Servolution
Servolution
Servolution
www.edilan.com.br
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R523s
Rizzo,
Dino,
1964-
Servolution: inspirando uma revolução de
serviço na sua igreja / Dino Rizzo; prefácio
Por Craig Groeshel; [tradução de Idiomas &
CIA). - 1.ed. - Rio de Janeiro: Luz às Nações,
2015.
3082Kb ; ePUB
Tradução de: Servolution
Apêndice
ISBN 978-85-99858-63-9
1. Evangelização. 2. Diaconia. I. Título.
12-
3434.
Este livro é dedicado, em primeiro lugar,
ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo,
o maior servo de todos.
E também à minha esposa, DeLynn, o amor da minha vida.
E aos meus incríveis e lindos filhos,
McCall, Dylan e Isabella.
Em memória de meus pais,
Robert e Gloria Rizzo,
e também aos meus sogros,
Wayne e Dee Austin.
Ao povo da Healing Place Church
e a todos os pastores que ficaram acordados até tarde
e se levantaram cedo para servir e cuidar
das pessoas por quem Jesus morreu.
Prefácio
Agradecimentos
INTRODUÇÃO:
Não Podemos Deixá-la Escapar
1. O INÍCIO DE UMA Servolution:
Quarenta e Cinco Toneladas de Chá
2. Servolution ESTRATÉGICA:
Mata-ratos e Camisolas de Onça
3. A CULTURA DO SERVIÇO:
Uma Oportunidade Inesperada
6. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
UMA Servolution:
Uma Lição Aprendida na Sorveteria
9. PERMANECENDO NA ROTA:
Um Discurso, um Holofote e Um Período
O que é
uma
Servolution?
1. Uma
mudança
completa e
radical na
vida de uma
pessoa,
causada por
atos simples
de bondade
para a
glória de
Deus.
2. O Reino
de Deus na
terra assim
como no
céu.
3. Uma
revolução
na igreja
por meio do
serviço.
AS FAGULHAS VOAM
Uma das fagulhas iniciais desta servolution também
foi uma das experiências mais humilhantes da minha
vida. DeLynn e eu estávamos casados há apenas
alguns anos e visitávamos Houston durante um
importante momento de decisão em nossa vida.
Havíamos pedido demissão recentemente do nosso
cargo como pastores de jovens na igreja onde nos
conhecemos e passáramos vários meses palestrando
em igrejas e em acampamentos para jovens por todo
o país. Embora tivéssemos recebido alguns convites
de outros ministérios, não estávamos seguros de
onde exatamente Deus queria que estivéssemos.
Em outubro de 1993, estávamos na sala de visitas
do pastor John Osteen, fundador da igreja
Lakewood.3 O pastor Osteen era uma lenda para
muitas pessoas — inclusive para DeLynn e eu — e
ali estávamos nós, sentindo-nos privilegiados por
visitá-lo em sua casa com a família a quem ele tanto
amava. Eu estava fazendo todo o tipo de perguntas,
querendo aprender com aquele homem a quem tanto
respeitava quando, de repente, ele me surpreendeu
com a pergunta que me fez: “Filho, o que você quer
fazer? O que Deus colocou em seu coração e você
sente que deve fazer?”
Havia tantos pensamentos e sonhos que DeLynn e
eu estávamos tentando processar! A princípio, não
soube o que dizer. Não tínhamos tudo definido em
nossa mente, mas eu queria desesperadamente
conseguir explicar o que estávamos sentindo em
nossos corações. Então, quando comecei a
responder, tudo simplesmente jorrou do meu
interior. Foi um daqueles momentos em que você
nem sabe o que está dizendo; está tão cheio de
sonhos, de ideias e de perguntas, que não consegue
reter, e como uma represa que arrebenta, as palavras
fluem continuamente. Finalmente, fiquei sem
palavras para dizer. Havia colocado todas as cartas
na mesa.
Não sei como eu realmente esperava que ele
reagisse. Sinceramente não estava certo do que
havia acabado de dizer, mas de alguma maneira eu
esperava que ele tivesse algum grande conselho para
compartilhar comigo. Em vez disso, o Pastor Osteen
simplesmente olhou para mim. O silêncio foi
“ensurdecedor”, então comecei a repetir tudo que
havia dito na minha mente. Eu disse tudo aquilo em
voz alta? De repente, tive a sensação de um sonho
ruim, como se eu estivesse debaixo de um holofote
bem no meio da quadra de basquete, na abertura das
finais da NBA, usando apenas cuecas samba-canção.
Ah, cara, não quero nem imaginar o que o pastor
Osteen está pensando agora.
Então ele se levantou e saiu da sala.
Simplesmente se levantou e saiu! E eu fiz o que
qualquer bom marido faria naquela situação: passei
a responsabilidade para minha mulher. “DeLynn,
por que você não me interrompeu? Por que não me
deu aquela olhada, chutou minha canela, derramou
bebida em mim — qualquer coisa?”
Cara.
Depois de uma eternidade que durou três minutos,
ele voltou e me surpreendeu entregando-me um
cheque de quatrocentos dólares. Ele disse: “Eis o
que você precisa fazer. Você precisa abrir uma
igreja em Baton Rouge para alcançar os pobres e
sofredores. Eis o primeiro dízimo: estou lhe dando a
sua primeira oferta.” Ele havia ouvido os nossos
corações e teve a sabedoria de nos dizer o que
DeLynn e eu sabíamos dentro de nós que era o
desejo de Deus para a nossa vida.
E então, com seu jeito brincalhão, mas nem tanto,
ele me disse: “Agora, se você não abrir essa igreja,
vou fazer com que você vá para a cadeia por roubar
meu dinheiro.” Levei essas palavras muito a sério
enquanto levava comigo aquele cheque amarelo de
quatrocentos dólares assinado por John Osteen de
volta para Baton Rouge.
E foi assim. DeLynn e eu voltamos para casa para
fundar uma igreja, não porque John Osteen nos disse
para fazê-lo, mas porque ele tinha nos ajudado a
reconhecer o que Deus já havia colocado em nosso
coração, e ele nos ajudou a reunir a coragem para
nos levantarmos e fazer isso.
Aquele simples ato de nos entregar um cheque
mudou o rumo da nossa história. Olhando para trás,
foi uma das centelhas que deram início à nossa
servolution. Foi um momento de Deus para nós.
Conhecíamos a nossa missão. Tínhamos o nosso
mandato.
Sabíamos que tínhamos alguns desafios enormes
à frente, mas estávamos decididos a ter êxito. Baton
Rouge era uma comunidade com inúmeras pessoas
sofredoras. Era 1993, e a cidade ainda estava
cambaleando após diversos escândalos ministeriais
de amplo conhecimento público.4 Muitas pessoas
haviam aberto mão da igreja, e, o que é pior, haviam
desistido de Deus. Além disso, o estado da
Louisiana costuma figurar como um dos principais
estados com quase todas as categorias negativas:
pobreza, analfabetismo, desemprego e qualidade de
vida.
Nosso primeiro desafio aconteceu na primeira
reunião que ministrei em nossa nova igreja, e doze
pessoas compareceram. Depois que preguei, cinco
delas foram embora. Fiz as contas e calculei que se
minha pregação continuasse a fazer a nossa
frequência cair 42% a cada culto, eu teria apenas
mais duas semanas até que o lugar ficasse vazio.
Que ótimo.
É desnecessário dizer que ficamos muito
desanimados, então DeLynn e eu decidimos afogar
as nossas mágoas provando cada um dos trinta e um
sabores de sorvetes de uma famosa sorveteria da
cidade. Entretanto, nosso desânimo não durou
muito, porque em algum momento por volta do
sabor vinte e sete, nós lembramos por que havíamos
entrado naquilo, para início de conversa. Sabíamos
que Deus tinha nos chamado para amar e ajudar os
pobres e os sofredores, e decidimos que,
independentemente de quantas pessoas fossem à
igreja (ou a deixassem), não jogaríamos a toalha.
Não íamos nos importar com a quantidade; íamos
simplesmente fazer a nossa parte para amar e servir
as pessoas, e deixar o crescimento da igreja com
Deus.
Preparamos uma tática para a semana seguinte
que consistia de uma jogada estratégica: fazer tudo
que pudéssemos para ajudar as pessoas da nossa
comunidade. Parece bastante simples, mas como se
começa com algo assim? Começamos a vasculhar os
jornais para descobrir o que estava acontecendo na
comunidade. Tentamos identificar as pessoas a
quem ninguém mais estava servindo, em quem
ninguém mais estava pensando. Quais eram as
necessidades? Quem estava sendo ignorado? A
quem os outros não estavam querendo servir ou
simplesmente não podiam ajudar? Logo que
começamos a procurar, foi fácil encontrar pessoas
que estavam prontas para uma servolution, e
começamos a servi-las de todas as maneiras que
podíamos. Entramos em contato com as
organizações que estavam realizando grandes
eventos e perguntamos se podíamos ajudá-las na
limpeza após o evento. Encontramos casais que
haviam acabado de se tornar pais e levamos fraldas e
latas de leite especial para recém-nascido. Visitamos
pessoas idosas que estavam doentes e cozinhamos
para as famílias das pessoas que estavam
hospitalizadas. E logo uma coisa começou a levar a
outra.
SIRVA A ALGUÉM
Por se tratar de uma igreja nova e muito pequena,
não havia muito trabalho administrativo a ser feito.
Certo dia, eram apenas dez da manhã e os dois itens
da lista de tarefas do dia já estavam realizados: eu
havia cortado a grama da igreja e ligado o aparador
de relva. Em vez de ficar simplesmente sentado ali,
decidi colocar mãos à obra servindo alguém. Li
alguns cartões que os visitantes da igreja haviam
preenchido e soube que uma das senhoras era viúva
e estava morrendo de câncer.
Fui ao mercado, comprei um buquê de flores por
sete dólares, e depois um casal do nosso ministério
foi até lá e disse a ela que nós a amávamos. Não era
nada sofisticado, mas aquele simples ato de bondade
significava muito para ela. Ficamos sentados
conversando por um bom tempo e quando
estávamos saindo, ela disse: “Tenho algumas amigas
que também são viúvas. Vocês poderiam visitá-las
também?” Assim, na semana seguinte visitamos
quatro viúvas, depois dez viúvas na semana
posterior, e a quantidade de viúvas que receberam
visita começou a aumentar desde então.5
E logo descobrimos algo: cada uma daquelas
senhoras tinha uma família com necessidades,
pronta para ser ajudada. “Vocês poderiam ligar para
o meu filho? Ele precisa vir para a igreja.” “Vocês
poderiam ligar para as minhas filhas? Elas amariam
fazer parte de uma igreja como esta.” À medida que
servíamos, abrindo caminho para entrar na vida
daquelas viúvas, o mundo delas se abria para nós,
juntamente com mais pessoas e mais oportunidades
de demonstrar o amor de Jesus. Quando nos demos
conta, notamos que havia cem pessoas na nossa
igreja, depois duzentas, e o número continua
crescendo. A pregação, a música e os cânticos eram
os mesmos, mas crescemos porque estávamos
comprometidos em servir às pessoas da nossa
comunidade uma a uma. A nossa atitude era “tudo
que for preciso, sempre que for preciso”. Agora sei
que esse tipo de coração disposto a abençoar outros
generosamente é o catalisador perfeito para uma
servolution. Jesus também disse isso da seguinte
maneira: “Mais abençoado é dar do que receber.”6
À medida que novas pessoas vinham à igreja,
novas necessidades e novas oportunidades de servir
vinham junto com elas. Eu estava em uma reunião
de oração certa noite, quando uma mulher levantou a
mão e disse: “Meu namorado acaba de me deixar.
Preciso me mudar do nosso apartamento amanhã e
não tenho um caminhão ou qualquer tipo de ajuda.”
O líder disse: “Bem, estaremos orando por você.”
Eu estava sentado nos fundos da sala pensando: Esta
mulher precisa de mais que uma oração; ela
também precisa de uma caminhonete. Como
podemos conseguir um caminhão para ela e alguns
voluntários que tenham braços fortes?
No dia seguinte, reuni alguns homens e
aparecemos no apartamento dela com um caminhão
pronto para ajudá-la a se mudar. Dentro de duas
horas havíamos empacotado tudo e, antes da hora do
almoço, tínhamos mudado aquela mulher com seu
bebê para a casa de seus pais. Ela ficou tão grata e
tocada com aquele ato tão simples, que começou a
frequentar nossos cultos fielmente. E quando sua
família soube que uma igreja havia cuidado de sua
filha e sua neta sem pedir nada em troca, eles
começaram a vir à igreja. Então a ficha caiu:
podíamos realmente alcançar muitas pessoas assim!
Certamente, as notícias se espalharam e acabamos
ajudando uma grande quantidade de mães solteiras
durante os meses que se seguiram.
Outra maneira pela qual começamos a ajudar as
pessoas da nossa comunidade foi realizando
casamentos para pessoas que não eram da nossa
igreja e até mesmo para aquelas que ainda não eram
crentes. A nossa ideia foi que faríamos os
casamentos desde que eles concordassem em
frequentar determinada quantidade de horas de
aconselhamento pré-nupcial, durante as quais
deixaríamos a mensagem do Evangelho muito clara.
O resultado foi que muitos dos casais acabaram
entregando suas vidas a Cristo durante o processo, e,
por causa disso, ainda usamos essa abordagem hoje
como uma maneira de alcançar a nossa comunidade.
Certamente recebemos alguns ataques por sermos
tão “pouco espirituais a ponto de permitir que
pagãos se casem na nossa igreja”, mas nunca
lamentamos ter feito isso nem mesmo por um
instante.
Um dos casais que casamos foi um jogador de
futebol da universidade da Louisiana (LSU)
chamado Kevin e uma garota chamada Tracy, que
havia sido colega de DeLynn no colegial. Tracy
vinha de uma família cristã muito forte, mas estava
tendo dificuldades na sua caminhada com Cristo, e
Kevin não estava sequer pretendendo ser um cristão.
Mas quando eles nos pediram para casá-los, nós o
fizemos. Eles participaram das sessões, mas não
estavam prontos para entregar suas vidas a Cristo.
Depois do casamento, raramente ouvimos falar
deles. Kevin continuou jogando futebol na liga
nacional de futebol americano, e eles moravam fora
da cidade na maior parte do tempo. Até que um dia,
Kevin telefonou e disse que precisava falar comigo.
Seu irmão havia morrido em um acidente de carro, e
Kevin tinha várias perguntas sobre Deus que ele
queria me fazer. Ele disse que eu era a única pessoa
em quem ele conseguia pensar que poderia ajudá-lo.
Quando nos encontramos, Kevin começou a ler
em um caderno cheio de perguntas sinceras e
difíceis que ele havia anotado. Depois de alguns
minutos, interrompi-o e disse: “Kevin, não consigo
nem começar a responder a todas as perguntas que
você tem, mas creio que você já entendeu muitas
dessas coisas. Parece que o que está lhe faltando é
exatamente a disposição de colocar a sua fé em Deus
e de confiar sua vida a Ele.” Alguns minutos depois,
estávamos orando juntos enquanto ele entregava sua
vida a Jesus.
O que teria acontecido se tivéssemos dito a Kevin
e a Tracy que não os casaríamos porque eles não
faziam parte da nossa igreja ou não estavam vivendo
uma vida dedicada a Deus? Não haveria como eles
virem até nós quando estavam enfrentando uma
crise em suas vidas. Mas graças a Deus, eles o
fizeram. Hoje, Kevin joga para os Titãs do
Tennessee e é presidente da associação dos
jogadores da liga nacional. E o que é mais
importante, Tracy e ele estão vivendo um
testemunho fantástico da graça e da misericórdia de
Deus.7
Parecia que quanto mais servíamos de diversas
maneiras, mais as pessoas da igreja começavam a
trazer ideias criativas para alcançarmos nossa
comunidade. Uma das senhoras da igreja mencionou
que ela achava que seria bom se fizéssemos uma
refeição para todos depois do culto de domingo. Ela
tinha em mente um jantar tipo comida caseira, para
o qual cada família traria um prato. Mas você e eu
sabemos que muitas pessoas usam esse tipo de jantar
como uma oportunidade para experimentar novas
receitas, coisas do tipo sopa de carne enlatada, torta
de feijão preto com manteiga de amendoim etc. E na
Louisiana, as coisas podem ficar ainda mais
assustadoras; já vi pratos ainda mais malucos, como
molho de cabeça de esquilo, bolo de sobras da Nana
Thibordeaux e chouriço po-boys. Não, um jantar
Cajun típico da Louisiana em que cada um levaria
um prato não estava me parecendo uma boa ideia.
Entretanto, eu era a favor de servir uma refeição,
porque, afinal, nós estávamos na Louisiana, onde as
pessoas simplesmente não sabem se reunir sem
comer.
Então, fomos em frente com o plano de um jantar
para toda a igreja, mas decidimos dar uma direção
ligeiramente diferente ao conceito. Nossa ideia era
abençoar as pessoas com um bom jantar gratuito.
Dissemos a todos que deixassem suas receitas de
cabeça de porco com queijo em casa e que
simplesmente aparecessem; a refeição ficaria por
nossa conta. Compramos o que parecia ser uma
tonelada de comida, e três sujeitos da igreja serviram
como nossos chefs de cozinha. Foi um tremendo
sucesso. As pessoas ficaram empolgadas em vir à
igreja e receber uma refeição gratuita (e deliciosa).8
Estávamos aprendendo que sempre que você
descobre alguma coisa que supre uma necessidade e
faz com que as pessoas fiquem empolgadas em vir à
igreja, provavelmente é algo que vale a pena fazer.
Estávamos
aprendendo
que sempre
que você
descobre
alguma coisa
que supre uma
necessidade e
faz com que as
pessoas
fiquem
empolgadas
em vir à
igreja,
provavelmente
é algo que vale
a pena fazer.
DOE
Nossa reação em cadeia continuou depois que a
estação de rádio nos rotulou como “a igreja que dá
coisas” e recebemos uma ligação de um empresário
local cuja empresa trabalha com fornecimento de
pesticidas. Ele tinha dois paletes extras de mata-
ratos no seu depósito e queria saber se queríamos
doá-los. Doar veneno para ratos?, pensei. Mas antes
que me desse conta, eu me ouvi dizendo: “É claro,
por que não? Obrigado!”, ainda sem entender direito
onde estava me metendo.
Tínhamos um voluntário fiel chamado Mark
Stermer2 que sempre aparecia na igreja nos seus dias
de folga, dirigindo uma enorme caminhonete. Assim
que ele chegou, fomos até o depósito e enchemos a
carroceria da caminhonete com os dois paletes de
mata-ratos. Ora, talvez você não saiba disso, mas
aqueles venenos tipo iscas não são muito leves, e a
caminhonete de Mark quase se arrastava no chão
com tanto peso. Começamos levando um pouco para
a igreja porque, para ser sincero, precisávamos de
mata-ratos por lá tanto quanto qualquer pessoa.
Tínhamos muitos ratos de igreja naquela época, e
ainda temos hoje.
Depois, começamos um evangelismo que teria
deixado o Flautista de Hamelin de fora do negócio.
Visitamos os bairros, os estacionamentos de trailers,
as empresas, alguns lagos, indo de porta em porta
oferecendo veneno para ratos grátis. Dizíamos:
“Olá, somos da igreja Healing Place. Uma empresa
nos deu este mata-ratos gratuitamente e queríamos
abençoar você com um pouco caso você necessite.”
Demorou muito, muito tempo para doar todas
aquelas iscas, mas fizemos isso. Aqueles que
precisavam delas ficaram empolgados em aceitar um
pouco. Os que não precisavam ficaram com uma boa
impressão com respeito ao coração daquela igreja
local.
Cada um dos voluntários ficou animado!
Descobrimos que quanto mais dávamos coisas, mais
coisas recebíamos para doar. Que tal? Quem teria
imaginado que distribuir todo aquele mata-ratos era
apenas o começo da distribuição de muitos outros
bens gratuitos?
Temos um amigo3 que naquela época estava
trabalhando para um ministério que servia como um
enorme refeitório às cidades do interior de todo o
país. Ele conhecia pessoas que lhe forneciam
carregamentos de uma grande variedade de bens:
exatamente os mesmos tipos de coisas que você
poderia escolher em um supermer-
cado. Ele ouviu falar sobre as doações que
estávamos fazendo, então telefonou e perguntou se
queríamos distribuir carregamentos desses itens à
medida que eles se tornassem disponíveis.
Pensei: Bem, se podemos doar veneno para ratos,
certamente podemos doar alimentos e artigos de uso
doméstico diário. Ele nos levou a sério e logo nos
enviou um caminhão carregado de bananas. Você já
calculou quantos cachos de bananas podem caber
dentro de um pequeno caminhão? Eu contei. Um
caminhão pequeno pode comportar, exatamente,
uma quantidade enorme!
Enchemos os nossos carros de bananas e as
levamos para pessoas que precisavam de alimento,
mas mesmo depois de horas fazendo isso, ainda
havia mais bananas para serem doadas. Telefonamos
para todos os nossos amigos e pedimos a eles que
viessem e enchessem seus carros para que pudessem
distribuir algumas. Ainda havia mais bananas para
serem doadas. Comecei a pensar que talvez não
fosse uma boa ideia, pois um caminhão de bananas
parado por alguns dias no calor da Louisiana não
seria uma visão (ou um cheiro) muito agradável.
Então, fizemos algo que naquele momento foi
inovador. No calor do momento, telefonamos para
tantas igrejas e organizações quantas conhecíamos e
pedimos a elas que levassem algumas das bananas a
fim de colocá-las nas mãos das pessoas que
precisavam de uma bênção. Finalmente,
descarregamos o equivalente a uma floresta de
bananas, e muitas pessoas da nossa comunidade
receberam sua dose diária de potássio naquele dia.
Por mais êxito que esse serviço de assistência
tenha tido, decidimos que se quiséssemos continuar
com projetos de doações daquele gênero e aumentá-
los para poder lidar com quantidades ainda maiores
de produtos, precisávamos ter um plano:
• Organização.
Precisávamos que as
doações fossem
focadas e organizadas,
e não aleatórias e
descuidadas. Não
queríamos lançar
produtos gratuitos
distraidamente para as
pessoas enquanto elas
estivessem passando
por acaso e ver os
produtos acabarem no
lixo. Queríamos ter
como alvo as áreas e
os grupos de pessoas
que se beneficiariam
ao máximo dos
produtos.
• Inclusão.
Reconhecíamos o
valor de ter
relacionamentos
saudáveis com outras
igrejas e organizações,
e aprendemos muito
depressa que incluí-las
nos nossos planos para
essas doações era uma
excelente maneira de
iniciar
relacionamentos com
muitas delas. Então
desenvolvemos uma
lista de contatos em
vários lugares, para
quem poderíamos
ligar quando
precisássemos de
ajuda com a
distribuição.
