Salmo 121

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No livro O Peregrino, John Bunyan descreve a viagem que Cristão faz da

Cidade da Destruição até a Cidade Celestial, narrando suas muitas


experiências durante o caminho.

A certa altura, Cristão e seu companheiro peregrino, Esperançoso, percebem


uma agradável campina que parece correr paralela ao caminho estreito em que
estão viajando.

Pensando que ela facilitaria sua difícil jornada, decidem pular o muro para
andar pela campina.

A princípio, vai tudo bem, mas logo se forma uma tormenta, o céu escurece, e
a chuva desce.

Pela manhã, eles estão completamente perdidos.

Para tornar as coisas mais difíceis ainda, eles se deparam com o Gigante
Desespero, que os captura, espanca e aprisiona no Castelo da Dúvida, onde
se esvai toda e qualquer esperança.

Depois de penarem durante vários dias, Cristão e Esperança decidem passar a


noite em oração.

Quando amanhece o dia, Cristão exclama:

“Mas que tolo sou eu, preso nesta masmorra quando bem poderia caminhar
solto por aí!

Eu tenho pendurada no peito uma chave, chamada Promessa, que estou certo
abrirá qualquer fechadura do Castelo da Dúvida”.

Em poucos instantes, Cristão e Esperança estão destrancando cadeias e


portões.

Livres do Gigante Desespero e do Castelo da Dúvida, eles retornam ao


caminho estreito.

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Todos nós lutamos com a dúvida.

Às vezes, a luta começa por nosso próprio descuido.


Esse foi o caso de Cristão e Esperança.

O caminho era difícil, e a campina parecia aprazível.

Seguindo os desejos da carne, eles pularam o muro.

Nós enfrentamos a mesma tentação.

A jornada cristã é difícil, e podemos facilmente consentir numa equivocada


tentativa de tornar as coisas mais fáceis.

Quando fazemos isso, a dúvida vem logo em seguida.

O sofrimento também pode levar à dúvida.

Ele vem de várias formas: doença, calúnia, alienação, hostilidade, pobreza,


tristeza, desemprego, dor, abandono, perigo – para citar apenas algumas.

Desejamos desesperadamente nos ver livres dessas coisas, mas elas muitas
vezes persistem.

Não há perspectiva de mudança e não há esperança de resolvê-las.

Dia após dia, nos sentimos como um náufrago, simplesmente tentando manter
a cabeça fora d’água.

Um sentimento de impotência toma conta de nós, e vem a dúvida.

A única chave que destranca a prisão dessa dúvida e desse desespero é a


promessa de Deus:

“De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5).

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A promessa de Deus de nos proteger alimenta nossa esperança, capacitando-


nos a perseverar em meio a terríveis circunstâncias.

E isso nos leva ao Salmo 121.

A pergunta do salmista (v. 1)


“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?”

O que o salmista quer dizer quando diz que ergue os olhos para os montes?

A que montes ele se refere?

Gramaticalmente, existem duas possibilidades.

Em primeiro lugar, é possível que ele esteja associando os montes ao lugar


onde ele encontra ajuda.

Como assim?

A cidade de Jerusalém está localizada na região montanhosa do país, e o


templo (a casa de Deus) encontra-se em Jerusalém.

Por isso, quando o salmista diz que eleva os olhos para os montes, ele pode
estar expressando sua confiança no fato que Deus vai socorrê-lo.

Em segundo lugar, é possível que ele esteja associando os montes com a


razão de ele precisar de ajuda.

Isso talvez soe estranho para nós, visto que normalmente não viajamos a pé,
mas os montes são uma dura realidade para o salmista.

Eles representam perigo e são ameaçadores.

São conhecidos por seus padrões atmosféricos imprevisíveis.

São os esconderijos dos rebeldes e ladrões e o lugar de caça dos predadores e


animais carniceiros.

O solo é desafiador e inclemente – repleto de deslizamentos de rochas e outros


perigos.

De qualquer forma, o salmista sabe que precisa de ajuda.

Ele não fornece nada específico, mas simplesmente pergunta:

“De onde me virá o socorro?”

Talvez você já tenha feito esta pergunta alguma vez.

Talvez você a esteja fazendo neste exato momento.


A resposta do salmista (v. 2)

“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”

De todas as coisas que ele poderia ter dito a respeito de Deus, por que o
salmista escolhe dar ênfase à sua obra da criação?

Por que isso é tão importante para ele?

