COLECOES BOTANICAS Do JB 2012

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GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA

Superintendência de Administração do Meio Ambiente

Jardim Botânico Benjamim Maranhão – João Pessoa - Paraíba

BIODIVERSIDADE VEGETAL,
COLEÇÕES BOTÂNICAS E
PESQUISAS NA MATA DO
BURAQUINHO/JARDIM BOTÂNICO

PEDRO DA COSTA GADELHA NETO

JOÃO PESSOA
MARÇO 2012
Pedro da Costa Gadelha Neto

PEDRO DA COSTA GADELHA NETO

BIODIVERSIDADE VEGETAL,
COLEÇÕES BOTÂNICAS E
PESQUISAS NA MATA DO
BURAQUINHO/JARDIM BOTÂNICO

JARDIM BOTÂNICO BENJAMIM MARANHÃO


JOÃO PESSOA
2012
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Pedro da Costa Gadelha Neto

G 124 b Gadelha Neto, Pedro da Costa.

Biodiversidade Vegetal, Coleções Botânicas e


Pesquisas na Mata do Buraquinho/Jardim Botânico /
Pedro da Costa Gadelha Neto. - João Pessoa: Jardim
Botânico Benjamim Maranhão, 2012.

40p.: il.
Inclui bibliografia
I. Gadelha Neto, Pedro da Costa. II. Título

CDU: 504

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Pedro da Costa Gadelha Neto

INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica, considerada atualmente como um dos mais ricos conjuntos


de ecossistemas em termos de biodiversidade do planeta, continua a exercer
influência direta na vida de mais de 80% da população brasileira que vive em seu
domínio (Capobianco, 2001). Todavia, embora esteja entre as mais importantes
florestas tropicais do mundo, encontra-se no limite máximo de fragmentação,
perfazendo apenas 8% de sua área original (MMA, 2010).
Por toda a extensão da Mata Atlântica, a ação antrópica se faz sentir em maior
ou menor intensidade, especialmente pela ocupação humana, exploração de madeiras
e essências nativas, atividades de mineração, proximidade de pólos industriais,
especulação imobiliária, construção de rodovias, barragens, etc.
No Nordeste, a Mata Atlântica foi a primeira floresta brasileira a ser explorada
intensamente, desde o período colonial (Tavares, 1967), estando a Paraíba numa
situação especialmente crítica. O Domínio da Mata Atlântica no Estado da Paraíba
abrange duas grandes áreas, perfazendo um total de 6.743km² e ocupando total ou
parcialmente 63 municípios incluindo os ecossistemas de mata, restinga e manguezal
(Tabarelli et al., 2006).
Dados recentes (MMA, 2010) indicam que a cobertura vegetal nativa está
reduzida a 16,11% em relação a área do estado na Mata Atlântica, sendo que nos
últimos anos a área alterada por ação antrópica fragmentou esta formação em
pequenas ilhas de florestas ou quando muito, corredores isolados bastante
vulneráveis, que hoje no conjunto não ultrapassam 1500 ha contínuos (Barbosa,
1996; Barbosa & Thomas, 2002).
A Mata do Buraquinho, com aproximadamente 515 hectares, no Município de
João Pessoa, é hoje uma das áreas mais representativas da Mata Atlântica no Estado,
destacando-se pela sua extensão e importância ecológica (Barbosa, 1996). Sua
preservação tem sido motivo constante de preocupações; sua notável riqueza constitui
um recurso natural extremamente valioso e, portanto, sua conservação é uma medida
justificável não apenas pela sua importância sócio econômica e pela exuberante
beleza natural para a comunidade local, como também pelo patrimônio genético que
encerra.
O conhecimento da vegetação e das coleções botânicas, propiciada pela
identificação científica correta e atualizada das plantas, viabiliza a aproximação dos
diversos tipos de usuários e pesquisadores, contribuindo para o entendimento do
ambiente e da necessidade de sua conservação, tendo em vista que a flora nativa
quase nunca é representada fazendo com que as pessoas não as tenham como
referência e, de certa forma distanciando-as da realidade que as cercam.
Dentro deste contexto, os estudos botânicos têm importância fundamental para
a defesa, manejo e recuperação deste remanescente, tornando-o excepcional do ponto
de vista da ciência e da conservação.
Embora as informações não sejam estáveis e definitivas, visamos com este
compêndio, tão somente, apresentar informações de maneira concentrada, permitindo

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Pedro da Costa Gadelha Neto

o fomento, documentação, complementação, correção e atualização, dos diversos


temas abordados.

BIODIVERSIDADE VEGETAL NA MATA DO BURAQUINHO

O número razoável de espécies vegetais documentadas em trabalhos


científicos, representam apenas, uma amostra de parte da biodiversidade existente na
Mata do Buraquinho. Não podemos esquecer que grande parte da cobertura vegetal
primitiva já tenha sido alterada, muito embora sem sérios riscos ecológicos.
Com base nos resultados de estudos taxonômicos e florísticos realizados por
pesquisadores que prestaram relevante contribuição ao conhecimento deste resquício
vegetacional, enfatizando mais especificamente os principais grupos de plantas como
as Briófitas, Pteridófitas e as Espermatófitas, são registrados os seguintes números:

BRIÓFITAS
20 Espécies (Marinho, 1987)

PTERIDÓFITAS
21 Espécies (Santiago, 2006)

ANGIOSPERMAS
513 Espécies (Gadelha Neto, 2012 [dados não publicados])

Embora, tradicionalmente os fungos estejam agrupados entres as plantas em


detrimento de sua complexa inter-relação com os vegetais, no entanto, as únicas
características que esses dois grupos dividem, além de todos os seres eucariontes, é a
forma de crescimento multicelular, filamentosa ou alongada.
Os fungos compreendem um dos grupos de organismos menos conhecidos na
Mata do Buraquinho, dos quais, citam-se apenas os trabalhos de Lucena, (1988),
Baseia, (1998), Gibertoni, 2004, relacionados com as famílias Ganodermataceae,
Geastraceae, bem como, com a ordem Aphyllophorales respectivamente.
Estes supracitados trabalhos, momentaneamente, sendo os únicos disponíveis e
de nosso conhecimento, apresentam os seguintes resultados:

GANODERMATACEAE
10 espécies (Lucena, 1988)

GEASTRACEAE
9 espécies (Baseia, 1998)

APHYLLOPHORALES
26 espécies (Gibertoni, 2004)

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Pedro da Costa Gadelha Neto

No entanto, a cada ano, pesquisadores, adicionam novas espécies as listas


publicadas, ilustrando o grau de incerteza e nosso desconhecimento sobre o real
tamanho da diversidade presente na área.
Desta forma, conhecer para preservar a biodiversidade é condição básica para
manter um meio ambiente sadio no planeta: todos os seres vivos são inter-
dependentes, participam de cadeias alimentares ou reprodutivas, e sabidamente os
ecossistemas mais complexos, com maior diversidade de espécies, são aqueles mais
duráveis e com maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.

VEGETAÇÃO & FLORA

O estudo das plantas vem se desenvolvendo há milhares de anos, e como todas


as áreas da ciência, tornou-se diversificada e especializada no decorrer dos últimos
três séculos (Raven et al. 1996). No entanto, não se deve confundir Botânica com
Flora ou com Vegetação. Neste contexto e, de forma ampla, se faz saber que:

Botânica  É a ciência que estuda e classifica os vegetais;

Vegetação  É o conjunto de plantas (sem levar em consideração de que espécies


se tratam) que conferem a uma região uma determinada fisionomia;

Flora  É o conjunto de espécies vegetais que compõem uma determinada


região.

A Mata do Buraquinho, embora de formação secundária, caracteriza-se pela


Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas (Veloso, 1992), ou ainda,
segundo Andrade Lima & Rocha (1971) como uma vegetação típica das Florestas
Pluviais Costeiras Nordestino-Brasileira, razoavelmente protegida com estágio
sucessional maduro, aparentemente equilibrado, com predomínio de espécies
secundárias tardias sobre as secundárias iniciais e pioneiras.
Levando-se em consideração que o nome Mata Atlântica é um termo popular
sem significado científico preciso, a base da fisionomia da cobertura vegetal da área
pode ser subdividida em três formações distintas.

 Mata de Tabuleiro

Formada por sedimentos terciários, com topografia plana a


levemente ondulada e imponente sob o aspecto fisionômico,
ocorre com predomínio de estratos arbóreos, variando de 6 até a
20m de altura. A flora arbórea apresenta expressiva participação
de espécies exclusivas da Mata Atlântica, espécies disjuntas entre a Mata Atlântica e
a Amazônia, bem como, espécies próprias da Mata de Tabuleiro, caracterizando a
singularidade desta formação (Tabela 1).

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Pedro da Costa Gadelha Neto

 Tabuleiro

Ocorrendo na forma de clareiras naturais, com solo mais


arenoso, constituindo enclaves, onde a vegetação é savanoide,
correspondente a um cerrado litorâneo, com fisionomia própria,
constituída por um manto herbáceo, entremeados por arbustos ou
arvoretas com caules geralmente retorcidos e com córtex espessado. Esta formação é
composta por espécies a exemplo da Mangaba (Hancornia speciosa Gomes),
Cajueiro (Anacardium occidentale L.), Azeitona do mato (Hirtella ciliata Mart. &
Zucc.), Cunhão de bode (Maytenus erythroxyla Reissek), Pau lacre (Vismia
guianensis (Aubl.) Choisy), Alcançú (Periandra mediterranea (Vell.) Taub.), Murici
do tabuleiro (Byrsonima gardnerana A.Juss.), Murta (Eugenia punicifolia (Kunth)
DC.), Batiputá (Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl.), entre outras.