• Doações sem
restrições. O objetivo
da nossa servolution
sempre foi demonstrar
o amor de Jesus, e não
fazer com que as
pessoas achassem que
agora nos deviam
alguma coisa e
precisavam ir a um
culto. Não me entenda
mal, tentamos ao
máximo deixar bem
claro de onde éramos
para que elas
soubessem que, na
realidade, era Deus
quem as estava
abençoando. Mas,
independentemente do
fato de algum dia
virem a entrar na
nossa igreja,
queríamos que elas
entendessem que tanto
Deus quanto a nossa
igreja as amavam e
acreditavam nelas.
1. Motivo para o
serviço. Quando
doamos sem
restrições, isso
demonstra que o nosso
amor é autêntico e não
motivado pelas nossas
necessidades, mas
pelo desejo de suprir
as necessidades de
outros. Qual é a
motivação para o seu
serviço?
2. Recursos não
utilizados. Se nossa
igreja pode doar
veneno para ratos, isso
prova que você pode
doar praticamente
qualquer coisa. Que
recursos a sua igreja
ou alguém da sua
igreja pode ter que
esteja disposto a
oferecer? Quais são os
recursos que você tem
na sua igreja que não
estão sendo
utilizados? Que
talentos, dons e
recursos você pode
começar a doar?
3. Parcerias
eclesiásticas.
Trabalhar com outras
igrejas é uma parte
essencial da
servolution
estratégica. Quais são
algumas das igrejas e
ministérios com os
quais você poderia
entrar em parceria
para servir?
A CULTURA DO
SERVIÇO
UMA OPORTUNIDADE
INESPERADA
1. Reputação na
comunidade. Servir
com consistência
edifica sua confiança e
sua credibilidade para
com a sua comunidade
local. Como você
caracterizaria a
reputação da sua igreja
ou do seu ministério
na comunidade?
2. Visão global. Toda
servolution destina-se
a ter um impacto em
larga escala. Até que
distância a sua visão
alcança? Onde você
está servindo local,
nacional e
internacionalmente?
Para onde Deus o está
desafiando a expandir
a sua visão?
3. Preparado para
uma crise. Nunca
sabemos quando
podemos ser
chamados para servir
em uma situação de
crise. Você tem um
plano de reação
preparado para ser
colocado em prática
em uma crise? Que
produtos você tem que
ajudariam em uma
crise na sua
comunidade
(instalações de
cozinha, área para
abrigo, depósito,
serviços de
aconselhamento, base
para voluntários)?
A Servolution TEM TUDO
A VER COM JESUS
QUATRO PAREDES
E UM ESCRAVO
Todos os relatos
descrevem Jesus
vivendo de uma
maneira
extraordinariamente
generosa no que se
refere a tempo,
presença, sabedoria,
recursos, compaixão
e, é claro, serviço.
Ele procurava servir
à humanidade com
determinação, até
mesmo a ponto de
suportar a cruz.
Tudo começou com Jesus deixando a glória do
céu para vir à terra e entregar Sua vida por aqueles
que Ele criou. Verifique o que Paulo escreveu aos
Filipenses: “[...] mas Jesus pôs de lado seu imenso
poder e sua glória, ocultando-se sob a forma de
escravo e tornando-se como os homens.” 4 Se Ele
demonstrou amor por você e por mim de uma
maneira tão irrestrita, quanto mais não deveríamos
nós permitir que nossa vida seja um reflexo do Seu
amor por todas as pessoas do nosso mundo,
inclusive os esquecidos, os rejeitados, os solitários,
os pobres e os que sofrem?
Não somos nada. Ele é tudo. Ele se tornou nada e
nos serviu como se fossemos alguma coisa. Ele
entregou o Seu tudo pelo nosso nada. Quanto mais
não deveríamos nós, sendo nada, servir aqueles que
Ele considera ser alguma coisa que vale tudo?
Quando entregamos nossa vida como seguidores
de Jesus, recebemos não apenas vida verdadeira e
eterna, mas também o próprio coração de Deus
dentro de nós. Essa é a troca que Deus realiza dentro
de todas as pessoas. Com toda a Sua vida, Jesus
demonstrou esse coração de servo. Ele expressou
esse coração da seguinte maneira em Mateus 20:28:
“Como o Filho do homem, que não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos.” Quando Ele entra na nossa vida, servir
se torna parte do nosso DNA. Realmente não
podemos ignorar isso ou colocar essa ideia de lado;
fazer isso seria negar o nosso próprio coração,
porque agora é parte de quem somos. Ser um cristão
que não ama servir é como fazer uma moqueca de
camarão sem o camarão. Que graça tem?
Quando olho em volta, para a congregação da
igreja Healing Place, sou abençoado ao ver o
crescimento e a maturidade do povo. Posso ver a
verdadeira prosperidade de Deus, não apenas em
termos financeiros, mas em termos de família, saúde
e amizades também. Isso é evidente na vida deles.
Creio que isso acontece porque eles se envolveram
pessoalmente em uma servolution. Eles não ficaram
satisfeitos em ver uma necessidade e esperar que
alguém fizesse alguma coisa a respeito, e porque se
alistaram nessa servolution, eles passaram a se sentir
energizados e edificados interiormente. Quando nós,
como corpo de Cristo, servimos juntos, nós
crescemos juntos. Quando expressamos o amor de
Cristo aos outros, nós mesmos somos renovados e
fortalecidos.5
4. A servolution nos lembra de que tudo se
resume a Ele, e não a nós. A última parte da
resposta à pergunta de como a servolution afeta o
crescimento de uma igreja é que ela nos lembra de
que nada disso tem a ver conosco; tudo se resume a
Jesus.
Não creio que Jesus tenha deixado uma cidade no
mesmo estado em que ela estava quando Ele chegou.
Estou certo de que houve momentos em que Ele foi
capaz de entrar em uma nova aldeia relativamente
sem ser percebido, mas assim que Ele começava a
fazer o que havia ido fazer — amar as pessoas,
servir às pessoas — era deflagrada uma servolution,
e Ele e todos os Seus discípulos eram cercados por
enormes multidões. O mundo esteve e sempre estará
faminto por uma demonstração de doação sincera.
Se o serviço for puro e autêntico, muitas pessoas
serão atraídas a ele.
A igreja Healing Place nunca se resumiu a receber
elogios ou a manter uma sala de troféus bem ao lado
do salão principal para expor as placas e
recompensas por seus serviços. Na verdade, é
provavelmente por isso que recebemos alguma
atenção às vezes — porque não saímos procurando
por isso. Descobrimos que se focarmos
simplesmente na parte do serviço e deixarmos os
resultados com Deus, o impacto sobre todos os
envolvidos será sempre o melhor. Além disso, houve
vezes em que Deus nos posicionou sabiamente para
estarmos no lugar certo para o próximo passo no
nosso destino. Creio que isso aconteceu porque
nossos olhos estavam inteiramente voltados para
servir às pessoas que nos cercam.
Há alguns anos, um homem que era membro da
nossa igreja e também detetive do Departamento de
Polícia de Baton Rouge foi morto tragicamente no
exercício do dever durante uma incursão contra as
drogas. Toda a nossa cidade ficou em choque.
Estávamos em Baton Rouge, um lugar onde esse
tipo de coisa não é comum.6 Tive a honra de
ministrar no funeral do Detetive Terry Melancon7
em nossa igreja, e as nossas equipes de funcionários
e voluntários estavam preparadas e dispostas a
ajudar de todas as maneiras possíveis. Sabíamos que
uma grande multidão de pessoas que amavam Terry
estaria presente, todos eles sofrendo terrivelmente
com a perda, e estávamos decididos a oferecer um
serviço “cinco estrelas” em todas as áreas.
Por causa das centenas de policiais, bombeiros,
socorristas, médicos de emergência e autoridades
municipais que estariam presentes, percebemos que
aquela ocasião iria ministrar a muito mais pessoas
do que havíamos imaginado anteriormente. Além
disso, muitas pessoas da comunidade queriam
demonstrar o seu apoio sincero à família de Terry e
aos nossos policiais que garantem o cumprimento da
lei. O resultado foi que o funeral logo se
transformou em uma reunião de toda a cidade, que
seria transmitida ao vivo pela tevê. De repente, nos
havia sido dada uma oportunidade incrível não
apenas de ministrar à família de Terry, mas também
de compartilhar o amor de Jesus com uma
comunidade que estava sofrendo.
Eu estava tão nervoso quando cheguei à igreja
naquela manhã de sábado que minhas mãos não
paravam de tremer. Senti o peso da responsabilidade
da parte de Deus de ministrar naquela situação, e eu
sabia que o culto estaria sendo transmitido em toda a
nossa mídia local. Eu tinha total confiança na
capacidade de toda a nossa equipe de amar e servir
às muitas pessoas que estariam vindo, mas eu estava
começando a ficar inseguro quanto a mim mesmo.
Pensei: Nunca poderei fazer isto direito. Vou
gaguejar e confundir as palavras. Vou sufocar e
decepcionar a todos, e vou ficar constrangido.
Lembro-me de colocar a cabeça em minhas mãos
logo antes do funeral e de pedir a Deus coragem e
força. Senti Jesus falando estas duas coisas comigo:
“Vá e apenas ministre à família de Terry; mostre o
Meu amor a eles. E não me decepcione; certifique-se
de entregar o evangelho simples enquanto fala,
porque, no fim das contas, é isso que importa.”
Ah, sim... isto não tem a ver comigo, pensei, tem a
ver com Jesus. (Às vezes temos de lembrar a nós
mesmos o propósito principal do que fazemos.)
Ah,
sim...
isto não
tem a
ver
comigo,
pensei,
tem a
ver
com
Jesus.
Houve uma poderosa presença de Deus durante
todo o funeral, e a igreja Healing Place pôde
oferecer o nosso amor às centenas de pessoas
presentes fazendo o que fazemos melhor: servindo
com uma extrema generosidade. Pudemos construir
confiança e relacionamentos com as autoridades da
nossa cidade de uma maneira muito pessoal, e
fizemos o nosso melhor para que cada um deles
sentisse o amor de Deus, enquanto nós os
honrávamos e servíamos.
Quando nos lembramos de que servir não tem a
ver conosco, mas com Ele, Jesus usou a nossa
servolution para nos fazer crescer. Mais uma vez, o
que não sabíamos era como, simplesmente nos
envolvendo na nossa servolution, cuidando dos
nossos servos civis e autoridades do governo durante
esse tempo de luto, Deus estava construindo as
pontes necessárias para que passássemos para o
próximo nível no nosso destino. Nós não
pretendíamos alcançar isso, mas a cobertura positiva
da mídia, o reconhecimento do nosso serviço e os
novos relacionamentos que formamos com policiais,
bombeiros e técnicos em emergências médicas
estavam nos posicionando exatamente onde
precisávamos estar para servir durante o tempo de
maior necessidade da Louisiana. Apenas uma
semana após o funeral de Terry, nosso estado foi
atingido pela crise mais devastadora da história e,
pela graça de Deus, a igreja Healing Place
desempenhou um papel-chave na reação imediata a
essa devastação.
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
Como líderes, nunca
precisaremos nos preocupar
em fazer nossas
organizações crescerem se
tivermos nos envolvido em
um estilo de vida voltado
para dar e servir às pessoas
que nos cercam.
Portanto, não se
preocupem, dizendo:
“Que vamos comer?”
ou “Que vamos
beber?” ou “Que
vamos vestir?” Pois os
pagãos é que correm
atrás dessas coisas;
mas o Pai celestial
sabe que vocês
precisam delas.
Busquem, pois, em
primeiro lugar o Reino
de Deus e a sua
justiça, e todas essas
coisas lhes serão
acrescentadas.
Portanto, não se
preocupem com o
amanhã, pois o
amanhã trará as suas
próprias
preocupações. Basta a
cada dia o seu próprio
mal.
— Mateus 6:31-34
1 Tomada de decisões.
Quando você decide
sobre as ações ou
projetos nos quais sua
igreja irá se envolver,
qual nível de
importância você dá
ao potencial de cada
projeto para exercer
um impacto direto na
frequência de sua
igreja?
2 Cultivar uma
mentalidade de Reino.
Como você está
cultivando uma
mentalidade de Reino
na sua servolution?
Você estaria disposto
a investir recursos em
um evento se ele
ocasionasse o
crescimento de outra
igreja? Por que sim ou
por que não?
3 Dar glória a Deus.
O que significa para
você “dar glória a
Deus” em cada evento
assistencial que
financia?
4 Celebrar. Como a
sua organização
dedica tempo para
celebrar e agradecer a
Deus pela cura e pelo
crescimento que
ocorrem durante os
eventos?
O FURACÃO KATRINA
O DIA EM QUE
AS BARRAGENS
ROMPERAM
CPR COMPAIXÃO
Como eu disse antes, é impressionante o que pode
ser realizado quando ninguém se importa com quem
vai levar o crédito.2 Creio que essa atitude foi o que
permitiu que o corpo de Cristo se levantasse para um
de seus melhores momentos diante do furacão
Katrina. Pelo fato de a equipe e os líderes da igreja
Healing Place serem tão bem equipados para lidar
com os seus planos imediatos de socorro depois da
tempestade, decidi ficar fora do caminho deles e
concentrar minhas energias em manter os pastores e
as igrejas em comunicação e bem coordenados.
Estava claro para todos que o trabalho que tínhamos
diante de nós exigiria muito mais do que um único
governo, cidade ou organização ministerial poderia
lidar isoladamente. Todos nós precisaríamos
trabalhar juntos.
Mais de quatrocentas e cinquenta igrejas da
Louisiana já estavam em contato pelo CPR
(Conselho Pastoral de Recursos), uma coalizão de
igrejas e ministérios que havíamos ajudado a formar
vários anos antes de lidarmos com os desafios
sociais e econômicos em todo o estado. Na manhã
de terça-feira depois do rompimento das barragens,
eu estava em contato com diversas igrejas-chave do
CPR, e juntos decidimos ligar para todos os pastores
que conhecíamos, independentemente da
denominação ou afiliação, e convidar todos eles para
se unirem para trabalhar no nosso plano de socorro.
Na quinta-feira (apenas três dias depois que o
furacão atingiu Nova Orleans) mais de quatrocentos
pastores atenderam ao chamado, deixaram tudo e
compareceram para atuar em nossa estratégia de
reação abrangente.
Estava claro
para todos
que o
trabalho que
tínhamos
diante de nós
exigiria muito
mais do que
um único
governo,
cidade ou
organização
ministerial
poderia lidar
isoladamente.
Todos nós
precisaríamos
trabalhar
juntos.
Os pastores Larry Stockstill3, Jacob Aranza4 e eu
nos unimos para dirigir a reunião, e dissemos ao
grupo de pastores: “Há uma tragédia no nosso
estado. Não vamos nos preocupar com a nossa
logomarca, com o nosso ego, com o nosso estilo de
adoração ou com quaisquer das nossas diferenças.
Vamos nos unir como o corpo de Cristo para ajudar
e amar as pessoas.” Todos subiram a bordo. A partir
daquela reunião, formamos a CPR Compaixão, e
com a ajuda de um empresário local, ela recebeu o
status de não lucrativa, dando-nos a capacidade de
receber e distribuir recursos para servir ao nosso
estado nos dias após o Katrina. Diversas igrejas
representadas naquele dia alocaram um ou mais
membros da sua equipe para ajudar a coordenar os
esforços do CPR Compaixão, e todos nós unimos
nossos recursos e trabalhamos como uma unidade.
Com tantas igrejas envolvidas, queríamos garantir
que não estávamos duplicando os esforços uns dos
outros e que nada nem ninguém estava sendo
negligenciado. E-mails diários eram enviados para
todos, trocando informações sobre as necessidades
que estavam sendo atendidas pelas igrejas e pelos
ministérios em particular. Foi verdadeiramente um
ótimo exemplo de cada membro do corpo de Cristo
trabalhando como uma parte vital do todo. Quase
noventa igrejas de Baton Rouge abriram suas
instalações para se tornarem abrigos para as dezenas
de milhares de vítimas desabrigadas do furacão,
algumas (como a Bethany World Prayer Center)
abrigando até oitocentas pessoas de uma vez, e
outras abrigando grupos que variavam de vinte a
trezentas e cinquenta pessoas. Todas as igrejas
desempenharam o seu papel: algumas cozinhavam
para os trabalhadores da cidade; outras
concentravam seus esforços ficando nas docas com
cobertores e alimentos para as pessoas que estavam
sendo resgatadas de suas casas. Algumas se
juntaram à Cruz Vermelha e forneciam serviços de
saúde, exames e raios-X, enquanto outras ajudavam
as pessoas recentemente desabrigadas a se
reencontrarem com os membros de suas famílias que
haviam se espalhado em meio ao caos. Havia
vítimas que tinham perdido bolsas ou carteiras e que
precisavam de novos documentos; algumas
precisavam de aconselhamento em meio às emoções
da perda de seus entes queridos e de suas
propriedades, e outras simplesmente estavam
precisando desesperadamente de um banho. Fosse
qual fosse o caso, o CPR Compaixão estava pronto
para encontrar uma maneira de suprir as
necessidades das pessoas pela vasta gama de
relacionamentos que ele representava. Foi lindo!
Já que a minha responsabilidade era manter
informações detalhadas fluindo entre todos esses
pastores, eu estava me encontrando diariamente com
diversas pessoas. Eu as mantinha atualizadas acerca
do que os outros estavam fazendo, e depois
transmitia as informações deles. Isso ajudou a
coordenar organizações que precisavam umas das
outras a fim de ter êxito na sua missão. Algumas
vezes, eu me sentia como um controlador de tráfego
aéreo, tendo de administrar tantas dinâmicas e
necessidades e quais deveriam ser as reações
adequadas a elas. Além disso, eu queria me
certificar de que não houvesse pastores que estavam
sendo deixados de fora da sequência de
comunicação ou que precisavam de recursos, mas
não estavam sendo ouvidos.
O CPR
Compaixão
conseguiu
canalizar um
volume
extraordinário
de recursos e
voluntários nas
áreas mais
atingidas da
região e vimos
resultados
surpreendentes.
Começando em
29 de agosto de
2005, e nos
duzentos dias
seguintes, o
CPR
Compaixão
pôde realizar o
seguinte:
15 igrejas
foram
reabertas em
Nova Orleans
42 igrejas
estavam sendo
reformadas
500
organizações
ligadas à fé
foram
associadas em
uma rede
684
conselheiros e
capelães foram
treinados e
colocados na
obra
1.587
caminhões de
entregas foram
enviados
5.952 consultas
médicas foram
facilitadas
14.092
voluntários
foram
destacados
490.379 horas
de voluntários
foram
catalogadas
2.853.100
pessoas foram
servidas nos
locais de
socorro
27.787
toneladas em
recursos foram
distribuídas
Enquanto o CPR Compaixão estava ajudando a
coordenar o esforço combinado, a igreja Healing
Place estava a pleno vapor para realizar a nossa
parte. Todos os nossos espaços e ministérios
estavam intensamente envolvidos. O espaço do
nosso anexo5 não apenas se tornou o quartel-general
do CPR Compaixão, como também serviu como
uma clínica médica temporária em pleno serviço.
Dois dos nossos centros serviram como abrigos,
hospedando trezentas pessoas por quase trinta dias,
enquanto outro espaço servia como um consulado
para esforços de socorro para a nossa comunidade
de língua espanhola.
O nosso maior centro (conhecido como campus
Highland) se tornou um dos três pontos principais
do CPR Compaixão de nossa região para a
distribuição de alimento, água e de outros
suprimentos de socorro necessários em Nova
Orleans. Em apenas três meses, o campus Highland
distribuiu quatrocentos e dezoito carregamentos
cheios de todo tipo de produtos que você possa
imaginar. A nossa equipe Cozinhando para Cristo
também fez um trabalho tremendamente árduo ao
distribuir mais de quarenta mil refeições gratuitas
nos primeiros vinte e um dias. De uma maneira
geral, servimos mais de cem mil refeições, e
também fornecemos alimentos para outras
organizações e abrigos que não tinham instalações
para cozinhar, mas precisavam alimentar as pessoas
que estavam vivendo ali.
O nosso campus Highland foi preparado
estrategicamente para lidar com as necessidades das
pessoas tão eficientemente quanto possível. Em uma
área do nosso campus de sessenta acres, estávamos
servindo comida quente o dia inteiro para centenas
de pessoas a qualquer hora. Havia mesas e cadeiras
montadas e muitos cobertores para as pessoas se
sentarem na grama e comer. Em outro canto do
nosso campus localizava-se o centro de distribuição,
no qual cerca de vinte a cinquenta caminhões cheios
de produtos estavam prontos para serem
distribuídos: fraldas, assentos de carro para crianças,
roupas, sapatos, artigos de higiene, toalhas,
ferramentas, brinquedos, pequenos utensílios,
muletas, andadores, cadeiras de rodas — e a lista
não termina. As pessoas que precisavam de ajuda
chegavam, se registravam e explicavam as suas
necessidades. Um voluntário as conduzia pelo centro
de distribuição e lhes dava o que quer que
necessitassem. Começávamos às seis da manhã e
terminávamos depois da meia-noite, e durante todo
o tempo havia um fluxo constante de pessoas
preciosas que estavam em grande necessidade em
meio a uma terrível tragédia.
Palavras não podem descrever como me senti
quando vi a nossa igreja — toda a nossa igreja —
servindo a tantas pessoas por tantos dias com tanto
amor e graça. A nossa equipe e nossos voluntários
trabalharam incansável e generosamente apesar do
fato de terem suas famílias para sustentar e cuidar.
Todos tinham uma mentalidade de “custe o que
custar” à medida que perseguiam com determinação
a oportunidade de cuidar de pessoas que haviam
perdido tanto no Katrina. Eles não iam deixar essa
oportunidade de fazer uma servolution escorregar
por entre seus dedos, e trataram de todos que vieram
em busca de ajuda com o máximo respeito e honra.
Veja a seguir o que foi publicado em meu blog
três semanas depois que o furacão Katrina atingiu a
cidade:6
Vi algumas coisas
tremendas resultarem
da tragédia do furacão
Katrina. Não quero
minimizar a dor e o
sofrimento de modo
algum, mas vi o povo
da igreja Healing
Place reunir centenas
de voluntários e
centenas de milhares
de quilos de roupas,
alimentos não
perecíveis, litros de
água e de tudo o mais
que você possa
imaginar. Vi centenas
de igrejas locais em
parceria com o CPR
Compaixão para
enviar milhares de
voluntários e milhões
de quilos de doações
para a área a ser
socorrida. Por meio de
equipamentos
médicos, geradores,
motosserras, milhares
e milhares de
refeições, horas de
reuniões, dúzias de
capelães e de
conselheiros para
situações traumáticas,
camas portáteis,
roupas de cama,
orações, sorrisos e
abraços, o corpo de
Cristo esteve na
vanguarda desde o
primeiro dia.
Nenhuma igreja
isolada poderia ter
feito isto — foi apenas
a Igreja. A Deus seja a
glória!
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
Quando olhamos para trás,
para os efeitos do Katrina,
vimos muitas pessoas com
muitas necessidades. Desde
o rico, passando pela classe
média e até o Zé Ninguém,
cada uma dessas pessoas
precisava do amor de Jesus,
e fomos muito abençoados
por sermos parte da
resposta avassaladora para
suprir essa necessidade.