A resposta é simples: A obra da criação de Deus declara o seu poder infinito.

Nós não temos condições de criar, a partir do nada, uma árvore, um arbusto,
uma flor, nem mesmo uma folhinha de grama.

Nós não temos condições de produzir, a partir do nada, uma rocha, uma
concha, um seixo, nem mesmo um grão de areia.

Nós temos condições de alterar a matéria – sua forma, tamanho, estado,


aparência, etc.

Mas não temos condições de criar a matéria quando não existe nada.

Deus pode fazer isso:

“... o universo [foi] formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio
a existir das coisas que não aparecem” (Hb 11.3).

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Este versículo declara dois importantes fatos a respeito da origem do universo:

Deus o criou por meio da sua palavra; e Deus o criou a partir do nada.

O surpreendente é que Deus continua sustentando aquilo que ele criou.

O poder que produziu todas as coisas a partir do nada preserva todas as


coisas para que não voltem ao nada.

Se ele suspendesse sua influência,

o fogo não queimaria,

os olhos não enxergariam,

o sol não brilharia,


o vento não sopraria,

as mãos não se mexeriam,

o pássaro não voaria, a grama não cresceria.

É impossível, mesmo que seja por um momento, qualquer parte da criação


existir à parte de Deus.

Ele sustenta todas as coisas.

Deus “é o princípio da coesão do universo.

Ele imprime na criação a unidade e solidariedade que faz dele um cosmos em


vez de um caos”.

Ele mantém os planetas em sua órbita, envia a chuva para refrescar a terra,
sustenta as feras do campo e as aves do céu, sustenta as nuvens enquanto
passam pelo céu, e faz nascer cada broto, cada folha, cada fruto e cada flor.

Ele dá existência a todas as coisas:

“nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).

Este Deus,

“Com só olhar para a terra, ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas
fumegam” (Sl 104.32).

Um simples relance de olhos produz terremotos, e um simples toque dá origem


a vulcões.

Se esses pequenos estímulos da parte de Deus provocam tal devastação, qual


será o efeito do seu pleno poder?

Por meio do seu poder, Deus faz tudo o que lhe apraz.

Ele não é apenas poderoso, ele é “grande em poder” (Jó 37.23).

Ele não é apenas forte, mas é “grande em poder” (Jó 9.4).

Este Deus “Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome”
(Sl 147.4).

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Se não me engano, no tempo que eu levo para estalar os dedos, a luz dá sete
voltas na terra.

Se viajássemos a essa velocidade, se o sol fosse do tamanho de uma ervilha,


levaríamos dez bilhões de anos para alcançar os limites do universo.

Quanto tempo levaríamos se viajássemos numa velocidade normal?

Quanto tempo levaríamos considerando o tamanho exato do sol?

Não conseguimos nem fazer o cálculo.

Alguns astrônomos calculam que existem mais estrelas no universo do que


grãos de areia nas praias deste mundo.

Aqui estão duas maravilhas: Deus consegue calcular esse número, e Deus
consegue criar essa quantidade de nomes.

É nisso que o salmista busca socorro.

Ele se volta para o Único que pode socorrer.

Ele se volta para Aquele cujo poder não tem limites.

E é para isso que precisamos nos voltar nos tempos de tribulação, fortalecendo
nossa confiança em Deus lembrando-nos desta inexpugnável verdade:

“que ele fez o céu e a terra, e aquele que fez isso pode fazer qualquer
coisa”.10

O sermão do salmista (v. 3-8)

Até este ponto, o salmista usou a primeira pessoa do singular, mas começando
no versículo três – ele muda para a segunda pessoa do singular.

Por quê?

É possível que ele tenha escrito este salmo para Israel cantar de forma
responsiva – talvez o povo cantasse os versículos 1-2 e um sacerdote (ou
alguma outra pessoa) cantasse os versículos 3-8.
Mas também é possível que a troca de pessoa indique que o salmista está,
agora, falando consigo mesmo.

Por que faria ele tal coisa?

Em suma, ele está lutando para associar duas verdades em sua mente.

A primeira é que seu socorro vem de Deus, que fez o céu e a terra.

A segunda é que o Deus que fez o céu e a terra é o seu protetor.

Em outras palavras, ele luta para levar a sério a ideia de que o poder que fez o
universo é o mesmo poder que o protege.

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Nos versículos 3-8, ele tenta imprimir em si mesmo esse ponto, aproximando-
se dele de três ângulos.