 Mata Ciliar

Ocorrendo ao longo do Rio Jaguaribe e nas margens do


açude de Buraquinho, constitui uma estrutura vegetacional
florestal outrora submetida a um histórico de intensa degradação,
estando severamente alterada pela ação antrópica. Está integrado
no conjunto geral, com poucas espécies representativas. Entre elas destacam-se o
bulandi (Symphonia globulifera L.f.), Ingá-mirim (Inga laurina (Sw.) Willd.),
Pitomba de macaco (Guarea guidonia (L.) Sleumer), Anaxagorea dolichocarpa
Sprague & Sandwith, Araticum do brejo (Annona glabra L.) entre outras.

De um modo geral a composição fitológica da Mata do Buraquinho está


formada por um complexo florístico, em que há participação de elementos não só da
Mata Atlântica como também espécies da Floresta Amazônica e da Hiléia Baiana
(Barbosa, 1996) (Tabela 1).
Em termos estruturais, de acordo com Barbosa (1996) as dez espécies com
maiores Índice de Valor de Importância (IVI), em ordem decrescente são:
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. (Cocão), Tapirira guianensis Aubl.
(Copiúba), Protium giganteum Engl. (Amesclão), Pouteria cf.coriacea (Goiti),
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson (Leiteiro), Ocotea glomerata (Nees)
Mez (Louro pinho), Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers (Embiriba),
Tachigali densiflora (Benth.) L.G.Silva & H.C.Lima (Ingá de porco), Thyrsodium
spruceanum Benth. (Cabatã de leite) e Ocotea canaliculata (Rich.) Mez (Louro
porco).
Consequentemente, o dossel é predominantemente formado por espécies
Secundárias Tardias, conferindo a área um caráter de equilíbrio.
Em detrimento de suas características peculiares, a Mata do Buraquinho, foi
considerada área prioritária de extrema importância biológica, segundo o documento
do Ministério do Meio Ambiente/2000 “Avaliação e ações para a conservação da
biodiversidade da Mata Atlântica”. Apesar disto, o número de estudos florísticos e
taxonomicos sobre a flora fanerogâmica, bem como, informações ecológicas sobre o
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Pedro da Costa Gadelha Neto

estado atual da vegetação nativa são reduzidos e esparsos, dos quais, citam-se
principalmente e de forma cronológica os seguintes trabalhos:

1971 ANDRADE-LIMA, D. & ROCHA, M. G. Observações preliminares


sobre a Mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba. Anais do ICB –
UFRPE, Recife, 1 (1) : 47-61.

1993 PEREIRA, M. S., BARBOSA, M. R. V. Flora da Mata do


Buraquinho: Boraginaceae. In: Anais da XVII Reunião Nordestina de
Botânica. Terezina : UFPI. p. 103.

1995 PEREIRA, M. S., BARBOSA, M. R. V. Estudo do gênero Psychotria


L. (Rubiaceae) na Mata do Buraquinho. In: Anais da XIX Reunião
Nordestina de Botânica. Recife : UFPE. p. 116.

1995 PEREIRA, M. S., BARBOSA, M. R. V. Flora da Mata do


Buraquinho: Rubiaceae. In: Anais do III Encontro de Iniciação
Científica da UFPB. João Pessoa : UFPB. p. 300.

1996 PEREIRA, M. S., BARBOSA, M. R. V. Flora da Mata do


Buraquinho: Fabaceae. In: Anais da XX Reunião Nordestina de
Botânica. Natal : UFRN. p. 41-42.

1996 BARBOSA, M. R. V. Estudo florístico e fitossociológico da Mata do


Buraquinho, remanescente de mata atlântica em João Pessoa,
Paraíba. Campinas, 135p. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de
Campinas.

1997 LIMA, V. R., BARBOSA, M. R. V. Flora fanerogâmica da Mata do


Buraquinho: Melastomataceae. In: Anais do V Encontro de Iniciação
Científica da UFPB. João Pessoa : UFPB. v.3. p. 26.

2002 GADELHA NETO, P. C., GUERRA, R. T. Sucessão ecológica: estudo


comparativo entre o Jardim Botânico de João Pessoa (Mata do
Buraquinho) – PB e o Santuário Ecológico de Pipa – RN. In: Anais
do 53º Congresso Nacional de Botânica / 25ª Reunião Nordestina de
Botânica. Recife : SBB. p. 214.

2003 GADELHA NETO, P. C., SANTOS, M. C., EMERI, W. W. S.


Inventário das coleções fanerogâmicas do Jardim Botânico de João
Pessoa – PB. In: Anais/Resumos do 54º Congresso Nacional de
Botânica. Belém : MP Design Gráfico, [CD-ROM]. 401-1

2003 SANTOS, M. C., GADELHA NETO, P. C., BARBOSA, M. R. V.


Levantamento florístico das macrófitas aquáticas do Açude de
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Pedro da Costa Gadelha Neto

Buraquinho, Rio Jaguaribe (Jardim Botânico, João Pessoa – PB). In:


Anais do V Encontro Nacional de Biólogos / II Encontro Nordestino de
Biólogos. Natal : CRBio-05. p. 64.

2005 LIMA, N. T., GADELHA NETO, P. C., BARBOSA, M. R. V. A


família Apocynaceae s. str. na Mata do Buraquinho, Jardim
Botânico de João Pessoa, Paraíba, Brasil. In: Anais/Resumos do 56º
Congresso Nacional de Botânica. Curitiba : Digital Solutions, [CD-
ROM]. 0604

2006 GADELHA NETO, P. C., LIMA, I. B., PONTES, R. A. S., BARBOSA,


M. R. V. B. Abordagem preliminar das leguminosae ocorrentes no
Jardim Botânico de João Pessoa - PB. In: Anais/Resumos da XXIX
Reunião Nordestina de Botânica. Mossoró : UERN, [CD-ROM].
1060495

2006 PONTES, R. A. S., GADELHA NETO, P. C. Acanthaceae Juss. da


área de preservação permanente Mata do Buraquinho, Paraíba,
Brasil. In: Anais/Resumos da XXIX Reunião Nordestina de Botânica.
Mossoró : UERN, [CD-ROM]. 1060562

2006 MELO, A. S., BARBOSA, M. R. V. O gênero Borreria G.Mey


(Rubiaceae) na Mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba. In:
Anais/Resumos do 57º Congresso Nacional de Botânica. Gramado :
SBB, [CD-ROM].

2006 MELO, A. S., LIMA, R. S.; BARBOSA, M. R. V. Anatomia foliar de


três espécies do gênero Borreria G.Mey (Rubiaceae) ocorrentes na
Mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba. In: Anais/Resumos do
57º Congresso Nacional de Botânica. Gramado : SBB, [CD-ROM]. 2089

2006 ROCHA, P. K. L.; MOTTA, N. A.; LIMA, R. S.; GADELHA NETO, P.


C. Estudo anatômico da folha e do caule de Passiflora misera Kunth,
Passiflora suberosa L., Passiflora kermesina Link & Otto e Passiflora
edulis Sims. (Passifloraceae) ocorrentes na Mata do Buraquinho –
João Pessoa-PB. In: Anais do XIV Encontro de Iniciação Científica da
UFPB. João Pessoa : UFPB. p. 84.

2006 MOTTA, N. A.; ROCHA, P. K. L.; LIMA, R. S.; GADELHA NETO, P.


C. Anatomia da folha e do caule de espécies epífitas ocorrentes na
Mata do Buraquinho – João Pessoa-PB. In: Anais do XIV Encontro de
Iniciação Científica da UFPB. João Pessoa : UFPB. p. 86.

2007 ROCHA, P. K. L.; GRÜNHEIDT COP J.; LIMA, R. S.; GADELHA


NETO, P. C. Estudo anatômico da folha e do caule de quatro
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Pedro da Costa Gadelha Neto

espécies do Gênero Passiflora L. (Passifloraceae) ocorrentes na Mata


do Buraquinho, João Pessoa-PB. In: Anais da XXX Reunião
Nordestina de Botânica. Crato. URCA, [CD-ROM].

2007 MOTTA, N. A.; ROCHA, P. K. L.; LIMA, R. S.; GADELHA NETO, P.


C. Anatomia da folha e do caule de Struthanthus marginatus (Desr.)
Blume, Phthirusa pyrifolia (Humb., Bonpl. & Kunth) Eichler
(Loranthaceae) & Phoradendron sp (Viscaceae). In: Anais da XXX
Reunião Nordestina de Botânica. Crato : URCA, [CD-ROM].

2007 ARAÚJO, J. L. O. Síndromes de polinização ocorrentes em uma área


de Mata Atlântica, Paraíba, Brasil. Campina Grande, 60p. Monografia
– Universidade Estadual da Paraíba.

