Módulo 1 Aula 2

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Modulo 1 - Aula 2

INTRODUÇÃO

A Bíblia é a voz de Deus para nós hoje. Devidamente compilada,


ordenada, ela deve ser estudada e interpretada, privilégio que não tiveram
gerações anteriores. Não podemos ignorar todo o caminho percorrido
inicialmente pelos apóstolos e, depois, por outros santos de Deus, para que
hoje pudéssemos praticar livremente a fé em Cristo.

Este caminho tem o sangue dos justos, o sacrifício dos inocentes, a


renúncia de
muitas vidas. Todavia, nenhuns desses atos foram em vão, porque cada
semente brotou, e a seu devido tempo continuará brotando e operando
segundo a dinâmica da Palavra de Deus, a qual prosperará naquilo para o que
foi enviada - “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a
enviei”
(Is 55:11)

Sabemos que cada palavra lançada é como uma semente que brotará
no seu
devido tempo, isso fala do Princípio Bíblico de semear e colher. Para semear
uma boa semente, ou seja, as promessas de Deus para nossas vidas,
precisamos conhecer a Sua Palavra. É fundamental conhecermos e retermos a
confissão das promessas de Deus para nossas vidas.

Não foi de homens a ideia de ordenar todos os fatos bíblicos num livro.
Em Isaías
30:8, vemos Deus ordenando ao profeta: “Vai, pois, escreve isso numa tábua
perante eles, e aponta-o num livro, para que fique registrado para os dias
vindouros, para sempre e perpetuamente”. Ao profeta Daniel disse: “E tu,
Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo; muitos
correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”. (Dn 12:4).

Vemos o princípio de Sabedoria de Deus sendo estabelecido na vida do


homem. Também precisamos observar as ordenanças de Deus para nossas
vidas para que sejamos bons mordomos de Sua obra. Que grande mistério há
nesse livro, que fez Davi afirmar no salmo 119:105 “Lâmpada para os meus
pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos” e o escritor de Hebreus 4:12
dizer: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer
espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
Eis um livro que norteia, instrui, conforta, anima e admoesta! Não há
outro mistério, senão o próprio Espírito Santo, fazendo parte de Hb 4:12 –
PORQUE A PALAVRA DE DEUS É VIVA E EFICAZ. É o Espírito que dá vida à
letra, dando à Bíblia essa maravilhosa característica de transformar vidas.
A Bíblia não tem por finalidade provar a existência de Deus, pois Deus
não se prova, DEUS É; entretanto, a história tem sustentado algumas
argumentações, que comprovam a veracidade da Bíblia como Palavra de
Deus.

Dentre as mais discutidas, citamos:

1. A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA

A Bíblia é devidamente inspirada e tal inspiração que a diferença de todos


os
demais livros do mundo, pois é a influência sobrenatural do Espírito Santo
como
um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a
mensagem divina sem mistura ou erros. A própria Bíblia reivindica a si a
inspiração de Deus, pois a expressão “Assim diz o Senhor”, como carimbo de
autenticidade divina, ocorre mais de
2.600 vezes nos seus 66 livros.
A teoria correta da inspiração da bíblia é a chamada Teoria da Inspiração
Planetária ou Verbal, a qual ensina que todas as partes da Bíblia são
igualmente
inspiradas; o fato de os escritores não agirem como se fossem robôs, mas
usando de seu próprio vocabulário comprova que escreveram a Palavra de
Deus
sob uma influência poderosa do espírito Santo.

2. A PERFEITA HARMONIA E UNIDADE DA BÍBLIA

A chegada da bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um


milagre, considerando-se que nela há 66 livros escritos por cerca de 40
escritores, num período de aproximadamente 16 séculos, principalmente
quando levamos em conta que estes homens tinham as mais variadas
ocupações, viveram em diferentes épocas e lugares e muitos deles nem
mesmo se conheceram. Mas, apesar de toda esta diversidade, e de tantos
estilos, verificamos que os escritores geraram um “produto” poderoso e
coerente. A Bíblia, como um todo, não apresenta nenhuma contradição
doutrinária, histórica ou científica.