Madre Teresa disse certa
vez: “O amor tem uma
bainha em suas vestes que
alcança até o próprio pó,
ele varre as manchas das
ruas, e os becos, e porque
ele pode fazer isso, ele
deve fazê-lo.”
A centelha de uma
verdadeira servolution é o
simples desejo de alcançar
o mundo servindo uma
pessoa de cada vez. Jesus
nos ensinou: “O que vocês
fizeram a algum dos meus
menores irmãos, a mim o
fizeram.”7
Eis algumas ideias para
ajudá-lo a estar preparado
para responder a uma crise
na sua comunidade ou
apenas para demonstrar o
amor de Jesus a ela:
1. Lembre-se de que
você não tem de
esperar por uma crise
para responder a uma
necessidade. Se você
nunca envolveu a sua
igreja nas menores
necessidades da
comunidade que o
cerca, você nunca
poderá lidar com a
oportunidade de suprir
essas necessidades em
uma escala muito
maior.
2. Sirva aos que
respondem primeiro
(escritório do xerife,
departamento de
polícia, bombeiros).
Estenda a mão para
ajudá-los agora.
Construa e desenvolva
relacionamentos com
aqueles que servem à
sua comunidade.
3. Construa uma
equipe de capelães e
líderes que estejam
prontos para responder
a situações de crise.
4. Colabore com
outras igrejas da sua
região e aprenda quais
são as especialidades
delas.
5. Identifique os
líderes emergentes
que influenciarão os
esforços com uma
mentalidade de reino.
6. Pratique a
prontidão. Por
exemplo:
• Comece a servir
imediatamente nos
eventos ou situações
que acontecem na sua
comunidade, seja em
momentos dolorosos
ou em comemorações.
• Identifique e
alavanque os dons que
o cercam; eles existem
mais do que você pode
imaginar.
• Mantenha a cabeça
atenta, o coração
sensível e a mão
aberta para dar.
Existem oportunidades
de responder a uma crise
que nos cerca todos os dias
— pessoas lidando com a
aids, com o divórcio, o
câncer, a morte, a ruína
financeira, a gravidez na
adolescência, o abuso
infantil, a raiva, a perda —
a lista é longa demais. Peça
a Deus para deixá-lo ver as
necessidades que o cercam
e para abençoá-lo com a
graça e o favor para supri-
las. Incluí também o
apêndice 1 no fim deste
livro para ajudá-lo com
ideias de programas
assistenciais específicos e
como fazê-los acontecer,
assim como o apêndice 2
para ajudá-lo a entrar em
contato com organizações
que estão plenamente
engajadas nas próprias
servoluções.
1. Os que respondem
primeiro. Que tipo de
relacionamento o seu
ministério tem com os
que “respondem
primeiro” na sua
comunidade? Como
você pode estender a
mão para servi-los
com o amor de Deus?
2. Colaboração.
Considere duas ou três
igrejas da sua
comunidade. Quais
são as especialidades
delas, as maneiras
com as quais elas
servem com mais
eficácia? Como você
poderia colaborar com
elas para ministrar à
sua comunidade?
3. Momentos
comunitários. Quais
são alguns dos
“momentos
comunitários” que
você viu no último
ano? Como você
poderia ter servido à
sua comunidade
durante esses
momentos? Como
você pode se preparar
para eles?
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS DE
UMA Servolution
UMA LIÇÃO APRENDIDA
NA SORVETERIA
A igreja e a
comunidade
devem se
fundir,
trabalhando
como uma
unidade
para gerar
cura.
2. NÃO ESTAMOS ATRÁS DE UM
DISTINTIVO
Estamos decididos a nunca permitir que as
dificuldades daqueles com quem trabalhamos se
tornem um distintivo que usamos, ou a adotar uma
atitude orgulhosa que diz: “Somos os verdadeiros
servos; é melhor todo mundo ir abrindo espaço.”
Esse sentimento elitista não é saudável, e
simplesmente não é o modo de pensar de Jesus.
Pensar por um segundo que somos melhores que
outra igreja ou outro ministério por causa da
maneira como trabalhamos com os pobres seria
ridículo! Não precisamos ser reconhecidos, e não
precisamos de um prêmio. Fazemos o que fazemos
porque amamos as pessoas e porque é a coisa certa a
fazer. Somos apenas pessoas a quem Deus ama e
estamos andando juntos ao longo desse caminho
chamado vida.
3. SEM DESCULPAS
“O problema é grande demais.”
“Há pessoas demais.”
“Jamais poderemos fazer a diferença.”
“Não temos dinheiro.”
“Isso não vai trazer para a nossa igreja as pessoas
que queremos ter aqui.”
“Não temos nada a oferecer.”
Todas essas afirmações são pretextos. Pense
simplesmente se as igrejas da nossa região tivessem
tido essa mentalidade quando o Katrina atingiu a
área. Ninguém teria respondido. O problema era
grande demais para qualquer igreja resolver, e
nenhum de nós tinha dinheiro suficiente para suprir
as necessidades de todas as pessoas. Mas o nosso
estado estava um desastre, e todos nós sabíamos que
precisávamos fazer tudo que pudéssemos. Se
tivéssemos nos escondido atrás dessas desculpas, a
igreja não teria sido a primeira a responder, e muito
mais vidas teriam se perdido. Além disso, o
processo de recuperação teria sido muito mais difícil
e levado muito mais tempo.
É verdade que não podemos fazer tudo. Mas não
podemos absolutamente deixar que esse pensamento
nos impeça de fazer o que podemos fazer. Todos nós
temos dons e talentos a oferecer, e todos nós
podemos fazer alguma coisa para suprir as
necessidades dos que estão sofrendo ao nosso redor
se estivermos dispostos a deixar Deus nos usar.
Vamos parar de dar desculpas!
4. DAR SEM RESERVAS
Nunca queremos que aqueles a quem servimos
sintam que nos devem alguma coisa. Se os deixamos
com esse sentimento, então não fizemos o nosso
trabalho. Estamos decididos a ser como Jesus, que ia
por toda parte abençoando e curando as pessoas
gratuitamente. De graça recebemos, e de graça
queremos dar. Chegamos até ao ponto de lembrar a
nós mesmos que às vezes precisamos abençoar
alguém sem permitir que essa pessoa saiba quem a
abençoou.
Esse é um princípio que Deus me ensinou
enquanto eu estava na fila de uma sorveteria no
aeroporto de Atlanta. Eu estava atrás de um
marinheiro uniformizado, e por algum motivo, o
cartão de crédito dele havia sido recusado.
Constrangido, ele correu até seu assento para pegar
algum dinheiro na sua mala. Então, enquanto ele
estava fora da fila, paguei pelo seu sorvete. Quando
ele voltou, a garota do outro lado do balcão já havia
anotado o meu pedido e o estava entregando a mim.
Ora, eu realmente queria ficar por ali e vê-lo
descobrir que alguém havia pagado pelo seu pedido.
E, bem, para ser transparente aqui, devo dizer que eu
realmente queria ficar por perto e vê-lo descobrir
que eu havia pagado pelo pedido.
Deus me deu uma daquelas sensações na boca do
estômago que ameaçaram arruinar a minha
experiência com o meu sorvete de chocolate. Deus
costuma falar comigo na linguagem da náusea. Eu
sabia que precisava simplesmente me afastar e
deixar que tudo terminasse ali. E assim o fiz. Talvez
a minha saída tenha sido somente porque o meu
desejo de desfrutar meu sorvete era maior que o meu
desejo de me deleitar na glória do meu ato de
bondade, mas espero que tenha sido porque eu havia
aprendido que meu motivo para dar precisa ter a ver
com a pessoa a quem estou dando e não comigo
mesmo.
Dê sem olhar para o crédito. Espere, em vez
disso, a eterna recompensa!
5. SEJA EXAGERADAMENTE
GENEROSO
A maioria das pessoas conhece o velho provérbio
chinês: “Dê um peixe a uma pessoa e você o
alimentará por um dia. Ensine-a a pescar e você a
alimentará por toda a vida.” Por mais verdadeiro que
isso seja, às vezes precisamos apenas fritar um
peixe, jogar pimenta e um pouco de molho, e deixar
a pessoa comer! Ser exageradamente generoso é
uma das coisas mais contagiosas que pode percorrer
uma igreja. Não queremos ser conhecidos pela nossa
generosidade mediana; queremos ser uma igreja que
dá com extrema generosidade.
1. Definindo a cultura.
Qual das dez
afirmações que
definem a cultura da
igreja Healing Place
ardem mais no seu
coração neste
momento? Por quê?
2. Sem desculpas.
Quais são algumas das
desculpas comuns que
você ouviu por não
responderem às
necessidades da sua
comunidade? Essas
desculpas são
legítimas? Por que sim
ou por que não?
3. Aumentando a
nossa capacidade.
Como você pode
encorajar seus
voluntários a crescer e
descobrir talentos e
dons? Como você está
ajudando as pessoas a
identificarem as áreas
de serviço delas? Que
tipo de treinamento
você oferece para
elas?
A ESTRUTURA
DE UMA Servolution
UMA TOALHA E UMA
BACIA
Percebi
que é
possível
ser um
pastor de
um grande
ministério
e ainda ter
a
capacidade
de cuidar
de uma
pessoa.
COMPAIXÃO PERIFÉRICA
Posso imaginar como os doze discípulos se sentiam
enquanto andavam com Jesus por três anos e meio,
assistindo todos os dias ao tipo de servolution que o
pastor Osteen demonstrou naquele domingo
específico. Jesus tinha a capacidade de estar em uma
multidão de pessoas e sentir a necessidade de uma
única pessoa que estava desesperada por ser curada,
como a mulher com o fluxo de sangue ou o homem
deitado ao lado do tanque de Betesda. Com Seus
olhos compassivos, Ele via coisas nas quais os
outros não prestavam atenção, e dava respostas
milagrosas a perguntas que ninguém mais sabia
como responder.
Marcos 3:1-3 fala sobre um homem com uma
mão ressequida que estava na sinagoga em um dia
no qual Jesus estava ensinando. Todos o viam
apenas como o sujeito com a mão ressequida, mas
Jesus não estava disposto a deixar as coisas daquele
jeito. Na Sua compaixão, Ele não pôde evitar
chamar o homem e curá-lo. Mas observe isto: o
homem não havia pedido um milagre a Jesus. Jesus
simplesmente liberou um milagre porque o poço
profundo do Seu coração estava cheio de
compaixão.
Outro exemplo está em Lucas 7:11-17, quando
Jesus estava passando pela cidade de Naim e
atravessou o caminho de uma procissão funerária.
Ele percebeu que o enterro era de um jovem, o filho
único de uma viúva. Ele sabia que sem seu filho,
aquela viúva não tinha meios de sobrevivência e de
segurança, e provavelmente seria expulsa da aldeia.
Ele disse à mulher: “Não chore”, mas Ele não estava
apenas tentando consolá-la um pouco. Aquele poço
profundo de compaixão transbordou outra vez,
enquanto Ele se voltou para o jovem e mandou que
ele despertasse.
Há algo a mais nessa história que eu amo. A
Bíblia diz que o homem imediatamente se sentou e
Jesus “apresentou-o à sua mãe”. Que tal? Jesus
apresentou aquele jovem à sua mãe (cujo queixo,
tenho certeza, naquele momento estava no chão), e
Ele entregou de uma só vez o seu filho amado de
volta a ela e restaurou a sua esperança no futuro.
Deve ter sido algo tremendo de se ver!
Mais uma vez, observe que a mulher não tinha se
agarrado aos pés de Jesus, implorando que Ele
ressuscitasse seu filho. Ela não estava sequer a par
de que Jesus estava ali. Que ela soubesse, Ele era
simplesmente parte da multidão pela qual ela estava
passando durante o seu luto. Mas, para Jesus, aquele
era um encontro divino. Ele viu uma oportunidade
de ajudar uma preciosa viúva, e estendeu as mãos
para suprir a sua necessidade. O Seu ato de serviço
naquele dia revolucionou a vida da mulher,
mudando a sua espiritualidade, emocional e
fisicamente, para sempre. E pense nos momentos em
que ela passou contando a história para seus netos
nos anos que se seguiram — que maneira
espetacular de plantar em suas jovens vidas as
sementes da fé em Deus e do Seu amor por eles.
Jesus viveu procurando oportunidades de
transformar o Seu amor pelas pessoas em ação —
tudo em que consiste uma servolution. Para nós, é
ver nosso mundo, nossa comunidade, nosso
ambiente de trabalho e nossa família através dos
olhos compassivos de Jesus. É permitir que Ele nos
mostre onde as pessoas realmente estão e as
dificuldades pelas quais elas estão passando, e nos
motive a agir. É dedicar tempo para interromper as
nossas atividades por tempo suficiente para observar
as necessidades que Jesus anseia que possamos
suprir. O céu vê tudo isso, e quando nos ligarmos
com Cristo, que está vivendo dentro de nós, seremos
capazes de ver também. Então, como Jesus,
poderemos ver além das multidões e abraçar a
necessidade de uma única pessoa.
A FERRAMENTA MAIS
PODEROSA DE UMA Servolution:
UMA TOALHA
É possível que a imagem mais clara da servolution
que vejo na Bíblia esteja em João 13. Faltam apenas
algumas horas para a prisão de Jesus e menos de um
dia para a Sua crucificação. Ele e os doze discípulos
estão se preparando para a refeição da Páscoa. Jesus
está ciente dos acontecimentos que abalarão a terra e
estão prestes a se desenrolar, enquanto os discípulos
ainda não fazem a mínima ideia do que acontecerá.
Ainda ecoava no ar a disputa que eles tiveram sobre
qual deles era o maior. Ironicamente, faltavam
apenas algumas horas para que todos eles fugissem
de Jesus, dispersando-se e escondendo-se para salvar
a própria vida enquanto o Mestre estava sendo
levado para entregar a Dele. A grandeza de caráter
ainda estava a uma enorme distância para todos eles.
Quando entraram no local onde fariam o jantar da
Páscoa, Jesus ouviu a discussão deles. Não consigo
imaginar como Ele deve ter se sentido com aquilo.
Jesus havia treinado e ensinado aqueles homens
durante três anos e meio, e eles ainda não haviam
aberto mão do seu orgulho. E agora, Ele estava
prestes a dei-
xá-los com a responsabilidade de transmitir a Sua
mensagem ao restante do mundo! Felizmente, Jesus
ainda tinha esperança na capacidade de aprender e
entender que eles tinham. Então pegou uma toalha
do lado da bacia que estava na entrada e amarrou-a
em volta da cintura.
Os discípulos estavam chocados. Vestir aquela
toalha foi uma grande declaração. Jesus era o rabino
e o líder deles, portanto era culturalmente
inconcebível que Ele pegasse aquela toalha e a
colocasse sobre si. Era costume haver uma bacia de
água na entrada de todas as casas para que quando
um convidado entrasse, ele pudesse ter os seus pés
lavados. As estradas empoeiradas por onde eles
andavam eram cobertas de sujeira (inclusive de
estrume de animais), e como as sandálias que eles
usavam eram o único tipo de sapato disponível, os
pés das pessoas ficavam em um estado deplorável
depois de uma caminhada. Ter os pés lavados não
era um luxo; era uma necessidade. Mas nunca se
esperaria que o convidado lavasse os próprios pés;
lavar os pés era um trabalho feito pelo servo mais
humilde, ou que recebia o menor salário.
Naquela noite, cada um dos apóstolos havia
passado direto pela bacia na entrada. Eles sabiam
que por se tratar de um local alugado, um deles teria
de aceitar a tarefa e ser aquele que lavaria os pés dos
outros, mas nenhum deles se ofereceu para fazer
isso. É fácil entender esse comportamento, dada a
discussão que eles estavam tendo sobre qual deles
era o maior. Qualquer um deles que decidisse se
inclinar e pegar a toalha estaria admitindo que era
inferior. Isso certamente provaria que ele teria o
status de inferior ao melhor.
Então Jesus confundiu a cabeça deles pegando a
toalha Ele mesmo.
João 13:1 descreve este momento: “Um pouco
antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia
chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria
para o Pai, tendo amado os seus que estavam no
mundo, amou-os até o fim.” Ele carregou a bacia até
os Seus discípulos, ajoelhou-se e começou a retirar
as sandálias de cada um e a lavar os pés deles da
sujeira da caminhada. Certamente, todos eles se
sentiram envergonhados e constrangidos por verem
o Mestre fazendo o que eles eram orgulhosos demais
para fazer.
Quando terminou de lavar os pés deles, Jesus se
levantou, pôs a bacia e a toalha de lado e depois
colocou Suas vestes novamente. Você pode
imaginar o constrangimento que estava no ar durante
aqueles poucos minutos? Jesus quebrou o silêncio:
Vocês entendem o que
lhes fiz? Vocês me
chamam “Mestre” e
“Senhor”, e com
razão, pois eu o sou.
Pois bem, se eu, sendo
Senhor e Mestre de
vocês, lavei-lhes os
pés, vocês também
devem lavar os pés
uns dos outros. Eu
lhes dei o exemplo,
para que vocês façam
como lhes fiz. Digo-
lhes verdadeiramente
que nenhum escravo é
maior do que o seu
senhor, como também
nenhum mensageiro é
maior do que aquele
que o enviou. Agora
que vocês sabem estas
coisas, felizes serão se
as praticarem (João
13:12-17).
É como se Jesus estivesse lhes dizendo: “Vejam,
já se passaram mais de três anos, e precisamos pôr
um fim nessa competição e nesse orgulho. Se vocês
querem realmente entender este evangelho e se
querem realmente ser ‘grandes’, todos vocês
precisam se acostumar a serem servos. Nunca vamos
realizar nenhuma mudança duradoura no mundo se
vocês não escolherem aceitar o que acabo de lhes
mostrar; este é o coração de servo. E o que eu
realmente os chamei para fazer é ser servos. Não
estou lhes dando um título, porque uma vida
significativa tem a ver com uma toalha. Tudo o mais
é vazio.”
“Não estou
lhes dando
um título,
porque uma
vida
significativa
tem a ver
com uma
toalha.
Tudo o
mais é
vazio.”
Todos nós tivemos momentos em que vimos uma
necessidade, mas seguimos em frente porque
achamos que supri-la nos custaria muito: perda de
tempo, de dinheiro, de status ou de reputação; perda
do que preferiríamos estar fazendo. Mas Jesus não
vê pegar uma toalha e servir outra pessoa como
perda de coisa alguma. Ele disse aos Seus
discípulos: “Agora que vocês sabem estas coisas,
felizes serão se as praticarem.” Servir uns aos
outros é o caminho para a bênção.
A minha suposição é de que os jovens reunidos no
aposento alto se sentiam bastante incomodados a
esta altura. Duvido que tivessem qualquer
pensamento relativo a trazer à tona a discussão a
respeito de quem era o maior e o melhor.
Mas Jesus não tinha terminado Seu ensinamento;
Ele precisava dar a eles um pouco mais, algo
sobrenatural que os ajudasse a negar os seus desejos
carnais de dominar e de ser vistos como grandes. Ele
sabia que eles precisavam de combustível interno
para motivá-los a realmente fazer a obra do
ministério. Jesus prosseguiu nos versículos 34 e 35 a
fazer esta declaração incrível: “Um novo
mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros.
Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos
outros. Com isso todos saberão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.”
De onde estamos hoje, depois do fato acontecido,
podemos ler esses versículos e compreender como
se aplicam ao amor sacrificial que Jesus demonstrou
morrendo na cruz. Mas Jesus deu esse mandamento
antes de ir para a cruz. Creio que Ele estava
escolhendo Suas palavras deliberada e sabiamente
nessas últimas horas de vida. Quando Jesus lhes diz
nesse contexto para amarem uns aos outros seguindo
o Seu exemplo, Ele não está se referindo à Sua
morte. Durante os últimos três anos e meio, Jesus
dera um exemplo sem precedentes de serviço, e era
a isso que Ele estava se referindo quando disse “da
maneira que Eu vivi, da maneira que Eu amei, da
maneira que Eu cuidei de vocês e de todas as
pessoas sofredoras — vocês precisam amar e servir
uns aos outros. Servindo e amando os outros é que
as pessoas os reconhecerão como Meus seguidores”.
Sem dúvida, lemos mais tarde no livro de Atos
que os primeiros membros da igreja foram
chamados “cristãos” não porque tivessem dado esse
nome a si mesmos, mas porque as pessoas que os
viam em ação lhes deram o nome. Elas os chamaram
de cristãos porque eles estavam imitando a vida e o
serviço de Jesus Cristo. Ao longo do livro de Atos,
há exemplos de uma servolution em andamento, que
provocou um enorme alvoroço nas cidades e até
alcançou outros países — tudo isso motivado por
seguidores de Cristo simplesmente servindo e
amando como Jesus serviu e amou.
As palavras de Jesus, “amem-se uns aos outros
como Eu os amei”, são o combustível para toda a
servolution. Quando olharmos para a graça
inimaginável que nos foi demonstrada — para o fato
de que Ele nos amou mesmo antes de nós o
conhecermos e permitirmos que o amor
inacreditável de Jesus seja irrestrito em nossos
corações, descobriremos uma fonte de combustível
ilimitada para uma servolution. Se simplesmente nos
lembrarmos de que o Rei da Glória, aquele que se
sentou no trono com Deus Pai e criou tudo no
universo, aquele que abriu mão de todo o Seu poder
e status para se tornar um servo daqueles a quem
criou e aquele que veio à terra para entregar a vida
por amor a nós, de repente não será tão difícil para
nós pararmos junto à bacia de água para pegar a
toalha a fim servir a outros.
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
Obviamente Jesus é o
exemplo perfeito de alguém
que tem capacidade para
reconhecer as necessidades
das pessoas que o cercam,
mesmo quando elas estão,
às vezes, escondidas. Mas
todos nós podemos crescer
na nossa capacidade de ter
o tipo de compaixão
periférica que Jesus tinha.
Dedique algum tempo para
refletir sobre as perguntas a
seguir.
1. Oportunidades
perdidas. Quais
pessoas estou
ignorando e quais
estão bem aqui ao meu
redor?
2. Bloqueios à fé. O
que me impede de
perceber as
necessidades dos que
me cercam? Estou
ocupado demais?
Falta-me
sensibilidade? O que
me impede de
sacrificar o meu tempo
e a minha
conveniência para
servir a alguém de
uma maneira singela e
humilde, como Jesus
fez ao lavar os pés dos
Seus discípulos?
Este é um exemplo do
impacto que o tipo de
compaixão de Jesus pode
exercer sobre a vida de
outra pessoa. É um relato
escrito por Donna Frank,1
uma das nossas líderes
voluntárias na igreja de
Baton Rouge.
Conhecemos Laura há
alguns meses quando
ela veio ao nosso
Dream Center na
igreja de Baton
Rouge. Os filhos que
trazia consigo estavam
famintos, apavorados
e cansados. Ela estava
zangada e amarga.