2008 GADELHA NETO, P. C.; BARBOSA, M. R. V. B. Trepadeiras,


epífitas e parasitas da Mata do Buraquinho. In: Anais/Resumos do
59º Congresso Nacional de Botânica / 31ª Reunião Nordestina de
Botânica. Natal: Imagem Gráfica, [CD-ROM]. 298/358

2008 FREITAS, A. F.; VIEIRA, B. S. A.; QUIRINO, Z. G. M.; GADELHA


NETO, P. C. Fenologia reprodutiva e síndromes de dispersão de
espécies arbóreas e arbustivas do Jardim Botânico Benjamim
Maranhão (Mata do Buraquinho): Uma análise a partir dos dados
de herbário. In: Anais/Resumos do 59º Congresso Nacional de Botânica
/ 31ª Reunião Nordestina de Botânica. Natal: Imagem Gráfica, [CD-
ROM]. 36/41

2008 PONTES, R. A. S.; GADELHA NETO, P. C.; AQUINO, M. T. B.


Táxons Ocorrentes na Reserva do Jardim Botânico Benjamim
Maranhão, João Pessoa, Presentes em Listas de Espécies
Ameaçadas. Apresentação na Reunião de Jardins Botânicos Brasileiros.

2008 LIMA, N. T. A Família Apocynaceae s.str. na Mata do Buraquinho,


João Pessoa, Paraíba. João Pessoa. 38p. Monografia – Universidade
Federal da Paraíba.

2010 COSTA-GOMES, G.A.; GADELHA NETO, P. C. & ALVES, M. A


família Cucurbitaceae Juss. em um Fragmento de Mata Atlântica no
Nordeste do Brasil. In: Anais da XXXIII Reunião Nordestina de
Botânica. “Flora Nordestina: Diversidade, Conhecimento e
Conservação”. Sergipe : UNIT, [CD-ROM]. p. 034847.

2010 SENA JÚNIOR, G. B.; GADELHA NETO, P. C. & LIMA, R. B.


Levantamento das Espécies Lenhosas Exóticas na Mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba, Brasil. In: In: Anais da XXXIII
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Pedro da Costa Gadelha Neto

Reunião Nordestina de Botânica. “Flora Nordestina: Diversidade,


Conhecimento e Conservação”. Sergipe : UNIT, [CD-ROM]. p. 034237.

2010 PONTES, R. A. S. & GADELHA NETO, P. C. A Contribuição do


Jardim Botânico Benjamim Maranhão no Conhecimento da Flora
da Paraíba, Brasil. In: In: Anais da XXXIII Reunião Nordestina de
Botânica. “Flora Nordestina: Diversidade, Conhecimento e
Conservação”. Sergipe : UNIT, [CD-ROM]. p. 061954.

2011 LEITE DA LUZ, P. F. 2011. Plantas Medicinais que Ocorrem na


“Mata do Buraquinho”, Jardim Botânico Benjamim Maranhão,
João Pessoa, Paraíba. João Pessoa : JBBM. 232p.

2011 RAMALHO, M. M. M. & LOCATELLI, E. Biologia floral e ecologia


da polinização de Crescentia cujete L. (Bignoniaceae) e Ipomoea alba
L. (Convolvulaceae) no Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João
Pessoa, Paraíba. In: Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica da
UFPB. João Pessoa : UFPB.

COLEÇÕES BOTÂNICAS

A demanda por conhecimento acerca da biodiversidade, em escalas global,


regional, nacional e estadual, cresceu muito após a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992. Atualmente, estima-se
em 264 mil a 279 mil o número de espécies de plantas conhecidas no mundo, ou seja,
de espécies formalmente descritas e documentadas em coleções biológicas. Neste
contexto, o Brasil é considerado o país de maior diversidade biológica, destaca-se no
ranking mundial de países Megadiversos, abrigando cerca de 14% da diversidade de
plantas do mundo (Peixoto & Morim, 2003).
Os documentos que certificam a diversidade e a riqueza da flora de uma
determinada região ou país encontram-se depositados em coleções botânicas. Estas
coleções em termos gerais, referem-se a um conjunto de amostras vegetais
correspondendo, geralmente, a partes destes ou à planta inteira.
A Mata do Buraquinho, resguarda no seu interior, a maior e a mais
representativa coleção urbana in- situ de espécies viças da flora nativa de
remanescentes de Mata Atlântica do Estado da Paraíba. Desta forma, o Jardim
Botânico de João Pessoa vem desenvolvendo e mantendo coleções vivas e
preservadas, capazes de nortear trabalhos não só de taxonomia vegetal a que se
destinam principalmente, mas também servir de subsídios para vários fins.
Todavia, por se tratar de um Jardim Botânico em fase de implantação,
destacam-se as coleções históricas documentadas e registradas no acervo do Herbário
JPB da UFPB, e as mais recentes como o Bromeliário, Orquidário, Carpoteca,
Espermoteca e a Xiloteca.

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Coleções Vivas

Os Jardins Botânicos cada vez mais se concentram no desenvolvimento de


coleções vivas, com o cultivo de espécies de plantas raras ou ameaçadas de extinção.
Desta forma, muitos têm se especializados em tipos específicos de plantas.
Neste contexto, o Jardim Botânico de João Pessoa direciona esforços na
manutenção e ampliação do Bromeliário e Orquidário, para fins conservacionistas,
bem como, educacionais, induzindo a propagação de várias espécies ex-situ, das
quais, futuramente poderão vir a ser reintroduzidas em projetos de recuperação
florística de áreas degradadas.

Bromeliario

Representando um recurso essencial para os esforços de conservação das


espécies ocorrentes no Estado, a coleção de bromélias surgiu em detrimento do
projeto “Bromélias da Mata Atlântica” que objetivava a formação de um acervo
científico e educacional, substancialmente alicerçada com a incorporação dos
exemplares vivos provenientes do inventário da flora de Bromeliaceae na floresta
atlântica do estado da Paraíba (Pontes, 2005).
Em sua composição inicial, no Bromeliário constavam 180 indivíduos,
totalizando 39 espécies, integrantes de 16 gêneros.

Considerado um grupo fascinante pela beleza e importância ecológica nos


diversos ecossistemas, os membros da família Bromeliaceae têm sido estudados pelas
diversas áreas do conhecimento biológico.
Todavia, o acelerado processo de destruição dos ecossistemas, somado ao
extrativismo predatório tem levado a reduções drásticas das populações e
conseqüente perda de diversidade com prováveis desaparecimentos de espécies
(Pontes, 2005).

Curiosidades:

A família Bromeliaceae, é um dos maiores e mais divrsificados grupos


neotropicais dentre as plantas monocotiledôneas com cerca de 3.000 espécies.
Constituindo um grupo de grande importância econômica, incluindo desde o abacaxi
(Ananas comusus (L.) Mill.), espécies cultivada e utilizada na alimentação em
diversos países, até as espécies de grande potencial ornamental em virtude de intensa
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Pedro da Costa Gadelha Neto

e variada coloração, freqüentemente encontradas em floriculturas, como diversas


Aechemea spp., Alcantarea spp., Cryptanthus spp., Guzmania spp., Tillandsia spp.,
Vriesia spp., entre outras.
Algumas espécies também são fontes de cultura de subsistência no interior de
diversos estados do nordeste brasileiro, como na Paraíba, onde o caroá, cruá ou croata
(Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez) teve grande importância na confecção de
fibras para a indústria têxtil e de cordas durante a década de 40, e a macambira
(Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. f.), cujas folhas são empregadas na fabricação
de fibras e na alimentação.
Atualmente no estado da Paraíba, este grupo vegetal está sofrendo grande
redução de suas populações naturais pela ação antrópica, principalmente na zona do
litoral paraibano, onde se concentra grande parte da população.

Orquidário

As orquídeas têm fascinado os homens por mais de dois mil e quinhentos anos.
Os representantes da família Orchidaceae constituem um dos mais belos grupos de
plantas e um dos maiores êxitos da evolução, o que as tornam, uma das mais
numerosas e especializadas do Reino Vegetal.
O cultivo de espécies de orquídeas em um determinado local é chamado de
Orquidário. Dentre as finalidades, esse espaço destina-se ao manejo, estudo,
propagação e conservação ex-situ desses vegetais.
As primeiras atividades do orquidário do Jardim Botânico Benjamim
Maranhão surgiram no ano de 2002, mediante transferência de exemplares
aclimatados, expostos numa estrutura básica na sede da SUDEMA. Outrossim,
substancialmente acrescidas por doações de orquidófilos, bem como, de exemplares
provenientes de excursões botânicas pertinentes do projeto “Preservação das
Orquídeas Nativas da Paraíba”, que objetivava a criação de um ambiente de
referência no cultivo e preservação das orquídeas nativas do Estado.
A manutenção dessas plantas, além de aproximar a comunidade com a
diversidade floral e seus recursos genéticos, também, tem se mostrado uma excelente
ferramenta para trabalhar a questão ambiental de forma prática e reflexiva,

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Pedro da Costa Gadelha Neto

demonstrando a variedades de espécies da família para o Estado, de acordo com os


aspectos estéticos, educacionais e científicos.

1ª Estrutura Atual Perspetiva Futura

No Orquidário, de início constavam 30 indivíduos pertencentes a 15 espécies,


entre elas a Cattleya labiata Lindl., considerada a rainha das orquídeas.