A perfeita harmonia desses livros é, para a mente humildade e sincera, uma


prova incontestável de sua origem divina, e de que uma única mente via tudo e
guiava os escritores: a mente de Deus.

3. O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO DENTRO DO CRENTE

Quem de fato aceita Jesus aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus,
pois o espírito Santo põe na alma do crente a certeza quanto à autoridade
desses livros. Esse testemunho do espírito Santo no interior do crente, no
tocante às Escrituras, é superior a qualquer argumentação humana (Jo 7:17).

4. A BÍBLIA: INFLUÊNCIA BENÉFICA, UNIVERSAL E ATEMPORAL

A Bíblia é o livro mais lido do mundo. E não se pode negar a influência


benéfica e transformadora que ela exerce sobre os indivíduos e as nações.
Mesmo aqueles que não a aceitam, reconhecem o seu efeito sadio na
civilização.

É notável o seu caráter universal. Qualquer crente, ao lera Bíblia, recebe


sua
mensagem como se houvera sido escrita diretamente para ele. Todas as raças
consideram a Bíblia como sua possessão; ninguém a considera como um livro
alheio ou estrangeiro.

A atemporalidade da bíblia é outro fato marcante que a distingue de


qualquer outro livro: ela sempre nova e inesgotável. É o livro mais antigo do
mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem
não pôde melhorá-lo. É o único livro que é lido seguidas vezes, sem que se
perca por ele o interesse, independentemente da idade do leitor.

Portanto, a leitura da Bíblia deve se tornar um estilo de vida para todo


aquele que confessa Jesus como senhor e Salvador. Devemos entender que,
quando lemos a Bíblia, estamos abrindo o nosso coração para receber de Deus
alimento seguro e saudável, uma fonte inesgotável de sabedoria e
conhecimento de Deus.

5. ESTRUTURA DA BÍBLIA

A Bíblia é composta de 66 livros, sendo divididos em 39 livros no Antigo


Testamento e 27 livros no Novo Testamento.
Os 39 livros do Antigo Testamento se classificam em 4 grupos:
05 livros da Lei – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio Também
chamado de Pentateuco, esses livros tratam da origem de todas as coisas, da
Lei e do estabelecimento da nação israelita.
12 livros Históricos – Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis,
II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. Ocupam-se da história
de Israel nos seus vários períodos: a Teocracia, sob os juízes; a monarquia,
sob Saul, Davi, Salomão; a Divisão do Reino e o cativeiro, contendo relato dos
reinos de Judá e Israel, este sendo levado para a Assíria e aquele para a
Babilônia; o pós-cativeiro sob Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com
os profetas contemporâneos.
05 livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. São
assim chamados pelo gênero do seu conteúdo; mas também são chamados de
devocionais.
17 livros proféticos
Profetas Maiores – Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel
Profetas Menores – Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuque, Sofanias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