I O Criador do céu e da terra guarda seu povo em todos os lugares (v. 3-4)

“Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te
guarda.

É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.”

Quando Elias enfrenta os falsos profetas no monte Carmelo, ele os desafia a


clamar a Baal para que envie fogo e consuma o sacrifício deles.

Eles chamam e chamam em vão.

Elias começa a zombar deles:

“Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou
atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará” (1Rs
18.27).

O que Elias está fazendo aqui?

Ele atribui atividades humanas a Baal, com a finalidade de mostrar a completa


insensatez daqueles que adoram um deus finito.
Encontramos essa mesma insensatez nos deuses da mitologia grega: Zeus,
Poseidom, Atena, Apolo e todos os outros.

Quando lemos a respeito desses deuses, logo descobrimos que eram


vaidosos, mesquinhos, egoístas, mal-humorados e imprevisíveis.

Todas essas características se tornam aparentes à medida que competem uns


com os outros para influenciarem o curso da história humana.

Não demora muito para descobrirmos que esses supostos deuses não passam
de simples seres humanos com poderes sobrenaturais.

O ponto principal do salmista é que Deus não é um ser humano especial.

Pelo contrário, ele é o Criador do céu e da terra, significando que é infinito em


seu poder.

A implicação disso é óbvia: “Ele não permitirá que teus pés vacilem”.

Quando o terreno é perigoso, o menor escorregão pode ser perigoso; mas


Deus cuida do salmista.

Ele cuida do seu povo em todos os lugares.

II O Criador do céu e da terra cuida do seu povo em todas as situações (v.


5-6)

“O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não
te molestará o sol, nem de noite, a lua.”

Quando o salmista usa a palavra “sombra”, ele pode estar pensando na


sombra projetada por uma árvore ou algum outro objeto, fornecendo alívio num
dia quente de verão; ou pode estar pensando em sua própria sombra.

Pouco tempo atrás, minha filha menor descobriu sua própria sombra.

Ela ficou impressionada com o jeito que a sombra respondia a qualquer


movimento seu e a seguia em cada movimento.

Não conseguia escapar dela – por mais que tentasse fazê-lo.


Parece que esse é o ponto do salmista.

Ele está declarando que Deus é como a sua sombra – sempre presente.

Uma vez que Deus está sempre presente, ele protege seu povo:

“De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua”.

Se não tomarmos cuidado com o sol quente do verão, podemos sofrer


insolação.

Houve tempo em que as pessoas acreditavam que o lunático sofria as


influências negativas dos raios da lua.

Mas o ponto do salmista não é que Deus o guarda dos maus efeitos do sol e da
lua, mas que Deus o guarda dos perigos da noite e do dia.

Ele guarda seu povo em todas as situações.

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III O Criador do céu e da terra guarda seu povo em todo o tempo (v. 7-8)

“O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma.

O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde desde agora e para
sempre.”

As expressões “a tua saída” e “a tua entrada” são sinônimos de vida e morte.

O salmista está dizendo que Deus o guarda durante o curso da sua vida.

De que é que Deus o guarda?

“De todo mal.” Muito bem, como devemos entender isso?

Será que Deus realmente guarda seu povo de todo mal?

Será que Deus guardou José de todo mal?

Ele ficou vários anos na cadeia.

Será que Deus guardou Noemi de todo mal?


Ela sepultou o marido e os dois filhos.

Será que Deus guardou Jônatas de todo mal?

Ele morreu numa colina solitária pelo fio da espada de um filisteu.

Será que Deus guardou Davi de todo mal?

Ele passou vários anos fugindo de Saul.

Será que Deus guardou Paulo de todo mal?

Ele sofreu naufrágios, prisões e foi açoitado.

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Em que sentido Deus guarda o salmista de todo mal?

Para responder a isso, precisamos começar reconhecendo que existe algo


muito pior do que perder o emprego, a saúde, o dinheiro, a reputação ou
qualquer outra coisa desta vida.

Essas coisas são exemplos de mal transitório.

O que é pior do que essas coisas?

O mal supremo: a perda de Deus.

O que é a perda de bens transitórios quando comparada com perder a Deus –


Aquele em cuja mão direita há “delícias perpetuamente” (Sl 16.11)?

O que é a perda dessas coisas quando comparada a uma eternidade na


fornalha do inferno

– uma agonia que não termina jamais, uma dor que não cessa nunca, um
sofrimento que não se acalma, um horror que não diminui, e um tormento que
não se vai?

