
3
X [X]
autores demonstraram que, para um produto, a forma das curvas da taxa de secagem
variava em função das condições de secagem e da espessura do produto.
Nas figuras 1.12 e 1.13 estão exemplos de curvas de secagem para produtos
perecíveis e deterioráveis. Na figura 1.12 apresenta-se a curva de secagem ao longo do
tempo de salsinha (perecível) e soja (deteriorável). Na figura 1.13 apresenta-se a curva de
taxa de secagem de salsinha (perecível) e soja (deteriorável).
1.0
Salsinha
0.8 Soja
0.6
X (kgw/kgms)
0.4
0.2
0.0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
t (min)
1.0
Salsinha
0.8 Soja
dX/dt (kgw/kgms s)
0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
X (kgw/kgms)
4. SECADORES
BATELADA
Condução Convecção
Fluidizado (5)
CONTÍNUO
Condução Convecção
Com circulação de ar
(15)
Tabela 1.1: Relação dos produtos com seus secadores mais adequados.
Secador Produtos
Lodo Pasta Pré Sólido
Filme Granulares Lama Líquido
ou pasta compacta formados fibroso
Agitado • • • •
Bandeja • • • • • •
Com ar
Circulado • • •
Esteira • • • • • •
Fluidizado • • • •
Pneumático • • • •
Rotativo
direto • •
Rotativo
indireto • • •
Spray • • •
Tambor • • • •
Modelo exponencial
É um modelo simples que considera desprezível a resistência interna da partícula se
comparada à resistência de transferência de massa na camada limite da partícula. Ou seja, a
resistência da partícula à remoção de umidade não é explicitada na equação.
X − Xe
= exp[− e1 t ] ( 1.23 )
Xo − Xe
Modelo difusional
É um modelo baseado na teoria de migração de água por difusão (ver item 3.3.1). O
modelo considera desprezível a resistência de transferência de massa na camada limite da
partícula se comparada à resistência interna da partícula.
∂X
= ∇ ⋅ (D ef ∇X ) ( 1.24 )
∂t
Ou uma das soluções particulares calculadas por CRANK (1975) como já indicado
no item 3.3.1.
Modelo de PAGE
PAGE (apud: CHINNAN, 1984), propôs uma equação (extensão do modelo
exponencial) para a descrever a secagem de milho. Posteriormente outros autores
ampliaram seu uso para outros produtos.
X − Xe
Xo − Xe
[
= exp − p1 t p2 ] ( 1.25 )
SAÍDA DO AR ÚMIDO
Grãos Úmidos
Zona ou Frente de Secagem Aquecedor
Ventilador
Grãos Secos
Câmara de ar seco
Secadores de bandeja operam com fluxo paralelo e têm uso para materiais que
exigem condições de secagem controladas. Secadores de bandeja perfurada operam com
fluxo cruzado ou paralelo e têm um custo inferior aos de esteira perfurada.
Secadores tipo tambores são cilindros rotativos internamente aquecidos. Por
condução, secam filmes, lamas ou soluções líquidas. Podem ser encontrados segundo os
arranjos descritos na tabela 1.2, correspondentes à figura 1.24. (NONHEBEL &
MOSS,1971)
Secadores rotativos são aplicáveis na secagem de materiais granulares, sólidos
fibrosos e pastas compactas. O secador rotativo indireto opera em fluxo de ar paralelo e é
um dos secadores contínuos mais utilizados no mercado. O secador rotativo pode ser
entendido como um tipo de secador em cascata. O material que gira no interior do cilindro
Figura 1.24: Secador tipo tambor em diversos arranjos. (NONHEBEL & MOSS,
1971)
5. SIMULAÇÃO E OTIMIZAÇÃO
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 2
Seleção de secadores
ÍNDICE
ÍNDICE................................................................................................................................ 47
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................... 47
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................ 48
LISTA DE QUESTIONÁRIOS .......................................................................................... 48
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 49
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 51
2.1. LAPPLE, CLARK, DYBDAL (1955).................................................................. 51
2.2. NONHEBEL & MOSS (1971) ............................................................................. 52
2.3. VAN’T LAND (1991) .......................................................................................... 56
2.4. KEMP & BAHU (1995) ....................................................................................... 61
2.5. MATASOV, MENSHUTINA e KUDRA (1998) ................................................ 68
2.6. BAKER & LABADIBI (1998)............................................................................. 69
3. DESENVOLVIMENTO DO ALGORITMO.............................................................. 75
3.1. Coleta de dados..................................................................................................... 75
3.1.1. Do produto..................................................................................................... 76
3.1.2. Do processo ................................................................................................... 78
3.2. Seleção.................................................................................................................. 80
3.2.1. Do tipo de secador. ........................................................................................ 80
3.2.1.1. Pelo mecanismo analítico. ...................................................................... 80
3.2.1.2. Pelo mecanismo numérico...................................................................... 86
3.2.2. Do sub–tipo de secador.................................................................................. 92
4. DISPOSIÇÕES FINAIS .............................................................................................. 93
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1: Algoritmo de VAN’T LAND (1991) para a seleção de secadores em batelada.
..................................................................................................................................... 58
Figura 2.2: Algoritmo de VAN’T LAND (1991) para a seleção de secadores contínuos... 59
Figura 2.3: Classificação de secadores em batelada. (KEMP & BAHU, 1995).................. 63
Figura 2.4: Classificação de secadores contínuos. (KEMP & BAHU, 1995) ..................... 63
Figura 2.5: Estrutura de busca. (KEMP & BAHU, 1995)................................................... 64
Figura 2.6: Seqüência típica de busca. (KEMP & BAHU, 1995) ....................................... 65
Figura 2.7: Estrutura do sistema de informação DryInf (MATASOV, MENSHUTINA e
KUDRA, 1998)............................................................................................................ 69
Figura 2.8: Fluxograma de seleção de secadores. (BAKER & LABADIBI, 1998) ............ 70
Figura 2.9: Fluxograma de seleção de secadores. (BAKER & LABADIBI, 1998) ............ 72
Figura 2.10: Função de conjunto das variáveis lingüísticas. (BAKER & LABADIBI, 1998)
..................................................................................................................................... 73
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUESTIONÁRIOS
Questionário 1...................................................................................................................... 51
Questionário 2...................................................................................................................... 52
Questionário 3...................................................................................................................... 55
Questionário 4...................................................................................................................... 56
1. INTRODUÇÃO
Uma vez que definimos uma razão para o uso da secagem em alguma etapa de
processamento, o trabalho do engenheiro se desdobra. Ele deverá escolher um secador
adequado que se integre ao processo como um todo. E ele deverá comparar as vantagens e
desvantagens das várias alternativas disponíveis, tanto do ponto de vista técnico quanto do
econômico.
Antes que uma opção final seja feita, quase sempre será necessária uma simulação
do comportamento do secador nas condições específicas de processamento.
Diversos autores escrevem sobre a seleção de secadores: LAPPLE, CLARK,
DYBDAL (1955); NONHEBEL & MOSS (1971); VAN’T LAND (1984); VAN’T LAND
(1991); PAPAGIANNES (1992); KEMP & BAHU (1995); BAKER & LABADIBI (1998);
KEMP (1998); MATASOV, MENSHUTINA e KUDRA (1998).
KEMP & BAHU (1995) bem como LAPPLE, CLARK, DYBDAL (1955) indicam
que a amplitude de aplicação de alguns secadores é grande e, portanto, a escolha do
modelo mais adequado pode ser subjetiva, baseada no bom sendo e experiência do
engenheiro. VAN’T LAND (1991) inicia a seleção dos secadores com base nas
informações sobre o produto a ser processado e volume de processamento. KEMP &
BAHU (1995) desenvolvem a seleção dos secadores atribuindo pontuações às diferentes
características dos equipamentos e encerra selecionando os mais aptos à tarefa. BAKER &
LABADIBI (1998) aplicam os princípios de lógica difusa no desenvolvimento da seleção.
MATASOV, MENSHUTINA e KUDRA (1998) apresentam um sistema especialista para
a escolha de secadores.
Com base nos algoritmos propostos pelos diversos autores, a seleção e o
dimensionamento de secadores exigirão a coleta de informações sobre os equipamentos
disponíveis. VAN’T LAND (1991) e KEMP & BAHU (1995) assinalam que tais
informações podem ser obtidas na literatura, junto ao fornecedor, pela experiência do
engenheiro ou através de estudos em escala laboratorial.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Questionário 1.
1. Informações gerais para o cálculo de balanços de massa e calor.
a) Fluxo de material a ser manipulado pelo secador.
b) Umidade inicial e final do produto.
c) Propriedades físicas e térmicas das fases sólidas, líquidas e gasosas.
2. Fluxo evaporativo desejado (kgw/h).
3. Sensibilidade do material à temperatura.
4. Sensibilidade do material aos gases de combustão.
5. Tipo de umidade associada ao material (superficial, interna ou combinada).
6. Características gerais do material, como:
a) Dimensões da partícula.
b) Corrosividade.
c) Adesividade.
d) Abrasividade.
7. Avaliação das fontes de calor, combustível e energia elétrica.
Das informações obtidas, ainda que de forma qualitativa devemos ser capazes de
responder às próximas questões:
1. Limites de temperatura; qual é a máxima temperatura que pode ser aceita no meio de
aquecimento mantendo-se dentro das limitações do material?
2. Limitações do comportamento do material:
a) O material úmido é de difícil manuseio?
b) Algum estado do material deve ser evitado para prevenir perda de material em pó?
c) A taxa de secagem será limitada pela difusão interna?
3. Limitações construtivas:
a) Algum material específico é necessário para as faces em contato com o material?
b) O aquecimento indireto é necessário para impedir a contaminação do material pelos
gases da queima?
c) Há alguma outra circunstância especial esperada?
Questionário 2.
1. Quantidades.
a) Produtividade em termos da massa seca. (ex.: kgms / h)
b) Total de líquido a ser removido. (ex.: kgw / h)
c) Fonte de matéria-prima. Se o processo anterior à secagem dá-se em batelada ou em
processo contínuo. Se em batelada, estabelecer as quantidades de cada batelada e a
freqüência com que é reposta.
2. Propriedades físicas da matéria-prima.
a) Fonte de matéria-prima.
b) Estágios de dessorção anteriores.
c) Capacidade de armazenamento de matéria-prima.
d) método para alimentação do secador.
e) dimensão aproximada da partícula.
f) características físicas como a facilidade de manipulação. Em caso de pastas indicar
a possibilidade de serem pré-formadas.
g) Abrasividade do material seco e da matéria-prima.
Questionário 3.
a) Custo instalado.
b) A instalação esta correta ou pode esconder custos extras?
c) Custos operacionais: energia, operação e manutenção.
d) Perda de material: produto e solvente.
e) Segurança.
f) O produto está na forma final? Se não, qual o custo de outros processos?
Questionário 4.