Curiosidades:

Orchidaceae é considerada uma das maiores, senão a maior entre todas as


famílias botânicas.
O nome orquídea vem do grego όρχις (órkhis) que significa testículo e ειδος
(eidos) que significa: aspecto, forma; em referência ao formato dos dois pequenos
tubérculos que as espécies do gênero Orchis apresentam. Como este gênero foi o
primeiro gênero de orquídeas a ser formalmente descrito, dele derivou o nome de
toda a família.
A respeito da enorme variedade de espécies, pouquíssimos são os casos em que
se encontrou utilidade comercial para as orquídeas além do uso ornamental. Entre
seus poucos usos, o único amplamente difundido é a produção de baunilha a partir
dos frutos de algumas espécies do gênero Vanilla.
Devido à beleza das flores, as orquídeas são, comumente, utilizadas em
floricultura. Esse fato, embora possa ser vantajoso quanto se pensa na utilização
horticultural, pode ser prejudicial por aumentar o risco de extinção de espécies, pois

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Pedro da Costa Gadelha Neto

coloca as orquídeas entre as plantas mais exploradas e coletadas em áreas de


vegetação natural.
Todavia, por serem predominantemente epífitas, são plantas com alto potencial
como indicadoras ambientais, estando entre as primeiras que sofrem os danos
causados pela poluição e pelo desmatamento, bem como, entre as últimas a
recolonizar áreas em recuperação. A presença e a diversidade de algumas espécies
pode mostrar o estado de preservação ou regeneração de uma determinada área.
Muito embora, a família não tem sido objeto de estudos em número proporcional à
sua importância.

Coleções Preservadas

As coleções botânicas são testemunho da biodiversidade e um suporte


imprescindível para estudos mais variados. Partes destes acervos tornaram-se
também bancos de patrimônio genético, levando-se em consideração que pesquisas
são realizadas utilizando material preservado em coleções. As mais diversificadas
linhas de pesquisa envolvendo coleções botânicas contribuem, não só com a
atividade finalística de geração de conhecimento, mas com a formação de recursos
humanos especializados para o desenvolvimento das ciências e de novas
tecnologias.
Desta forma, considerado de grande importância e suporte indispensável para
uma grande variedade de propósitos, além do labor de colecionamento, identificação,
descrição, estudos da biologia e interrelacionamento entre os táxons, as coleções
preservadas são ferramentas imprescindíveis para o trabalho dos taxonomistas e
apoio indispensável para muitas outras áreas do conhecimento.
Neste contexto, o Jardim Botânico de João Pessoa mantem esforços para a
salvaguarda, manutenção e ampliação das coleções recém formadas, a exemplo da
Xiloteca, Carpoteca, Espermoteca, bem como, as coleção históricas documentadas e
registradas no acervo do Herbário JPB da Universidade Federal da Paraíba.

Xiloteca

A estrutura anatômica da madeira contribui significativamente para o


reconhecimento de árvores e arbustos para fins de pesquisas taxonômicas ou
filogenéticas, principalmente quando o material reprodutivo (flores e/ou frutos) é
ausente ou escasso. Neste contexto, as xilotecas representam uma importante fonte de
informação para o pesquisador, fornecendo possiblidades de identificação e resgate
de dados sobre procedência, coletores etc.
Etmologicamente, Xiloteca é uma palavra originada do Grego: xýlon, madeira
+ theke, caixa, coleção, em referência a um arquivo de madeiras ou um local onde se
guarda diversos tipos de madeira e informações relativas sobre sua estrutura
anatômica.

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Por mais modesta que seja uma coleção de madeiras, cada uma de suas
amostras é um compêndio, além de ser um patrimônio cultural à disposição do
homem.
A Xiloteca do JBBM, inicialmente formada por doações da mineradora
Millennium Inorganic Chemicals Mineração Ltda, compreende 34 amostras do bioma
Mata Atlântica, pela qual, vem contribuindo significativamente como uma importante
fonte de informação, pelo seu valor didático e docente, bem como, fornecendo
possibilidades de identificação e resgate de dados sobre a nossa flora nativa.

Carpoteca & Espermoteca

Em termos botânicos, o fruto é uma estrutura presente em todas as


angiospermas onde as sementes são protegidas enquanto amadurecem. Sendo que, os
frutos verdadeiros se originam do desenvolvimento do ovário, após a fecundação pelo
grão de pólem. Enquanto que a Semente, é o óvulo desenvolvido após a fecundação,
contendo embrião, com ou sem reserva nutriva, protegida pelo tegumento.
No Jardim Botânico, estas duas coleções, fomentam grande importância devido
conter exemplares representativos da Caatinga e Floresta Atlântica, além de servirem
como subsídios para estudos taxonômicos e sistemáticos de pesquisadores e
estudantes, bem como, levar conhecimento à comunidade sobre os frutos e sementes,
possibilitando aos interessados, acesso a um material que dentre outras características
expressa a diversidade botânica de nossa região.
Etimologicamente, Carpoteca é uma palavras originada do grego, καρπός =
karpos, fruto + ϑήκη = theke, caixa, coleção, depósito. Desta forma, constituindo-se
literalmente num local onde se guardam e colecionam frutos. Em termos idôneos, a
Espermoteca (do grego, Sperma = semente + theke = caixa, coleção, depósito),
compreende um espaço destinado a uma coleção de informações sobre sementes.

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Na Carpoteca constam 66 espécies pertencentes a 61 gêneros integrantes de 20


famílias. Enquanto que, na Espermoteca constam 36 espécies pertencentes a 33
gêneros integrantes de 10 famílias.

A ampliação destes acervos estão sendo subsidiadas atraves da manutenção de


um cronograma de expedições botânicas, ostensivas e persistentes, com o apoio da
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA) e Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), para realização de coletas às principais fitofisionomias
verificadas no âmbito Estadual, levando-se em consideração que os estudos botânicos
têm importância fundamental para a defesa, manejo e recuperação dos poucos
remanescentes, tornando-o excepcional do ponto de vista da ciência e da
conservação.

Herbário

Herbário (do latim. herbareum) é o nome utilizado para designar uma coleção
de plantas prensadas e desidratadas, ou de parte destas, tecnicamente preparadas para
posteriores estudos descritivos, comparativos, históricos e documentais da flora de
umaregião, país ou continente.
Em outras palavras, é uma coleção dinâmica de plantas secas prensadas e
montadas de forma especial, destinadas a servir como documentação para vários fins,
tais como: a identificação de espécimes desconhecidos, pela comparação com outros
espécimes da coleção herborizada; o levantamento da flora de uma determinada área;
a reconstituição da vegetação de uma região; a avaliação da ação do homem, da
poluição ou do efeito de eventos e perturbações naturais na vegetação de uma dada
área; a reconstituição do caminho seguido por um botânico ou coletor, etc. Desta
forma, muitos dados podem ser obtidos ao manusear as exsicatas de um herbário.
Contudo, o JBBM não dispõe de um herbário próprio. Os espécimes coletados
são herborizados conforme os procedimentos citados por Mori et al. (1989) e
incorporado ao herbário Profº. Lauro Pires Xavier (JPB), do Departamento de
Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba.

ESQUEMA SIMPLIFICADO DO PROCESSO DE HERBORIZAÇÃO

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Pedro da Costa Gadelha Neto

O HERBÁRIO PROFº LAURO PIRES XAVIER

Breve histórico

O Herbário Lauro Pires Xavier foi iniciado em 1938, tendo origem a coleção
particular do Dr. Lauro Pires Xavier. Na década de oitenta o herbário passou a
integrar a rede do Projeto Flora CNPq, o que deu um grande impulso ao seu
desenvolvimento. A partir de 1997, passou a ser o herbário de referência para o
Projeto Flora Paraibana, apoiado pelo CNPq. O Herbário Lauro Pires Xavier é
registrado no Index Herbariorum com o acrônimo JPB e conta atualmente com mais
de 50 mil exsicatas, distribuídas em Fanerógamas, Pteridófitas, Briófitas, Algas,
Liquens e Fungos.
Este material tem como procedência principal o estado da Paraíba, estando
representados também outros estados do Nordeste e algumas regiões do país nas
quais pesquisadores do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB estiveram
coletando. Além disso, tem-se no ecervo doações oriundas de coleções com as quais
mantêm-se intercâmbio científico, particularmente material das famílias Rubiaceae,
Rhmnaceae e Solanaceae que recebe-se para identificação. De forma idônea,
resguarda em seu acervo a coleção pertinente a Mata do Buraquinho, proveniente de
atividades didáticas, levantamentos florísticos, trabalhos de Iniciação Científica,
Mestrado, Doutorado e de coletas aleatórias.

Com base nos dados do segundo semestre de 2011, para a Mata do


Buraquinho, constam no acervo do JPB um total de 1.130 exsicatas, distribuídas em
513 espécies pertencentes a 364 gêneros e integrantes de 106 famílias de
angiospermas. Números estes, que tendem a aumentar com a continuidade dos
trabalhos.
Desse total de espécies registradas, 40 ficaram indeterminadas ao nível
específico, indicando a necessidade de encaminhamento de parte deste material a
especialistas.
A distribuição do número de espécies por família mostra que 9 famílias
(Leguminosae, Rubiaceae, Asteraceae, Cyperaceae, Poaceae, Malvaceae,
Euphorbiaceae, Solanaceae, Myrtaceae) possuem 42% do total de espécies
documentadas. As outras famílias dividem entre si os 58% restante.
A família Leguminosae foi a que apresentou a maior riqueza de espécies, 13%
do total levantado, seguido de Rubiaceae e Asteraceae com 5% (cada), Cyperaceae e
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Pedro da Costa Gadelha Neto

Poaceae com 4% (cada), Malvaceae, Euphorbiaceae e Solanaceae com 3% (cada) e


Myrtaceae com 2% (Gráfico 1).
Solanum, Cyperus e Passiflora foram os gêneros com maior número de riqueza
específica (9, 8 e 7 espécies respectivamente).
Das 513 morfoespécies identificadas, 155 são arbóreas, 51 arbustivas, 16
subarbustivas, 210 herbáceas, 68 são trepadeiras, 4 epífitas, 5 Hemiparasitas e 4
Parasitas (Gráfico 2).