As expressões maiores e menores não se refere a notoriedade ou ao


mérito do profeta, mas sim ao tamanho dos livros e a extensão do respectivo
ministério profético.
Poderíamos enumerar várias outras composições que diferem das duas
anteriormente apresentadas, como a das Bíblias de edição da igreja Romana,
onde o total de livros não é 66, mas 73, com inserção de 7 livros apócrifos e 4
acréscimo; a da Igreja Ortodoxa Grega, que mantém 10 livros apócrifos e 4
acréscimo. A edição católica de Matos Soares Figueiredo, que apresenta
diferentes divisões nos Salmos, e assim por diante.
No sentido religioso, apócrifo significa “não genuíno, espúrio”, ou seja,
não
inspirado.
Os 27 livros do Novo Testamento estão classificados em quatro
grupos,
conforme o assunto que abordam: Biografia (4 livros), História (1 livro), Epístola
(21 livros) e Profecia (1 livro).
Os 27 livros do Novo testamento também se classificam em 4 grupos:
04 livros biográficos – BIOGRAFIA (4) – São os quatro evangelhos: Mateus,
Marcos, Lucas e João.
Os três primeiros são chamados Evangelhos Sinópticos, devido a
certo paralelismo que têm entre si. O quarto é chamado o evangelho da
revelação.
Os Evangelhos são os livros mais importantes da Bíblia. Descrevem a
vida terrena de Jesus e o seu glorioso ministério. Todos os livros que os
precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus Cristo, e os que
se lhes seguem são explicações da doutrina de Cristo.
a) Mateus – é considerado por excelência o Evangelho da Igreja. Escrito
para instruir o novo povo de Deus acerca de Jesus Cristo (judeus de língua
grega), apresenta uma estrutura basicamente didática. Este evangelho é
admiravelmente adaptado a uma igreja intimamente ligada ao Judaísmo;
respira a atmosfera do Messianismo, apesar de ter uma mensagem para “todo
o mundo”. Aceita-se que tenha sido escrito por volta do ano 70 d.C, pelo
próprio apóstolo Mateus, em terras da Síria, provavelmente em Antioquia.
Enfatiza o Reino de Deus (o reino dos céus) e a biografia de Jesus.
b) Marcos – é o documento mais antigo sobre a vida e obra de Jesus.
Por possuir apenas cinco passagens que não se encontram nos outros dois
evangelhos sinópticos, Marcos foi relegado a um segundo plano durante longo
tempo. Hoje sabemos da sua importância na preparação de Mateus e Lucas. É
conciso, claro e direto, estilo este que agradaria à mentalidade romana, avessa
a abstrações e fantasias literárias. Escrito por João Marcos, colaborador de
Paulo e provável discípulo de Pedro, é o evangelho da ação e da vivacidade.
Para origem do documento, aceita-se a data de 50 a 65 d.C, tendo como lugar,
Roma. Enfatiza Jesus, o Filho de Deus e Sua obra.
c) Lucas – é predominantemente histórico. Normalmente os trechos
comuns aos outros dois evangelhos estão melhor colocados em Lucas, que
demonstra uma grande aptidão literária, riqueza de vocabulário e excelente
domínio da língua grega. O seu autor, que não dá o seu nome, fornece uma
introdução literária que declara os seus objetivos ao escrevê-lo, os métodos
que empregou e as afinidades com os seus contemporâneos que tinham
empreendido a mesma tarefa. O conhecimento de Lucas abrangia todos os
fatos de maior relevo e contém particularidades que não aparecem nos outros
Evangelhos; é dentre os evangelistas, o que mais se aproxima do nosso
conceito atual de historiador. Sua obra foi escrita para cristãos de procedência
gentílica (não judeus), com data e local imprecisos aceitando-se o grande
intervalo de 60 a 95d.C e locais como Corinto, Éfeso ou Roma. Enfatiza a
doutrina de Jesus, o Messias que veio dar cumprimento perfeito ao plano
salvador de Deus.
d) João - é o Evangelho fortemente Teológico, que discute
particularmente a pessoa de Jesus e a fé nEle. É o mais invulgar e talvez o
mais valioso do quarteto dos Evangelhos, também chamado o Evangelho da
Revelação. Escrito após os Evangelhos sinópticos, não contém parábolas e
apresenta apenas sete milagres, cinco dos quais só aparecem nesse livro.
João o escreveu na sua velhice, em Éfeso, provavelmente no final do primeiro
século, apresentando-se como testemunha viva da revelação de Deus, no
evangelho que leva o seu nome. Denominando-se “o discípulo amado”, João
nos mostra a cada passo um Jesus como não encontramos nos demais
evangelhos; é como se ele nos mostrasse a alma do mestre; Enfatiza a pessoa
de Jesus e a sua figura como Salvador.