1. Informações Gerais.
a) Capacidade de produção (kg/h).
b) Umidade inicial do material.
c) Dimensão da partícula.
d) Curva de secagem.
e) Temperatura máxima suportada pelo produto.
f) Informações sobre risco de explosão (vapor/ar e pó/ar).
g) Propriedades toxicológicas.
h) Experiência adquirida.
i) Isotermas de sorção.
j) Contaminação pelo gás da queima.
k) Aspectos de corrosão.
l) Dados físicos relevantes sobre os materiais.
2. Critérios sobre o produto seco.
a) Conteúdo de umidade.
b) Dimensões da partícula.
c) Densidade aparente.
d) Rigidez.
e) Quantidade de pó.
f) Características do fluxo.
g) Cor.
h) Odor.
i) Sabor.
j) Aparência.
k) Dispersão.
l) Comportamento de readsorção e adsorção.
m) Tendência a aglomeração.
n) Segregação do produto.
Com estes dados dos questionários aplicados aos fluxogramas em batelada (figura
2.1) ou contínuo (figura 2.2), VAN’T LAND (1991) desenvolve a seleção.
Não Sim
Sim Sim
Ocorre oxidação do material É necessária Agitação
durante a secagem? agitação? Suave?
Não Não
Não
Sim
Há vapores inflamáveis? Secador de bandejas Agitação
à vácuo Sim Média? Não
Não
Não
Sim
É necessária agitação?
Não
Figura 2.1: Algoritmo de VAN’T LAND (1991) para a seleção de secadores em batelada.
Não
ou
Secador Flash
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Aditivos
Floculantes Spray Dryer
Sim
Não
Figura 2.2: Algoritmo de VAN’T LAND (1991) para a seleção de secadores contínuos.
Principais
1. Modo de operação:
Em batelada;
Contínuo e semicontínuo.
3. Modo de aquecimento:
Condução ou contato;
Circulação forçada ou dispersão convectiva (natural);
Radiação (solar, infravermelho ou chama);
Dielétrica (radiofreqüência ou microondas);
Combinadas.
Secundários
4. Pressão de operação: atmosférica ou a vácuo.
5. Modo de fluxo do gás: difuso, contracorrente, concorrente, cruzado ou combinado.
6. Modo de fluxo de sólido: estacionário, com mistura (well-mixed), pistonado (plug-
flow), combinado.
7. Transporte de sólido: estacionário, mecânico, fluidizado, combinado.
8. Mistura de sólido: leito se mistura, agitação mecânica, rotativo, fluidizado.
Há outros atributos menores que podem ser relevantes para definir o tipo de
equipamento:
Fluxo de massa (kgms/h) e capacidade evaporativa (kgw/h);
Dimensões da partícula;
Faixa típica de temperatura de operação e fontes de calor;
Capacidade para manipular sólidos adesivos e pastas;
Dimensões físicas (volume e área útil) e custo do equipamento;
Acessórios e tipo de manutenção requerida (número e partes móveis);
Adequação no fluxo de processamento e contenção (sistema aberto ou fechado).
Leito Disperso
Leito Disperso
A figura 2.5 apresenta a estrutura de busca e a figura 2.6 mostra o resultado típico
de uma busca. A cada ponto, a regra definirá se um equipamento é bom, inaceitável ou
questionável. Os ditos inaceitáveis podem ser eliminados ou, se forem considerados,
deverão obter uma pontuação pífia frente aos equipamentos mais adequados.
Em muitos casos a regra pode tornar um secador indesejável, mas não proibitivo.
Deste modo a eliminação é inadequada pois poderá descartar prematuramente um
equipamento não refletindo a complexidade do problema. Para que isto seja possível, cada
regra deverá gerar um fator de mérito ou pontuação para o equipamento. Ao final do
algoritmo as possíveis escolhas são ordenadas segundo o mérito. As maiores pontuações
são escolhidas e as menores são rejeitadas.
KEMP & BAHU (1995) detalham cada passo dos estágios de seleção sem
especificar as regras utilizadas no algoritmo.
Dados relevantes sobre o material e sobre o processo muitas vezes são muito
variados e de difícil acesso. Alguns podem ser encontrados no fluxograma de processo,
outros na literatura e em tabela ou catálogos. Outros dados podem ser obtidos
experimentalmente em escala laboratorial. Invariavelmente haverá lacunas nas informações
e a seleção deve ser capaz de lidar com este problema. As informações podem ser obtidas
quantitativa ou qualitativamente – a adesividade, por exemplo, poderá ser dada como uma
medida de força de coesão ou pela “impressão” de que o material é difícil de manipular.
INÍCIO
1o Passo
2o Passo ? X X ?
3o Passo ? X X ? ? X ? X X X
4o Passo X X X ? X ? ? ? ? X ?
? X ?
5o Passo 0,8 1,0 0,5 0,4 0,1 0,6 0,8 0,7 0,5 0,3 0,8 0,7 0,9 0,5 0,2
batelada tem de ser carregada e descarregada. São favorecidos por taxas de produção
pequenas, longos tempos de residência, outros equipamentos em batelada antes ou depois
do secador ou necessidades de controle estrito. O secador contínuo é favorecido pelas
condições, obviamente, contrárias a estas.
Cada uma destas condições pode ser analisada isoladamente ou em conjunto. Em
geral, secadores em batelada dificilmente são adequados para produção acima de 1000kg/h,
enquanto os contínuos raramente são utilizados para produção abaixo de 50kg/h.
Forma de aquecimento
A escolha da forma de aquecimento é complexa. As mais utilizadas são as
condutivas e convectivas.
Secadores convectivos usam um fluxo maior de gás e alcançam taxas de
transferência de calor mais altas. Logo, estes secadores conseguem secar mais rapidamente,
especialmente nos estágios iniciais de secagem, a perda de calor, porém, é alta. Se ele
requer isolamento térmico ou contenção dos gases aquecidos o secador condutivo é
favorecido. Quando há limitações de temperatura o secadores condutivos a vácuo são a
melhor escolha. Contrariamente secadores convectivos são mais adequados à altas
temperaturas.
A taxa de produção também tem um efeito importante. Secadores convectivos
podem facilmente lidar com altos fluxos de sólidos em comparação aos condutivos,
embora haja exceções como os secadores de leito deslizante e algumas unidades de fluxo
cruzado.
As outras formas de aquecimento são mais especializadas. O custo em geral é muito
mais alto que o das formas anteriores de aquecimento e o aproveitamento (conversão)
energética é muito inferior.
O objetivo desta etapa é definir um critério de pontuação para os secadores que não
tenham sido eliminados no estágio anterior. Neste estágio as características do material e
do processo são comparadas com a capacidade de cada secador se adaptar a estas
condições. Um dimensionamento pode ser feito para descobrir condições de saída do
material, tempo de residência, dimensões e custo.
Com a dimensão aproximada, uma avaliação do custo poderá ser feita (Capítulo 3).
Esta informação permitirá excluir secadores excessivamente grandes, caros ou
inadequados.
5. Base de dados do
DryInf
sistema especialista
Análise das
propriedades SISTEMA Informação gráfica e
do material características do
úmido ESPECIALISTA secador
3. Biblioteca de
Base de dados do 2. Análise cálculo e
material econômica projeto
nenhuma opção
adequada
múltiplas opções
Realizar uma
comparação uma única
econômica das opção
alternativas.
Lógica difusa
No campo da inteligência artificial, há várias formas de representar o
conhecimento. Talvez a mais comum seja a forma natural da linguagem dada pela
expressão:
SE condição (causa) ENTÃO conclusão (conseqüência) ( 2.1 )
Dimensões da
partícula
Partícula
Aderente
livre
Baixa umidade
e/ou sensível à
temperatura
Sim Não
Fluxo de
sólidos
Pequeno Grande
Secador de bandejas
0
50 100 500 700
Fluxo e sólidos (kgms/h)
µ2 MUITO BAIXO
BAIXO
0
1,5 3,0 4,0 Conteúdo de umidade (kgw/kgms)
0
5 10 50 70
o
Sensibilidade à temperatura C
MUITO MUITO
µ4 FINA FINA GROSSA GROSSA
0
0,1 0,2 1,0 1,5 3,0 4,0 10
Diâmetro da partícula (mm)
Figura 2.10: Função de conjunto das variáveis lingüísticas. (BAKER & LABADIBI,
1998)
3. DESENVOLVIMENTO DO ALGORITMO
Note-se que o algoritmo de seleção está dividido em, no mínimo, duas etapas
seqüenciais fundamentais:
1. Coleta de dados:
1.1. Do produto.
1.2. Do processo.
2. Seleção do secador adequado ao produto / processo:
2.1. Pré-seleção do tipo de secador.
2.2. Seleção do sub–tipo de secador.
Para uma escolha mais precisa outras três etapas podem ser adicionadas, perfazendo
um total de cinco etapas para o algoritmo completo:
3. Dimensionamento das peças selecionadas.
4. Avaliação econômica do equipamento dimensionado.
5. Escolha final do equipamento.
3.1.1. Do produto
As variáveis do subtipo seguem o mesmo raciocínio. A cor por exemplo pode ser
dada segundo um padrão de cores qualquer (Hunter-Lab e etc.).
3.1.2. Do processo
3.2. Seleção.
Estabelecendo as regras.
Uma maneira de formalizar as relações entre os dados e a adequação dos
equipamentos é estabelecer regras. Podemos seguir o mesmo fluxograma de VAN’T
LAND (1991) da figura 2.2 relacionado as informações dadas do produto e do processo na
forma de regras. No primeiro passo, por exemplo, há a decisão relacionada com a
necessidade da remoção de solvente outro que não a água.
Há solvente a ser Sim
Secador Condutivo com atmosfera de
evaporado? gás inerte
Não
É necessária redução
das partículas?
Esta decisão pode ser expressa com base em uma variável booleana SOLVENTE
(‘FALSO’ = não ; ‘VERDADEIRO’ = sim).
Desse modo a regra que rege o primeiro passo é:
SE há outro solvente, que não a água, a ser removido ENTÃO selecionar o secador
condutivo com atmosfera de gás inerte SENÃO continue com a seleção.
Ou na forma de programação:
SE SOLVENTE = VERDADEIRO ENTÃO SELEÇÃO = “secador condutivo com
atmosfera de gás inerte”
Note-se que a regra está expressa em três formas diferentes, como linguagem
formal, como linha de programação ou como um fluxograma. Em todas as três a mesma
regra está apresentada.
Note-se também que no procedimento de VAN’T LAND (1991) há, na verdade,
uma escolha anterior à que foi apresentada, que diz respeito ao regime de processo (em
batelada ou contínuo).