Todos estavam
desabrigados. As
crianças não estavam
na escola. Algumas
tinham infecções
cutâneas não tratadas e
estavam imundas.
Laura queria saber se
tínhamos alguma
comida e um lugar
para tomar um banho.
Demos o almoço a
eles, pedimos
desculpas por não
termos chuveiros e
oramos para que Deus
lhes abrisse uma porta,
e Ele o fez.
Um empresário da
nossa igreja que tem
um negócio em um
porto próximo
concordou em deixar
que todos eles
tomassem um banho
no seu barco
rebocador. Enquanto
eles estavam se
banhando, estávamos
trabalhando para
encontrar-lhes um
abrigo. Por volta do
fim do dia, eles
estavam limpos,
alimentados e fora das
ruas. Depois de várias
semanas e de alguns
percalços no meio do
caminho, Laura
finalmente encontrou
uma casa para alugar.
A casa tinha buracos
na parede e ratos, e
não tinha eletricidade,
mas ela se mudou com
a filha e os sete netos;
todos empolgados por
estarem juntos e fora
das ruas.
Laura frequenta
fielmente o nosso
grupo de senhoras na
igreja e chega cedo
todas as semanas para
nos ajudar a preparar
tudo. Embora seja
uma mulher de poucas
palavras, seu
semblante ficou mais
suave e seu sorriso é
um encorajamento
para outras mulheres
que estão com
dificuldades. Ela não é
capaz de ler os cartões
com versículos que
são distribuídos, mas
ouve atentamente e
gosta dos
ensinamentos e da
oração. Sua vida está
mudando e ela é
rápida em dar o
crédito a Deus.
Três dias antes do
Natal, algumas
famílias da igreja
Healing Place foram
até a casa de Laura
para entregar alguns
presentes. Ela pulava
de alegria e quase
chorou quando abriu o
primeiro embrulho;
um cobertor bege, de
algodão. Ela disse que
estava tão feliz, que
não sabia o que dizer.
Eles pediram que ela
abrisse outro
embrulho. As lágrimas
desceram pelo seu
rosto quando ela
desembrulhou um
conjunto de potes e
panelas. Quando
perguntaram o que ela
ia fazer, Laura
respondeu
orgulhosamente: “Vou
cozinhar uma panela
de feijão para nós.”
Quando perguntaram
se ela queria fazer
presunto e feijão, ela
sacudiu a cabeça.
“Não tenho presunto...
feijão está ótimo.”
Depois de uma
conversa discreta e
rápida, as famílias da
igreja Healing Place
deram-lhe algum
dinheiro para comprar
um presunto de Natal.
Laura não podia
acreditar. Antes de
partir, o grupo se
reuniu para uma
oração de bênção e
ações de graças.
Houve abraços e
lágrimas por toda
parte.
Por mais vazia e
carente que a casa de
Laura pareça, sua vida
está melhor agora do
que tem estado há
muito tempo. Sua
família está unida, eles
têm um teto sobre a
cabeça e, por causa da
generosidade de
algumas pessoas que
ela nunca conhecera,
Laura e seus netos
teriam o melhor Natal
de todos os tempos. A
casa tem energia
elétrica, há comida no
refrigerador e pessoas
em sua vida que estão
dispostas a ajudá-la.
Laura será a primeira
a dizer-lhe que Deus é
muito bom. Ela coloca
as coisas da seguinte
maneira enquanto bate
no peito: “Tenho Jesus
em meu coração,
portanto tudo vai
bem.”
Natal tem a ver com
dar... Deus dando o
Seu Filho... Jesus nos
dando salvação e
esperança... Todos nós
levando essa
esperança e
oferecendo-a a outros.
Laura não tem tudo
neste instante, mas ela
tem esperança. E esse
pode ser o maior
presente que alguém
pode receber.
DESTRANCANDO A
NECESSIDADE
HÁ UM GRANDE TESOURO
EM SEU INTERIOR
Suas fraldas
imundas
estavam
penduradas
até os joelhos
— uma
sujeira
asquerosa,
resultado dos
treze dias de
sobrevivência.
Ele era tão
lindo que vê-
lo partiu meu
coração. Oh,
meu Deus, eu
quase me
recusei a
ajudar esta
família!
Naquele momento, soube que não poderia
simplesmente fazê-los voltar no dia seguinte para
receberem a ajuda de que precisavam. Então,
quando todos entraram, disse-lhes que abriria os
caminhões de novo para que pegassem o que
precisavam.
Dirigimos de volta ao estacionamento onde o
centro de distribuição havia sido montado, e os
voluntários vieram para ver o que estava
acontecendo. Eu disse a eles que sentia muito, pois
sabia que eles haviam trabalhado muito para fechar
tudo, mas que precisávamos abrir tudo de novo para
aquela família. Foi difícil pedir àquele pessoal para
voltar ao trabalho, porque eu sabia que um deles
havia trabalhado como voluntário o dia inteiro e iria
sair dali para ir ao trabalho, em um turno que
começava às quatro da manhã, e outro havia
chegado depois de trabalhar o dia inteiro e iria
dormir ali mesmo para sair na manhã seguinte. Ele
não ia para casa há vários dias. Eu sabia que eles
estavam além do ponto de exaustão.
Mas graças a Deus porque o Seu poder se
aperfeiçoa na nossa fraqueza. A reação deles foi
surpreendente: “Uhuuuuu! Outra família que
podemos ajudar! Isso é ótimo, não precisaremos
fechar agora.” Então eles se apressaram para abrir os
caminhões e oferecer àquela família o que precisava.
Eles eram muito mais semelhantes a Jesus do que
eu. Eu me senti tão culpado... Ali estava eu, o pastor
de uma igreja chamada Healing Place: Um Lugar de
Cura para um Mundo Sofredor, e quase mandei
aquela família embora, enquanto aqueles
voluntários, que estavam pelo menos tão cansados
quanto eu, estavam praticamente saltando de alegria
por poderem ficar de pé até mais tarde para ajudar
mais pessoas. Eles reconheceram aquela família
como o presente que realmente eram. Pensei:
Senhor, tenha misericórdia; preciso ser salvo.
Durante a próxima uma hora e meia, servimos
àquela família, alimentando-os, possibilitando que
eles se limpassem, dando a eles tantas coisas quanto
possível. Eles levaram malas cheias de roupas,
brinquedos e alimentos, e de alguma maneira
entulharam tudo na parte de trás daquele carro.
Observei enquanto a mãe daquele bebezinho o
limpava com lenços umedecidos e tirava a sujeira de
seu cabelo. Ele estava tão feliz por estar limpo e por
colocar uma fralda novinha! Ele passou por mim
balançando como um patinho, rindo e cheirando a
talco e loção de bebê. Não há nada como o cheiro de
um bebê que acabou de tomar banho.
A família sentiu-se renovada e ficou grata pela
ajuda. Depois que eles foram embora e fechamos
tudo novamente, sentei-me em meu carro no escuro,
coloquei a cabeça no volante e orei: “Obrigado,
Jesus, por nos ajudar a não perder essa oportunidade
esta noite.” Pelo menos por aqueles poucos minutos,
nós acertamos.
Quando penso na totalidade do que vimos durante
a passagem do furacão Katrina e suas
consequências, reconheço que essa história me
marcou muito profundamente. A experiência me
lembrou de que nunca captamos completamente a
oportunidade ou a necessidade que nos é
apresentada — o quanto uma fralda e um pouco de
talco podem ser importantes na vida de alguém. E
aquela noite provavelmente fez mais em meu
coração do que eu fiz por eles. Lembrei que, às
vezes, servir é muito inconveniente, e às vezes o
preço do tempo, da energia e da emoção parece
grande demais, mas no fim, a recompensa e a
realização de servir superam e cobrem totalmente o
custo.
Uma servolution tem um preço para aqueles que a
realizam. Entendo que até agora não mencionei o
preço e o sacrifício que os servolucionários precisam
estar preparados para pagar. Eu gostaria de poder lhe
dizer o contrário, mas a verdade é que toda
revolução tem um preço. Esse é um princípio do
Reino. Você e eu fomos comprados por um preço, e
que preço tremendo foi esse! Se Jesus esteve
disposto a entregar a Sua vida por pessoas como
você e eu, creio que é importante entendermos que
devemos estar dispostos a pagar qualquer preço para
fazer alguma coisa grande para Deus. Qualquer
preço que possamos ter de pagar é microscópico se
comparado ao preço que Cristo pagou.
Uma
servolution
tem um
preço para
aqueles
que a
realizam.
Incluí essa história sobre a família que parou no
nosso centro de distribuição depois de termos
fechado porque quero que você saiba que embora eu
tenha dedicado a minha vida para promover a causa
de servir aos pobres, naquela noite eu lutei contra
um forte desejo de ignorar a necessidade deles e ir
embora. Estou convencido de que todos nós
sentimos o mesmo, mais cedo ou mais tarde. Pelo
menos todos que conheço e que estão fazendo
alguma coisa significativa para Jesus se sentiram
assim muitas vezes. Isso acontece porque é
inconveniente ajudar as pessoas. É cansativo servir
aos que estão necessitados. Derramar o seu coração
ministrando às necessidades das pessoas exige
demais de nós emocionalmente. É muito mais fácil
se fazer de cego ou agir como se você não estivesse
vendo a necessidade, para não se envolver, ou
mesmo apenas enviar um cheque para pagar pela
despesa. Entendo esse sentimento. Todos nós nos
sentimos assim algumas vezes. O importante é não
nos rendermos a eles, mas pegarmos uma toalha e
servirmos de qualquer maneira. A recompensa é
muito maior que o custo.
Antes que eu visse a família no carro naquela
noite, não podia imaginar nada que me fizesse dar
meia volta. Minha cama estava esperando por mim,
e eu queria dormir um pouco. Sentia que merecia
aquele sono. Eu havia me doado além de qualquer
coisa que eu já tinha feito e havia sido ridiculamente
generoso com o meu tempo e os meus recursos.
Certamente eu havia feito a minha parte. No que me
dizia respeito, eu havia feito muito mais do que a
minha parte no que se refere a dar. Daquele lado do
encontro, eu me sentia justificado por me recusar a
atender aquela família.
Costumo pensar na terrível situação em que
aquelas crianças estavam e nas coisas atrozes às
quais elas sobreviveram. Lembro-me do imenso
alívio e gratidão no rosto daqueles pais e do sorriso
no rosto daquele bebê sabendo que estava com a
barriga cheia e com o bumbum limpo pela primeira
vez em duas semanas. Fico muito feliz por Deus ter
sido capaz de me fazer voltar. Ele me permitiu ver
que dar e servir às pessoas — independentemente do
tempo ou do preço — é sempre um presente.
Se nos envolvermos com as necessidades que
Deus nos permite ver, Ele aparecerá e fará algo que
jamais aconteceria se tivéssemos simplesmente
seguido o nosso caminho e ignorado a necessidade.
A vida é muito mais plena e mais expressiva quando
nos envolvemos com as pessoas que nos cercam.
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
Toda comunidade é como
um cofre. Embora muitas
possam parecer
semelhantes em sua
estrutura, cultura e
diversidade étnica, cada
uma tem a sua combinação,
o seu próprio conjunto de
números, o seu padrão de
voltas no disco.
As seguintes perguntas o
ajudarão a descobrir a
combinação da sua
comunidade.
1. Densidade
demográfica. Qual é a
densidade
demográfica da minha
comunidade? A quem
estamos servindo
adequadamente?
Como podemos
alcançar aqueles que
estamos deixando
passar?
2. Influência. Existe
alguma área da nossa
cidade na qual
sentimos a falta da
nossa presença ou
influência? Como
podemos ajudar a
suprir as necessidades
das pessoas que vivem
nessas áreas?
3. Quebrando
muralhas. A nossa
organização se sente
confortável ajudando
aqueles que não têm a
nossa aparência, que
não falam como nós
ou que não creem
como nós? Como
podemos estender as
mãos para quebrar as
muralhas da
separação?
4. Alcançando os
pobres. Quem são os
“pobres” da nossa
comunidade? Quais
são as necessidades
deles e como eles são?
A quantas pessoas
estamos ignorando
porque a “pobreza”
delas não nos parece
óbvia? Como
podemos ajudar essas
pessoas?
PERMANECENDO NA
ROTA
UM DISCURSO, UM
HOLOFOTE
E UM PERÍODO
A nossa
servolution
tinha de
ser uma
bússola
que
sempre
apontasse
para o
verdadeiro
norte:
Jesus
Cristo.
Aquela foi uma trajetória desenfreada para poucos
meses e, no fim, depois que rendemos o nosso ego e
nos comprometemos a não nos apegarmos demais a
toda aquela atenção, espero que tenhamos passado
no teste. O engraçado é que os sonhos que projetei
naquela noite durante a viagem que fantasiei em
minha mente eram muito menores que o que Deus
possibilitou que nos tornássemos apenas alguns anos
depois. Hoje, estamos indo muito além daquela
influência e tendo mais oportunidades do que eu
jamais poderia ter imaginado naquele dia. Creio que
é porque em vez de permitirmos que aquele holofote
brilhante nos dominasse, nós (pela graça de Deus) o
controlamos. Em vez de permitirmos que ele nos
usasse, nós o usamos para glorificar o que Deus
estava fazendo por nosso intermédio à medida que
permanecemos fiéis à nossa servolution para os
pobres e sofredores.
PERMANECENDO NA ROTA
Talvez muitas igrejas ou empresas nunca tenham a
oportunidade de estar sob os holofotes em nível
nacional, mas a maioria de nós passará pelo teste de
receber uma atenção positiva. Independentemente
do tamanho do holofote, à medida que a
oportunidade para a servolution aumenta, o mesmo
acontece com a atenção. E o resultado é que
precisamos verificar continuamente o nosso coração
para nos certificarmos de que as nossas motivações
permaneçam puras. Quer nos comportemos deste
modo publicamente ou apenas pensemos assim em
particular, estaremos com problemas se começarmos
a acreditar que somos os melhores no que estamos
fazendo ou que ninguém pode se comparar a nós, ou
que ninguém está fazendo algo tão bem quanto nós.
Senhor, ajude-nos!
Nós nos esforçamos pela excelência,
comemoramos as “vitórias” e nos alegramos porque
Deus está trabalhando por nosso intermédio. Mas
nunca podemos adotar uma atitude elitista. Isso seria
o princípio do fim. O favor de Deus seria retirado,
disso eu tenho certeza. Então, veja algumas
maneiras de nos mantermos em constante
verificação.
1. Tudo na nossa servolution deve apontar para
Cristo. Todos os nossos programas assistenciais,
todos os nossos serviços e todos os nossos eventos
precisam ter uma mentalidade de Reino — um foco
na eternidade. Não somos simplesmente uma
agência humanitária de socorro. Não servimos e
damos apenas para melhorar a qualidade de vida das
pessoas, nem somos generosos por amor à
generosidade. Damos e servimos com o propósito de
mostrar às pessoas a esperança que elas podem
encontrar em Jesus. É generosidade movida pela
eternidade — fazer tudo que podemos para saquear
o inferno e povoar o céu. Queremos que tudo o que
dizemos aponte às pessoas uma jornada em direção
a Jesus. Queremos isso para nós como corpo, assim
como para cada um de nós como indivíduos; tudo
que dizemos e fazemos deve apontar para Jesus.
É por isso que nós defendemos a causa da igreja
local. Tanto quanto possível, quando servimos às
pessoas, queremos que elas saibam quem e o que
está por trás do serviço. E porque essa servolution
tem a ver com Jesus e não apenas com a igreja
Healing Place, fazemos tudo que podemos para
entrar em parceria com outras igrejas que já estão
liderando (ou que querem começar a liderar)
programas assistenciais comunitários de sucesso.
Procuramos oportunidades de ajudar a edificar e
fortalecer outras igrejas nas nossas comunidades
porque sabemos que quando trabalhamos juntos para
mostrar Jesus a uma comunidade, estamos
aumentando coletivamente o apetite espiritual por
Ele em toda a região. Uma igreja nunca precisa ter
medo de que haja muitas igrejas de sucesso na sua
comunidade. Esse é o mesmo conceito que podemos
ver em operação nas grandes redes de lanchonetes
— quando uma abre em uma esquina, geralmente a
concorrente também está a caminho.
Assim, tanto quanto possível, quando estamos na
comunidade servindo, vestimos as nossas camisetas
SIRVA da igreja Healing Place e dizemos às pessoas:
“Ei, somos da igreja Healing Place, e estamos aqui
para compartilhar o amor de Deus com você.” Mas
se estamos em parceria com outra igreja, dizemos:
“Ei, estamos aqui com a The Life Church” ou
“Estamos aqui com a Celebration Church e
queremos servir a você hoje.” Sabemos que é uma
boa ideia dar às pessoas a quem servimos um
caminho claro para que elas descubram mais sobre
Jesus e sobre a igreja local. A única transformação
duradoura na vida de uma pessoa vem de um
relacionamento com Cristo.
2. Uma servolution precisa dizer não às boas
ideias e dizer sim à ideia de Deus. Como igreja,
precisamos evitar sair na frente da visão de Deus
para nós. Não podemos solucionar todos os
problemas sozinhos, e por melhor que seja a ideia,
por maior que seja a necessidade, não podemos fazer
tudo. Não temos nem os recursos, nem a força de
trabalho, nem a capacidade — só Deus tem tudo
isso. Dado o nosso desejo de ajudar tantas pessoas
quanto possível por meio da nossa servolution, às
vezes achamos difícil dizer não a qualquer coisa.
Mas porque nem todas as ideias relacionadas a
programas assistenciais estão alinhadas com o que
estamos fazendo na igreja Healing Place, precisamos
ter o discernimento de permitir que algumas
oportunidades passem por nós. Em muitos casos,
vimos outra organização lidando extremamente bem
com um programa assistencial em uma área na qual
ainda não havíamos explorado, e em vez de tentar
copiá-la, nós nos juntamos a eles como apoio, para
ajudá-los a ter um sucesso ainda maior. O que era
uma “ideia de Deus” para eles, era uma “boa ideia”,
mas não era uma “ideia de Deus” para nós.
3. Alguns programas assistenciais são apenas por
um período. Quando começamos um programa
assistencial e temos bons resultados, precisamos
entender que pode ser apenas por uma fase.
Começamos a visitar viúvas, vimos bons frutos
como resultado disso, e hoje ainda servimos a
muitas delas. Mas durante a mesma época, tivemos
muitas oportunidades de servir a mães solteiras
ajudando-as a se mudar. Vimos muitas vidas
transformadas quando fizemos isso naquela época,
mas hoje não vemos tantas oportunidades como
aquelas. E não estamos nos esforçando para criar
essas oportunidades; entendemos que foi
simplesmente algo que Deus nos levou a fazer
apenas durante aquele período.
Houve muitas coisas que fizemos ao longo dos
anos — ideias maravilhosas que produziram frutos
maravilhosos —, mas não estamos mais envolvidos
com elas no mesmo nível hoje. Por exemplo,
distribuímos muitos carregamentos de alimentos e
suprimentos, e vimos alguns resultados muito
empolgantes com isso. Mas ser um ponto de
recebimento para produtos de consumo e lidar com
esse nível de distribuição em massa é algo que não
fazemos da mesma maneira agora. Desenvolvemos
sistemas que ainda nos permitem distribuir grandes
quantidades de produtos, mas eles parecem muito
diferentes do nosso sistema original, quando
descarregávamos um caminhão de produtos no
santuário.
Às vezes o envolvimento em um programa
assistencial precisa terminar porque um caminho
melhor é desenvolvido para suprir a necessidade ou
essa necessidade muda. Precisamos ser sensíveis à
constante mudança das necessidades da nossa
comunidade e ajustar continuamente o nosso
programa assistencial para continuarmos a ser
eficazes. Não podemos esperar que o que funcionou
bem ontem seja a melhor maneira de suprir a
necessidade hoje.
4. Precisamos fazer a nossa parte na servolution e
deixar o restante com Deus. Não estamos sozinhos
na nossa servolution; o Deus do universo conhece e
entende a pessoa a quem estamos servindo muito
melhor do que nós. Ele é aquele que está buscando
por essa pessoa, perseguindo-a e atraindo-a. A nossa
servolution não pode salvar ninguém; ela apenas
está ali para apresentar às pessoas o amor de Jesus e
para atraí-las para a obra que Deus realmente está
fazendo em suas vidas. Somos apenas parte da
equação. Essa é uma notícia maravilhosa porque
significa que podemos dar sem reservas. Podemos
simplesmente fazer a nossa parte e depois confiar
que Deus cuidará do resto.
1. Atenha-se ao plano.
Como Deus
posicionou a sua
organização de
maneira única para
fazer a diferença na
sua comunidade?
Você está gastando a
maior parte de seu
tempo e seus recursos
no cumprimento do
plano dado por Deus?
2. Aprenda a dizer
não. Quando você
avalia os programas
assistenciais da sua
organização, existe
alguma coisa que não
parece estar
adequada? Em caso
positivo, por que você
a está realizando?
3. Só por um período.
Você ainda está
investindo energia em
programas
assistenciais que um
dia tiveram êxito, mas
se tornaram
irrelevantes para a sua
comunidade? A nossa
servolution não pode
salvar ninguém; ela
apenas está ali para
apresentar às pessoas
o amor de Jesus e para
atraí-las para a obra
que Deus realmente
está fazendo na vida
delas. Em caso
positivo, para onde
Deus poderia estar
chamando você a fim
de redirecionar seus
recursos e talentos?
O PREÇO De uma
Servolution
MAIS DO QUE DINHEIRO
O nosso
coração
deseja que
as pessoas
encontrem
a
esperança
e o amor
de Jesus,
mas quer
elas
venham à
nossa
igreja ou a
outra
igreja que
tenha vida
para dar, é
irrelevante.
Creio que é vital para uma igreja fazer tudo que for
possível para se envolver na estrutura da sua
comunidade e para se tornar parte do mosaico que
constitui aquela região. Uma pergunta que estou
sempre fazendo a mim mesmo é esta: se a igreja
Healing Place fechasse as portas amanhã, quem
notaria isso? Será que haveria um clamor da cidade
para que mantivéssemos nossas portas abertas? Se a
igreja Healing Place desaparecesse do mapa e
ninguém sentisse a perda, a não ser aqueles que
frequentavam os cultos, então teríamos fracassado
miseravelmente.
Inúmeras igrejas em todo o mundo, desde as
pequenas assembleias até as enormes congregações,
querem fazer a diferença no mundo e desejam ter
uma influência positiva em suas comunidades. Isso
está acontecendo com muitas igrejas, e creio que
pode acontecer com cada uma delas. Tudo começa
com o serviço.
A igreja Healing Place se tornou uma parte
influente da nossa região, um resultado direto da
servolution que está em andamento. Observe que
usei a expressão em andamento. A servolution
precisa ser mais do que apenas o lema “Um Lugar
de Cura para um Mundo Sofredor”, ou um culto
empolgante cheio de energia ou um evento
assistencial tremendo em um fim de semana.