13%
5%
5%
4%

58% 4%
3%
3%
3%
2%

Leguminosae Rubiaceae Asteraceae Cyperaceae Poaceae


Malvaceae Euphorbiaceae Solanaceae Myrtaceae Outras

Gráfico 1 – Famílias com Maior número de espécies.

250

210
Arbóreo
200
Arbustivo

155 Subarbustivo
Nº DE ESPÉCIES

150 Herbáceo

Trepadeira

Epífita
100
68 Hemiepífita
51
Parasita
50
16
4 5 4
0
A rbó reo A rbustivo Subarbustivo Herbáceo Trepadeira Epífita Hemiepífita P arasita

HÁBITO

Gráfico 2 – Distribuição das espécies quanto a hábito.

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Pedro da Costa Gadelha Neto

CHECKLIST DA FLORA FANEROGÂMICA

Para a confecção da lista de espécies da flora fanerogâmica da Mata do


Buraquinho, realizou-se inicialmente consultas às exsicatas registradas na coleção do
Herbário Prof. Lauro Pires Xavier (JPB), resultantes de coletas anteriores realizadas
na área. Como complemento, estão sendo realizadas novas amostragens em
caminhadas aleatórias, percorrendo-se trilhas pré-existentes, bordas da mata, bem
como, áreas amostrais naturais, coletando-se todo material encontrado em estágio
reprodutivo.
A identificação do material está sendo realizada com o auxílio de chaves
analíticas dicotômicas, diagnoses e descrições encontradas na bibliografia
especializada e através de comparação com material previamente identificado por
especialistas ou por consulta direta aos mesmos.
Concomitantemente, estão sendo feitas correções e atualizações da
nomenclatura botânica, tendo como referência floras internacionais, nacionais,
estaduais e, obras de referência como o International Plant Nomenclature Index e a
base de dados Trópicos, do Missouri Botanical Garden, bem como, a lista de espécies
da flora do Brasil, disponíveis on line respectivamente nos sites
http://ipni.org/ipni/plantnamesearchpage.do ,
http://mobot.mobot.org/W3T/search/vast.html e http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/.
Para o conceito e delimitação das famílias adotou-se a proposta de
classificação da APG II. As abreviaturas dos nomes dos autores segue Brummitt &
Powell (1992).
Com base nos dados momentaneamente obtidos, organizou-se uma lista de
espécies em ordem alfabética de famílias e gêneros, e sempre que possível,
indicando-se também o nome vernacular.
Não apenas as eudicotiledôneas foram consideradas neste trabalho, as
angiospermas basais, bem como, as monocotiledôneas também foram incluídas no
checklist geral, acrescidas das frutíferas exóticas destas classes, que na realidade
simbolizam um testemunho dos antigos sítios e fazendas desapropriadas para
Preservação do manancial de Buraquinho.
Este é apenas o início. A intenção é que a lista seja dinâmica e atualizada
periodicamente para incluir novas espécies e mudanças taxonômicas ao longo do
tempo. Neste contexto, Convém mencionar que qualquer checklist é um produto
dinâmico, uma vez que novos registros e novas revisões taxonômicas ampliam nosso
conhecimento, e não pode ser por isso, entendido como definitivo.

Psychotria bracteocardia Clusia nemorosa Mandevilla scabra

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Tabela 1 - Relação das espécies depositadas no Herbário JPB, coletadas na área da


Mata do Buraquinho. Arv – Arvore; Arb – Arbusto; Sub – Subarbusto; Erv – Erva;
Tre – Trepadeira; Par – Parasita; Epi – Epífita; Hem – Hemiepífita.

FAMÍLIA ESPÉCIE NOME VULGAR HÁBITO

ACANTHACEAE Blechum pyramidatum (Lam.) Urb. * Erv


Dicliptera mucronifolia Nees * Erv
Justicia comata (L.) Lam. * Erv
Lepidagathis alopecuroidea (Vahl) R.Br. ex Griseb. * Erv
Nelsonia canescens (Lam.) Spreng. * Erv
Ruellia geminiflora Kunth * Erv
Ruellia ochroleuca Mart. ex Nees Rama Erv
Ruellia paniculata L. * Erv
Sanchezia nobilis Hook. * Arb
Thunbergia fragrans Roxb. * Tre

AMARANTHACEAE Alternanthera tenella Colla Apaga fogo Erv

ANACARDIACEAE Anacardium occidentale L. Cajueiro Arv


Mangifera indica L. Mangueira Arv
Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira da praia Arv
Spondias mombin L. Cajazeiro Arv
Spondias tuberosa Arruda X Spondias mombin L. Umbu-cajá Arv
Tapirira guianensis Aubl. Copiúba Arv
Thyrsodium spruceanum Benth. Cabatã de Leite Arv

ANNONACEAE Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith * Arv


Annona glabra L. Araticum do brejo Arv
Annona pickelii (Diels) H.Rainer Araticum do mato Arv
Annona salzmannii A.DC. Araticum Arv
Annona sp. * Arv
Guatteria schomburgkiana Mart. Embira preta Arv
Xylopia frutescens Aubl. Semente de embira Arv
Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. Camaçarí Arv

APOCYNACEAE Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll.Arg. Peroba Arv


Hancornia speciosa Gomes Mangaba Arv
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson Leiteiro Arv
Mandevilla moricandiana (A.DC.) Woodson * Tre
Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K.Schum. * Tre
Odontadenia lutea (Vell.) Markgr. * Tre
Tabernaemontana divaricata (L.) R.Br. ex Roem. & Schult. Jasmim manga Arb
Tabernaemontana flavicans Willd. ex Roem. & Schult. * Arv

AQUIFOLIACEAE Ilex sp. * Arv

ARACEAE Anthurium affine Schott Milho de urubú Erv


Anthurium gracile (Rudge) Lindl. * Epi
Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G.Don * Hem
Caladium bicolor (Aiton) Vent. * Erv
Dieffenbachia amoena Bull. Comigo ninguém pode Erv
Lemna cf. minor L. Lentilha d’água Erv
Montrichardia linifera (Arruda) Schott Aninga Erv
Philodendron acutatum Schott Imbé Hem

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Pistia stratiotes L. Alface d´água Erv


Spathiphyllum gardneri Schott * Erv
Syngonium podophyllum Schott * Hem
Taccarum ulei Engl. & K.Krause Milho de cobra Erv

ARALIACEAE Hydrocotyle umbellata L. Orelha de onça Erv


Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Sambaquim Arv

ARECACEAE Acrocomia intumescens Drude Macaúba Arv


Bactris ferruginea Burret Ticum Arv
Cocos nucifera L. Coqueiro Arv
Desmoncus polyacanthos Mart. Titara Tre
Elaeis guineensis Jacq. Dendenzeiro Arv
Mauritia flexuosa L.f. Buriti Arv

ARISTOLOCHIACEAE Aristolochia papillaris Mast. Papo de peru Tre


Aristolochia trilobata L. Papo de Peru Tre

ASPARAGACEAE Agave sp. Agave Erv


Sansevieria trifasciata Prain Espada de são Jorge Erv

ASTERACEAE Artemisia vulgaris L. Anador Erv


Bidens bipinnata L. Espinho de agulha Erv
Centratherum punctatum Cass. * Erv
Chamomilla recutita (L.) Rauschert Camomila Erv
Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M.King & H.Rob. * Erv
Cosmos caudatus Kunth Picão Erv
Cyanthillium cinereum (L.) H.Rob. * Erv
Delilia biflora (L.) Kuntze * Erv
Eclipta prostrata (L.) L. * Erv
Elephantopus mollis Kunth Fumo bravo Erv
Emilia sonchifolia (L.) DC. ex Wight Pincel Erv
Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp. * Arv
Lourteigia ballotifolia (Kunth) R.M. King & H. Rob. * Erv
Melampodium divaricatum (Rich. ex Pers.) DC. Botão de ouro Erv
Mikania sp. Cipó cabeludo Tre
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Quitoco Erv
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. Cravo de urubu Erv
Rolandra fruticosa (L.) Kuntze * Erv
Sphagneticola trilobata (L.) Pruski * Erv
Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. * Sub
Tilesia baccata (L.f.) Pruski Mentrasto Erv
Tithonia diversifolia (Hemsl.) A.Gray Girassol mexicano Arb
Tridax procumbens L. * Erv
Zinnia elegans Jacq. * Erv

BIGNONIACEAE Adenocalymma sp. Cipó trepador Tre


Bignonia corymbosa (Vent.) L.G.Lohmann * Tre
Crescentia cujete L. Cuité Arv
Fridericia sp. * Tre
Handroanthus impetiginosus Mattos Ipê roxo Arv
Handroanthus serratifolius (A.H.Gentry) S.Grose Ipê amarelo Arv
Lundia cordata (Vell.) DC. Cipó de cesto Tre
Tabebuia elliptica (DC.) Sandwith Ipê branco Arv
Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Ipê róseo Arv
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Ipezinho de jardim Arb