IF (TSEN > 1 AND TSEN <40) THEN TSENL = TRUE ELSE TSENL =FALSE
IF BUM THEN ATM = 3 ELSE IF (TSENL OR TOX) THEN ATM = 2 ELSE ATM = 1
SE FORMA for verdadeiro ENTÃO fixar MAN como pré-formado pequeno E D igual a
DFORMA E
SE MAN for granulares, sólidos cristalinos e pré-formados pequenos e D menor
que 300µm então MAN igual a filme
SE MAN for outro material não enquadrado ENTÃO escolher estufas OU altos fornos OU
câmaras aquecidas
Assumindo que para MAN : ‘1’ = Líquidos, ‘2’ = Suspensões finas e lamas, ‘3’ =
‘Pastas e lodosos’, ‘4’ = ‘filmes’, ‘5’ = ‘granulares, sólidos cristalinos e pré-formados
pequenos’, ‘6’ = ‘sólidos fibrosos’, ‘7’ = ‘outro material não enquadrado’ ; para a
programação pode-se usar uma variável SECADOR para carregar o resultado desta decisão
em função de MAN. A linha de programação (em BASIC por exemplo) então seria :
CASE 7
SECADOR = “Estufas, altos fornos ou câmaras aquecidas”
CASE 5 TO 6
IF ATM < > 1 THEN SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE
IF PROC = TRUE THEN
IF AQUEC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE
IF D >= 10 THEN SECADOR = “secador de leito fluidizado”
ELSE SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE
IF AQUEC = TRUE THEN SECADOR = “secador rotativo indireto”
ELSE
IF D >= 10 THEN SECADOR = “secador de leito fluidizado
pneumático ou em esteira perfurada ou com tela vibrátil com circulação de ar cruzado”
ELSE SECADOR = “secador em bandejas ou rotativo direto”
CASE 4
IF ATM < > 1 THEN
IF PROC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE SECADOR = “secador tambor”
ELSE
IF PROC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE
IF AQUEC = TRUE THEN SECADOR = “secador tambor”
ELSE SECADOR = “secador em bandejas ou em esteira com fluxo
de ar paralelo”
CASE 3
IF ATM < > 1 THEN
IF PROC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE SECADOR = “secador em bandejas com agitação”
ELSE
IF PROC = TRUE THEN
IF AQUEC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas
com agitação”
ELSE SECADOR = “secador em bandejas”
ELSE
IF AQUEC = TRUE THEN SECADOR = “secador tambor”
ELSE SECADOR = “secador pneumático (flash) ou secador em
esteira com fluxo de ar paralelo ou em bandejas ou em leito fluidizado”
CASE 1 TO 2
IF AQUEC = FALSE SECADOR = “Spray-Dryer” ELSE
IF PROC = TRUE THEN SECADOR = “secador em bandejas agitadas”
ELSE SECADOR = “secador tambor”
END SELECT
Neste mecanismo cada secador recebe um número de pontos de acordo com a sua
adequação ao produto. Uma diferença importante entre este mecanismo e o qualitativo é
que neste cada secador tem de ser testado para cada parâmetro do produto. Isto pode tornar
mais lento o procedimento embora certamente aumente a certeza sobre a opção correta.
Com o desenvolvimento da informática a demora em testar cada equipamento vem
perdendo importância frente à vantagem em fazer uma escolha mais acertada.
Estabelecendo a pontuação.
Outra forma de formalizar as relações entre os dados e a adequação dos
equipamentos é estabelecer uma gradação, atribuindo uma pontuação para cada
equipamento em relação ao produto. Os equipamentos mais adequados recebem um valor
Não
É necessária redução
das partículas?
Esta decisão pode ser feita atribuindo um ponto positivo aos secadores condutivos e
nenhum ponto aos outros. Ou ainda, podemos atribuir um ponto positivo à todos os
secadores condutivos, e a todos os secadores com ambiente inerte.
Diferentemente do método qualitativo em que não é necessário testar cada
equipamento, neste método, testaremos cada equipamento para cada variável e
atribuiremos pontuações segundo a adequação do equipamento ao produto.
SE SOL for menor que 100kg/h ENTÃO atribuir dois pontos aos secadores em batelada
SE SOL for maior que 1000kg/h ENTÃO atribuir dois pontos aos secadores contínuos
SE PROC for batelada ENTÃO atribuir um ponto aos secadores em batelada senão atribuir
um ponto aos secadores contínuos
SE MAN for líquido OU suspensões finas e lamas ENTÃO atribuir um ponto ao Spray-
Dryer, secador em bandejas agitadas e secador tambor
SE MAN for pastas e lodosos ENTÃO atribuir um ponto ao secador em bandejas, secador
em bandejas com agitação, secador tambor, secador pneumático (flash) e secador em
esteira com fluxo de ar paralelo, leito fluidizado e bandejas
SE MAN for filmes ENTÃO atribuir um ponto ao secador em bandejas, secador tambor e
secador em esteira com fluxo de ar paralelo
SE MAN for outro material não enquadrado ENTÃO escolher estufas OU altos fornos OU
câmaras aquecidas
Para compor uma seqüência de programação com base na atribuição dos pontos,
será necessário estabelecer todas as configurações dos secadores candidatos ao processo.
Baseada na figura 1.14, a tabela 2.3 propõe-se uma listagem geral dos possíveis candidatos.
Note-se que os dados da tabela devem ser previamente fornecidos para que o
programa possa analisar as alternativas. Para isto quatro matrizes de variáveis têm de ser
definidas relacionado cada secador com suas características. A variável NOME carregará o
nome ou a descrição de cada secador que juntamente com a variável TIPO define a forma
de manipulação do material e por conseguinte o tipo do secador. As variáveis AMB, OPE e
AQC, à semelhança das variáveis ATM, PROC e AQUEC, serão variáveis booleanas que
carregarão cada característica individual do equipamento:
• TIPO : { ‘1’ = Spray; ‘2’ = Tambor; ‘3’ = Bandejas; ‘4’ = Bandejas agitadas;
‘5’ = Esteira; ‘6’ = Fluidizado; ‘7’ = Pneumático; ‘8’ = Rotativo direto;
‘9’ = Rotativo indireto } .
• AMB : { ‘1’ = ambiente; ‘2’ = vácuo; ‘3’ = atmosfera inerte } .
• OPE : { ‘FALSO’ = contínuo; ‘VERDADEIRO’ = batelada } .
• AQC : { ‘FALSO’ = convecção; ‘VERDADEIRO’ = condução }.
A tabela 2.4 compõe as variáveis relacionadas :
FOR i = 1 TO N
1a Decisão – Definir a necessidade de uso de vácuo ou atmosfera de gás inerte.
IF (BUM = TRUE) AND (AMB(i) = 3) THEN P(i)=P(i)+3
ELSE
IF ((TSENL = TRUE) OR (TOX = TRUE)) AND (AMB(i) = 2) THEN
P(i)=P(i)+2
ELSE
IF AMB(i) = 1 THEN P(i)=P(i)+1
2a Decisão – Quanto ao regime de processo.
IF (SOL < 100) AND (OPE(i) = TRUE) THEN P(i)=P(i)+2
ELSE
IF (SOL > 1000) AND (OPE(i) = FALSE) THEN P(i)=P(i)+2
ELSE
IF OPE(i) = PROC THEN P(i)=P(i)+2
CASE 7
SECADOR = “Estufas, altos fornos ou câmaras aquecidas”
CASE 5 TO 6
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 8 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 9 THEN P(i) = P(i)+1
IF D >= 10 THEN
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
ELSE
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 8 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 4
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 3
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 1 TO 2
IF TIPO(i) = 1 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
END SELECT
NEXT i
Não serão especificadas regras para a escolha do sub–tipo do secador uma vez que
este seguirá os mesmos princípios propostos para a regulamentação da escolha do tipo.
Também, o número de sub–tipos possíveis é muito extenso e não há informações
suficientes para cobrir de modo satisfatório esta etapa.
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 3
Dimensionamento de secadores
ÍNDICE
ÍNDICE................................................................................................................................ 97
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................... 97
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................... 97
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 99
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 101
2.1. LAPPLE, CLARK, DYBDAL (1955)................................................................ 101
2.2. NONHEBEL & MOSS (1971) ........................................................................... 105
2.3. JUMAH & MUJUMDAR (1993)....................................................................... 113
2.4. MABROUK & BELGHITH (1994) ................................................................... 113
2.5. ZAHED, ZHU, GRACE (1995) ......................................................................... 114
2.6. FYHR & KEMP (1999)...................................................................................... 115
2.7. KEMP & BAHU (1995) ..................................................................................... 116
2.8. BORDE, DUKHOVNY & ELPERIN (1997). ................................................... 117
3. DIMENSIONANDO O SECADOR.......................................................................... 119
3.1. SECADORES CONVECTIVOS........................................................................ 119
3.2. SECADORES CONDUTIVOS.......................................................................... 123
4. ALGORITMO DE CÁLCULO ................................................................................. 125
4.1. SECADORES CONVECTIVOS........................................................................ 125
4.2. SECADORES CONDUTIVOS.......................................................................... 137
5. CUSTOS.................................................................................................................... 139
5.1. Investimento Fixo ............................................................................................... 139
5.2. Custo Operacional .............................................................................................. 140
6. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................ 141
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1 : Equações para cálculo da área de secadores convectivos. .............................. 103
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1: Modelo de leito fluidizado com os sólidos restritos ao leito fixo. .................. 115
Figura 3.2: Esquema de um secador convectivo. .............................................................. 125
Figura 3.3: Esquema do leito de secagem. ........................................................................ 129
Figura 3.4: Esquema do leito de secagem. ........................................................................ 132
Figura 3.5: Investimento de um secador em função da área de secagem e a correlação
correspondente........................................................................................................... 139
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para uma estimativa da área dos secadores o Quadro 3.1 fornece uma lista de
equações pelas quais pode-se estimar a área do secador necessária para atingir a secagem
nas seguintes condições:
1. Matéria seca por unidade de tempo
2. Remoção de umidade por unidade de tempo
3. Fluxo de ar
4. Condição inicial do ar e temperatura
5. Condição final do ar e temperatura
Para aplicar as equações do Quadro 3.1, alguns dados têm de ser obtidos:
1. Condição de saída no secador
2. Coeficientes de transferência de calor
3. Conteúdo crítico de umidade
B. Fluxo de ar cruzado :
Nas equações 3.6 a 3.20, o valor ‘rp’ é a razão psicrométrica e para a mistura ar-
vapor d’água é considerada como tendo um valor unitário, e neste caso :
hc
= cs ( 3.6 )
hm
Para outras misturas ou quando o valor não puder ser avaliado experimentalmente,
‘rp’ pode ser deduzido da equação :
hc (D g m g + 21 )
rp = =
h m cs (
c s k g + 21) ( 3.22 )
Para a maioria dos líquidos orgânicos ‘rp’ fica entre 1,5 e 2,0.
Alguns tipos específicos de secadores requerem velocidade do gás específicas e
tempo de residência do sólido adequados. Em secadores de fluxo cruzado a velocidade do
ar varia entre 1,2 e 1,8 m/s. Se houver alta formação de pó, especialmente na descarga, a
velocidade é reduzida para 0,3 a 0,6 m/s.
Em secadores pneumáticos a velocidade do gás deve ser duas vezes maior que a
velocidade mínima de fluidização do material. Em geral variam entre 15 e 60 m/s, para
cálculos aproximados pode-se assumir 24 m/s A carga de sólido em geral é da ordem de
0,25 a 0,5kgms/kgar seco , mas valores até 1kgms/kgar seco podem ser tolerados dependendo de
como o secador manipula o material.