Fazemos o nosso melhor para oferecer todas essas
coisas, mas a servolution não é apenas algo que
fazemos; ela se tornou quem somos. E a boa notícia
é que enquanto permanecermos fiéis a quem somos
— ao que Deus nos chamou para ser — nunca
precisaremos nos preocupar em ter de fechar as
portas.
A esta altura, alguns de vocês talvez estejam
pensando que uma servolution é algo que funciona
maravilhosamente para nós — aqui na igreja
Healing Place, em Baton Rouge —, mas que não
poderia funcionar onde você está. “O nosso povo
simplesmente não tem esse tipo de compaixão”,
“Não temos os recursos de que necessitaríamos para
ter êxito em algo assim” ou (e isto eu costumo ouvir
o tempo todo) “Não temos pessoas pobres na nossa
comunidade.” Se algum desses pensamentos passou
pela sua mente, ainda que remotamente, então esta
parte do livro é para você. Vou lhe mostrar algumas
das maneiras estratégicas de se fazer uma
servolution e lhe dar ideias de como começar do
princípio, como expandir aquilo em que você talvez
já esteja envolvido, e como você pode incorporar a
servolution à cultura de sua igreja.
MANEIRAS ESTRATÉGICAS DE
FAZER UMA Servolution
Pensamento Nossa igreja
nº 1: simplesmente
não tem esse
tipo de
compaixão.
Resposta: Tudo começa
liderança —
se você abrir
o caminho, o
povo seguirá
por ele.
A servolution não começará na sua igreja a partir de
um grupo de voluntários ou mesmo com alguns
líderes-chave; ela precisa começar dentro do coração
do pastor. Quando DeLynn e eu iniciamos a igreja,
entendemos que havia um motivo pelo qual Deus
nos escolheu para pastorear na nossa cidade durante
esse tempo. Ele tinha algo específico para fazermos,
uma maneira específica para servirmos e uma visão
que Ele queria que nós — como igreja —
cumpríssemos.
Sabemos que, no fim, vamos ter de prestar contas
a Deus pelo que fazemos enquanto estamos neste
planeta, de modo que, desde o princípio, decidimos
que o que era importante para Ele deve ser o que
mais valorizamos: pessoas. Decidimos que
serviríamos às pessoas e deixaríamos o restante com
Ele.
A servolution vem de cima para baixo, ou talvez
seja mais preciso dizer “de dentro para fora”. Todos
os nossos pastores e líderes lideram com a
mensagem e o exemplo de servir às pessoas “em
qualquer circunstância, a qualquer momento”. À
medida que você ensinar e treinar sua equipe, seu
grupo de liderança e sua congregação acerca da
paixão de Deus por estender as mãos ao perdido e ao
sofredor, eles começarão a desenvolver o desejo de
servir também. O que é maravilhoso é que eles
poderão muito bem ser capazes de plantar sementes
de um modo diferente do que você poderia imaginar
sozinho, mostrando a você um novo ângulo e
trazendo maneiras criativas de suprir essas
necessidades.
Independentemente de onde a sua igreja está, não
é um acidente você estar onde está, liderando na sua
comunidade singular. Deus tem propósitos distintos
para a sua igreja e Ele já começou a colocar ao seu
redor o tipo de pessoas necessárias para cumprir
essa missão. Como líder, se você colocar diante da
sua congregação a visão de alcançar o mundo
servindo a uma pessoa e a mensagem de suprir as
necessidades do perdido e do sofredor, então essa
atitude e esse desejo se espalharão por toda a cultura
da sua igreja. Isso iniciará uma servolution.
Está claro agora para nós que quando estamos
levando em consideração algo novo, sempre nos
perguntamos: como esta decisão afetará os pobres e
sofredores? Um sujeito me procurou certa vez e
disse: “Pastor, quero começar um grupo de homens
que não é um programa assistencial, mas apenas
para que alguns de nós, cristãos, possamos nos
reunir e criar vínculos.” Minha resposta foi: “Sinto
muito, mas nunca teremos algo aqui na igreja
Healing Place que tenha a ver somente conosco. Não
é assim que somos.”
Por exemplo, o nosso ministério de adultos
veteranos não pode se limitar a ter os membros mais
antigos se sentando com as mesmas pessoas todas as
semanas falando sobre quem venceu o campeonato
mundial de beisebol de 1957.1 Embora eu não tenha
nenhum problema com o beisebol e não me importe
de discutir sobre o assunto, os nossos pequenos
grupos também precisam estar alcançando a
comunidade. E os nossos veteranos fazem isso. Eles
são uma parte vital do nosso ministério Cozinhando
para Cristo, são os nossos introdutores, a nossa
equipe de boas-vindas, e atuam em diversas outras
frentes assistenciais. Nosso ministério de mulheres
não passa o ano inteiro se reunindo apenas para falar
sobre o que Deus fez por elas e sobre as últimas
novidades de família; elas servem com regularidade
e costumam fazer doações às mulheres da nossa
comunidade por meio de eventos como Noite das
Fraldas das Mulheres da Healing Place,2 e também
prestam auxílio em um abrigo local para mulheres
que sofreram abusos. As nossas mulheres amam
servir. Os nossos veteranos amam servir. O mesmo
acontece com os nossos homens, com os nossos
jovens e até com as nossas crianças.
Pensamento Simplesmente
nº 3: não temos
pobres na
comunidade.
Resposta: Dê mais uma
olhada.
Em algumas regiões, como aqui na Louisiana, a
pobreza é relativamente fácil de ser encontrada
porque o nosso estado teve uma longa história de
economia deficiente. A necessidade é óbvia. Mas só
porque a necessidade não está olhando para você de
frente, não significa que não existam pessoas pobres
e sofredoras ao seu redor que precisam de uma
servolution. Às vezes você só precisa olhar com um
pouco mais de atenção, ouvir um pouco mais de
perto... Será que existem pessoas passando por um
divórcio? Será que existem algumas que perderam o
emprego? Será que existem pessoas que estão
solitárias, sem família ou amigos? Será que existem
viúvas, mães solteiras, ou pessoas com necessidades
físicas especiais? Quer você esteja procurando por
elas em um country clube ou em favelas densamente
povoadas, sempre existem pessoas por perto que são
pobres ou que estão sofrendo.
Talvez seja natural pensar que você não tem
nenhuma pessoa pobre e sofredora na sua
comunidade, mas eu lhe garanto que elas existem.
Se existe uma sala de emergência, existe alguém
sofrendo. Se existe uma casa funerária, há alguém
que está passando por uma perda. Pense nisso por
um minuto. Se existe um tribunal ou uma cadeia,
existe alguém sofrendo. Alguém me disse certa vez
que não havia pobres na sua comunidade, o trabalho
assistencial dali tinha de se limitar a entregar um
cheque ao centro de distribuição de alimentos local
todos os meses. Perguntei se eles já haviam pensado
em ver quem estava recebendo os alimentos desse
centro de distribuição. É bem possível que haja
alguém sofrendo, alguém necessitado a quem você
possa servir. Geralmente não vemos essas pessoas
nem sabemos onde procurar por elas. Dê mais uma
olhada ao seu redor.
É uma boa ideia pedir a Deus para abrir seus
olhos e ajudá-lo a ver o que talvez não seja tão
óbvio. É verdade que alguns tipos de sofrimento e
pobreza não são fáceis de se reconhecer. Mas eu lhe
garanto que os pobres e os sofredores estão ao seu
redor. Você só precisa pedir a Deus que o ajude a
encontrá-los, e deixar que Ele lhe mostre como
servir a eles.
Um de meus amigos é pastor em outro estado, e
ele me pediu para falar em sua igreja sobre a nossa
servolution. Contei histórias de algumas das coisas
que experimentamos alcançando pessoas,
cozinhando e doando aos pobres e distribuindo água
gratuitamente. Encorajei-os a servir aos pobres e
sofredores da comunidade deles. Depois, ele me
disse o quanto todos eles se sentiram inspirados e
desafiados, mas que a região deles era muito
diferente da minha. Aparentemente, existem leis que
os proíbem de distribuir alimentos ou de cozinhar ao
ar livre e oferecer refeições grátis; além disso, não
havia pessoas financeiramente pobres. (Ele não
estava apenas dando desculpas. Na sua área,
realmente não há tanta pobreza e desemprego como
vemos o tempo todo no meu estado). A minha
resposta foi: “Bem, isso pode ser mais difícil de
encontrar, mas ainda existem pessoas aqui que
precisam ser servidas. Às vezes uma servolution
requer muita criatividade.” Ele concordou, e a sua
equipe o seguiu.
Não muito tempo depois dessa reunião, ele me
telefonou para dizer que eles haviam encontrado
uma maneia criativa de servir em uma prisão
próxima. Eles precisavam de tutores para os
internos, de modo que enviaram muitos voluntários
qualificados para servir ali. Eles começaram a
construir relacionamentos com os internos e saíram
com uma ideia: “Vamos adotar cem dessas famílias
para o Natal.” Que servolution! Ajudar centenas de
mães solteiras, crianças e pais em uma época do ano
em que eles poderiam estar sofrendo ainda mais!
Aquele pastor estava disposto a não permitir que
aquelas necessidades ficassem sem resposta. A
atitude dele foi: “Não podemos ajudar a todos, e não
podemos fazer tudo, mas podemos fazer alguma
coisa.” E um coração assim é o lugar onde a
servolution começa.
Independentemente de onde você esteja, existem
pessoas que estão sofrendo na sua comunidade,
precisando ser ajudadas e servidas, pessoas que
precisam que lhes digam que não foram esquecidas
e que são importantes para Deus. Você poderia
começar perguntando a si mesmo e à sua equipe de
liderança que tipo de injustiça está fazendo o
coração de vocês arder e por que tipos de fardos
vocês estão orando. Muitas vezes você encontrará
um ponto de partida exatamente nesse ponto.
Algumas vezes Deus lhe dará apenas uma noção ou
um impulso, ou uma pista acerca de um programa
assistencial específico, mas se você for fiel para se
colocar em uma posição arriscada e compartilhar
isso com a sua congregação, você poderá se
surpreender com a rapidez com que eles abraçarão a
visão.
ALGUMAS PALAVRAS DE
ACONSELHAMENTO
1. COMECE EM PEQUENA ESCALA
Quando vocês tiverem colocado em seu coração o
desejo de dar início a um determinado programa
assistencial, comecem em pequena escala antes de
crescer. Confiem em mim — é muito mais fácil
deixar algo de fora em um ambiente pequeno onde
você pode resolver os detalhes que podem fazer a
sua obra assistencial dar certo ou dar errado.
Por exemplo, uma das nossas obras assistenciais
favoritas é a distribuição de água. Os verões na
Louisiana costumam ser quentes e úmidos. Então,
costumamos distribuir garrafas de água às pessoas
que estão andando pela cidade ou sentadas em seus
carros no trânsito, nos cruzamentos. Nas primeiras
vezes em que fizemos isso, distribuímos apenas
algumas garrafas de água e refrigerantes. Mas, por
termos começado esse programa assistencial em
pequena escala, pudemos verificar algumas
maneiras de melhorar e desenvolvemos alguns
princípios de distribuição das bebidas.
Em primeiro lugar, a água precisa ser congelada
por determinado tempo antes de ser entregue, e esse
tempo varia dependendo de onde você irá distribuí-
la. Em algumas áreas, a água pode ser distribuída
rapidamente, mas, em outras, demora um pouco
mais, então a água precisa estar mais gelada.
Em segundo lugar, quando forem utilizados
coolers para transportar as garrafas dos caminhões
até o ponto de distribuição, aparelhos com rodinhas
são de grande ajuda.
Em terceiro lugar, passamos a distribuir água em
lugar de refrigerante, não por causa dos malefícios
do açúcar e do aspartame, e também nem tanto por
causa do custo inferior da água, mas apenas por
causa da maior aceitação que uma simples garrafa
de água bem gelada tem nas ruas de Baton Rouge.
Em quarto lugar, aprendemos o valor que tem
anexar um pequeno cartão com o nome da nossa
igreja, o número do telefone, o endereço do nosso
site e a seguinte mensagem: “Esperamos que este
pequeno presente ilumine o seu dia. Esta é uma
maneira simples de dizer que Deus ama você — sem
restrições. Fale conosco se precisar de ajuda.”
Detalhes simples como esses nos ajudaram a
tornar o nosso serviço excelente e a nossa
mensagem clara, e ajudou a aumentar a nossa
capacidade nesse tipo de obra assistencial.
2. FAÇA UMA CAMINHADA
PRIMEIRO
Houve uma vez em que ficamos um pouco
assoberbados com a atividade que desenvolvemos.
Foi durante uma caça a ovos de Páscoa. Devo dizer
que seguimos o nosso próprio conselho e
começamos em pequena escala no primeiro ano.
Fiquei “internado” no campus da nossa igreja com
cerca de setenta a oitenta crianças, e o evento foi
seguro e tranquilo. No ano seguinte, dissemos: “Ei,
vamos fazer novamente, mas desta vez vamos fazer
isso nas praças da cidade!” Nós ampliamos tudo e
planejamos um bom aumento na quantidade de
pessoas, mas nada como o que vimos na manhã do
evento. Ficamos chocados quando mais de duas mil
pessoas chegaram, com cestas nas mãos,
empolgadas por participarem de uma enorme caça
aos ovos. Estávamos desprovidos de pessoas,
despreparados e sem estoques. Não havíamos
planejado que o projeto crescesse de menos de cem
para mais de dois mil em um ano. A nossa equipe
trabalhou mais do que nunca. Fizemos o melhor que
pudemos e evitamos uma catástrofe total. As
pessoas foram abençoadas e tenho certeza de que
muitas tiveram uma experiência positiva, mas
sabíamos que foi muito menos do que poderia e
deveria ter sido.
Mas aprendemos com os nossos erros, e dois anos
depois, oferecemos à nossa comunidade um evento
que chamamos de A Maior Caça aos Ovos do
Mundo. Tínhamos cento e sessenta e cinco mil ovos
no chão, e quando sete mil pessoas compareceram,
estávamos preparados. O evento foi um enorme
sucesso, e muitas pessoas da nossa igreja hoje olham
para trás e se lembram daquele evento como o seu
primeiro encontro com a igreja Healing Place.
Agora utilizamos a lição aprendida com
dificuldade como um guia não apenas nos novos
trabalhos assistenciais que iniciamos, como também
com aqueles que percebemos que estão a ponto de
aumentar exponencialmente. Esta é a lição: como
equipe, precisamos nos organizar para o evento
muito antes de ele começar. Visualizar o evento
ajuda a determinar como ele irá funcionar na
realidade e o que não irá funcionar. Daí, podemos
fazer ajustes antecipadamente, em vez de fazer isso
durante o evento.
Enquanto você lê o testemunho da servolution da
igreja Healing Place, lembre-se de que levamos mais
de dezesseis anos na formação de uma estrutura.
Algumas das obras assistenciais e ministérios que
oferecemos hoje nunca poderiam ter sequer sido
imaginados há apenas cinco ou dez anos. Isso não
aconteceu da noite para o dia. Definitivamente
cometemos a nossa cota de erros e ainda não temos
todas as respostas. Ainda estamos aprendendo sobre
essa jornada da servolution.
Toda a nossa equipe, o nosso grupo de liderança e
a nossa congregação cresceram a cada novo ano e a
cada nova experiência ao longo do caminho. O
nosso nível de compaixão e capacidade de responder
aumentaram, e a nossa consciência das necessidades
que nos cercam foi aguçada. Isso porque escolhemos
valorizar grandemente o investimento de tempo,
esforço, recursos e atenção em servir às pessoas e
em suprir suas necessidades. Foi um processo e um
trabalho bastante árduo, mas eu lhe garanto: cada
momento valeu o custo.
A servolution não pode simplesmente acontecer
sem resultar em uma igreja mais forte, mais
saudável e mais realizada. A sensação de ser parte
de algo que está fazendo uma verdadeira diferença
no mundo trará vida às pessoas da sua igreja de uma
maneira que você não pode imaginar.
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
O que faz uma obra
assistencial valer a pena no
Reino não depende de ela
ser uma ideia nova. Isso
não é uma competição para
ver quem pode fazer o
evento assistencial mais
louco. O que importa é
quanto o amor demonstrado
nesse evento é tremendo.
Veja como garantir que o
seu evento seja bem-
sucedido.
Tentamos fazer com que
todo evento seja tão
caloroso e receptivo quanto
possível. Uma maneira de
fazer isso é revisar as
tarefas tão claramente
quanto possível antes de o
evento acontecer. Temos
pessoas na nossa equipe
cuja função é agir como se
fosse um visitante, e elas se
fazem estas perguntas:
1. Eventos agradáveis
para visitantes. Que
perguntas você faz
para garantir que os
seus eventos sejam
agradáveis e
receptivos para os
visitantes e
convidados?
2. Revise tudo. Que
processo você
desenvolveu para
“revisar” as atividades
de seus eventos antes
de eles acontecerem?
3. Comece em
pequena escala. De
que maneira você
pode começar esta
semana com uma ideia
“pequena”? Dê um
exemplo. (Veja ideias
no apêndice 1).
A RUA DA
Servolution
O BAIRRO ONDE MORA
JESUS
RATOS!
Outro exemplo dos efeitos fortalecedores de uma
servolution ocorreu nos primeiros dias de
inauguração da nossa igreja em Donaldsonville,
Louisiana. Havíamos adquirido uma propriedade
com um prédio nela que havia sido anteriormente
um depósito de cerveja e depois uma fábrica de
batatas chips. Disseram-nos que o prédio deveria ser
condenado, mas também sabíamos que Deus tinha
outros planos. Nossa equipe foi trabalhar limpando o
velho depósito destruído, que estava fora de uso há
anos. Havia muito lixo — paletes quebradas, sucata
de ferro velho, entulho e tudo o mais que os antigos
ocupantes decidiram que não queriam limpar.
O lugar cheirava mal e estava imundo. A
princípio parecia um trabalho emocionante. E foi
então que os ratos decidiram sair dos esconderijos.
Não eram um ou dois. Não era uma dúzia ou duas.
Na verdade, eram centenas. Derek Smith era um dos
guerreiros naquele dia, e relembrou a batalha que se
seguiu: “Pegamos enxadas, ancinhos e pás — tudo
que pudéssemos encontrar — e entramos ali os
movendo para todos os lados. Os ratos estavam por
toda parte. Era como se todas as vezes que nós
batêssemos, matássemos alguma coisa.” Quando a
batalha terminou, Derek e a equipe haviam feito
uma pilha de ratos mortos de cerca de um metro e
vinte de altura do lado de fora do estacionamento.
Eles limparam, tiraram entulho, limparam
novamente, renovaram e limparam um pouco mais,
e agora aquele antigo prédio infestado de ratos é
uma parte vital das instalações de treinamento do
nosso Dream Center e de nossa igreja naquela
região.
• Cumprimentando
cada uma com um
“seja bem-vindo”
caloroso.
• Reconhecendo o
sacrifício que elas
estão fazendo ao
dedicar tempo e
energia para servir.
• Nunca
desperdiçando o
tempo de um
voluntário. Certifique-
se de que cada ensaio,
oportunidade de
serviço e obra
assistencial sejam
cuidadosamente
planejados e
organizados.
• Agradecendo a cada
voluntário antes de
partirem e elogiando-
os pela sua
contribuição
específica.
1. Servindo juntos.
Você já sentiu a
alegria de servir junto
com outras pessoas? O
que acontece quando
as pessoas servem
lado a lado?
2. O que me move a
servir. Que injustiças
específicas você vê no
mundo que ardem no
seu coração? Que
necessidades fazem o
seu coração doer? O
que você identificaria
como o seu “servir”?
3. As pessoas do meu
bairro. Quem são as
pessoas do seu bairro
que Deus colocou em
sua vida para que você
as sirva?
MANTENHA ACESA A
CHAMA POR SERVIR
EVITE A FADIGA DA
COMPAIXÃO
LEMBRE-SE DA GRAÇA E DA
MISERICÓRDIA QUE DEUS LHE
DEMONSTROU
Nesses momentos em que fico esgotado e começo a
me concentrar no meu cansaço, ou quando o meu
desejo de recuar é mais forte que a minha
necessidade de servir às pessoas, lembro-me de tudo
que Deus fez em minha vida. Penso na graça e na
misericórdia que Cristo me deu, nas dez mil
segundas chances que Ele me ofereceu, no quanto
Ele me perdoou e em tudo com que Ele me
abençoou. Eu não apenas enumero essas coisas
como se estivesse checando uma lista de compras;
eu realmente penso e medito no quanto Deus tem
sido impressionante em minha vida. Ele me
abençoou com uma esposa incrível e três filhos
saudáveis e lindos, e Ele nos deu o tremendo
privilégio de pastorear uma congregação cheia das
pessoas mais especialmente maravilhosas que já
conheci. Digo isso de todo o coração!
Depois de passar um tempo valioso tendo esses
pensamentos, como posso fazer outra coisa senão
servir a tantas pessoas quantas possível com a minha
vida? Passo a estar motivado por algo mais alto; sou
inspirado pela responsabilidade da graça que Ele me
deu. É como se um alarme fosse disparado em meu
coração, dizendo: “Vamos lá, Dino. É hora de se
levantar e ajudar alguém a encontrar o que você
encontrou.” Sim, posso escolher apertar o botão e
ignorar o alarme, enterrando a cabeça debaixo de um
travesseiro de autopiedade porque não estou com
vontade de me levantar para servir. Mas quando me
lembro do que Ele fez por mim, descubro que Deus
simplesmente não me deixará dormir ao longo desta
vida.
Jesus conta uma história sobre um servo que tinha
uma dívida enorme para com o seu rei.1 Quando ele
não podia pagar a dívida, o rei ordenou que a família
e os bens do homem fossem vendidos. O homem
caiu aos pés do rei, implorando por misericórdia, e o
rei apiedou-se dele e perdoou a sua dívida. No dia
seguinte, aquele mesmo servo encontrou um homem
que lhe devia uma pequena quantia e ficou irado
quando o homem não pôde pagá-lo. O homem que
tinha a pequena dívida caiu aos pés do servo e
suplicou, mas o servo (que havia acabado de ser
completamente perdoado pelo rei) não demonstrou
misericórdia. Ele o lançou em uma prisão até que
pudesse pagar a dívida.
Quando o rei descobriu a injustiça, foi até o seu
servo e disse: “Servo mau! Depois que eu perdoei a
sua dívida, você agarrou alguém que lhe devia
algumas moedas e o lançou na prisão. Portanto,
agora vou soltar aquele homem, vou lançar você na
prisão, e você será torturado por ter feito isso.” O
primeiro homem se esqueceu da graça e da
misericórdia que lhe haviam sido demonstradas, e o
resultado foi que ele tratou mal a outra pessoa.
Imagino que depois ele tenha lamentado ter feito
isso.