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Pedro da Costa Gadelha Neto

BIXACEAE Bixa orellana L. Urucum Arb

BORAGINACEAE Cordia nodosa Lam. * Arv


Cordia superba Cham. Mama de cachorro Arv
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. Frei Jorge Arv
Euploca procumbens (Mill.) Diane & Hilger Crista de perú Erv
Tournefortia bicolor Sw. * Arb
Varronia multispicata (Cham.) Borhidi * Erv
Varronia cf. polycephala Lam. * Arb

BROMELIACEAE Aechmea patentissima (Mart. ex Schult. & Schult.f.) Baker * Epi


Bromelia karatas L. Banana de raposa Erv
Cryptanthus bromelioides Otto & A.Dietr. * Erv

BURSERACEAE Protium giganteum Engl. Amesclão Arv


Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Amescla Arv
Protium sp. * Arv

CACTACEAE Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru Mandacarú Arv

CAMPANULACEAE Hippobroma longiflora (L.) G.Don * Erv

CANNABACEAE Cannabis sativa L. Maconha Erv


Trema micrantha (L.) Blume Piriquiteira Arv

CAPPARACEAE Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl Feijão de boi Arv


Hemiscola aculeata (L.) Raf. * Erv
Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. Mussambê Erv

CARICACEAE Carica papaya L. Mamoeiro Arv

CELASTRACEAE Maytenus erythroxyla Reissek Cunhão de bode Arb

CHRYSOBALANACEAE Hirtella ciliata Mart. & Zucc. Azeitona do mato Arb


Hirtella racemosa Lam. Azeitona do mato Arv
Licania apetala (E.Mey.) Fritsch * Arv
Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) Kuntze Pau-cinza Arv
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Oiti Arv

CLUSIACEAE Clusia nemorosa G.Mey. Pororoca Arv


Clusia sp. Orelha de burro Arv
Garcinia sp. Bacupari Arv
Symphonia globulifera L.f. Bulandi Arv

COMBRETACEAE Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard Imbiridiba Arv


Terminalia catappa L. Castanhola Arv

COMMELINACEAE Commelina erecta L. Olho de Santa Luzia Erv


Commelina obliqua Vahl Olho de Santa Luzia Erv
Dichorisandra thyrsiflora J.C.Mikan * Erv
Tradescantia spathacea Sw. * Erv
Tradescantia zebrina Heynh. * Erv

CONNARACEAE Connarus sp. * Arb


Rourea doniana Baker * Tre

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Pedro da Costa Gadelha Neto

CONVOLVULACEAE Evolvulus nummularius (L.) L. * Erv


Ipomoea alba L. Dama da noite Tre
Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult. Salsa Tre
Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. & Schult. Jitirana Tre
Ipomoea hederifolia L. Jitirana Tre
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O'Donell Jitirana Tre
Merremia umbellata (L.) Hallier f. Corda de viola Tre

COSTACEAE Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Cana do brejo Erv

CRASSULACEAE Kalanchoe sp. * Erv

CUCURBITACEAE Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. Taiuva Tre


Gurania bignoniacea (Poepp. & Endl.) C.Jeffrey * Tre
Gurania subumbellata (Miq.) Cogn. Pepino de Papagaio Tre
Lagenaria sp. * Tre
Luffa cylindrica M.Roem. Bucha Tre
Melothria pendula L. Melão de morcego Tre
Momordica charantia L. Melão de são caetano Tre
Psiguria ternata (M.Roem.) C.Jeffrey Pepino de papagaio Tre

CYPERACEAE Bulbostylis capillaries (L.) C.B.Clarke * Erv


Calyptrocarya glomerulata (Brongn.) Urb. * Erv
Cyperus haspan L. * Erv
Cyperus laxus Lam. * Erv
Cyperus ligularis L. * Erv
Cyperus aff. Luzulae (L.) Retz. * Erv
Cyperus odoratus L. * Erv
Cyperus aff. rotundus L. * Erv
Cyperus surinamensis Rottb. * Erv
Cyperus sp. * Erv
Diplacrum capitatum (Willd.) Boeckeler * Erv
Eleocharis sellowiana Kunth * Erv
Eleocharis sp. * Erv
Fimbristylis sp. * Erv
Fuirena umbellata Rottb. * Erv
Kyllinga sp. * Erv
Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl * Erv
Rhynchospora comata (Link) Roem. & Schult. * Erv
Rhynchospora pubera (Vahl) Boeckeler * Erv
Scleria bracteata Cav. Capim narvalha Erv
Scleria interrupta Rich. * Erv

DILLENIACEAE Davilla kunthii A.St.-Hil. Cipó-de-fogo Tre


Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. Peito de moça Tre
Tetracera breyniana Schltdl. Cipó-de-fogo Tre

DIOSCOREACEAE Dioscorea sp. * Tre

ERIOCAULACEAE Paepalanthus sp. * Erv

ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum citrifolium A.St.-Hil. * Arv


Erythroxylum passerinum Mart. Cumixá preto Arv
Erythroxylum squamatum Sw. * Arv

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Pedro da Costa Gadelha Neto

EUPHORBIACEAE Astraea lobata (L.) Klotzsch Erva de rola Erv


Cnidoscolus urens (L.) Arthur Urtiga branca Erv
Croton hirtus L'Hér. Urtiga Erv
Croton polyandrus Spreng. * Arb
Croton sellowii Baill. * Erv
Dalechampia scandens L. Coça-coça Tre
Euphorbia heterophylla L. * Erv
Euphorbia hirta L. Burra leiteira Erv
Euphorbia hyssopifolia L. Burra leiteira Erv
Euphorbia prostrata Aiton Quebra pedra rasteiro Erv
Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg. Seringueira Arv
Jatropha gossypiifolia L. Pinhão roxo Arb
Joannesia princeps Vell. * Arv
Microstachys corniculata (Vahl) Griseb. * Erv
Ricinus communis L. Mamona Arv
Sapium glandulosum (L.) Morong Burra leiteira Sub

GENTIANACEAE Schultesia guianensis (Aubl.) Malme * Erv

HELICONIACEAE Heliconia psittacorum L.f. Helicônia Erv

HERNANDIACEAE Sparattanthelium botocudorum Mart. Arco de pipa Arb

HUMIRIACEAE Sacoglottis mattogrossensis Malme var. mattogrossensis Pitomba de morcego Arv

HYPERICACEAE Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Pau lacre Arb

IRIDACEAE Cipura paludosa Aubl. * Ver

LAMIACEAE Aegiphila pernambucensis Moldenke Salgueiro Sub


Hyptis atrorubens Poit. * Erv
Hyptis pectinata (L.) Poit. * Erv
Hyptis sinuata Pohl ex Benth. * Erv
Hyptis suaveolens Poit. Alfazema brava Erv
Ocimum gratissimum L. Manjericão Erv
Erv
LAURACEAE Cassytha filiformis L. Cipó chumbo Par
Nectandra sp. * Arv
Ocotea canaliculata ( Rich.) Mez Louro porco Arv
Ocotea duckei Vattimo-Gil Canela Arv
Ocotea glomerata (Nees) Mez Louro pinho Arv
Persea americana Mill. Abacateiro Arv

LECYTHIDACEAE Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers Embiriba Arv


Lecythis pisonis Cambess. Sapucaia Arv

LEGUMINOSAE Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes Barbatimão Arv


Adenanthera pavonina L. Carolina Arv
Aeschynomene evenia C.Wright & Sauvalle * Arv
Aeschynomene viscidula Michx. Malícia sem espinho Ver
Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico Pau bosta Arv
Andira nitida Mart. ex Benth. Angelim Arv
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. Gitaí Arv
Bauhinia forficata Link Mororó Arb
Bowdichia virgilioides Kunth Sucupira Arv
Caesalpinia echinata Lam. Pau brasil Arv