Em secadores de leito fluidizado a velocidade do gás será de 10% da velocidade de
arraste do material.
O volume da câmara de secagem e a carga da câmara podem ser avaliados em
função da área do material exposta para a secagem :
experimentais do material a ser seco. Assim, dada a simplicidade com que se pode
perfazer testes de secagem em um equipamento flexível como um secador de bandejas é
recomendável fazê-lo sempre que possível. Se não o for, a performance pode ser deduzida
a partir da analogia com materiais semelhantes.
poderá ser facilmente integrada para o período de taxa constante, limitado pela umidade
inicial e a umidade crítica na secagem:
Nc =
(X o − X c ) M b
A θc
h
( ) sat
= c Tg − Tbu = h m Ybu
λ
(
− Yg
ml
) ( 3.29 )
Esta equação dá uma relação geral para a o período decrescente de secagem, mas
não será possível equacioná-la sem conhecermos as funções que regem a variação de
temperatura e umidade. Esta integração só pode ser equacionada graficamente ou com base
nos dados experimentais da curva de secagem do material.
Nm =
(X o − X f ) M b =
Um
(Th − Ts ) ( 3.33 )
A h θm λ
que pode ser simplificada para :
Nm =
(X o − X f ) M b k
= c (Th − Tbu ) ( 3.34 )
A h θm λ
Convecção
Em geral o calor é transferido ao material pelo ar aquecido e a água é removida na
forma de vapor pela corrente de ar. Quando o calor é transferido por convecção, a taxa de
secagem pode ser expressa em termos da temperatura e umidade do gás de secagem e
teremos a relação :
Nc =
(X o − X c ) M b
A θc
h
λ
( ) sat
= c Tg − Tbu = h m Ybu (
− Yg ) ( 3.35 )
Radiação
Se parte do calor é fornecido por radiação (por exemplo por dutos de vapor), a
temperatura superficial do produto, na taxa constante, poderá superar a temperatura de
bulbo úmido do material. Neste caso, a temperatura superficial poderá ser avaliada por
tentativa e erro ou pelo balanço de calor e massa, simplificado na relação:
Tg − Ts +
(
ε h r Tr* − Ts* ) (sat
= Ybu − Yg
λ
) ( 3.37 )
hc cs
Fluxo de ar cruzado
Na secagem em batelada com fluxo de ar cruzado gás de secagem é insuflado
através do material de secagem em uma bandeja perfurada. As condições externas pouco
mudam e a equação 3.25 pode ser aplicada no período constante. O efeito sobre a taxa
decrescente também é difícil de prever, em geral é mais rápida que com o fluxo de ar
paralelo. A espessura deixa de ter grande influência na migração da água, o parâmetro mais
importante é o diâmetro médio da partícula. Portanto, a carga será limitada não pela
secagem, mas pela perda de carga e custo de aquecimento do gás. A equação 3.26 pode ser
reformulada para refletir o efeito do diâmetro médio da partícula sobre taxa de secagem:
Nc =
(X o − X c ) M b
A θc
=
dp
(
146 (G S t )0,59 sat
Ybu − Yg ) ( 3.39 )
Vácuo
Neste processo, durante a evaporação o sólido tende a assumir a temperatura do
ponto de ebulição do líquido e então permanecer constante durante a secagem. Como a
temperatura varia próxima à do ponto de ebulição pode-se assumir que o diferencial de
temperatura permanece constante durante a secagem, isto é, a resistência à secagem não
aumenta durante o processo.
Neste fenômeno podemos aplicar a mesma equação utilizada para a condução (Eq.
3.31). A transferência por radiação é desprezível em temperaturas inferiores a 100oC.
Deve-se limitar a espessura do material entre 2,5 e 4 cm, sem agitação e sem “case-
hardening” ou a equação 3.31 não se aplica.
⎛ 1 e parede e produto ⎞
U=1 ⎜ + + ⎟ ( 3.41 )
⎜ h vapor k parede k produto ⎟
⎝ ⎠
Durante a secagem o coeficiente global “U” e o diferencial de temperatura
decrescem até o fim da secagem. Se estes valores podem ser determinados com precisão, o
fluxo total de calor pode ser determinado gráfica ou matematicamente assumindo a relação:
dQ
= A h f1 (X ) f 2 (X ) ( 3.42 )
dθ
Wc Wc
N 'c = = = h 'm (∆H )ml ( 3.45 )
A' A c
tem-se :
A AL
N'c = h m (∆H )ml = h m (∆H )ml = h 'm (∆H )ml ( 3.46 )
Ac Mc
assim, o coeficiente de massa é corrigido por :
AL
h 'm = h m ( 3.47 )
Mc
N 'c =
(X o − X c ) M b
A' θc
( sat
= h 'm Ybu − Yg )ml = h'm (∆H)ml ( 3.48 )
A c = (M s − M c ) M N'c ( 3.51 )
(
N c = 0,052 (G S t )0,8 Ybu
sat
− Yg)ml
( 3.53 )
Condutivo em esteira
A secagem ocorre pelo calor conduzido pela esteira e em geral este secador opera à
vácuo. A secagem decorre da evaporação direta do líquido e os períodos constante e
decrescente não são claramente distintos. O processo pode ser descrito pela equação de
condução 3.31.
A área pode ser expressa em termos do fluxo de matéria seca:
A=
(X o − X f ) M ( 3.54 )
Nm
M (X f − X o ) = M c h *m ∆Yml ( 3.58 )
Balanço de Calor:
[
M (c s + c w X f ) Tsf − (c s + c w X o ) Tso + ]
G [(c ) (
+ c v Yo Tgo − c g + c v Yf Tgf +
g ) ] ( 3.59 )
M (X f − X o ) λ = U A ∆Tml
deduzido por:
4 Vz
Ds = ( 3.62 )
π Vg (1 − ϕ)
Obs.: ϕ é a fração do leito em área ocupada pelo fluxo de gás, o valor indicado é 85%.
Mc
Altura do leito : h = ( 3.64 )
A λ ρ g (1 − ε )
Carga : M c = M (1 + X o ) θ ( 3.66 )
[(c + c X ) T − (c f
]
+ c w X o ) Tso
[(c + c Y ) T − (c ) ]
Fluxo de gás : G = M s w f s s ( 3.67 )
o f
g v o g g + c v Yf Tg
Porém o fluxo de gás não limitado pela equação 3.57, mas pelo fluxo de gás
necessário para vencer a perda de carga e fluidizar o material que devem ser estimados
experimentalmente.
Nc = l1 G l 2 (Ysat − Yo ) ( 3.70 )
combinando os balanços :
[λ + (c v − c w ) Ts ] ρ (1 − ε ) dZ = U A (Ts − Tg ) ( 3.74 )
dθ
Figura 3.1: Modelo de leito fluidizado com os sólidos restritos ao leito fixo.
(
Q − M ρ (1 − ε b )(1 − ε mf ) c s + c w X ) dT
dθ
s = λ M (X − X )
f o ( 3.77 )
e balanço de umidade :
6 K b ρg ε b ρ G
(Yf − Yd ) − g d (Yd − Yo ) + M =
Db Vλ
( 3.78 )
dY
ρ g ε mf (1 − ε b ) d
dθ
Combinadas, as equações resultam na equação geral :
(
M ρ (1 − ε b )(1 − ε mf ) c s + c w X ) dT
dθ
s =
ρg G d
Vλ
(car sec o + c v Yo ) (Tgo − Tp ) ( 3.79 )
⎡ 6 K b ρg ε b ρ G ⎤
−λ ⎢ (Yf − Yd ) − g d (Yd − Yo )⎥
⎣ Db Vλ ⎦
que pode prever o comportamento da secagem no leito fluidizado.
(
n = ρ g K m Sp Yp − Yg ) ( 3.80 )
e no balanço de calor :
( )
Q = h c Sp Ts − Tg + n λ ( 3.81 )
⎡ G ⎤ ⎡ G cp ⎤
X f = X o ⎢1 − (Yf − Yo )⎥ = X o ⎢1 − (To − Tf )⎥ ( 3.83 )
⎣ n ⎦ ⎣ nλ ⎦
Conhecendo o valor de ‘G’ podemos avaliar (ao assumir uma velocidade do gás
‘Vg’) a seção transversal e estimar as dimensões do secador. Uma estimativa do tempo de
residência é dada pelo comprimento do secador, que pode ser calculado com base na
transferência de massa e calor:
L = VS E = VS (X o − X f ) n f ( 3.85 )
Período Constante
A taxa de secagem será dada por :
(
− h c A Tg − Ts
=
)
λ M dX
⇒ A=
λ M (X o − X f )
L Vp dt (
h c Tg − Ts ) ( 3.87 )
Período Decrescente
A taxa de secagem será dada por :
n
−
dX h c A o
dt
=
λ
Ts − Ts ( ) ⎛ Xd ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ ( 3.89 )
⎝ Xc ⎠
M ⎡⎢ ⎤
n
⎛ Xc ⎞
θd = Xc − Xf ⎜⎜ ⎟⎟ ⎥ ( 3.90 )
A hm ⎢ ⎝ Xf ⎠ ⎥
⎣ ⎦
com os adimensionais :
Vg d p
Número de Reynolds : Re = ( 3.92 )
νg
Número de Arquimedes : Ar =
(
d 3p ρ − ρ g ) ( 3.93 )
ν g2 ρ g
νg
Ótima : Vo = 0,547 Ar ( 3.95 )
dp
Ar νg
de Arraste : Va = ( 3.96 )
18 + 0,6 Ar d p
Número de Spaulding : B=
(
c w Tg − Tbu ) ( 3.99 )
λ
3. DIMENSIONANDO O SECADOR
DYBDAL (1955) a área total de secagem será dada pela soma entre a área necessária para
secar em taxa constante à área para secar em taxa decrescente.
( sat
Q = h c A c Tg − Tbu ) ( 3.101 )
(
λ (X o − X c ) M = h c A c Tg − Tbu
sat
) ( 3.103 )
⎛ 1 ⎞
⎜ ⎟⎟
⎡ λ (X − X ) M ⎤ ⎜⎝ 1− a 2 ⎠
Ac = ⎢ o c ⎥
⎢ a1 G
⎣
a 2 T(
g − T sat ⎥
bu ⎦ ) ( 3.110 )
Af =
(X c − X f ) M ( 3.114 )
Tg − Tbu
∫ d(Tg − Ts )
hc
λ
0
∫ d(Tg − Ts )
h
Nf = c ( 3.115 )
λ
0
Af =
(X c − X f ) M ( 3.116 )
Nf
Desta forma, conhecendo o valor médio da taxa decrescente ‘Nf’ será possível
avaliar a área de secagem no período decrescente de secagem.