O princípio dessa história é claro: a graça
esquecida e a misericórdia considerada coisa banal
geram um coração endurecido. Jamais quero ser
assim. Quero atuar com uma consciência diária da
graça de Deus em minha vida. Quero sempre me
lembrar de que fui liberado de uma dívida que eu
jamais poderia pagar; meus muitos erros foram
perdoados. Preciso ter a graça de Deus viva em meu
coração hoje, e quando me lembro de tudo isso,
descubro uma nova motivação para servir à pessoa
que está ao meu lado com uma atitude que diz:
“Farei o que for preciso, sempre que for preciso.”
A graça
esquecida e
a
misericórdia
considerada
coisa banal
geram um
coração
endurecido.
Jamais
quero ser
assim.
NÃO SE ESQUEÇA DE
APRECIAR A JORNADA
Você pode chegar ao ponto em que todos os
pensamentos já mencionados sejam tão eficazes
quanto comer algodão-doce quando se está com
sede. Todos eles são verdadeiros e você sabe que
eles deveriam acender a compaixão em seu coração,
mas você simplesmente está exausto demais. Você
bateu em uma parede que alguns chamam de “a
fadiga da compaixão”. É um estado que resulta de
estar tão ocupado servindo às pessoas que você
começa a ficar exausto e se torna insensível à dor
daqueles a quem está servindo.
Na nossa empolgação de alcançar tantas pessoas
quanto possível, corremos o risco de nos esquecer de
que cada uma delas é um indivíduo. Cada uma delas
importa para Deus e cada uma tem sentimentos; elas
sofrem, elas choram e elas têm esperanças e
expectativas — assim como todos nós.
A fadiga da compaixão é o tipo de problema que
toma conta de você nos momentos em que uma
necessidade é avassaladora e a resposta exige um
investimento contínuo de uma grande quantidade de
energia. E quando você acrescenta à equação a
exigência emocional que esse tipo de necessidade
pode requerer, pode ser fácil perder de vista o valor
do indivíduo.
Não é de admirar que tenhamos sentido a fadiga
da compaixão em larga escala alguns meses depois
que o furacão Katrina devastou a Louisiana. Nós nos
lançamos de cabeça nessa necessidade como uma
igreja completa e coesa, dando tudo que podíamos
de mil maneiras diferentes. Depois de cerca de
quatro meses servindo em um nível extremamente
intenso, parecia que todos estavam exaustos, e ainda
havia uma quantidade avassaladora de trabalho a ser
feito.
Então, decidimos encorajar uns aos outros para
nos lembrarmos da alegria. Ensinei durante várias
semanas na igreja sobre viver uma vida de alegria e
como desfrutar a vida abundante que Deus preparou
para cada um de nós. Falamos sobre quem somos
em Cristo e sobre a importância de encontrar a nossa
identidade Nele, e não na nossa servolution.
Descobrimos o refrigério de nos colocarmos, assim
como a nossa servolution, mas mãos de Deus e
permitir que Ele renove nosso espírito, nossa alma e
nosso corpo.
Fazemos
muitos
eventos
como
igreja que
envolvem
comida.
Existe
algo no
fato de
comer
juntos que
faz com
que
queiramos
ficar por
perto e
estar mais
próximos
uns dos
outros.
Um dos maiores tipos de gratidão que damos ao
nosso povo é uma enorme festa ao ar livre durante a
primavera ou o outono. Temos sempre comida e
bebida grátis, e às vezes raspadinhas, sacolés ou
algodão-doce, e tantos brinquedos infláveis quantos
possamos encontrar. Algumas vezes, fizemos uma
enorme queima de fogos, e uma vez tivemos até
balões de ar quente por todo o lugar — o que foi
muito legal de se ver. Durante alguns anos, fizemos
esse tipo de evento em feiras livres, mas agora
temos espaço para fazê-lo na nossa propriedade.
Fazemos questão que a igreja saiba que eles podem
trazer os amigos e a família e qualquer outra pessoa
que eles possam querer convidar. Fazemos tudo
gratuitamente para qualquer pessoa que venha — a
nossa maneira de agradecer ao nosso povo com um
grande evento que eles possam desfrutar, e ao
mesmo tempo dando a eles uma maneira fácil de
colocar seus amigos e sua família em contato com a
igreja também. Sem dúvida, custa muito dinheiro e
energia fazer um evento assim acontecer, mas são
coisas como essas que fazem com que as pessoas
saibam que as apreciamos.
Como pastores, DeLynn e eu somos muito gratos
pelas pessoas de excelência que Deus nos deu para
dirigir cada aspecto da igreja Healing Place, e
amamos encontrar oportunidades de transmitir isso,
abençoando-as. Algumas vezes nos encontramos
para uma reunião administrativa (cerca de cem
pessoas) e damos a todos um envelope com dinheiro
(às vezes apenas dez dólares, e outras vezes cem).
Depois dizemos a todos para nos encontrarem no
shopping simplesmente para podermos passar algum
tempo juntos fazendo compras. Amamos dar
presentes à nossa equipe. Também amamos trazer
pregadores ungidos para enriquecerem e
desenvolverem a nossa equipe. E não há nada como
dizer a todos para irem para casa mais cedo ou
tirarem o dia seguinte de folga. Principalmente
quando estamos às voltas com grandes eventos, é
muito importante que a equipe esteja preparada e
bem descansada para que todos possam vir e dar o
seu melhor. Não é bom para as pessoas a quem
estamos servindo se a nossa equipe as cumprimentar
com a testa enrugada e com o rosto cansado ou se
eles estiverem tão tensos por terem de ajudar, que,
na verdade, não consigam se conectar com ninguém.
Como equipe, frequentemente conversamos sobre
como amar e servir uns aos outros; se não
conseguirmos ter êxito em servir internamente, não
vamos ser bons nisso fora dos nossos muros.
Tentamos criar oportunidades para que todos nós
estejamos juntos e possamos nos divertir juntos.
Relacionamentos fortes em toda a equipe são uma
parte vital para se manter uma equipe saudável.
Quando nós, como equipe, acreditamos uns nos
outros e valorizamos uns aos outros, podemos criar
um ambiente muito eficaz para alcançar os perdidos.
Também é impressionante quantos voluntários a
mais aparecerão para servir quando eles sabem que
irão fazer parte de uma equipe que está desfrutando
a vida.
Então, como podemos continuar fazendo isso? É
uma pergunta perfeitamente normal. Como pastores
que escolhem entregar a vida para servir a outros, e
como todo servolucionário, é muito fácil nos
permitirmos ficar cansados e insensíveis para aquilo
que é a essência da nossa vida. Precisamos nos
lembrar da grande graça e misericórdia que nos
foram dadas por Jesus, dedicar tempo para nos
renovar e mostrar a nossa apreciação por aqueles
que servem conosco. Fazer essas coisas nos ajudará
a nos manter afiados, a continuar a ser cheios do
amor e compaixão que Cristo tem por nós e a
transformar tudo isso em combustível para acender o
próximo nível da nossa servolution.
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
É importante para todo
líder no ministério tirar
alguns minutos de tempos
em tempos para avaliar os
níveis de estresse e fadiga.
Se nos permitirmos ficar
consumidos demais pela
“obra” do ministério, não
seremos eficazes quando
tentarmos ministrar ao
povo de Deus.
1. Descanso e
refrigério. Tenho
dedicado o tempo
adequado para me
renovar em Deus?
2. Encontrando
equilíbrio. Tenho
conseguido passar
tempo de qualidade
com a minha família?
Com meus amigos?
Os líderes das equipes
e os principais
voluntários estão se
sentindo
assoberbados? Caso
estejam, como
podemos ajudar a
fazer com que eles se
sintam equilibrados no
uso do seu tempo e
também se sintam
apreciados? Como
líder, estou fazendo as
perguntas certas para
compreender como
estão a minha equipe
ou meus voluntários?
Eles têm liberdade de
admitir quando
precisam de descanso?
3. Celebração e ações
de graças. Quando foi
a última vez que
chamei a equipe ou os
voluntários para uma
reunião apenas com a
finalidade de
agradecer a eles por
todo o esforço?
Quando foi a última
vez que a igreja os
abençoou com um
presente?
NUNCA SIRVA
SOZINHO
ONDE ESTÁ O MEU
“TOCA AQUI PARCEIRO”?
Todos nós
que estamos
envolvidos
no
ministério
finalmente
enfrentamos
momentos
em que não
temos ideia
de para
onde
estamos
indo ou em
que não
sabemos
como vamos
chegar ao
nosso
destino ou
como vamos
pagar por
alguma
coisa.
Relacionamentos fortes são vitais porque eles
podem nos ajudar a abrir caminho em meio a esses
momentos de desorientação. Podemos nos sentar
com amigos íntimos ou com mentores do ministério
para compartilhar medos e inseguranças e não temer
que eles entrem em pânico. Às vezes apenas saber
que eles estão ali para ajudar a salvar você se
alguma coisa der errado pode lhe dar a coragem para
fazer o que você sabe que deve fazer. Ter amigos
por perto pode reduzir o risco que você enfrenta
quando lança um ministério ou quando faz algo
novo.
Não estou falando sobre o tipo de amizade em que
você se reúne apenas para falar sobre os pontos altos
de seu ministério e sobre o quanto cada parte dele
tem sucesso. Estou falando sobre as pessoas com
quem você passa um tempo e em questão de dez
minutos você está desabafando sobre os seus pontos
fracos. Você está contando como se saiu mal na
pregação da noite passada ao ilustrar sua mensagem
usando uma madeira de árvore para acertar uma bola
de golfe de plástico na testa de uma velhinha que
estava sentada inocentemente na décima fila, e como
o sujeito que estava atrás dela decidiu processar a
igreja por danos psicológicos. Você também está
ouvindo seus amigos contarem suas histórias sobre
os problemas deles. Mas vocês estão encorajando
uns aos outros também, ajudando uns aos outros a
ver que nenhum de vocês está sozinho na sua luta.
Quero pessoas em minha vida que falem comigo
assim, sem medo de compartilhar suas dúvidas e
seus medos, porque se elas puderem compartilhar
comigo como passaram por suas noites escuras, eu
serei encorajado a passar pelas minhas. Nunca
pastoreei uma igreja antes da igreja Healing Place.
Nunca dirigi uma equipe de cem pessoas antes. Por
nunca ter feito isso antes, é útil ter pessoas ao meu
redor que também estão passando por isso. Sou até
abençoado com alguns amigos que já passaram pelo
que estou passando, que me ajudam a percorrer a
minha jornada. Se você não tem pessoas assim em
sua vida, peça a Deus para lhe mostrar com quem
Ele quer que você se relacione dessa maneira. Ele é
o Senhor do seu destino; Ele sabe quem precisa estar
na sua vida para ajudar a levá-lo ao seu próximo
destino, e quem precisa de você para ajudar a levá-lo
ao destino dele.
Se eu tenho
alguma coisa
e você
precisa dela,
simplesmente
venha pegá-
la. E se você
tem algo de
que eu
preciso, não
se pergunte
onde deverá
estar quando
voltar para
casa e ele não
estiver lá.
É assim que muitos dos nossos relacionamentos
com outras igrejas funcionam. Um ótimo exemplo
disso é a nossa amizade com o pastor Stovall
Weems e a igreja Celebration Church, de
Jacksonville. O pastor Stovall é o tipo de sujeito que
eu sei que fará qualquer coisa por mim, e ele sabe
que eu farei qualquer coisa por ele. Ele
provavelmente é o maior fã do time LSU da Flórida,
de modo que todo ano faço com que ele venha a
Baton Rouge e pregue na igreja Healing Place
durante o período dos jogos de futebol. Por causa do
excelente relacionamento entre nossas igrejas,
enviamos a nossa equipe do Cozinhando para Cristo
a Jacksonville diversas vezes para ajudá-los com
alguns de seus grandes eventos. Quando chegou a
hora de levantar os fundos para a nossa Clínica
Médica Móvel, a Celebration Church foi uma das
primeiras da fila pronta a nos ajudar.
Quando construímos relacionamentos uns com os
outros e trabalhamos juntos como ministério e
organização, aumentamos a capacidade uns dos
outros para realizarmos coisas maiores do que
qualquer um de nós poderia fazer sozinho.
Outro exemplo do valor dos relacionamentos
entre os ministérios pode ser encontrado na
Penitenciária Angola.6 Essa prisão é uma das
maiores penitenciárias dos Estados Unidos,
abrigando mais de cinco mil internos. Ela fica a
apenas alguns minutos da nossa igreja, na cidade de
St. Francisville. Sozinhos, seria difícil organizar
uma obra assistencial maciça para todos os internos.
Em vez disso, desenvolvemos um excelente
relacionamento com o Ministério Joyce Meyer.7
Eles têm um coração tremendamente voltado para os
presidiários e um excelente histórico de eventos
ministrando em presídios. Fizemos uma parceria
para realizar um evento evangelístico no interior do
presídio há alguns anos. Oferecemos comida e mão
de obra. Foi um sucesso incrível, e continuamos a
edificar sobre o trabalho que teve início naquele dia
a partir desse impulso inicial. Por causa de um ótimo
relacionamento, podemos participar de uma obra
muito empolgante e de sucesso que ainda está dando
frutos.
Existem centenas de histórias como essa que
mostram como Deus nos abençoou com Seu favor
nos relacionamentos. Por termos dado tanto valor à
construção de relacionamentos ao longo dos anos, a
nossa servolution passou para um nível que jamais
poderíamos ter alcançado sozinhos.
A INTERSEÇÃO ENTRE A
NECESSIDADE E O
RELACIONAMENTO
A nossa servolution corta um caminho muito maior
quando nos relacionamos com outras igrejas e
organizações que têm pensamentos semelhantes. À
medida que sua igreja descobre a natureza da
servolution que Deus projetou para vocês, você
reconhecerá mais necessidades dentro da sua
comunidade e por todo o mundo com as quais você
pode lidar. Tentar descobrir onde investir o seu
tempo, o seu dinheiro e a sua energia para atender a
essa imensa necessidade pode ser um desafio.
Você pode girar um globo, fechar os olhos e
colocar o dedo em qualquer lugar para decidir onde
vai servir. Entretanto, creio que é muito mais sábio
seguir o favor que Deus lhe deu e trabalhar com os
relacionamentos com os quais Ele já o abençoou.
Trabalhe com aqueles que você conhece e em quem
confia, e permita que Deus expanda esses círculos
de relacionamentos ao longo do caminho. Você
descobrirá que ganha cada vez mais relacionamentos
de confiança, e logo você estará ligado a muitas
pessoas que estão fazendo o que você faria se
estivesse ali. Foi exatamente assim que aconteceu
com a nossa igreja em Moçambique.
Localizada próximo a Maputo, em Moçambique,
na África do Sul, Nkobe é composta principalmente
de cabanas de palha construídas na areia, embora
algumas poucas casas sejam construídas com blocos
de concreto feitos em casa. O único acesso à água
potável vem dos poços. Os moradores são pessoas
que foram rejeitadas pela sociedade, desabrigadas e
pobres, vivendo em áreas rurais ou destruídas pela
guerra para que o sistema de “assistência social” do
governo as alcance. O governo, fazendo o que podia
para ajudar, reuniu-os e jogou-os em Nkobe. Parece
um ótimo lugar para se começar uma igreja, não é?
Deixe-me retroceder cerca de sete anos. Eu estava
dirigindo uma minivan branca em uma estrada na
região leste de Zimbábue com Dave Ohlerking e
alguns outros caras da nossa igreja. Quem estava nos
hospedando era um zimbabuano, Dave Van
Rensburg,8 que estava servindo na época como
diretor do ministério Children’s Cup, na África.
Estávamos aprendendo sobre alguns trabalhos que o
Children’s Cup9 estava fazendo com os órfãos da
aids no Zimbábue, e estávamos perto de Mutare, a
caminho de um dos pontos de trabalho deles, quando
Dave apontou para uma cadeia de pequenas
montanhas.
“Bem acima daquelas montanhas está
Moçambique”, Dave nos disse, no seu sotaque muito
interessante, parecendo um guia turístico exótico. “É
onde milhares e milhares de refugiados fugiram para
Moçambique durante a guerra civil nos anos 1980.”
Ele continuou nos contando mais, mas realmente eu
não estava mais ouvindo. No instante em que Dave
começou a falar, Deus colocou algo em meu coração
pelo qual eu não estava esperando.
Vou lhe trazer para fazer algo em Moçambique
um dia. Eu sabia que era Deus, mas, ainda assim, eu
me questionava. Não conhecíamos ninguém em
Moçambique e havia muitas coisas que estávamos
tentando fazer para ajudar o Children’s Cup no
Zimbábue.10 Havia mais necessidades no Zimbábue
do que podíamos suprir, e não parecia que o
ministério Children’s Cup (que era relativamente
jovem naquela época) estaria pronto para se estender
para outro país tão cedo.
Mas eu não podia retirar a palavra de Deus. Deus
havia plantado uma semente no meu coração
naquele dia, naquela estrada de Mutare, e ela nunca
me deixou. Voltamos para casa e continuamos a
nossa parceria com o Children’s Cup e o seu
trabalho no Zimbábue. Nós nos certificamos de que
a nossa congregação fosse informada sobre a obra
que estava sendo feita na África. Mas sempre que
colocávamos uma grande bandeira do Zimbábue do
lado de fora, eu sempre me certificava de colocar
uma bandeira de Moçambique bem ao lado dela.
Não estávamos fazendo nada em Moçambique, mas
eu sabia no meu coração que o tempo estava
chegando.
Vários anos depois, por meio de alguns
relacionamentos-chave com pessoas da região,
trabalhando duro para tornar isso possível, veio a
oportunidade de entrarmos em Moçambique. Visitei
o local com Dave Ohlerking e Dave Van Rensburg,
e durante o nosso tempo ali iniciamos o longo
processo de adquirir terras na comunidade de
Nkobe. Alguns anos depois, começamos a construir
uma igreja no ponto mais alto de Nkobe. Nós a
pintamos de amarelo forte e laranja. (Sim, ela se
destaca tremendamente.)
Se não fosse por um relacionamento saudável
com o Children’s Cup, aquele ponto brilhante em
Nkobe seria apenas outra colina nua e arenosa. A
igreja em Nkobe não é apenas o resultado da
parceria entre a igreja Healing Place e o ministério
Children’s Cup, como também existem outros que
se juntaram a nós no projeto. O ministério Mission
of Mercy11 e a igreja The Family Church of
Lafayette12 pagaram uma grande parte da
construção, e a igreja em Nkobe agora serve como
um posto de saúde do Children’s Cup. Todos os
dias, as crianças do programa de patrocínio infantil
do Mission of Mercy recebem cuidados e amor por
meio dessa igreja. Apenas um ano depois do
lançamento, a igreja Healing Place em Nkobe tinha
mais de quinhentos frequentadores todos os fins de
semana.
Pode ter levado sete anos, mas Deus usou esses
relacionamentos com ministérios comprometidos
para cumprir poderosamente o que Ele havia me
prometido nas sombras daquela cadeia de
montanhas no Zimbábue.
Creditar um alto valor aos relacionamentos
significativos é uma das chaves para fazer qualquer
coisa grande no Reino de Deus. Assim como é
verdade em um casamento saudável, construir
relacionamentos poderosos e íntimos requer tempo,
esforço e a disposição de esticar-se para abraçar
outros. Meu amigo David Meyer13 coloca no fim de
todos os seus e-mails: “Juntos somos melhores.” Ele
está muito certo!
A ESTRATÉGIA
DA Servolution
Os relacionamentos são
tudo.
Bons amigos ao seu
redor o inspirarão a subir a
alturas maiores, acreditarão
em você mesmo quando
você estiver passando por
um vale, e o ajudarão a
carregar o fardo do
ministério. Sem grandes
homens e mulheres ao seu
redor, a vida e o ministério
se tornam difíceis — e
muito solitários.
Amizades que geram
energia. Quem ao meu
redor acredita em mim e no
chamado que Deus colocou
sobre a minha vida? Quem
faz com que eu me sinta
cheio de energia e
edificado interiormente
depois de ter passado
tempo com ele(s)? Quem
são os amigos em que sei
que posso confiar
completamente?
É HORA DE VOCÊ
PEGAR A TOALHA
Uma servolution está ecoando através do corpo de
Cristo em todo o mundo. Somos um exército
revolucionário de pessoas prontas a assumir o
mandato da prioridade número um de Deus. Não
estamos dispostos a deixar que aqueles que não
conhecem Jesus ainda escapem! Estamos buscando
com determinação os perdidos, os esquecidos e os
pobres para podermos mostrar a eles um Deus que
os ama apaixonadamente. Nós nos levantamos
juntos, com um só coração, para fazer “tudo que for
preciso, sempre que for preciso”, para que os outros
não escapem. Estamos comprometidos em servir a
outros e a mostrar-lhes a esperança que só sentimos
quando conhecemos Jesus Cristo.
É hora de colocar este livro de lado e se juntar ao
movimento. Uma opção é colocá-lo de volta na sua
estante e pensar: Uau, esta realmente é uma história
inspiradora. Mas você provavelmente se esquecerá
dela amanhã. Ou você pode decidir agir hoje e
responder ao chamado de Deus.
É hora de você pegar a sua toalha e se juntar à
servolution. Não há desculpas que valham a vida
eterna de alguém. Com a ajuda de Deus, você pode
conduzir uma servolution e revolucionar a sua
cidade. As tropas são os seguidores de Cristo, as
companhias de soldados são as igrejas e as armas
são as toalhas para servir. Quando você tiver
experimentado a sensação de propósito que se sente
ao servir aos outros com o seu tempo, com os seus
recursos e com cada partícula de energia que tem,
você se descobrirá querendo servir cada vez mais. E
o mesmo acontecerá com toda a sua equipe. Por
meio da nossa vida, das nossas famílias e das nossas
igrejas, Deus está prestes a tocar as vidas de milhões
de outras pessoas de uma maneira que jamais
sonhamos ser possível.
Não podemos deixá-los escapar.
KIT DE FERRAMENTAS
DA SERVOLUTION
ESTABELECENDO SUA
PRESENÇA NA COMUNIDADE
É maravilhoso as pessoas saberem que podem contar
com a igreja. Mas ajudá-las a acreditar nisso
significa mais do que apenas gastar dinheiro para
espalhar cartazes pela cidade e fazer anúncios em
jornais. Essas coisas por si só não criarão o nível de
energia positiva que uma servolution precisa ter.
Existem muitas maneiras excelentes de
simplesmente fazer pequenos atos de bondade nas
nossas comunidades. Veja alguns exemplos de como
fazemos isso.
No Dia dos Namorados, às vezes vamos a um
shopping center e entregamos cravos às senhoras
com um bilhete dizendo “Feliz Dia dos Namorados,
da igreja Healing Place”. Costumamos ir ao campus
da Universidade da Louisiana e distribuir pacotes de
chicletes. Quando chega a época do início das aulas
na nossa comunidade, gostamos de fazer doações de
material escolar para as crianças. Nenhuma dessas
obras assistenciais tem um custo alto, mas elas
definitivamente têm um valor alto porque tocam
profundamente as pessoas. A oportunidade de causar
um impacto pessoal é muito maior nesses projetos
do que simplesmente colocar um anúncio em um
jornal.