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Pedro da Costa Gadelha Neto

Calopogonium mucunoides Desv. * Tre


Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth. Feijão bravo Tre
Cassia grandis L.f. * Arv
Centrosema brasilianum (L.) Benth. Tabaco de nega Tre
Centrosema plumieri (Turpin ex Pers.) Benth. Espia caminho Tre
Centrosema virginianum (L.) Benth. Espia caminho Tre
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene * Erv
Chamaecrista nictitans (L.) Moench * Erv
Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S.Irwin & Barneby * Sub
Clitoria fairchildiana R.A.Howard Sombreiro Arv
Clitoria laurifolia Poir. * Erv
Crotalaria pallida Aiton * Erv
Crotalaria retusa L. Guiso de cascavel Erv
Crotalaria stipularia Desv. * Erv
Desmanthus virgatus (L.) Willd. Angiquinho Sub
Desmodium adscendens (Sw.) DC. * Erv
Desmodium axillare (Sw.) DC. * Erv
Desmodium barbatum (L.) Benth. * Erv
Desmodium incanum DC. Pega rapaz Erv
Desmodium triflorum (L.) DC. * Erv
Dioclea violacea Mart. ex Benth. Olho de boi Tre
Dioclea virgata (Rich.) Amshoff Cipó de macaco Tre
Hymenaea courbaril L. Jatobá Arv
Indigofera hirsuta L. Anileira Erv
Inga blanchetiana Benth. Ingá cabeludo Arv
Inga edulis Mart. Ingá Arv
Inga ingoides (Rich.) Willd. Ingá Arv
Inga laurina (Sw.) Willd. Ingá mirim Arv
Inga thibaudiana DC. Ingá Arv
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Linhaça Arv
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Espinheiro Arv
Macroptilium lathyroides (L.) Urb. Feijão de rola Erv
Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá Arv
Mimosa candollei R.Grether Malícia de bode Erv
Mimosa pigra L. * Arb
Mimosa sensitiva L. * Arb
Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd. Malícia Sub
Mucuna sloanei Fawc. & Rendle Olho de boi Tre
Periandra mediterranea (Vell.) Taub. Alcançú Arb
Phanera outimouta (Aubl.) L.P.Queiroz Mororó de rama Tre
Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz Catingueira Arv
Pterocarpus rohrii Vahl Pau sangue Arv
Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC. Olho de pombo Tre
Samanea inopinata (Harms) Barneby & J.W.Grimes Bordão de velho Arv
Senna alata (L.) Roxb. Fedegoso grande Arb
Senna georgica H.S.Irwin & Barneby * Arb
Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby Mata pasto Erv
Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S.Irwin & Barneby * Arb
Senna quinquangulata (Rich.) H.S.Irwin & Barneby Canudo de São João Tre
Sesbania virgata (Cav.) Pers. Angiquinho grande Arb
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. * Arv
Stylosanthes capitata Vogel * Erv
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. * Erv
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Meladinha Arb
Swartzia pickelii Killip ex Ducke Jacarandá branco Arv
Tachigali densiflora (Benth.) L.G.Silva & H.C.Lima Ingá de porco Arv

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Tephrosia purpurea (L.) Pers. * Erv


Vigna luteola (Jacq.) Benth. * Erv
Zornia sericea Moric. * Erv

LENTIBULARIACEAE Utricularia gibba L. * Erv

LIMNOCHARITACEAE Limnocharis flava (L.) Buchenau Paraci Erv


Hydrocleys nymphoides (Willd.) Buchenau Papoula d’água Erv

LINDERNIACEAE Lindernia crustacea (L.) F.Muell. * Erv

LOGANIACEAE Spigelia anthelmia L. Lombrigueira Erv

LORANTHACEAE Phthirusa pyrifolia (Kunth) Eichler Erva de passarinho Par


Struthanthus marginatus (Desr.) Blume Erva de passarinho Par

LYTHRACEAE Cuphea flava Spreng. Sete sangrias Erv


Cuphea sp. * Erv
Lawsonia inermis L. Resedá Erv

MALPIGHIACEAE Bunchosia glandulifera (Jacq.) Kunth Cereja do pará Arb


Byrsonima gardnerana A.Juss. Murici do tabuleiro Arb
Byrsonima sericea DC. Murici Arv
Stigmaphyllon blanchetii C.E.Anderson * Tre
Stigmaphyllon paralias A.Juss. * Sub

MALVACEAE Apeiba tibourbou Aubl. Pau de jangada Arv


Corchorus hirtus L. * Erv
Eriotheca macrophylla (K.Schum.) A.Robyns Munguba Arv
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba Arv
Hibiscus sororius L. * Sub
Luehea ochrophylla Mart. Açoita cavalo Arv
Malvastrum tomentosum (L.) S.R.Hill subsp. Tomentosum * Erv
Pavonia cancellata (L.) Cav. * Erv
Pavonia fruticosa (Mill.) Fawc. & Rendle * Erv
Sida ciliaris L. * Erv
Sida cf. elata Macfad. * Erv
Sida jussiaeana DC. * Erv
Theobroma cacao L. Cacau Arv
Triumfetta rhomboidea Jacq. Carrapicho Sub
Urena lobata L. Carrapicho Arb
Waltheria americana L. Malva branca Erv
Waltheria viscosissima A.St.-Hil. Malva preta Sub

MARANTACEAE Ischnosiphon gracilis (Rudge) Körn. * Erv


Maranta sp. Araruta brava Erv
Monotagma plurispicatum (Körn.) K.Schum. Maranta Erv

MELASTOMATACEAE Clidemia biserrata DC. * Erv


Clidemia hirta (L.) D.Don * Erv
Comolia villosa (Aubl.) Triana * Erv
Miconia albicans (Sw.) Triana Cinzeiro Arv
Miconia ciliata (Rich.) DC. Anis Arb
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. * Arv
Nepsera aquatica (Aubl.) Naudin Barba de paca Erv

26
Pedro da Costa Gadelha Neto

MELIACEAE Guarea guidonia (L.) Sleumer Pitomba de macaco Arv

MENISPERMACEAE Chondrodendron platiphyllum (A.St.-Hil.) Miers * Tre


Cissampelos glaberrima A.St.-Hil. * Tre
Cissampelos sympodialis Eichler Milona Tre
Hyperbaena domingensis (DC.) Benth. * Tre
Odontocarya sp. * Tre

MORACEAE Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Fruta pão Arv


Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira Arv
Brosimum guianense (Aubl.) Huber * Arv
Ficus gomelleira Kunth & C.D.Bouché Gameleira Arv
Sorocea hilarii Gaudich. * Arv

MYRSINACEAE Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze * Arv

MYRTACEAE Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos Guabiraba Arv


Eugenia hirta O.Berg * Arb
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Murta Arb
Myrcia bergiana O.Berg * Arv
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. * Arv
Myrcia splendens (Sw.) DC. * Arv
Myrcia sylvatica (G.Mey.) DC. Viuvinha Arv
Psidium guajava L. Goiabeira Arv
Psidium guineense Sw. Araçá Arv
Syzygium aqueum (Burm. f.) Alston Jambo branco Arv
Syzygium cumini (L.) Skeels Oliveira Arv
Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry Jambeiro Arv

NYCTAGINACEAE Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell * Arb


Mirabilis jalapa L. Bonina Arb

NYMPHAEACEAE Nymphaea sp. Ninféia Erv

OCHNACEAE Ouratea hexasperma (A.St.-Hil.) Baill. Batiputá Arv


Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl. Batiputá Arv
Sauvagesia erecta L. * Arv

OLACACEAE Ximenia americana L. Ameixa brava Arv

ONAGRACEAE Ludwigia erecta (L.) H.Hara Cruz de malta Erv


Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H.Raven Cruz de malta Erv

ORCHIDACEAE Cyrtopodium flavum Link & Otto ex Rchb.f. Rabo de tatu Erv
Epidendrum cinnabarinum Salzm. * Epi
Habenaria trifida Kunth * Erv
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. * Erv
Polystachya estrellensis Rchb.f. * Epi
Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl. * Erv
Sarcoglottis grandiflora (Hook.) Klotzsch * Erv
Vanilla chamissonis Klotzsch Vanila Hem
Vanilla palmarum (Salzm. ex Lindl.) Lindl. Vanila Hem

OXALIDACEAE Oxalis cratensis Oliv. ex Hook. * Erv

PAPAVERACEAE Argemone mexicana L. Cardo santo Erv

27
Pedro da Costa Gadelha Neto

PASSIFLORACEAE Passiflora alata Curtis Maracujá açú Tre


Passiflora edulis Sims Maracujá Tre
Passiflora foetida L. Maracujá de estalo Tre
Passiflora glandulosa Cav. * Tre
Passiflora kermesina Link & Otto * Tre
Passiflora misera Kunth * Tre
Passiflora suberosa L. * Tre

PERACEAE Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. Sete cascas Arv


Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. Cocão Arv

PHYLLANTHACEAE Phyllanthus cf. carvalhoi G.L.Webster Quebra-pedra Erv


Phyllanthus minutulus Müll.Arg. Quebra-pedra Erv
Phyllanthus tenellus Roxb. Quebra-pedra Erv

PHYTOLACCACEAE Microtea scabrida Urb. * Erv


Phytolacca thyrsiflora Fenzl. ex J.A.Schmidt * Erv
Rivina humilis L. * Erv

PICRAMNIACEAE Picramnia andrade-limae Pirani Ticongo Arb

PIPERACEAE Peperomia pellucida (L.) Kunth * Erv


Piper caldense C.DC. * Arb
Piper marginatum Jacq. Pimenta darda Sub
Piper nigrum L. Pimenta de cheiro Tre
Piper tuberculatum Jacq. * Arb

PLANTAGINACEAE Scoparia dulcis L. Vassourinha Erv


Stemodia pratensis (Aubl.) C.P.Cowan * Erv
Tetraulacium veroniciforme Turcz. * Erv

PLUMBAGINACEAE Plumbago scandens L. Louco Sub

POACEAE Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.Wendl. Bambú Arv


Cenchrus echinatus L. Carrapicho Erv
Chloris sp. Capim pé de galinha Erv
Echinochloa crus-pavonis (Kunth) Schult. * Erv
Eleusine indica (L.) Gaertn. * Erv
Eragrostis sp. * Erv
Lasiacis ligulata Hitchc. & Chase Taquara Erv
Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon & S.W.L.Jacobs Capim colonial Erv
Olyra latifolia L. * Erv
Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. * Erv
Panicum pilosum Sw. * Erv
Panicum trichanthum Nees * Erv
Paspalum conjugatum P.J.Bergius * Erv
Paspalum sp. * Erv
Saccharum officinarum L. Cana –de-açúcar Erv
Setaria tenax (Rich.) Desv. Rabo de lagartixa Erv
Setaria sp. * Erv
Sporobolus sp. * Erv