Para tanto, pode-se lançar mão das equações empíricas, como a de PAGE, ou da
difusividade efetiva, experimentalmente determinadas, para avaliar a taxa decrescente de
secagem e calcular a taxa decrescente.
esta equação pode ser reescrita e integrada para todo o período de secagem:
Nm =
(X o − X f ) M = U (T − Ts ) ( 3.124 )
q
Ah λ
que pode ser simplificada para :
Nm =
(X o − X f ) M = k c (Tq − Tbu ) ( 3.125 )
Ah λ
Reformulando a equação 3.125, temos a área de secagem em um secador
condutivo:
λ (X o − X f ) M
Ah =
(
k c Tq − Tbu ) ( 3.126 )
Ah =
(X o − X f ) M ( 3.128 )
Nm
Note-se que para o caso de estar se utilizando um secador à vácuo, o calor latente
de vaporização e a temperatura de bulbo úmido serão dados segundo a pressão na câmara
de secagem.
4. ALGORITMO DE CÁLCULO
A partir do ponto crítico tem início o período de taxa decrescente. Para prever o
comportamento da secagem neste período o algoritmo utilizará um dentre dois modelos: de
PAGE (eq. 1.25) e difusão de Fick (eq. 1.20).
O estado do gás aquecido que entra para a secagem poderá ser previamente
determinado ou poderá ser calculado a partir da condição do ar ambiente (Ta e URa, por
exemplo, na figura 3.2) calculando-se em seguida o estado após o aquecimento do gás até
Tg que deve ser dado.
Neste caso, dado o estado Ta e URa a umidade absoluta do ar será (ASAE, 1996):
u 9 UR a Ps(Ta )
Ya = ( 3.132 )
Pa − UR a Ps(Ta )
com
⎛ u + u 2 T + u3 T 2 + u 4 T3 + u5 T 4 ⎞
Ps(T ) = u 8 Exp⎜ 1 ⎟ ( 3.133 )
⎜ u T + u T 2 ⎟
⎝ 6 7 ⎠
Obs.: T em Kelvin
Constantes :
u1 = -27405,526 ; u2 = 97,5413 ; u3 = -0,146244 ;
u4 = 0,00012558 ; u5 = -0,000000048502 ; u6 = 4,34903 ;
u7 = 0,0039381 ; u8 = 22105649,25 ; u9 = 0,62194
Para chegar a Ysat calcula-se a temperatura de bulbo úmido para nova condição (Tgo
, Yo). Não é possível avaliar diretamente o valor de Tbu pois é uma função intrínseca entre a
temperatura (Tgo) e a umidade absoluta (Yo). Porém Tbu poderá ser calculada equacionando
o sistema composto pela relação entre UR, Tgo e Yo (equação 3.134) e a relação entre UR,
Tgo e Tbu (equação 3.135 e 3.136).
Yo Pa
UR =
( )− Yo Ps(Tgo )
u 9 Ps Tgo
( 3.134 )
e
( ) ( ) ( ) ( )
Pa ⎛⎜ u9 ϑ Tbu Ps Tbu - u10 Pa Tgo + u10 Ps Tbu Tgo + u10 Pa Tbu - u10 Ps Tbu Tbu ⎞⎟
⎝ ⎠ ( 3.135 )
UR =
( ⎛
⎜
⎝
⎞
⎟
⎠
) ( )
ϑ Tbu Pa + u10 u11 Pa Tgo - u10 u11 Ps⎛⎜⎝ Tbu ⎞⎟⎠ Tgo - u10 u11 Pa Tbu + u10 u11 Ps⎛⎜⎝ Tbu ⎞⎟⎠ Tbu u9 Ps Tgo
com
⎧⎪Tbu ≤ 338,72 ⇒ u12 − u13 (Tbu − 273,16 )
ϑ(Tbu ) = ⎨ 2 ( 3.136 )
⎪⎩Tbu > 338,72 ⇒ u14 − u15 Tbu
Obs.: Tbu em Kelvin
Constantes :
u12 = 2502535,259 ; u13 = 2385,76424 ; u14 = 7329155978000 ; u15 = 15995964,08
Nf =
Xc − X ( θ c + ∆ θ ) h c
∆θ
=
λ
(
Tg − Tbu ) ( 3.139 )
∫ d(Tg − Ts ) =
λ Nf
Int T = ( 3.140 )
hc
0
Af =
(M c − M f ) M =
(M c − M f ) M ( 3.141 )
Tg − Tbu hc
∫ d(Tg − Ts )
hc Int T
λ
λ
0
G=M
(X o − X f ) ( 3.142 )
(Yf − Yo )
como a velocidade do gás ‘Vg’ não está determinada, assume-se ‘Vg’ igual a 10% da
velocidade de arraste, dada pela equação 3.88.
Finalmente, o cálculo da área constante é realizado pela equação 3.148 e o da área
decrescente pela equação 3.110, a área total será a soma das área pela equação 3.117,
respectivamente:
λ ⋅ (X o − X c ) M
Ac = ( 3.148 )
( )
b
a ⎛⎜ G ⎞⎟ sat
Tg − Tbu
⎝ Ss ⎠
Af =
(X c − X f ) M ( 3.149 )
Tg − Tbu
∫ d(Tg − Ts )
hc
λ
0
At = Ac + Af ( 3.150 )
Em linhas de programação (BASIC) o conjunto dos passos que definem o cálculo
da área compõe:
S = 00 definição da seção de gás
H = 00 definição da altura da seção de gás
F = S/F definição da largura do leito de secagem
ARC = ( DP**3 ) * (DENS_SOL – DENS_GAS) / ( (VISC_GAS**2) * DENS_GAS )
Número de Arquimedes
VARR = ( ARC * VISC_GAS ) / (18 + 0.6 * DP * SQRT ( ARC ))
Velocidade de arraste
VMF= 0.1 * ARR * ((DENS_SOL / ( DENS_SOL – DENS_GAS ))**(1/3))
Velocidade mínima de fluidização
L_VG = 0.8 * VMF limite de velocidade
L_INF = YE + 0,1 * ( YSAT – YE ) Limite inferior
L_SUP = YSAT - 0,1 * ( YSAT – YE ) Limite inferior
CONF = 0.03 definição do intervalo de confiança de 3%
Y = L_INF zera o contador
VG = 100 * VAR afasta a velocidade do limite
TESTES = 40 índice de repetição no intervalo
INT = 0.8 * ( YSAT – YE ) / TESTES define índice de iteração
DO UNTIL ( ( ( VG > L_VG *( 1 - CONF ) ) AND ( VG < L_VG * ( 1 + CONF ) ) )
OR ( Y > L_SUP ) )
WG = WS * ( XE – XF ) / ( Y -YE )
WG = WS * ( XE – XF ) / ( Y -YE )
VAG = 278 * ( TG + 273.15 ) / ( PATM – PATM * ( 0.62194 / Y +1 ) )
VG = WG * VAG / S
AC = LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( ( TG – TBU ) * ( 12.2976 *
( ( WG / S ) ** 0.8 ) ) )
AF = LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( INT_T * ( 12.2976 *
( ( WG / S ) ** 0.8 ) ) )
AT = AC + AF
Y = Y + INT
LOOP
Y_PLL = Y carrega a umidade de saída resultante para
o cálculo de fluxo cruzado
G=M
(X o − X f ) ( 3.151 )
(Yf − Yo )
A escolha da área permanece dentro dos mesmos limites de umidade dados para o
secador paralelo. Para que se tenha termo de comparação entre as áreas, a área do secador
em fluxo cruzado, será calculada para a mesma condição de umidade na saída obtida para o
secador de fluxo paralelo “Y_PLL”.
Finalmente, o cálculo da área constante é realizado pela equação 3.102 e o da área
decrescente pela mesma equação, porém, com o diferencial de temperatura calculado pela
curva decrescente de secagem, a área total será a soma das área pela equação 3.117,
respectivamente:
⎛ 1 ⎞
⎜ ⎟
⎡ λ (X − X ) M ⎤ ⎝ 1− b ⎠
Ac = ⎢ o c ⎥
(
⎢ a G Tg − T sat ⎥
⎣
b
bu ⎦ ) ( 3.153 )
⎛ 1 ⎞
⎜ ⎟
⎡ ⎤ ⎝ 1− b ⎠
⎢ ⎥
⎢ λ (X − X ) M ⎥
Ac = ⎢ o c ⎥ ( 3.154 )
⎢ Tg − Tbu ⎥
⎢a Gb
⎢
(
∫ d Tg − Ts ) ⎥
⎥
⎣ 0 ⎦
At = Ac + Af ( 3.155 )
Em linhas de programação (BASIC) o conjunto dos passos que definem o cálculo
da área compõe:
WG = WS * ( XE – XF ) / ( Y_PLL -YE )
AC = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( ( TG – TBU ) *
( 20.7819 * WG ** 0.37 ) ) ) ** ( 1 / ( 1- 0.37 ) )
AF = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( INT_T * ( 20.7819 * WG ** 0.37 ) ) )
** ( 1 / ( 1- 0.37 ) )
AT = AC + AF
νg
Ótima : Vo = 0,547 Ar ( 3.157 )
dp
Ar νg
de Arraste : Va = ( 3.158 )
18 + 0,6 Ar d p
com os adimensionais :
V dp
Número de Reynolds : Re = ( 3.159 )
ν
Número de Arquimedes : Ar =
(
d 3p ρ − ρ g ) ( 3.160 )
ν g2 ρ g
⎛ 1 ⎞
⎜ ⎟
⎡ ⎤ ⎝ 1− b ⎠
⎢ ⎥
⎢ λ (X − X ) M ⎥
Ac = ⎢ e c ⎥ ( 3.162 )
⎢ Tg − Tbu ⎥
⎢a Gb
⎢ ∫ d Tg − Ts ( )
⎥
⎥
⎣ 0 ⎦
At = Ac + Af ( 3.163 )
Uma vez que BORDE, DUKHOVNY & ELPERIN (1997) fornecem (pela equação
3.155) a velocidade ótima, assume-se que a melhor área e coeficientes convectivos serão
obtidos nesta velocidade. Deste modo, a área será calculada nesta velocidade ótima. Será
necessário, ainda, avaliar a umidade de saída do gás para garantir que ela esteja no
intervalo entre ‘Yo’ e ‘Ysat’.