A magnitude de qualquer perda é medida pelo valor daquilo que se perde.

Se Deus é incomparável, então perdê-lo também é de valor incomparável.

Se ele é infinito, então perdê-lo é de valor infinito.

Se ele é incompreensível, então perdê-lo é de valor incompreensível.


O ponto central do salmista é que Deus o guarda do mal supremo: perder a
Deus.

Deus é o Criador do céu e da terra; seu poder é infinito.

Por isso, ele guarda “a ... saída e a ... entrada” do salmista, “desde agora e
para sempre”.

Ele guarda seu povo em todas as ocasiões.

Conclusão Deus nos guarda em todos os lugares, em todas as condições,


em todas as situações.

Como Pedro escreve:

“[somos] guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação


preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.5).

Aqui, Pedro menciona três importantes verdades que se igualam à esperança


do salmista.

Em primeiro lugar, Deus nos guarda pelo seu poder – ele é nosso
guardador.

Em segundo lugar, Deus está nos guardando “para a salvação preparada


para revelar-se no último tempo”.

Ele nos protege do mal supremo, garantindo nossa salvação final.

Em terceiro lugar, Deus nos guarda “mediante a fé”. Seu poder infinito nos
guarda para a salvação sustentando nossa fé.

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Repetidas vezes, o salmista afirma que Deus é seu guardador (v. 3, 4, 5, 7, 8).

Essa repetição parece desnecessária até lembrarmos como pode ser difícil
confiar em Deus quando os montes estão nos ameaçando e nos colocando em
perigo.
Da mesma forma que o salmista, nós lutamos para viver na realidade daquilo
que sabemos ser a verdade.

Às vezes, nossa luta se refere a nossos pensamentos.

Temos ideias profundamente arraigadas de como achamos que Deus deve


agir.

Mas os caminhos dele raramente são iguais aos nossos caminhos.

O que acontece, então?

Implodimos emocionalmente.

Pensamos que alguma coisa está errada com Deus, ou algo está errado com
nós mesmos.

Começamos a duvidar e a desesperar.

Nessas horas, precisamos lembrar que a libertação do sofrimento só vem


plenamente e de maneira final na glória.

Em outras palavras, precisamos lembrar que a vida do cristão sempre termina


bem, mas nem sempre transcorre bem.

Em tempos de dificuldade, ergamos os olhos para nosso Deus, lembrando-nos


de que ele está no controle.

A despeito das circunstâncias que se alteram, seu amor por seu povo não
muda jamais, e seu amor é a coisa mais valiosa desta vida.

Às vezes, nossa luta se dá com nossos sentimentos.

Quando surgem as dificuldades, nossas emoções muitas vezes assumem o


comando, agravando o problema.

Vários anos atrás, eu estava uma entrevista com um piloto de avião.

Perguntaram o que ele fazia quando passava no meio de uma nuvem densa e
perder a visibilidade.

Ele respondeu: Eu continuo fazendo o que sempre faço.


Coloco minha confiança nos sistemas de controle de voo do avião”.

A tentação de qualquer piloto no meio de uma nuvem densa é recorrer aos


seus sentidos.

Se fizer isso, sempre vai acabar encrencado.

Quando estamos na nuvem, quando estamos enfrentando tempos difíceis na


vida, decidimos navegar com base nas emoções.

O resultado é sempre desastroso.

Precisamos confiar no sistema de direção de Deus: seus preceitos e


promessas.

A fé está fixada em fatos históricos objetivos e em promessas bíblicas objetivas


– e não em sensações emocionais subjetivas.

Às vezes, os montes são amedrontadores, e a escuridão nos cerca por todos


os lados.

Nossos joelhos se dobram sob a pressão, e nossos ombros se curvam sob o


peso.

Sucumbimos à dúvida.

Mas aqui está a chave que sempre destranca as correntes da dúvida e do


desespero: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.

Cristologia

porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele e para ele.   (Col 1.16)

João 1:3

Todas as coisas foram feitas atravésdele, e, sem Ele, nada do que existe teria
sido feito.

Hebreus 1:2,10-12
nestes últimos tempos, nos falou mediante seu Filho, a quem constituiu
herdeiro de tudo o que existe e por meio de quem criou o Universo. …

Ele se entregou ao perigo e sangrou sozinho e depois de ressuscitado


prometeu: estarei convosco até os confins dos séculos.

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