Se um cartaz é a única maneira utilizada para
fazer a sua comunidade ouvir falar de vocês, talvez
eles nunca façam nada além de saber o seu nome.
Mas ao entregar um cravo a uma senhora com um
bilhete de encorajamento da sua igreja, então é
possível que ela deseje dar mais um passo ao ver o
seu cartaz, simplesmente para tentar saber mais
sobre as pessoas que se importaram o suficiente para
lhe demonstrar um pouco de amor no Dia dos
Namorados.
A pergunta que você tem de continuar fazendo a
si mesmo é: se fechássemos as portas amanhã,
alguém notaria?
Sua resposta sincera a essa pergunta determinará a
eficácia com a qual você está estabelecendo a sua
presença na comunidade. Lembre, não se trata
apenas de cartazes, correspondências ou anúncios
em catálogos telefônicos. Um nome é apenas um
nome até que você possa causar a impressão de
generosidade e amor associadas a ele.
Tentamos abordar a mídia e os anúncios da
seguinte maneira: em vez de simplesmente comprar
espaços na rádio ou em canais de televisão para
fazer anúncios genéricos da igreja, em determinado
ano fizemos uma mensagem curta e simples a cada
semana para ir ao ar em uma rádio local.
Calculamos que se simplesmente fossemos nós
mesmos à rádio, as pessoas pelo menos saberiam
que o que estava no nosso coração era servir a elas e
valorizá-las. O anúncio dirigia o ouvinte à igreja no
fim, mas o ponto era realmente encorajar e oferecer
aconselhamento a uma pessoa que estava presa no
trânsito.
Em outra ocasião, um estuprador em série estava
solto na nossa comunidade. Durante cerca de seis
meses, esse homem foi responsável por uma cadeia
de crimes nos quais ele sequestrou, violentou e
matou uma mulher. É desnecessário dizer que a
nossa comunidade estava lidando com muita dor e
com muito medo. Começamos fazendo reuniões de
oração focadas na comunidade. Mas também
colocamos um spot na televisão, não sobre a nossa
igreja, mas apenas oferecendo encorajamento e
apoio às pessoas da comunidade. Foi apenas outra
maneira de estender as mãos e expressar a nossa
preocupação pelas pessoas em um tempo de
provação. Lembre, não se trata de estabelecer uma
presença para que você possa ser a igreja mais
popular. Trata-se de ter um desejo sincero de amar e
servir à sua comunidade porque você tem algo a
oferecer que pode transformar a vida dessas pessoas
para sempre: o amor de Jesus Cristo.
Eis outra maneira de nos encaixarmos na
comunidade, mas essa ideia não é para os fracos de
coração. Mais de uma vez, selecionamos uma equipe
de voluntários, fomos a dezenas de empresas locais
e perguntamos se podíamos limpar os banheiros.
Entramos e dissemos à pessoa que estava no
comando: “Queremos apenar servir a alguns dos
nossos pequenos empresários locais. Você nos
permitiria pegar o lixo da sua propriedade e limpar
os seus banheiros? É tudo de graça.”
As pessoas geralmente ficavam um pouco
chocadas e diziam algo do tipo: “Por que você iria
querer fazer isso?” Então nós dizíamos a elas:
“Somos da igreja Healing Place, e queremos mostrar
a vocês o amor de Deus. Queremos que vocês
saibam que podem contar conosco.”
É importante que você saiba que não escolhemos
comércios de boa aparência e limpos para atuarmos
nessa obra assistencial. Alguns lugares estavam
terrivelmente imundos. Mas creia-me, o impacto
desse tipo de serviço foi muito mais profundo do
que se tivéssemos entrado nesses lugares e
simplesmente entregado a eles um cartão com o
horário dos nossos cultos.
Olhe em volta com olhos atentos para perceber o
que precisa ser feito, e depois seja a pessoa que
“pega a toalha” e faz.
UNIDADES MÉDICAS E
ODONTOLÓGICAS MÓVEIS
Nossa igreja realiza um serviço de assistência
médica que é um ótimo exemplo de como alguém
com um coração que arde por suprir uma
necessidade pode fazer uma obra assistencial
incrível acontecer. A Dra. Cheri LeBlanc2 é uma
médica da nossa igreja que me procurou há vários
anos e me falou sobre algumas unidades médicas
móveis que ela tinha visto. Ela queria saber se havia
alguma possibilidade de lançarmos uma obra
assistencial daquele tipo. As unidades eram caras e
não estavam dentro das nossas possibilidades, então
eu disse: “Amo a ideia. Como não temos nada do
tipo em andamento ainda, você poderia começar a
fazer algumas obras assistenciais na área médica
sem uma unidade móvel?” Ela reuniu alguns amigos
para discutirem o assunto.
Eles começaram a ir a igrejas menores ao redor da
nossa área e a um dos campi das nossas
universidades oferecendo exames médicos gratuitos.
Eles fizeram tanto sucesso com essas obras, que
tiveram a ideia de fazer uma feira da saúde para a
comunidade. Acompanhamos o processo e
convidamos profissionais da saúde para participar.
Aquele acabou se tornando um grande evento. O
nosso auditório estava lotado de cabines oferecendo
exames de colesterol, exames quiropráticos, exames
de vista e exames de audição, para citar apenas
alguns. Havia até unidades móveis do lado de fora
para fazer mamografias e exames de próstata. Tudo
era oferecido gratuitamente e mais de mil e
quinhentas pessoas participaram.3 Além disso,
abrimos inscrições para as pessoas que desejavam
ser doadoras de órgãos, oferecemos massagens e
informações sobre terapias físicas. Foi fenomenal.
Demonstrando o quanto ela tinha em seu coração
o genuíno sentimento da servolution, a Dra. Cheri
me disse que queria fazer aquela obra assistencial
em outras igrejas. Por termos feito tantos contatos
naquele dia, foi fácil convidar profissionais e
planejar essas feiras de saúde em outros locais.
Foi algo bom também, porque exatamente quando
essas obras assistenciais estavam realmente
começando a acontecer, o furacão Katrina nos
atingiu. Milhares de pessoas haviam deixado suas
casas sem seus remédios ou tinham receitas mensais
que estavam vencidas. Pense nisto: idosos estavam
sem seus remédios, pessoas que faziam diálise ou
sofriam de doenças crônicas graves tinham pouco ou
nenhum acesso a seus tratamentos, pessoas que
tomavam remédios para transtorno bipolar ou
transtorno maníaco-depressivo estavam sem seus
remédios pela primeira vez em anos. As pessoas
haviam perdido suas receitas e encontrar as fichas
médicas era quase impossível.
É desnecessário dizer que o atendimento médico
de repente se tornou uma preocupação primordial
para muitas pessoas. A Dra. Cheri e sua equipe
montaram uma clínica provisória no abrigo para as
vítimas do furacão em nossa igreja em
Donaldsonville e começaram a visitar diferentes
abrigos também. Cinquenta e seis igrejas da área
haviam se tornado abrigos, e ela e sua equipe
fizeram o melhor para servir a todos eles.
Com tantos médicos da nossa área se deslocando
para outras partes do país, começamos a reconhecer
que a necessidade de atendimento médico daquele
tipo não iria desaparecer tão cedo. Descobrimos um
grupo com base em Portland, Oregon, que oferece
clínicas médicas móveis para pessoas em todo o
mundo. Depois de nos visitarem em Baton Rouge, a
equipe da Medical Teams International4 nos
orientou a considerar a hipótese de adquirir uma
clínica médica móvel. Sentimos que isso era algo
que deveríamos fazer, então ligamos para alguns de
nossos amigos que têm o coração voltado para esse
tipo de obra assistencial e pedimos a eles que fossem
nossos parceiros para fazer isso acontecer. Por causa
da bondade deles e da confiança que havíamos
conquistado nesses relacionamentos ao longo dos
anos, não demorou até que “Ele”5 estivesse se
dirigindo à propriedade da igreja Healing Place.
A Dra. Cheri percebeu que a necessidade seguinte
era de uma obra de assistência na área odontológica.
A unidade médica móvel para esse tipo de
tratamento era mais difícil de encontrar porque não
existem muitas unidades equipadas para realizar
cirurgias orais por aí, aguardando para serem
compradas. Quando Joyce Meyer,6 uma das pessoas
mais generosas que conheço, descobriu que
precisávamos de cento e quinze mil dólares para
comprar esse tipo de unidade, ela fez um cheque no
valor total! Graças a Deus pelos excelentes
relacionamentos que temos com alguns ministros de
Deus, que têm a mente voltada para a servolution.
Hoje, é da seguinte maneira que uma obra
assistencial típica do Ministério Healing Hands
(Mãos que Curam)7acontece: usamos um
estacionamento de uma igreja ou de um centro
comunitário e estacionamos as unidades médicas e
odontológicas. Montamos mesas, áreas com
cadeiras, música e balões para as crianças, e muitas
vezes preparamos o almoço para todos. Também
temos sempre alguns capelães treinados no local que
conversam com todos que comparecem para fazer
um exame. Eles passam a conhecer os pacientes,
perguntam como está a vida deles e se precisam de
oração por alguma necessidade. Em 2007, servimos
a mil e quinhentos pacientes. Cada paciente recebeu
oração, e vimos setenta pessoas aceitarem Jesus. E
quatrocentos e setenta e um dentes foram
arrancados; ora, são muitos dentes!
Tudo bem, você talvez esteja pensando que essa é
uma ótima história e você está feliz por tudo ter
saído tão bem para nós. Mas não passe por esse
parágrafo depressa demais. Você pode muito bem
ter um médico ou um profissional da área médica na
sua igreja com quem Deus está falando sobre iniciar
uma obra de assistência médica. Não se preocupe se
você tem dinheiro suficiente para fazer isso; faça o
que pode com o que você tem. Não começamos com
uma unidade médica móvel. Simplesmente
começamos servindo às pessoas com o que
tínhamos, e Deus partiu desse ponto para fazer o que
Ele queria.
• Festa na quadra da
igreja principal:
brinquedos infláveis,
comida e bebida
grátis, torneios de
basquete três por três,
pintura de rosto.
• Assistência ao
Battered Women’s
Shelter Outreach
(Abrigo de Mulheres
Espancadas): limpeza,
reforma e renovação
no abrigo, dando às
mulheres um dia
muito especial de
cuidados e mimos.
• Assistência a
orfanatos: limpeza de
orfanatos por dentro e
por fora.
• Limpeza das quadras
do centro da cidade:
coleta de lixo, corte da
grama e limpeza de
casas.
• Limpeza nas escolas
do centro da cidade:
limpeza, pintura e
pequenos reparos.
• Distribuição de água:
distribuição de água
grátis em ruas
movimentadas.
• Lavagem de carros:
apenas a velha
lavagem de carros,
sem aceitar doações.
• Assistência às casas
de repouso: visitas,
jogos e leituras.
• Lanches para
funcionários de
hospitais: barras de
cereais, café, biscoitos
e sucos.
• Assistência à ala
infantil de um hospital
local: jogos,
distribuição de
brinquedos e leituras.
EVANGELISMO DE NATAL
Algumas famílias da igreja tiveram uma ideia para
ajudar outras pessoas que se tornou parte do que
fazemos no Natal na igreja Healing Place desde
então. Veja o que postei no meu blog descrevendo
essa atividade:8
Nesse fim de semana
distribuímos vouchers
de supermercado para
pessoas que
precisavam de ajuda
neste Natal.
Dedicamos alguns
minutos do nosso
culto para dizer às
pessoas que se elas
tivessem alguma
necessidade neste
Natal que um cartão-
presente de
supermercado pudesse
ajudar a suprir, elas
deveriam nos
comunicar depois do
culto. Tínhamos
pessoas prontas para
encontrá-las, para orar
com elas e para lhes
entregarem os cartões
com base em quantas
pessoas havia na
família.
Quatro famílias da
nossa igreja fizeram
doações para tornar
tudo isso possível.
Pensei em Lucas 14,
quando Jesus fala
sobre convidar os
pobres e você ser
abençoado; embora
eles não possam lhe
retribuir, você será
recompensado no céu.
Foi disso que essa
atividade tratou.
Estaremos
distribuindo vouchers
nas nossas igrejas este
fim de semana em um
total de vinte e seis
mil dólares.
E uma coisa que
realmente gosto nisso
é que temos diversas
famílias na igreja que
estão ministrando às
pessoas a quem
estamos dando os
vouchers. As famílias
que precisam dessa
ajuda são amadas e
recebem oração
quando vêm buscar os
vouchers. Elas vão
embora duplamente
abençoadas.
Graças a Deus por
aqueles que doaram
para que isso
acontecesse, e graças a
Deus pela honra de ser
parte desta família —
um lugar onde as
pessoas podem
receber.
DREAM CENTERS
O objetivo definitivo de tudo que fazemos é apontar
Cristo para as pessoas. Um Dream Center é como
chamamos o espaço multitarefas no qual algumas de
nossas igrejas estão localizadas; é um lugar onde as
pessoas podem vir para encontrar esperança e
aprender sobre o sonho de Deus para sua vida, e
onde esses sonhos podem ser alimentados.
Descobrimos que os Dream Centers são uma
excelente maneira de criar um ambiente em que as
pessoas possam encontrar esperança na última
prateleira — um local que elas podem alcançar.
Temos dois Dream Centers (em Baton Rouge e
Donaldsonville), projetados de acordo com os de
Los Angeles e St. Louis. Montamos os nossos
Dream Centers tendo alvos específicos em mente:
mulheres, crianças, viciados em drogas e
desempregados.
Eis um cenário típico: uma mulher vem ao Dream
Center de Baton Rouge dizendo que precisa de
ajuda porque seu marido acaba de ser preso e ela
não tem emprego. Nós a ajudamos com toda a
informação que ela necessita para se candidatar à
ajuda do governo, depois avaliamos suas aptidões
para ajudá-la a encontrar um emprego. Durante todo
o processo, o nosso objetivo é ajudar as pessoas
espiritualmente. Se elas estiverem lidando com a
raiva, a violência, o ressentimento ou a amargura,
estamos prontos para caminhar com elas nesse
período difícil da vida.
O nosso primeiro Dream Center fica em
Donaldsonville, cerca de quarenta e cinco minutos
ao sul da nossa igreja em Highland. Donaldsonville
fica em um dos endereços mais pobres da nossa
nação. Tem as mais altas taxas de prisão e
desemprego. Começamos servindo à comunidade e
logo estávamos prontos para estabelecer algo mais
permanente. Decidimos iniciar um Dream Center
que também serviria como sede da nossa igreja em
Donaldsonville.
Depois de servirmos ali por alguns anos, as
autoridades municipais nos procuraram para falar de
uma escola que havia sido fechada recentemente.
Ela estava em condições relativamente boas, mas
simplesmente não precisavam mais dela.
Perguntaram se estaríamos dispostos a ocupar o
lugar e usá-lo para realizar obras assistenciais para a
cidade. É claro que sim! O lugar era imenso! Havia
um enorme espaço para os programas que tínhamos
sonhado em fazer, mas simplesmente não
dispúnhamos de espaço para fazer isso no nosso
local original. Agora podemos fazer cultos em
ambos os locais de Donaldsonville e os usamos
como instalações do Dream Center. Esse é um
testemunho impressionante de Deus nos concedendo
o Seu favor por meio da nossa servolution em uma
comunidade.
O nosso segundo Dream Center fica no centro de
Baton Rouge. Ali há uma igreja que foi construída
em 1946, na Winbourne Avenue, constituindo-se em
uma importante influência para o evangelho na
nossa cidade por muitos anos. Mas ao longo dos
anos, sua capacidade de influenciar a comunidade
diminuiu, e eles fizeram uma das coisas mais dignas
de honra que já vi uma igreja fazer. Eles convidaram
outra igreja para usar suas instalações a fim de servir
à comunidade. Por causa de algumas conexões, eles
sabiam sobre o nosso coração voltado para servir às
pessoas de Baton Rouge, e nos escolheram.
As instalações são maravilhosas. Há um prédio de
dois andares com um enorme salão que serve de
cafeteria e uma sala de reuniões. Depois há o
santuário grande de tijolos e vitrais coloridos. Eles
nos permitiram não apenas usar o prédio da sala de
aula, mas também realizar cultos no santuário. Que
bênção!
Já sabíamos há algum tempo que uma das maiores
necessidades ainda não atendidas em Baton Rouge
era um abrigo para mães com crianças. E uma das
maiores vantagens dessas instalações do centro da
cidade é que o andar superior tem diversas salas
adaptadas para os que precisam de alojamento
temporário. Ao percebermos as possibilidades
daquele espaço e a necessidade da cidade, decidimos
que essa poderia ser a oportunidade perfeita para
responder a necessidade de abrigo para as mães com
crianças.
Uma das coisas mais incríveis com relação a um
Dream Center é que ele oferece a oportunidade de
servir de vários modos. Eis algumas maneiras com
as quais estamos servindo atualmente no nosso
Dream Center em Baton Rouge:
Evangelismo de sábado. Todos os sábados nós nos
reunimos no Dream Center de Baton Rouge para um
evangelismo no centro da cidade. O nosso objetivo é
encontrar maneiras de servir à comunidade, quer
indo de porta em porta com mantimentos, visitando
viúvas, fazendo trabalhos nos quintais dos
moradores ou coletando lixo. Toda semana, dúzias
de voluntários abrem mão de sua manhã para
estender a mão para os perdidos, para lembrar as
pessoas sobre o seu valor e para fazer a diferença na
vida de alguém. Servimos às pessoas, oramos por
elas e vemos Deus abrir um caminho onde parecia
não haver caminho algum. Em simples atos de
bondade, vimos salvação, cura e esperança sendo
restaurada. Essa não é uma boa maneira de começar
o seu fim de semana?
Iniciativa para readaptação de ex-presidiários.
Uma das obras assistenciais que iniciamos foi o
programa de readaptação de presos, que ajuda os
recém-libertos a desenvolverem aptidões e a
encontrarem emprego. Juntamente com treinamento
profissional e educação, também oferecemos
acompanhamento judicial e mentoreamento para ex-
presidiários não violentos e que não tenham tido
envolvimento com crimes de caráter sexual.
Também podemos orientá-los para se inscreverem
em programas de assistência do governo, dos quais
muitos ex-presidiários não se beneficiam
simplesmente por não saberem como ter acesso a
esta ajuda. Existem muitas pessoas na nossa
comunidade que precisam de uma segunda chance.
Nossos voluntários podem ser parte dessa oferta de
uma nova esperança e restauração.
Programa pós-escola. Todas as semanas abrimos
nossas portas para a juventude da comunidade. Em
um esforço para construir relacionamentos e
oferecer meios de recreação saudáveis, oferecemos
aos jovens de 12 a 18 anos a chance de se
envolverem com esportes, artesanato, dança, arte,
culinária, estudo, aulas de informática e outras
atividades. Oferecemos aulas de educação sexual
nas quais falamos sobre abstinência e
estabelecimento de objetivos, permitindo que as
crianças se sintam seguras para fazer as perguntas
difíceis.
Muitos dos jovens do norte de Baton Rouge
enfrentam enormes desafios em casa. Esses desafios
incluem famílias de pais solteiros ou famílias mistas,
pobreza, pais ausentes e violência contínua. O vício
em drogas está desenfreado e os jovens geralmente
são obrigados a fazer escolhas destrutivas apenas
para sobreviver. A não ser que algo mude, é
provável que mais jovens sejam direcionados para a
prisão do que para a faculdade. Queremos ser o
“algo” que acontece para mudar isso.
Evangelismo de rua para jovens. É difícil pensar
na realidade dos jovens desabrigados e da
prostituição infantil na nossa comunidade.
Infelizmente, só porque nos sentimos
desconfortáveis com a ideia, isso não significa que
ela não é real. Quarenta e oito horas depois de fugir
de casa, a maioria dos jovens terá contato com um
cafetão, um traficante ou com ambos.
O nosso objetivo é alcançar as crianças antes que
as percamos para as ruas. Em um esforço para trazer
esperança para algumas dessas situações
aparentemente sem esperança, iniciamos um
evangelismo junto aos jovens desabrigados.
Atingimos as ruas oferecendo alimento, kits de
higiene e um ouvido atento. O nosso objetivo é
desenvolver confiança suficiente junto a esses
jovens para que eles nos permitam ajudá-los a
buscar outro caminho na vida.
Juntamente com os nossos evangelismos de rua,
também oferecemos um centro para visitas
informais no qual os jovens desabrigados ou em
risco podem tomar um banho, lavar as roupas e
passar algum tempo com pessoas que realmente se
importam. Quando estamos nas ruas, fornecemos
informações de contato com a nossa linha telefônica
vinte e quatro horas para jovens e famílias que estão
em busca de ajuda. Temos parceria com várias
outras organizações que oferecem serviços de
abrigo, caso esses jovens optem por sair das ruas.
Evangelismo para os desabrigados. Uma vez por
semana saímos cedo para servir uma refeição quente
aos homens e mulheres desabrigados no centro de
Baton Rouge. Essas pessoas preciosas
frequentemente são ignoradas e negligenciadas pela
sociedade. Simplesmente oferecendo uma refeição
grátis e um ouvido atento, podemos fazer uma
enorme diferença na vida delas. Muitas das pessoas
que conhecemos durante esse café da manhã nas
ruas procuram a igreja para participar de um evento
especial que realizamos às sextas-feiras, dando-lhes
a oportunidade de ouvir a Palavra de Deus e
encontrar comunhão e propósito para sua vida.
Evangelismo à meia-noite. Uma vez por mês
vamos às ruas em busca daqueles que de algum
modo se perderam pelo caminho e se viram
envolvidos com drogas, violência e com a indústria
do sexo. Quer estejam dançando em um clube de
strip-tease ou vendendo drogas em uma esquina,
acreditamos que Deus ainda tem um propósito para
eles. Entregando uma rosa a uma dançarina ou
dando uma garrafa de energético gelado a um
traficante, vimos atos simples de bondade falar
muito sobre o amor de Deus. A maioria daqueles
que encontramos nesses evangelismos não vai à
igreja, então nós levamos a igreja até eles.
Aparecendo consistentemente onde elas estão,
desenvolvemos relacionamentos com pessoas que
são tipicamente difíceis de alcançar.
Recebemos uma carta certa vez da mãe de uma
jovem que recebeu uma rosa durante um desses
evangelismos. Ela nos disse que sua filha ficou
surpresa pela bondade que lhe foi demonstrada pelas
pessoas de uma igreja, e isso fez com que ela
repensasse como se sentia a respeito de Deus.
Aquela mãe preciosa disse que sua filha estava
deixando o emprego e voltando para casa no
Alabama. Graças a Deus pelo poder de um simples
ato de bondade feito com amor!
Ensino e debate em um pequeno grupo. Fazemos
tudo que podemos para ajudar homens e mulheres a
desenvolver as ferramentas necessárias para viver a
vida que Deus pretende que elas vivam e para lhes
dar um senso de propósito. Por meio de
ensinamentos, discussões em grupo, comunhão e
oportunidades de serviço, Deus está restaurando um
senso de propósito e importância nos homens e
mulheres dessa comunidade.