Para avaliar ‘Y’, basta calcular a vazão volumétrica dada pelo produto da área e a
velocidade do ar na condição ótima:
Vz = A t Vo ( 3.165 )
Essa vazão deverá ser igual à vazão calculada pelo produto ‘G’ e ‘Ve’ :
⎡ ⎤
⎡ (X − X f ) ⎤ u16 (Tg + 273,15) ⎥
⎢
Vz = G ⋅ Ve = ⎢M o ⎥ ⎢ ⎥ ( 3.166 )
⎣ (Yf − Yo ) ⎢
⎦ P −P ⎜ ⎛ u 9 ⎞ ⎥
+ 1⎟ ⎥
⎢ a a
⎣ ⎝Y ⎠⎦
AC = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( ( TG – TBU ) * HC )
AF = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( INT_T * HC )
AT = AC + AF
Y = 0.62194 * ( 287 * WS * (XE – XF ) * ( TG + 273.15 ) +
AT * VG * PATM * YE ) / ( 287 * WS * (XE – XF ) *
( TG + 273.15 ) + AT * VG * PATM * 0.62194)
SELECT CASE Y
CASE IS > = YSAT
VG = VG + INT
GOTO MARCA
CASE IS < = YE
VG = VG - INT
GOTO MARCA
END SELECT
FINAL : Rótulo
7o Passo – Cálculo do tempo de residência do secador rotativo direto com base nos dados
do secador de fluxo paralelo de mesma capacidade temos a relação:
θ = Mλ L M ( 3.169 )
como Mλ é desconhecido, poderá ser deduzido igualando as equações 3.60 e 3.61:
L
θ= = Mλ L M
(
y ω D s γ + u Vg ) ( 3.170 )
temos :
M
Mλ =
(
y ω D s γ + u Vg ) ( 3.171 )
temos :
M
Mλ = ( 3.173 )
yω
4 Vz
π Vg (1 − ϕ)
(
γ + u Vg )
Obs.: Sempre lembrando de corrigir, para um secador à vácuo, o calor latente de vaporização e a temperatura
de bulbo úmido segundo a pressão na câmara de secagem.
5. CUSTOS
Bandeja
Rotativo Direto
10
0.
I =1037 A0,9101
00
Fluidizado
0,
00
Condutivo
I =742 A0,7275
10
.0
I =1879 A0,5036
00
,0
0
I =1097 A0,3979
In
ve
1.
st
00
im
0,
en
00
to
(U
1 10 100 1000
.M
Área ( m2 )
.)
Com base nestas correlações basta tomar o valor da área obtido no algoritmo
correspondente e efetuar o cálculo :
Secador convectivo
Em um secador convectivo, a potência aplicada no aquecimento é dada pela
diferença entre a entalpia do ar ambiente e a entalpia do ar aquecido pelo fluxo de gás seco:
(
Q = G Hg − Ha ) ( 3.177 )
Secador condutivo
Em um secador condutivo, o aquecimento é dado pela quantidade de calor aplicada
na secagem:
Q = λ M (X o − X f ) ( 3.178 )
Enfim, para que o consumo de energia possa ser aplicado como termo de
comparação entre os secadores, o custo operacional será divido pelo total de material
produzido em base seca.
Custo Operacional
Custo Operacional′ = ( 3.181 )
θ M (1 + X f )
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 4
Definição do problema
e matéria-prima
ÍNDICE
ÍNDICE........................................................................................................................................... 145
LISTA DE FIGURA....................................................................................................................... 145
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................... 145
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 147
2. SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA ......................................................................... 149
2.1. DESCRIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS....................................................... 149
2.2. PONTO CRÍTICO DE SECAGEM ................................................................... 159
3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................ 161
3.1. PROBLEMA A – Secagem de cenoura.............................................................. 161
3.2. PROBLEMA B – Secagem de tâmara................................................................ 161
3.3. PROBLEMA C – Secagem de casca de ovo ...................................................... 161
3.4. PROBLEMA D – Secagem de menta ................................................................ 161
4. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................ 163
LISTA DE FIGURA
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1: Parâmetros de ajuste do modelo de HALSEY para a cenoura. ...................... 149
Tabela 4.2: Parâmetros de ajuste do modelo de GAB para a cenoura............................... 150
Tabela 4.3: Difusividades de massa para a cenoura. ......................................................... 151
Tabela 4.4: Parâmetros da equação de PAGE para a cenoura........................................... 151
Tabela 4.5: Difusividade efetiva para a secagem de cenoura............................................ 152
Tabela 4.6: Parâmetros de ajuste do modelo de GAB para a tâmara. ............................... 153
Tabela 4.7: Difusividade efetiva para a secagem de tâmara.............................................. 154
Tabela 4.8: Parâmetros das isotermas de casca de ovo ..................................................... 156
Tabela 4.9: Difusividade efetiva para a secagem de cenoura............................................ 157
Tabela 4.10: Parâmetros de isotermas sorção da menta. ................................................... 157
Tabela 4.11: Parâmetros de isotermas sorção da menta. ................................................... 158
Tabela 4.12: Parâmetros da equação de PAGE para a menta............................................ 159
1. INTRODUÇÃO
2. SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA
Um critério simples para seleção de produtos foi formulado, para obter uma
razoável diversidade de características e propriedades. Isto deverá reduzir as restrições
sobre os tipos de secadores. Um conjunto de quatro produtos foi eleito para objeto de
estudo, segundo este critério:
I. Ser um material biológico.
II. Ao menos um produto perecível e um deteriorável: a ser selecionado
segundo a isoterma de sorção.
III. Duas curvas de cinética de secagem distintas: a serem caracterizadas por
curvas com difusividades distintas e, se houver, curva com período
constante de secagem.
IV. Ao menos dois produtos com características de coesividade e adesividade
distintas: a serem selecionados, se disponível, segundo caracterização na
literatura, ou subjetivamente segundo experiência do autor.
2.1.1. CENOURA
2.1.1.1. ISOTERMA
0.8
0.7
0.6
0.5
Xeq (kgw / kgms)
0.4
0.3
0.2
0.1
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
UR (%)
ZHANG et al. (1996) apresentam a isoterma de sorção para diversos vegetais. Três
modelos foram testados, GAB (Eq. 1.6), HALSEY (Eq. 1.10) e um modelo empírico de
IGLESIAS & CHIRIFE (Eq. 1.10).
Para a cenoura, ZHANG et al. (1996), baseados no erro quadrático, encontram no
modelo de GAB o melhor ajuste para a isoterma de sorção. Os parâmetros obtidos estão na
tabela 4.2.
2.1.1.2. CINÉTICA
Utilizando a cenoura como uma planta que representa muito bem toda a gama dos
tubérculos, PAN et al. (1997) realizaram uma série de experimentos de secagem da
cenoura cortada em cubos em um secador vibro-fluidizado. As amostras foram cortadas em
cubos de 12 mm de aresta e em retângulos de 12 mm de largura e 3, 6 e 9 mm de altura. A
umidade inicial foi determinada em uma estufa a ar forçado a 105°C por 48 horas, obtendo
umidades com variação de 9 a 10,5 kg/kg em base seca.
DOMAGALA, WITULSKA & JANUS (1996) estudaram a cinética de secagem da
11
10
9
Xbs (kgw / kgms)
3
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
Tempo (h)
2.1.2. TÂMARA
2.1.2.1. ISOTERMA
PRADO et al. (1999) apresentam a isoterma de sorção para tâmaras. Seis modelos
foram testados, BET (Eq. 1.4), BET linear (Eq. 1.5), GAB (Eq. 1.6), HALSEY (Eq. 1.10),
OSWIN (Eq. 1.11), e PELEG (Eq. 1.14).
30
25
20
Xeq (kgw / kgms)
15
10
5
Adsorção
Dessorção
0
5 15 25 35 45 55 65 75 85
UR (%)
2.1.2.2. CINÉTICA
140
120
T = 70°C e V = 1,0 m/s
100
Xbs (kgw / kgms)
80
60
40
20
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0
Tempo (h)
2.1.3.1. ISOTERMA
0.016
0.014
Xeq (kgw / kgms)
0.012
0.010
0.008
0.006
10 20 30 40 50 60 70 80 90
UR (%)
2.1.3.2. CINÉTICA
T = 40°C
0.05 T = 60°C
Xbs (kgw / kgms)
0.04
0.03
0.02
0.01
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60
Tempo (h)
2.1.4. MENTA
2.1.4.1. ISOTERMA
0.33
0.28
0.23
Xeq (kgw / kgms)
0.18
0.13
T = 30°C
0.08
T = 40°C
0.03
10 20 30 40 50 60 70 80 90
UR (%)
2.1.4.2. CINÉTICA
4
Xbs (kgw / kgms)
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (h)
3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Deseja-se secar uma produção de cenoura a uma taxa de 5 kg/h. A umidade inicial
da cenoura é 10 kgw/kgms. A umidade final desejada é de 3 kgw/kgms.
Deseja-se secar uma produção de cascas de ovo a uma taxa de 100 kg/h. A umidade
inicial da casca de ovo é 0,05 kgw/kgms. A umidade final desejada é de 0,015 kgw/kgms.
Deseja-se secar uma produção de menta a uma taxa de 1 kg/h. A umidade inicial da
menta é 5 kgw/kgms. A umidade final desejada é de 0,5 kgw/kgms. A temperatura de
secagem não deve ultrapassar 40oC.
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 5
VERIFICAÇÃO DO ALGORITMO,
RESULTADOS E CONCLUSÃO
ÍNDICE
ÍNDICE.............................................................................................................................. 167
LISTA DE QUADROS ..................................................................................................... 167
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................... 168
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 169
2. MATERIAL E MÉTODO ......................................................................................... 171
2.1. SELEÇÃO DE SECADORES ........................................................................... 171
2.1.1. Execução do algoritmo analítico ................................................................. 171
2.1.1.1. PROBLEMA A – Secagem de cenoura................................................ 171
2.1.1.2. PROBLEMA B – Secagem de tâmara.................................................. 173
2.1.1.3. PROBLEMA C – Secagem de casca de ovo ........................................ 175
2.1.1.4. PROBLEMA D – Secagem de menta .................................................. 177
2.1.2. Execução do algoritmo numérico ................................................................ 179
2.1.2.1. PROBLEMA A – Secagem de cenoura................................................ 181
2.1.2.2. PROBLEMA B – Secagem de tâmara.................................................. 182
2.1.2.3. PROBLEMA C – Secagem de casca de ovo ........................................ 183
2.1.2.4. PROBLEMA D – Secagem de menta .................................................. 184
2.2. DIMENSIONAMENTO DE SECADORES ...................................................... 185
2.2.1. Execução do algoritmo ................................................................................ 188
2.2.1.1. PROBLEMA A – Secagem de cenoura................................................ 188
2.2.1.2. PROBLEMA B – Secagem de tâmara.................................................. 191
2.2.1.3. PROBLEMA C – Secagem de casca de ovo ........................................ 194
2.2.1.4. PROBLEMA D – Secagem de menta .................................................. 197
3. RESULTADOS E CONCLUSÃO ............................................................................ 199
4. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................ 203
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODO
Deseja-se secar uma produção de cenoura a uma taxa de 5 kg/h. A umidade inicial
da cenoura é 10 kg/kgm. A umidade final desejada é de 3 kg/kgm.
Execução do algoritmo
Execução do algoritmo
Deseja-se secar uma produção de cascas de ovo a uma taxa de 100 kg/h. A umidade
inicial da casca de ovo é 0,05 kg/kgm. A umidade final desejada é de 0,015 kg/kgm.
Execução do algoritmo
Deseja-se secar uma produção de menta a uma taxa de 1 kg/h. A umidade inicial da
menta é 5 kg/kgm. A umidade final desejada é de 0,5 kg/kgm. A temperatura de secagem
não deve ultrapassar 40oC.
Execução do algoritmo
FOR i = 1 TO N
1a Decisão – Definir a necessidade de uso de vácuo ou atmosfera de gás inerte.