POLYGALACEAE Bredemeyera laurifolia (A.St.-Hil.) Klotzsch ex A.W.Benn. * Arb


Polygala longicaulis Kunth * Erv
Polygala violacea Aubl. * Erv

28
Pedro da Costa Gadelha Neto

Securidaca cf. coriacea Bonpl. * Tre

POLYGONACEAE Antigonon leptopus Hook. & Arn. Amor agarradinho Tre


Coccoloba alnifolia Casar. Cauaçú Arv
Coccoloba densifrons Mart. ex Meisn. Cauaçú de rama Arb
Coccoloba cf. glaziovii Lindau Gangu Arv
Coccoloba laevis Casar. Cavaçú de rama Tre
Coccoloba mollis Casar. Cavaçú Arv
Polygonum hydropiperoides Michx. * Erv

PONTEDERIACEAE Eichhornia azurea (Sw.) Kunth Baronesa Erv


Eichhornia crassipes (Mart.) Solms Aguapé, Baronesa Erv
Eichhornia paniculata (Spreng.) Solms Aguapé, Baronesa Erv

PORTULACACEAE Portulaca oleracea L. Beldroega Erv


Portulaca pilosa L. * Erv

RHAMNACEAE Colubrina glandulosa subsp. reitzii (M.C.Johnst.) Borhidi * Arb


Ziziphus undulata Reissek Juazeiro Arv

RUBIACEAE Alseis pickelii Pilg. & Schmale * Arv


Amaioua corymbosa Kunth * Arv
Borreria humifusa Mart. * Erv
Borreria latifolia (Aubl.) K.Schum. * Erv
Borreria ocymifolia (Roem. & Schult.) Bacigalupo & E.L.Cabral * Erv
Borreria verticillata (L.) G.Mey. Vassourinha de botão Erv
Coccocypselum hirsutum Bartl. ex DC. Manacá Erv
Cordiera myrciifolia (K.Schum.) C.H.Perss. & Delprete * Arv
Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Quina-quina Arv
Chiococca alba (L.) Hitchc. * Arb
Diodella apiculata (Willd. ex Roem. & Schult.) Delprete * Erv
Guettarda platypoda DC. Angélica Arv
Guettarda sp. * Arv
Mitracarpus hirtus (L.) DC. * Erv
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. * Arb
Posoqueria longiflora Aubl. * Arv
Psychotria bracteocardia (DC.) Müll.Arg. Mata Calado Erv
Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Schult.) Müll.Arg. Erva de rato Erv
Psychotria platypoda DC. Erva de rato Sub
Psychotria subtriflora Müll.Arg. * Sub
Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. Poaia Erv
Ronabea latifólia Aubl. * Sub
Sabicea cinerea Aubl. * Tre
Salzmannia nitida DC. * Arb
Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum. Genipapo bravo Arv

RUTACEAE Ertela trifolia (L.) Kuntze * Erv

SALICACEAE Casearia commersoniana Cambess. Café do mato Arv


Casearia javitensis Kunth Café do mato Arv
Casearia sylvestris Sw. Pau de lagarto Arb
Xylosma sp. Espinho de judeu Arv

SANTALACEAE Phoradendron strongyloclados Eichler Erva de passarinho Par

SAPINDACEAE Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk. Estraladeira Arv

29
Pedro da Costa Gadelha Neto

Cupania impressinervia Acev.-Rodr. Caboatã de rêgo Arv


Paullinia trigonia Vell. Mata fome Tre
Serjania paucidentata DC. Cipó cururu Tre
Serjania salzmanniana Schltdl. Cipó cururu Tre
Talisia esculenta (Cambess.) Radlk. Pitombeira Arv

SAPOTACEAE Chrysophyllum rufum Mart. Lacre da mata Arv


Manilkara salzmannii (A.DC.) H.J.Lam Massaranduba Arv
Manilkara zapota (L.) P.Royen Sapoti Arv
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni Goiti Arv
Pouteria sp. * Arv
Sarcaulus cf. brasiliensis (A.DC.) Eyma * Arv

SCHOEPFIACEAE Schoepfia brasiliensis A.DC. * Arv

SIMAROUBACEAE Simaba ferruginea A.St.-Hil. Jaquinha da mata Arv


Simarouba amara Aubl. Pau paraíba Arv

1
SMILACACEAE Smilax sp. Japeganga Tre
2
Smilax sp. * Tre

SOLANACEAE Capsicum frutescens L. Pimenta de cheiro Arb


Capsicum chinense Jacq. Pimenta malagueta Arb
Cestrum sp. * Arv
Schwenckia americana Rooyen ex L. * Erv
Solanum americanum Mill. * Erv
Solanum asperum Rich. Jussara Arb
Solanum caavurana Vell. * Arb
Solanum capsicoides All. Gogóia Arb
Solanum lycopersicum L. Tomateiro Erv
Solanum paludosum Moric. Jurubeba Arb
Solanum paniculatum L. Jurubeba Sub
Solanum stramoniifolium Jacq. Jurubeba branca Arb
Solanum torvum Sw. Jurubeba Arb

THEOPHRASTACEAE Clavija sp. * Arv

TURNERACEAE Turnera subulata Sm. Chanana Erv

TYPHACEAE Typha domingensis Pers. Junco Erv

URTICACEAE Cecropia cf. palmata Willd. Imbaúba Arv


Laportea aestuans (L.) Chew Urtiga vermelha Erv
Laportea sp. * Arb
Pilea microphylla (L.) Liebm. * Erv

VERBENACEAE Lantana camara L. Chumbinho Arb


Lippia alba (Mill.) N.E.Br. Erva cidreira Erv
Lippia sp. * Erv
Priva bahiensis A.DC. * Erv
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Gervão Erv
Tamonea spicata Aubl. * Erv

VIOLACEAE Paypayrola blanchetiana Tul. * Arv

VITACEAE Cissus erosa Rich. Fita de moça Tre

30
Pedro da Costa Gadelha Neto

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis subsp. verticillata Insulina Tre

VOCHYSIACEAE Qualea sp. * Arv

XYRIDACEAE Xyris sp. * Erv

ZIGOPHYLLACEAE Kallstroemia tribuloides (Mart.) Steud. Rabo de calango Erv

EXEMPLARES FANEROGÂMICOS

Symphonia globulifera Solanum paludosum Eschweilera ovata

Byrsonima sericea Eriotheca macrophylla Handroanthus impetiginosus

Heliconia psittacorum Guarea guidonia Simaba ferruginea

Swartzia pickelii Bowdichia virgilioides Protium heptaphyllum

31
Pedro da Costa Gadelha Neto

PESQUISAS

Ações e programas de pesquisa estão sendo conduzidos através de um


convênio de cooperação técnico-científica com o Departamento de Sistemática e
Ecologia do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da
Paraíba, realizando-se a catalogação da flora e a manutenção de coleções das espécies
vegetais da mata atlântica bem como de espécimes botânicas apropriadas à zona
climática do Nordeste. Desta forma, consolidando a ampliação e aproveitamento dos
recursos naturais existentes.
O Jardim Botânico prioriza as seguintes linhas de pesquisa:

 Florística;
 Taxonomia / Sistemática;
 Fitossociologia;
 Fenologia;
 Biologia Floral;
 Anatomia;
 Ecologia Vegetal;
 Etnobotânica

De forma expressiva, também são selecionadas e autorizadas o


desenvolvimento de projetos nas diversas áreas do conhecimento capazes, a curto e
médio prazos, atender aos propósitos de conservação, educação ambiental e
propagação do conhecimento biológico. Tais pesquisas vêm sendo realizadas
principalmente no âmbito interinstitucional com o apóio e/ou participação de
pesquisadores do JBBM, as quais, face à escassez de equipamentos e recursos
próprios, têm sido de fundamental importância para o alcance dos objetivos e metas
institucionais, bem como, do Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica.
Entre os anos de 2009 e 2011, foram expedidas 31 autorizações para Pesquisas
na área do JBBM, corroborando para um melhor entendimento e, consequentemente
ganho de informações para a Mata do Buraquinho. Desta feita, suprindo lacunas do
conhecimento e entendimento.
Não obstante, informações importantes e complementares resultantes destas
pesquisas, poderão ser extraídas e utilizadas em programas de conservação, manejo,
monitoramento, bem como, na avaliação de estratégias para conservação deste
importante remanescente.

32
Pedro da Costa Gadelha Neto

Nº DE PESQUISAS POR INSTITUIÇÕES E SUAS RESPECTIVAS ÁREAS DO


CONHECIMENTO NO ANO BASE DE 2009 à 2011.

ÁREAS DO CONHECIMENTO
MICOLOGIA (4)
LIMNOLOGIA (1)
BRIOLOGIA (1)
INSTITUIÇÃO TOTAL PTERIDÓFITAS (2)
UFPB 23 SÍNDROMES FLORAIS (3)
UFCG 1 FENOLOGIA (1)
UEPB 2 ECOLOGIA VEGETAL (2)
UFPE 2 ENTOMOLOGIA (3)
USP 2 ARACNOLOGIA (1)
ICMBio 1 HERPETOFAUNA (4)
TOTAL 31 MASTOZOOLOGIA (3)
ORNITOLOGIA (2)
TERMITOLOGIA (1)
CLIMATOLOGIA (1)
LICENCIATURA (1)
GESTÃO AMBIENTAL (1)

Fonte: JBBM, 2012

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