Trabalhamos com desabrigados, traficantes,
prostitutas, mães e pais solteiros e com aqueles que
estão lutando apenas para sobreviver por mais um
dia.
Recebendo equipes missionárias em curto prazo.
Do evangelismo nas ruas às clínicas médicas, tudo
que fazemos torna-se possível por meio dos
voluntários. Somos abençoados por podermos
receber equipes de todas as partes do país que vêm
para servir nos nossos Dream Centers,
possibilitando que levemos a igreja às ruas. As
equipes ficam abrigadas no local e têm a
oportunidade de participar dos evangelismos, dos
projetos de serviço e da ministração individual. Elas
não apenas aprendem sobre o que fazemos; elas
podem experimentá-lo por si mesmas, de um modo
próximo e pessoal. Recebendo missionários em
curto prazo, podemos conferir poder a outros para
levarem o que aprenderam aqui e adaptá-lo às suas
cidades. Queremos ver uma servolution acontecendo
em todo o mundo, e essa é a maneira que
encontramos de poder espalhar o movimento.
Boutique de roupas. Essa é realmente uma ideia
simples, mas muito eficaz para conferir dignidade às
pessoas necessitadas: uma boutique com roupas
grátis dando às pessoas a oportunidade de “comprar”
roupas novas ou quase novas. Muitas das roupas que
oferecemos “aparecem” nos cultos de domingo.
Podemos oferecer às pessoas não apenas o que
vestir, mas também um senso de dignidade.
A boutique não é apenas uma versão gratuita de
uma loja barata; temos algumas diretrizes estritas
com relação às doações que aceitamos:
GRANDES ORGANIZAÇÕES
PARA AJUDAR NA SUA
SERVOLUTION
Children’s Cup (www.childrenscup.org). O
propósito do Children’s Cup é levar ajuda
humanitária e espiritual aos lugares difíceis onde a
guerra, os desastres naturais e as epidemias
devastaram sociedades. Por meio de uma rede de
vários pontos de atendimento, o Children’s Cup
oferece apoio médico, educacional, emocional e
espiritual às crianças da comunidade. Essa é a
organização com a qual temos uma parceria para
estabelecer as nossas igrejas na África. A obra
humanitária centralizada em Cristo que eles fazem
tão fielmente abriu algumas portas maravilhosas
para a pregação do evangelho no sul da África.
Cyrus International
(www.cyrusinternational.org). O Cyrus
International é uma obra de caridade sem fins
lucrativos, comprometida em confrontar as
atrocidades do tráfico humano, dos órfãos
negligenciados e das vítimas domésticas de abuso de
substâncias. O Cyrus é especializado em fornecer
confiabilidade e transparência e por servir como
uma base de recursos para organizações em todo o
mundo que estão causando um impacto a favor dos
oprimidos. Por meio de parcerias estratégicas,
oferece esperança e ajuda ao restaurar a vida dessas
vítimas. O Cyrus também reúne e distribui finanças
e ferramentas empresariais para organizações
humanitárias na vanguarda dessa luta. Unindo-nos
como um exército exigindo justiça social,
acreditamos que podemos fazer a diferença.
O Cyrus é dirigido por Lee e Laura Domingue,
que se tornaram nossos amigos e parceiros no
mandato global de alcançar outros. A integridade,
compaixão e sabedoria deles são grandes atributos
para o Reino. Por causa disso, eles estão se tornando
o eixo de interação para muitos dos missionários
com quem estamos ligados. O livro de Lee, Pearls
Of The King (Pérolas do Rei), está sendo cada vez
mais reconhecido como um compêndio espiritual
sobre o potencial dos relacionamentos entre pastores
e líderes empresariais importantes na Igreja. Visite o
site do livro em http://www.pearlsoftheking.com.
Equip (www.iequip.org). Atuando com base na sua
convicção de que toda pessoa nasce com o potencial
para influenciar outras, a Equip está treinando uma
vanguarda global de homens e mulheres que estão se
levantando para confrontar efetivamente as maiores
necessidades do nosso planeta. Tendo a Grande
Comissão como sua prioridade, esses líderes
dedicados seguem o modelo de desenvolvimento de
liderança demonstrado por Jesus, que passou a
maior parte do Seu tempo no ministério público
treinando um grupo de líderes para impactar o
mundo.
A Equip foi fundada pelo impressionante John
Maxwell, que tem sido um grande amigo da igreja
Healing Place durante vários anos. O nosso
envolvimento com o projeto Um Milhão de Líderes
da Equip na Itália abriu diversas portas para nós. O
treinamento de líderes e pastores UML deu início e
desenvolveu diversos relacionamentos que
continuam a ser âncoras para uma servolution
italiana.
Equip & Empower
(www.equipandempower.com). A Equip &
Empower quer ver cada pessoa do planeta alcançada
pelo evangelho, indivíduos cumprindo o destino que
lhes foi dado por Deus e a igreja local florescendo.
Sua campanha, chamada A21, apoia a abolição da
injustiça no século 21, resgatando meninas do
cativeiro sexual e ajudando-as a reingressar na
sociedade.
Nick e Cris Caine fazem parte da equipe da
Hillsong, em Sydney, Austrália. Chris é uma das
nossas pessoas favoritas a ser recebida na igreja
Healing Place por causa das mensagens desafiadoras
que ela costuma nos trazer. Nick e Chris também
são amigos muito preciosos para nós.
Ministérios Joyce Meyer (www.joycemeyer.org).
O coração dos Ministérios Joyce Meyer
(principalmente o ministério Hand of Hope [Mão de
Esperança]) é voltado para ajudar as pessoas que
sofrem. Todos os anos, eles servem milhões de
refeições aos pobres em todo o mundo, sustentam
dezenas de orfanatos que resgatam meninos e
meninas que estão morrendo nas ruas de nações
empobrecidas, cuidam de órfãos da aids em países
do terceiro mundo, ajudam os desabrigados a saírem
das ruas, oferecem água limpa e potável para aldeias
inteiras, tratam de milhares de pessoas por meio de
obras assistenciais médicas missionárias, ministram
aos idosos, ajudam jovens mulheres com problemas,
ajudam milhares de crianças nas cidades do interior
e oferecem esperança a prisioneiros esquecidos.
A nossa parceria com os Ministérios Joyce Meyer
produziu muitos saltos monumentais na nossa
capacidade de atender aos necessitados. Eles nos
ajudaram imensamente durante o apoio às vítimas
do Katrina e continuaram sendo um excelente
parceiro nos Dream Centers e nas unidades médicas
e odontológicas móveis, tanto em nível doméstico
quanto internacional.
Mercy Ministries (www.mercyministries.org). O
Mercy Ministries oferece esperança e cura a jovens
mulheres desesperadas que estão em busca de
libertação de problemas como os vícios em drogas e
álcool, a depressão, os distúrbios alimentares, a
gravidez não planejada, o abuso físico e sexual e os
danos a si mesmas.
Existe uma enorme necessidade de um ministério
como o que Nancy Alcorn e o Mercy Ministries
oferecem. Seria bom se não houvesse, mas há.
Apoiar o Mercy Ministries pode ser um dos usos de
recursos mais eficazes que uma igreja pode fazer.
Mission of Mercy (www.missionofmercy.org).
Mission of Mercy é uma organização para o
apadrinhamento de crianças que ajuda a suprir as
necessidades físicas e espirituais de crianças em
áreas do mundo atingidas pela pobreza. Com os
programas do Mission of Mercy, as crianças
recebem alimentos, educação, assistência médica e
esperança em Jesus Cristo.
Eles foram um dos parceiros-chave para a
construção da Terry Melancon Chapel, onde a nossa
igreja de Moçambique realiza seus cultos. Também
são uma parte crucial da nossa estratégia missionária
com o apadrinhamento de crianças que coordenam.
Operation Blessing (www.operationblessing.org).
A Operation Blessing ajuda crianças em risco,
ensina ofícios básicos, dirige programas de
assistência a órfãos, oferece socorro a vítimas de
desastres e aos famintos, constrói poços artesianos e
oferece serviços médicos em todo o mundo.
A Operation Blessing é a organização que fornece
muitos dos bens que podemos distribuir em nossos
Dream Centers na região de Baton Rouge.
Samaritan’s Purse (www.samaritanspurse.org).
A Samaritan’s Purse ajuda os pobres, enfermos e
sofredores do mundo, oferecendo alimentos,
remédios e outros recursos em nome de Jesus Cristo.
Isso lhes dá a oportunidade de compartilhar o
evangelho, as boas novas da vida eterna por
intermédio de Jesus Cristo. Os programas de socorro
a emergências oferecem assistência a vítimas de
desastres naturais, guerras, doenças e fome.
Fornecendo alimentos, água e abrigo temporário,
eles atendem a necessidades críticas e dão às
pessoas a chance de reconstruir a vida. Os
programas de desenvolvimento comunitário e
vocacionais da SP em aldeias e bairros
empobrecidos ajudam as pessoas a quebrarem o
ciclo da pobreza, dando-lhes esperança de um
amanhã melhor, e faz com que elas saibam que não
foram esquecidas.
O Samaritan’s Purse é uma organização
fenomenal com uma grande integridade. A visão de
Franklin Graham de tocar os pobres e sofredores do
mundo gerou uma grande equipe com um alto
padrão de excelência. A parceria deles é um grande
atributo para qualquer servolution séria.
MAIS ORGANIZAÇÕES
SERVOLUCIONÁRIAS
EXCELENTES
Association of Related Churches
(http://www.arcchur
ches.com). A ARC trabalha com o plantio
de igrejas doadoras de vida que crescem e
reproduzem outras igrejas, também
doadoras de vida.
Blood:Water Mission
(http://www.bloodwatermission.com). A
Blood:Water Mission, comprometida a
limpar sangue e água para combater a
epidemia de aids, constrói poços na
África, sustenta instalações médicas que
cuidam dos enfermos e trabalha para
deixar um impacto duradouro no combate
contra a pobreza, a injustiça e a opressão
na África ao associar necessidades a
pessoas e recursos.
Book of Hope
(http://www.bookofhope.net). O objetivo
do Book of Hope é transformar o destino
das pessoas oferecendo a Palavra eterna de
Deus a todas as crianças e jovens do
mundo.
Camino de Vida
(http://www.caminodevida.com).
Camino de Vida é uma grande igreja não
denominacional pastoreada por Robert
Barriger que alcança os pobres e
sofredores no Peru.
Camp Barnabas
(http://www.campbarnabas.org). Camp
Barnabas existe para oferecer
oportunidades tremendas e
transformadoras a pessoas com deficiência
ou enfermidade. Pessoas com problemas
de desenvolvimento, queimaduras pós-
traumáticas, transtornos sanguíneos,
câncer, visão deficiente ou cegueira,
problemas físicos, perda total ou parcial da
audição e outras doenças e desafios se
beneficiam do ambiente inclusivo de
Camp Barnabas.
Campus Crusade for Christ
(http://www.campuscru
sade.com). O coração do Campus Crusade
é voltado para ajudar a construir
movimentos espirituais em toda parte para
que todos conheçam alguém que
realmente segue a Jesus Cristo.
Children’s Hope Chest
(http://www.hopechest.org). O
Children’s Hope Chest acredita que todo
órfão tem o direito de conhecer Deus,
experimentar a bênção da família e ter a
oportunidade de desenvolver aptidões para
a vida.
Coca-Cola (http://www.cocacola.com).
Todos conhecem a marca Coca-Cola, mas
o que talvez você não saiba é que eles são
muito generosos nas comunidades locais.
Convoy of Hope
(http://www.convoyofhope.org). O
Convoy of Hope mobiliza recursos e
treina igrejas e outros grupos para
conduzir obras assistenciais comunitárias,
respondem a desastres e dirigem outras
iniciativas nos Estados Unidos e em todo o
mundo. Os programas assistenciais do
COH são responsáveis pela distribuição de
mantimentos gratuitos, organizam feiras
de emprego e de saúde e oferecem
atividades para crianças.
Exodus International
(http://www.exodus-internatio
nal.org). A Exodus International é uma
organização cristã interdenominacional
sem fins lucrativos que promove a
mensagem de libertação do
homossexualismo pelo poder de Jesus
Cristo.
Family Research Council
(http://www.frc.org). A missão da Family
Resource Council é defender problemas
relacionados à fé, à família e à liberdade
na esfera do governo.
Global Expeditors
(http://www.globalexpeditors.com). O
Global Expeditors é uma organização de
discipulado para missões comprometida
em revestir os jovens de poder para
levarem o evangelho ao mundo.
Go Global
(http://www.goglobalmissions.com). O
coração da Go Global é voltado para
acender uma paixão por missões mundiais
e para sustentar igrejas locais,
organizações e projetos com parcerias
estratégicas.
Habitat for Humanity
(http://www.habitat .org). A Habitat for
Humanity constrói casas decentes,
seguras, acessíveis e duradouras para
famílias que foram afetadas ou deslocadas
por conflitos ou desastres. Eles também
estão envolvidos no financiamento de
casas para os pobres e fornecem
informações e treinamento em métodos de
construção, ferramentas e fornecimento de
energia.
Healing Hands International Ministries
(http://www.hhim.us). A Healing Hands
International Ministries está construindo
hospitais em Honduras e reunindo
equipamento médico, assim como
treinando discípulos.
Healing Place Network
(http://www.healingplace
church.org/network). A HPC Network é
uma comunidade de igrejas e ministérios
em todo o mundo que formaram uma
parceria para edificar o Reino. Um aspecto
singular da HPC Network é o alto nível de
acesso à liderança de rede que é oferecido
aos parceiros. A rede carrega o DNA da
igreja Healing Place de ser um lugar de
cura para um mundo sofredor.
Healing Place School of Ministry
(http://hpsm.healin.healingplacechurch.org).
A Escola de Ministério Healing Place
treina pessoas para executarem a vontade
de Deus por meio da igreja local. Os
alunos aprendem o estilo de liderança de
Jesus enquanto formam um fundamento
bíblico sólido. Eles também exploram o
chamado sobre sua vida enquanto
adquirem aptidões para o ministério.
Hillsong Network
(http://www2.hillsong.com/network/). A
Hillsong Network é uma rede de igrejas e
ministérios de diversas partes do corpo de
Cristo que desejam entrar em contato com
a Hillsong Church para receberem uma
transferência de unção e relacionamento.
A Hillsong Network existe para defender a
causa da igreja local — a sua igreja.
Insight for Inmates
(http://www.insightforinmates.org). O
Insight for Inmates encoraja os membros
do corpo de Cristo que estão nas prisões,
evangeliza os detentos dos Estados
Unidos, equipa os santos de Deus que
estão atrás das grades das prisões e exalta
o Salvador no meio do covil de Satanás.
Italy for Christ (http://ideasand.it/ifc/).
A Italy for Christ trabalha para apresentar
o evangelho aos italianos por meio das
igrejas locais e em cooperação com elas.
Joel Osteen Ministries
(http://www.joelosteen.com). Joel Osteen
é pastor da Lakewood Church em
Houston, Texas, cuja visão é causar um
impacto positivo na cidade de Houston
criando um centro familiar que envolve
toda a cidade e onde todos são bem-
vindos.
Leadership Ministries
(http://www.leadershipminis
tries.com.au). Dirigido por Brian e
Bobbie Houston, pastores da Hillsong
Church em Sydney, Austrália. A paixão
singular e consumidora do Leadership
Ministries é edificar a igreja e o Reino de
Deus na terra e ver todos os dias pessoas
sendo liberadas para o seu propósito e
chamado.
Leadership Network
(http://www.leadnet.org). A Leadership
Network fomenta a inovação e o
crescimento das igrejas com estratégias,
programas, ferramentas e recursos
compatíveis com a sua missão de longo
alcance: identificar, colocar em contato e
ajudar líderes cristãos de alto nível de
capacidade a multiplicar o seu impacto.
Los Angeles Dream Center
(http://www.dreamcenter.org). Trabalha
com os desabrigados, os viciados em
drogas e as prostitutas nas ruas de Los
Angeles. Eles também abriram agora um
Dream Center em Nova York. Visite o
site
http://www.dreamcenter.org/NewYork.
Medical Teams International
(www.medicalteams.org/). A missão da
Medical Teams International é demonstrar
o amor de Cristo às pessoas afetadas por
desastres, conflitos e pobreza em todo o
mundo.
Mission: Water for Life
(http://www.lifetoday.org/outreaches/water-
for-life/) Parte do ministério de James
Robison, a Mission: Water for Life
fornece poços de água para pessoas
pobres. Eles chegaram a construir cerca de
mil e duzentos novos poços de água em
mais de vinte e cinco países.
Missione Possibile
(http://www.missionepossibile.com/index.php?
lang=2). A Missione Possibile é uma
organização missionária com sede na Itália
que fornece primeiros socorros e ajuda a
pessoas em dificuldades, como
distribuição de remédios, alimentos,
roupas e financiamento, além do
desenvolvimento de projetos locais.
Outreach Magazine
(http://www.outreachmagazine.com).
Um dos maiores recursos disponíveis para
qualquer igreja que queira se envolver
com uma servolution é a Outreach
Magazine. Aqui você encontra sugestões,
análises e testemunhos úteis e uma
centena de ideias. Alguns dos pensadores
mais criativos na área assistencial da
igreja hoje são colaboradores da revista.
Relay for Life
(http://www.relayforlife.org). A Relay
for Life oferece a todos em uma
comunidade a oportunidade de
participarem da luta contra o câncer. As
equipes acampam do lado de fora de um
colégio, de um parque ou de uma praça e
se revezam andando ou correndo por uma
trilha. Cada equipe precisa ter um
representante no trajeto em todo o tempo
durante o evento. Os turnos são eventos
que vão de um dia para o outro, até vinte e
quatro horas de duração.
Road to Jerusalem
(http://www.roadtojerusalem.org). A
missão da Road to Jerusalem é trazer paz e
reconciliação a judeus e gentios no
Messias.
Exército da Salvação
(http://www.exercitodoacoes.org.br). A
missão do Exército da Salvação é pregar o
evangelho de Jesus Cristo e atender às
necessidades humanas em Seu nome, sem
discriminação.
Service International
(http://www.serviceinternatio
nal.org). A Service International ajuda
pessoas com problemas de ordem
espiritual, física e situacional. Embora
também ofereça socorro imediato em
casos de desastres, seu foco é na
recuperação completa de longo prazo.
Shaohannah’s Hope
(http://www.shaohannahshope.org). A
Shaohannah’s Hope dedica-se a ajudar
futuros pais adotivos a superarem as
barreiras financeiras associadas com a
adoção. Eles atuam oferecendo subsídios
financeiros para famílias qualificadas já
envolvidas no processo de adoção.
Society of St. Vincent de Paul
(http://www.svdpbr.com). A St. Vincent
de Paul se esforça para entender e suprir
as necessidades dos pobres dentro de
Baton Rouge e na comunidade que nos
cerca. Eles fornecem refeições quentes aos
que passam fome, camas quentes aos que
não têm onde dormir, remédios aos que
não podem se dar ao luxo de comprá-los e
os uniformes que as crianças precisam
para frequentar a escola.
St. Louis Dream Center
(http://www.stldreamcenter.org). O
objetivo do Dream Center de St. Louis é
apresentar o evangelho aos perdidos,
alimentar os famintos, vestir os pobres,
ministrar aos idosos, às viúvas e aos
órfãos, visitar presos, ajudar pessoas de
todas as idades e em todos os percursos da
vida; e ensinar às pessoas como aplicar a
verdade bíblica a cada aspecto de sua vida.
Steve Sjogren
(http://www.stevesjogren.com). Steve e
seus textos exerceram um impacto
tremendo sobre nós, principalmente
recentemente. Estamos sempre fazendo
referência às coisas que aprendemos em
seu livro Conspiracy of Kindness
(Conspiração da Bondade) como chaves
para a maneira como fazemos aquilo que
fazemos hoje.
Teen Challenge International
(http://www.teenchal
lenge.org). A Teen Challenge
International é um dos programas mais
antigos e de maior sucesso de sua
categoria no mundo. Mais que apenas um
programa religioso de recuperação
residencial, o TCI é um lugar onde a
esperança renasce, o propósito é
restaurado e as famílias são curadas.
Teen Mania Ministries
(http://www.teenmania.com). O objetivo
do Teen Mania é provocar uma geração
jovem a buscar Jesus Cristo
apaixonadamente e a levar a Sua
mensagem, que dá vida, até os confins da
terra.
Upward Unlimited
(http://www.upward.com). Upward é um
ministério esportivo evangelístico
projetado especificamente para meninos e
meninas do jardim de infância até a sexta
série, que promove salvação, caráter e
desenvolvimento da autoestima em cada
criança.
Venture Expeditions
(http://www.ventureexpeditions.com). A
Venture Expeditions utiliza desafios
físicos intensos, como fazer ciclismo ou
alpinismo em viagens a diversos países,
para levantar consciência e fundos a fim
de beneficiar as pessoas sem esperança de
todo o mundo.
Watoto (http://www.watoto.com). A
missão do Watoto é resgatar crianças em
Uganda e levantá-las como líderes,
colocando-as na Watoto Children’s
Village (Cidade das Crianças de Watoto).
Willow Creek Association
(http://www.willowcreek.com). A WCA
trabalha para unir igrejas com uma mesma
visão e sentido de ação, umas às outras,
somando visões, treinamentos e recursos
estratégicos.
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 2: SERVOLUTION
ESTRATÉGICA
CAPÍTULO 6: PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS DE UMA
SERVOLUTION
CAPÍTULO 8: DESTRANCANDO A
NECESSIDADE
CONCLUSÃO
1. Paul Scanlon é o pastor veterano da
Abundant Life Church, uma grande igreja
com uma grande história sobre a fidelidade
de Deus. Visite o site deles:
http://alm.org.uk.
APÊNDICE 1
1. Tiago 1:27.
2. Dê uma olhada no blog da Dra. Cheri:
http://drcheri.blogspot.com.
3. Isso inclui trezentos voluntários da
igreja, mais trezentos profissionais de
medicina voluntários e cerca de novecentas
pessoas que vieram para receber serviços.
4. Na época, a Medical Teams International
chamava-se Northwest Medical. Visite o
site deles: em
http://www.medicalteams.org.
5. “Ele” é o apelido dado pela nossa equipe
médica para a unidade médica móvel. O
nome é a abreviação de eleos, a palavra
grega para “misericordioso”, conforme
usada em Mateus 9:13. Significa ter
bondade ou boa vontade para com os
miseráveis e os aflitos, unido ao desejo de
ajudá-los.
6. Os Ministérios Joyce Meyer nos
ajudaram a adquirir uma clínica
odontológica móvel há alguns anos.
7. Para mais informações sobre o Healing
Hands, visite
http://store.healingplacechurch.org/ministries/outreach/?
page_id=13.
8. Meu blog: http://www.dinorizzo.com.
Sobre a Série Leadership
Network Innovation