IF (BUM = TRUE) AND (AMB(i) = 3) THEN P(i)=P(i)+3 ELSE
IF ((TSENL = TRUE) OR (TOX = TRUE)) AND (AMB(i) = 2)
THEN P(i)=P(i)+2 ELSE
IF AMB(i) = 1 THEN P(i)=P(i)+1
CASE 7
SECADOR = “Estufas, altos fornos ou câmaras aquecidas”
CASE 5 TO 6
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 8 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 9 THEN P(i) = P(i)+1
IF D > 10 THEN
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
ELSE
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 8 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 4
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 3
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 3 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 5 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 6 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 7 THEN P(i) = P(i)+1
CASE 1 TO 2
IF TIPO(i) = 1 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 2 THEN P(i) = P(i)+1
IF TIPO(i) = 4 THEN P(i) = P(i)+1
END SELECT
NEXT i
INT = 0.2
G = 00 ; J = 00
XE = 00
XC = 00
CONF = 0.03
T=0
XANT = XC
DO UNTIL (X > XF * ( 1 - CONF ) AND X < XF * ( 1 + CONF )
X = ( G * EXP ( - ( J * T ) ) ) * ( XC - XE ) + XE
T = T + INT
TAXA = (XANT - X) / INT
SOMA = SOMA + TAXA
XANT = X
LOOP
TDEC = T
TX_MED = SOMA * INT / TDEC
HC = (LAMBDA * (XC – (( G * EXP ( - ( J * INT) ) ) * ( XC - XE ) + XE))) /
((TG – TBU) * INT)
INT_T = TX_MED * LAMBDA / HC
S = 00
H = 00
F = S/F
ARC = ( DP**3 ) * (DENS_SOL – DENS_GAS) / ( (VISC_GAS**2) * DENS_GAS )
VARR = ( ARC * VISC_GAS ) / (18 + 0.6 * DP * SQRT ( ARC ))
WG = WS * ( XE – XF ) / ( Y_PLL -YE )
AC = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( ( TG – TBU ) *
( 20.7819 * WG ** 0.37 ) ) ) ** ( 1 / ( 1- 0.37 ) )
AF = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( INT_T * ( 20.7819 * WG ** 0.37 ) ) )
** ( 1 / ( 1- 0.37 ) )
AT = AC + AF
MARCA :
IF ( ( VG > VARR ) OR ( VG < VMF ) ) THEN
PRINT “NÃO HÁ SOLUÇÃO!”
GOTO FINAL
ENDIF
REY = DP * DENS_GAS * VG / VISC_GAS
H1 = 0.15 * ( REY ** 0.35 ) * ( ARC 0.25 ) * ( COND_GAS / DP )
H2 = 0.051 * ( REY ** 0.12 ) * ( ARC 0.25 ) * ( COND_GAS / DP )
IF VG > VOT HC = H2 ELSE HC = H1
AC = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( ( TG – TBU ) * HC )
AF = ( LAMBDA * ( XE – XC ) WS / ( INT_T * HC )
AT = AC + AF
Y = 0.62194 * ( 287 * WS * (XE – XF ) * ( TG + 273.15 ) + AT * VG * PATM * YE ) /
( 287 * WS * (XE – XF ) * ( TG + 273.15 ) + AT * VG * PATM * 0.62194)
SELECT CASE Y
CASE IS > = YSAT
VG = VG + INT
GOTO MARCA
CASE IS < = YE
VG = VG - INT
GOTO MARCA
END SELECT
FINAL :
Rotativo direto
Secador condutivo
Tabela 5.12: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar paralelo (cenoura).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0113 0,85 68,46 1,0186 0,87 8,71 1,36 1934,20 182,11 7,59
0,0118 0,61 51,95 1,0193 0,62 6,17 1,80 2158,68 128,98 5,37
0,0122 0,47 42,33 1,0200 0,48 4,78 2,21 2341,95 99,85 4,16
0,0126 0,38 35,96 1,0207 0,39 3,90 2,60 2498,78 81,45 3,39
0,0130 0,32 31,41 1,0213 0,33 3,30 2,97 2636,98 68,78 2,87
0,0135 0,28 27,98 1,0220 0,29 2,86 3,34 2761,19 59,52 2,48
0,0139 0,25 25,29 1,0227 0,25 2,52 3,69 2874,47 52,46 2,19
0,0143 0,22 23,12 1,0234 0,23 2,25 4,04 2978,92 46,89 1,95
0,0148 0,20 21,33 1,0241 0,20 2,04 4,38 3076,07 42,40 1,77
0,0152 0,18 19,82 1,0248 0,19 1,86 4,71 3167,06 38,69 1,61
0,0156 0,17 18,54 1,0255 0,17 1,71 5,04 3252,76 35,57 1,48
0,0161 0,15 17,42 1,0261 0,16 1,58 5,36 3333,89 32,92 1,37
0,0165 0,14 16,45 1,0268 0,15 1,48 5,68 3411,00 30,64 1,28
0,0170 0,13 15,59 1,0275 0,14 1,38 5,99 3484,55 28,66 1,19
Tabela 5.13: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar cruzado (cenoura).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0170 0,13 9,89 1,0275 0,14 0,034 4,11 3000,49 28,66 1,19
Tabela 5.14: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de leito fluidizado (cenoura).
INVESTI- CUSTO
YS WG REY HC VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s adm kcal/h m2 oC m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0106 3,14 2625 164,81 5,63 0,57 1172,50 668,43 27,85
Tabela 5.18: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar paralelo (tâmara).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0113 2,05 137,85 1,0186 2,09 20,89 0,71 1493,04 1059,14 13,99
0,0118 1,45 104,61 1,0193 1,48 14,80 0,94 1666,32 750,14 9,91
0,0122 1,12 85,24 1,0200 1,15 11,47 1,15 1807,79 580,72 7,67
0,0126 0,92 72,42 1,0207 0,94 9,36 1,36 1928,86 473,73 6,26
0,0130 0,77 63,26 1,0213 0,79 7,91 1,55 2035,53 400,03 5,28
0,0135 0,67 56,35 1,0220 0,69 6,85 1,74 2131,42 346,17 4,57
0,0139 0,59 50,93 1,0227 0,60 6,04 1,93 2218,86 305,09 4,03
0,0143 0,53 46,56 1,0234 0,54 5,40 2,11 2299,49 272,73 3,60
0,0148 0,48 42,96 1,0241 0,49 4,89 2,29 2374,48 246,58 3,26
0,0152 0,44 39,92 1,0248 0,45 4,46 2,46 2444,71 225,00 2,97
0,0156 0,40 37,33 1,0255 0,41 4,10 2,63 2510,87 206,90 2,73
0,0160 0,37 35,09 1,0261 0,38 3,80 2,80 2573,50 191,49 2,53
0,0165 0,35 33,13 1,0268 0,35 3,54 2,96 2633,02 178,22 2,35
0,0169 0,32 31,40 1,0275 0,33 3,31 3,13 2689,79 166,66 2,20
0,0173 0,30 29,86 1,0282 0,31 3,11 3,29 2744,10 156,52 2,07
0,0177 0,29 28,48 1,0289 0,29 2,94 3,45 2796,21 147,54 1,95
0,0182 0,27 27,24 1,0296 0,28 2,78 3,60 2846,31 139,53 1,84
Tabela 5.19: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar cruzado (tâmara).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0182 0,270 12,81 1,0296 0,28 0,06 4,63 3145,46 139,53 1,84
Tabela 5.20: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de leito fluidizado (tâmara).
INVESTI- CUSTO
YS WG REY HC VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
Kg/kgar seco kgar seco/s adm kcal/h m2 oC m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0108 4,53 13255 242,04 11,37 0,41 2398,21 2340,51 30,91
Tabela 5.24: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar paralelo (casca de ovo).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
Kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0113 0,90 71,05 0,9609 0,8607 8,61 4,04 2979,49 62,92 0,1017
0,0118 0,64 53,97 0,9616 0,6109 6,11 5,32 3323,77 44,63 0,0721
0,0122 0,49 44,01 0,9622 0,4736 4,74 6,53 3605,05 34,58 0,0559
0,0126 0,40 37,41 0,9628 0,3868 3,87 7,68 3845,87 28,22 0,0456
0,0130 0,34 32,68 0,9635 0,3269 3,27 8,79 4058,12 23,84 0,0385
0,0135 0,29 29,12 0,9641 0,2832 2,83 9,86 4248,94 20,63 0,0334
0,0139 0,26 26,32 0,9648 0,2498 2,50 10,91 4422,99 18,19 0,0294
0,0143 0,23 24,07 0,9654 0,2235 2,23 11,93 4583,49 16,26 0,0263
0,0148 0,21 22,20 0,9661 0,2022 2,02 12,94 4732,78 14,70 0,0238
0,0152 0,19 20,64 0,9667 0,1847 1,85 13,92 4872,61 13,42 0,0217
0,0156 0,18 19,30 0,9673 0,1699 1,70 14,88 5004,35 12,34 0,0199
0,0160 0,16 18,14 0,9680 0,1574 1,57 15,83 5129,05 11,42 0,0185
0,0165 0,15 17,13 0,9686 0,1466 1,47 16,77 5247,57 10,63 0,0172
0,0169 0,14 16,24 0,9693 0,1372 1,37 17,69 5360,62 9,94 0,0161
0,0173 0,13 15,44 0,9699 0,1289 1,29 18,60 5468,79 9,34 0,0151
0,0177 0,13 14,73 0,9706 0,1216 1,22 19,50 5572,56 8,80 0,0142
0,0182 0,12 14,09 0,9712 0,1151 1,15 20,39 5672,34 8,32 0,0135
0,0186 0,11 13,50 0,9718 0,1092 1,09 21,27 5768,51 7,90 0,0128
0,0190 0,11 12,97 0,9725 0,1040 1,04 22,14 5861,36 7,51 0,0121
0,0194 0,10 12,49 0,9731 0,0992 0,99 23,00 5951,16 7,16 0,0116
0,0198 0,10 12,04 0,9738 0,0948 0,95 23,86 6038,15 6,84 0,0111
0,0203 0,09 11,63 0,9744 0,0908 0,91 24,70 6122,53 6,55 0,0106
0,0207 0,09 11,24 0,9751 0,0872 0,87 25,54 6204,50 6,28 0,0102
0,0211 0,09 10,89 0,9757 0,0838 0,84 26,38 6284,21 6,03 0,0098
Tabela 5.25: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador de bandejas com fluxo de ar cruzado (casca de ovo).
INVESTI- CUSTO
YS WG HC VAS VAZ VG AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kg/kgar seco kgar seco/s kcal/h m2 oC m3/kgar seco m3/s m/s m2 U.M. kwh U.M./kg
0,0211 0,086 3,68 0,98 0,0838 0,0090 9,27 4145,00 6,03 0,0098
Tabela 5.26: Dados para o cálculo do secador rotativo direto (casca de ovo).
ROT YF UF INC TEMPO_RD VAZ VG
rpm adm s/m m/m h m3/s m/s
3,00 3,141593 1,20E-03 0,10 1,60 0,0838 0,84
Tabela 5.27: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador rotativo direto (casca de ovo).