01 livro histórico – Atos dos apóstolos

Esse livro registra a história da Igreja primitiva, seu modo de viver é a


propagação do evangelho. É apontado como uma continuação do Evangelho
de
Lucas. Apresenta acontecimentos muitos significativos, como por exemplo, a
descida do Espírito Santo (Pentecostes), o discurso de Pedro, a morte de
Estevão, a conversão de Paulo, a unidade e a perseguição da Igreja, dentre
outros. De todos os livros da Bíblia, diz-se que Atos dos Apóstolos é o único
que continua sendo escrito até hoje, pelos santos de Deus, que somos nós. Foi
escrito por volta dos anos 80 d.C.

21 epístolas – São 21 as cartas ou epístolas, que vão de Romanos a


Judas.
Essas cartas contêm a doutrina da igreja. Classificação mais aceita:
09 são dirigidas às Igrejas – Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas,
Éfesios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses.
04 são dirigidas a pessoas – I Timóteo, II Timóteo, Tito e Filemom.
01 é dirigida aos hebreus cristãos – Hebreus.
07 são dirigidas a todos os cristãos – Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II
João, III João e Judas.

Essas epístolas são também chamadas universais, católicas ou gerais,


apesar de duas delas serem dirigidas a pessoas (II João, III João).
O Apóstolo Paulo se destaca como o mais famoso escritor do Novo
Testamento, com 13 epístola autênticas de sua autoria restando apenas oito
para os demais escritores. Este fato é digno de maior relevância,
principalmente quando consideramos que Paulo não fazia parte daqueles que
acompanharam
pessoalmente o ministério de Jesus. Como ele próprio afirma, o seu ministério
foi dado diretamente pelo Espírito Santo. (Gl 1: 11-12)
01 livro profético – é o livro de Apocalipse, também chamado livro da
Revelação.
6. O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia. No Antigo Testamento, tudo apontava
para a sua manifestação *e no Novo testamento, tudo conta sobre a sua
maravilhosa obra, doutrina e volta gloriosa. (*aprofundar mais as manifestações
ou sinais do Messias de Gênesis a Apocalipse.)
Passando livro a livro sempre O encontramos; em Gênesis Ele é o
mesmo
descendente da mulher, em Apocalipse é o Alfa e o Ômega.
Tomando o Senhor Jesus como centro da Bíblia poderemos resumir o
antigo e o novo testamento (66 livros) em cinco palavras que definem a sua
história:

1) Preparação: todo o Antigo Testamento, 39 livros, preparam a


humanidade para sua vinda.
2) Manifestação: os Evangelhos tratam da sua manifestação.
3) Propagação: o livro dos atos dos Apóstolos trata da propagação do seu
Evangelho.
4) Exclamação: as epístolas são a explanação da sua doutrina.
5) Consumação: o apocalipse trata de todas as coisa preditas através de
Cristo.

CONCLUSÃO
A Bíblia é a palavra de Deus digna de toda aceitação. Seus ensinamentos são
verdadeiros, regra de doutrina e fé.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1. O que é a Bíblia e o que ela representa para você?


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2. Explique Hebreus 4:12.


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3. Quantos livros tem a Bíblia e aproximadamente quantos autores a


escreveram? Marque a opção correta:
( ) 40 livros e 40 escritores
( ) 66 livros e 40 escritores
( ) 73 livros e 30 escritores
( ) nenhuma das alternativas acima

4. Quais as características da Bíblia. Preencha com (F) falso ou (V)


verdadeiro:
( ) benéfica ( ) autentica
( ) atlética ( ) universal
( ) sintética ( ) atemporal
( ) dinâmica

5. Como a Bíblia está estruturada?


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6. Qual o tema central da Bíblia? Justifique.


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7. Você tem lido a Bíblia? Com que frequência?


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