INVESTI- CUSTO
Ds L AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
m m m2 U.M. kwh U.M./kgm
0,92 1,40 4,06 3713,31 6,03 0,0098
Tabela 5.29: Área do secador calculada pelo algoritmo para um secador condutivo
(menta).
INVESTI- CUSTO
KC* TAXA AT MENTO FIXO ENERGIA
OPERACIONAL
kcal/h m oC kgw./m2 s m2 U.M. kwh U.M./kg
1,63 0,0858 8,74 3591,44 611,81 101,97
* NEVES FILHO, 1991
3. RESULTADOS E CONCLUSÃO
Nos itens 2.1.1 e 2.1.2 foram apresentados os resultados das seleções dos secadores
segundo os algoritmos qualitativos e numéricos como apresentados no quadro 5.1.
Embora a área do secador seja o elemento que define o secador e seu investimento
fixo, o custo operacional, se considerado, auxilia na definição do melhor equipamento. Um
equipamento mais caro, porém com um custo operacional mais baixo é, obviamente uma
escolha melhor do que um equipamento barato mas com um custo operacional oneroso.
As áreas de secagem obtidas são coerentes tanto com a literatura quanto com as
dimensões vistas em campo, o que valida os algoritmos de dimensionamento formulados.
Deste modo, para a cenoura, o melhor secador selecionado é o secador de leito
fluidizado, o investimento fixo e o custo operacional calculados para este equipamento são
os mais baixos. Esta solução ratifica a solução obtida pelos algoritmos de seleção.
Para a casca de ovo, o custo operacional é o mesmo para as três soluções pois a
vazão de ar utilizada foi a mesma nos três algoritmos. O melhor equipamento selecionado é
secador rotativo direto com o investimento fixo mais baixo. Vale notar a diferença entre as
áreas determinadas para o fluxo paralelo e cruzado no secador em bandejas, esta diferença
recomenda a inclusão de regras para a escolha do fluxo de ar na seleção do equipamento.
Para a menta o resultado do secador em bandejas à vácuo foi considerado único
desconsiderando o uso de bandejas agitadas obtido na seleção do equipamento.
Para a tâmara, como esperado, o fluxo de ar necessário para a secagem em leito
fluidizado é elevado e por conseguinte seu custo operacional desaconselha o uso deste
equipamento. Já o secador de bandejas com fluxo de ar paralelo forneceu a área de
secagem e investimento fixo mais baixo.
O que o resultado obtido para a tâmara permite inferir é que os algoritmos de
seleção priorizaram a determinação da menor área de secagem ou do investimento fixo,
que foi a do secador fluidizado, em detrimento do custo operacional. Esta deficiência do
método poderá ser sanada com o refinamento do método criando novas regras para a
seleção do equipamento e incluindo os aspectos formadores do custo operacional ao
algoritmo. Este erro também pode estar sendo gerado na quarta decisão em que é
estabelecido um diâmetro mínimo para a seleção do grupo de secadores em que se inclui o
secador vibro–fluidizado, não foi determinado, porém um limite superior. Ao estabelecer
um limite superior, materiais de grandes dimensões e que portanto exigem um fluxo de ar
elevado seriam impedidos para este grupo.
Esta ocorrência demonstra ainda a vantagem do algoritmo numérico sobre o
algoritmo qualitativo ao fornecer resultados alternativos. Se, como proposto no
desenvolvimento dos algoritmos, a etapa de dimensionamento for considerada como a
etapa final do algoritmo de seleção, fica estabelecida a sinergia entre os algoritmos sendo o
algoritmo numérico o mais apurado e prático método de seleção.
Note-se que a precisão dos dados pode ser incrementada. Nesta tese as curvas de
secagem, às vezes obtidas em condições diversas forma aplicada no cálculo dos diferentes
equipamentos podendo gerar áreas sub–dimensionadas ou mesmo super–dimensionadas.
Estas diferenças porém não são significativas neste caso, uma vez que não se deseja
precisar a acuidade e exatidão dos algoritmos de dimensionamento mas, tão somente,
propor os métodos e avaliar sua integração com o algoritmo de seleção.
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 6
ENCERRAMENTO E
NOVAS LINHAS DE PESQUISA
ÍNDICE
ÍNDICE.............................................................................................................................. 207
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................... 207
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 209
2. MATERIAL E MÉTODO ......................................................................................... 211
3. ENCERRAMENTO E NOVAS LINHAS DE PESQUISA ...................................... 213
LISTA DE FIGURAS
Figura 6.1: Fluxograma demonstrativo da integração entre as etapas desenvolvidas. ...... 209
Figura 6.2: Sobreposição das etapas desenvolvidas com o modelo de KEEY.................. 210
1. INTRODUÇÃO
Estabelecendo o problema
PROJETANDO UM SECADOR
Dados da matéria-prima
Conhecimento Não
Isotermas de sorção
dos materiais Informações sobre o
material, o
equipamento e o
processo
Sim
Cinética de secagem
Conhecimento Não
do equipamento
Seleção de
Sim
secadores
Não
Conhecimento
Testes
do processo
Balanços
Sim
Dimensionamento
de secadores
Tempo de residência
Comportamento
Dimensões principais
dinâmico
CUSTOS
OTIMIZANDO UM SECADOR
Simulação e otimização *
2. MATERIAL E MÉTODO
Neste estudo foram desenvolvidas três etapas das quatro propostas por KEEY para
equacionar a seleção e dimensionamento de secadores: a definição do problema e
levantamento das informações das matérias-primas, um algoritmo para a seleção e outro
para o dimensionamento de secadores; as etapas de simulação e otimização foram deixadas
para estudos posteriores.
A primeira etapa desenvolvida foi produzir o algoritmo de seleção de secadores.
Baseado em diferentes modelos de seleção apresentados foram propostos dois modelos,
dentre os quais o modelo numérico mostrou ser o mais prático e eficiente.
O modelo consiste na seleção dos equipamentos pontuando as vantagens de cada
equipamento diante dos problemas formulados, das condições de processo e das
propriedades dos materiais a cada tomada de decisão.
O fato deste modelo retornar um ou mais equipamentos escolhidos mostra-se como
uma vantagem quando associado ao modelo de dimensionamento. Este atua como decisão
complementar da seleção, permitindo a escolha, não somente do equipamento mais
adequado às condições do problema, mas também do mais “economicamente viável”.
A segunda etapa desenvolvida foi produzir os modelos de dimensionamento de
secadores. Baseado em modelos apresentados, foram produzidos algoritmos para o
dimensionamento dos equipamentos selecionados.
Os algoritmos consistem em calcular a área de secagem do equipamento em função
das relações de transferência de massa e calor. A partir da área foi obtido um meio de
calcular o custo de construção e instalação (tratado por custo fixo), e a partir das demais
informações do processo de secagem calcular o custo de operação do equipamento em cada
processo (tratado por custo operacional).
A terceira etapa desenvolvida foi levantar as informações de processo, da matéria-
prima e definir quatro problemas para a aplicação dos modelos. Problemas foram
formulados a partir de situações práticas encaradas em nossas atividades junto ao Depto. de
Pós-colheita da Fac. de Eng. Agrícola da UNICAMP. As demais informações foram
obtidas através do levantamento bibliográfico ou em dados levantados em nossas
atividades anteriores.
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APÊNDICE
'constants
'main
q = .62194
p = 101325
lambda = 860
XE = .7
XS = .1
WS = .48
YE = .01
IA = .00037
IB = .8
tamb = 25.1
uramb = .52
yamb = q * uramb * ps(tamb) / (p - uramb * ps(tamb))
tg = 60
CLS
comeco:
'PRINT "Tg ("; CHR$(248); "C) ";
'INPUT tg
tbuamb = Twb(tamb, yamb)
ysatamb = q * ps(tbuamb) / (p - ps(tbuamb))
tbu = Twb(tg, yamb)
ysat = q * ps(tbu) / (p - ps(tbu))
rh = yamb * p / (q * ps(tg) - y * ps(tg))
entamb = hfg(tamb, tbuamb, yamb)
entgas = hfg(tg, tbu, ysatamb)
PRINT
PRINT "Aquecimento"
PRINT "URamb=!"; uramb * 100; "% "
PRINT "Tamb=!"; tamb; "!"; CHR$(248); "C ;! Yamb=!"; yamb *
1000; "!g w/kg ms"
PRINT "Entalpia amb=!"; entamb / 1000; "!kJ/kg"
PRINT "Tsat amb=!"; tbuamb; "!"; CHR$(248); "C ;! Ysat amb=!";
PRINT ysatamb * 1000; "!g w/kg ms"
PRINT " ==> Tbu=!"; tbu; "!"; CHR$(248); "C ;! Tg=!"; tg; "!";
CHR$(248);
END
rh = y * p / (q * ps(tg) - y * ps(tg))
IF rh > 1 THEN
PRINT "Acima da Satura"; CHR$(135); CHR$(198); "o!"
GOTO comeco
END IF
IF rh < 0 THEN
PRINT "Umidade Relativa Negativa!"
GOTO comeco
END IF
CLS
PRINT "Buscando";
tbu = Twb(tg, y)
PRINT "!"
BEEP
PRINT "Tg="; tg; CHR$(248); "C e Y="; y * 1000; "g w/kg ms ==>
Tbu"; tbu;
PRINT CHR$(248); "C ; UR="; rh * 100; "% "
PRINT
final:
INPUT "Quer calcular uma nova temperatura? (S/N) "; teste
IF teste <> "n" THEN IF teste = "s" THEN GOTO comeco ELSE GOTO
final
END
FUNCTION ps (u)
r = 22105649.25#
a = -27405.526#
b = 97.5413
c = -.146244
d = .00012558#
e = -.000000048502#
f = 4.34903
g = .0039381#
aa = (a + b * (u + 273.16) + c * (u + 273.16) ^ 2 + d * (u +
273.16) ^ 3 + e * (u + 273.16) ^ 4)
bb = (f * (u + 273.16) - g * (u + 273.16) ^ 2)
ps = EXP(aa / bb) * r
END FUNCTION
DO UNTIL (rh2 > rh1 - .003 AND rh2 < rh1 + .003)
aa = aa - .05
IF ((aa + 273.16) <= 338.72) THEN h = i - j * aa
ELSE h = (k - l * (aa + 273.16) ^ 2) ^ (1 / 2)
rh1 = w * p / (q * ps(z) - w * ps(z))
bb = (p * (q * h * ps(aa) - m * p * (z + 273.16) + m * ps(aa) * (z
+ 273.16) +
m * p * (aa + 273.16) - m * ps(aa) * (aa + 273.16)))
cc = ((q * h * p + m * n * p * (z + 273.16) - m * n * ps(aa) * (z
+ 273.16) –
m * n * p * (aa + 273.16) + m * n * ps(aa) * (aa +
273.16)) * ps(z))
rh2 = bb / cc
PRINT ".";
LOOP
Twb = aa
END FUNCTION