Aula-3 - Matemática Discreta - 1ADS-Lógica - Matemática

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Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Matemática Discreta
Prof. Me. Reginaldo César Izelli
Aula 3: Lógica Formal (Lógica Matemática)

Lógica Formal
I-Conceitos Preliminares

• Proposições

Uma proposição (ou sentença) é uma afirmação declarativa que é verdade ou falsa, mas não ambas.

Exemplos:

1ª) A Terra é maior que a Lua. → Valor lógico é verdadeiro.


2ª) Nove é diferente de cinco. → Valor lógico é Verdadeiro.
3ª) Três é divisor de onze. → Valor lógico é Falso.

Daí ficou claro que quando falarmos em valor lógico, estaremos nos referindo a um dos dois
possíveis juízos que atribuiremos a uma proposição: verdadeiro (V) ou falso (F).

Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s etc). São outros
exemplos de proposições, as seguintes:

p: Pedro é médico.

q: 5 < 8

r: Luíza foi ao cinema ontem à noite.

Na linguagem do raciocínio lógico, ao afirmarmos que é verdade que Pedro é médico (proposição p
acima), representaremos isso apenas com: VL(p)=V, ou seja, o valor lógico de p é verdadeiro. No
caso da proposição q, que é falsa, diremos VL(q)=F.

• Proposições simples ou compostas.

Serão proposições simples aquelas que vêm sozinhas, desacompanhadas de outras proposições. Por
exemplos,

1ª) A Terra é maior que a Lua.


2ª) Três é divisor de onze.

Todavia, se duas (ou mais) proposições vêm conectadas entre si, formando uma só sentença,
estaremos diante de uma proposição composta. Exemplos:

1ª) João é médico e Pedro é dentista.


2ª) Maria vai ao cinema ou Paulo vai ao circo.
3ª) Ou Luís é baiano, ou é paulista.
4ª) Se chover amanhã de manhã, então não irei à praia.
5ª) Comprarei uma mansão se e somente se eu ganhar na loteria.

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Nas sentenças acima, vimos em destaque os vários tipos de conectivos – ditos conectivos lógicos–
que poderão estar presentes em uma proposição composta. Estudaremos cada um deles a seguir,
uma vez que é de nosso interesse conhecer o valor lógico das proposições compostas.

II - Operações Lógicas sobre Proposições

• Conectivo “e”: (conjunção)

Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções. Simbolicamente,
esse conectivo pode ser representado por “∧”. Então, se temos a sentença:

“José é médico e Maria é estudante”

... poderemos representá-la apenas por: p ∧q

onde: p = José é médico e q = Maria é estudante.

Observe que:

p: José é médico q: Maria é estudante p ∧q : José é médico e Maria é estudante


V V V
V F F
F V F
F F F
Desta forma, a conjunção p ∧q é verdadeira se p e q são ambas verdadeiras; se ao menos uma delas
for falsa, então p ∧ q é falsa.

Portanto, a Tabela-verdade que representa uma conjunção, ou seja, a tabela-verdade para uma
proposição composta com a presença do conectivo “e”. Teremos:

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a


conjunção "p e q" corresponderá à interseção do conjunto p com o conjunto q. Teremos:

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• Conectivo “ou”: (disjunção)

Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo
conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “∨”. Portanto, se temos a
sentença:

“José é médico ou Maria é estudante”

... então a representaremos por: p ∨ q.

Observe que:

p: José é médico q: Maria é estudante p ∨q: José é médico ou Maria é estudante


V V V
V F V
F V V
F F F
A conjunção p ∨q é verdadeira se ao menos uma das preposições p ou q é verdadeira; se p e q são
ambas falsas, então p ∨q é falsa.

Juntando tudo, teremos:

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos por meio de um diagrama, a disjunção


"p ou q" corresponderá à união do conjunto p com o conjunto q,

• Conectivo “ou ... ou...”: (disjunção exclusiva)

Há um terceiro tipo de proposição composta, bem parecido com a disjunção que acabamos que ver,
mas com uma pequena diferença. Comparemos as duas sentenças abaixo:

“Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta”

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“Ou te darei uma bola ou te darei uma bicicleta”

A diferença é sutil, mas importante. Reparemos que na primeira sentença vê-se facilmente que se a
primeira parte for verdade(te darei uma bola), isso não impedirá que a segunda parte (te darei uma
bicicleta) também o seja. Já na segunda proposição, se for verdade que “te darei uma bola”, então
teremos que não será dada a bicicleta. E vice-versa, ou seja, se for verdade que “te darei uma
bicicleta”, então teremos que não será dada a bola, ou seja, a segunda estrutura apresenta duas
situações mutuamente excludentes, de sorte que apenas uma delas pode ser verdadeira, e a restante
será necessariamente falsa. Ambas nunca poderão ser, ao mesmo tempo, verdadeiras; ambas nunca
poderão ser, ao mesmo tempo, falsas.

Na segunda sentença acima, este tipo de construção é uma disjunção exclusiva, pela presença dos
dois conectivos “ou”, que determina que uma sentença é necessariamente verdadeira, e a outra,
necessariamente falsa. Daí, o nome completo desta proposição composta é disjunção exclusiva.

Uma disjunção exclusiva só será verdadeira se obedecer à mútua exclusão das sentenças. Falando
mais fácil: só será verdadeira se houver uma das sentenças verdadeira e a outra falsa. Nos demais
casos, a disjunção exclusiva será falsa. O símbolo que designa a disjunção exclusiva é o “v”. E a
tabela-verdade será, pois, a seguinte:

• Conectivo “Se ... então...”: (condicional)

É uma proposição composta que tem o formato “SE proposição p, ENTÃO proposição q”. Por
exemplo,

“Se nasci em Fortaleza, então sou cearense”.

A estrutura condicional é de tal forma que “uma condição suficiente gera um resultado necessário”.
Ora, o fato de alguém ter nascido em Fortaleza já é condição suficiente para o resultado necessário:
ser cearense.

Pensando desta forma, a única maneira de tal estrutura se tornar FALSA seria no caso em que existe
a condição suficiente, mas o resultado (que deveria ser necessário!) não se verifica, ou seja, só é
falsa a condicional se a primeira proposição (condição suficiente) for VERDADEIRA e a segunda
proposição (resultado necessário) for FALSA. A tabela-verdade de uma condicional será, portanto,
a seguinte:

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A sentença condicional “Se p, então q” será representada por uma seta: p→q.

Na proposição “Se p, então q”, a proposição pé denominada de antecedente, enquanto a proposição


q é dita consequente.

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a


proposição condicional "Se p então q" corresponderá à inclusão do conjunto p no conjunto q(p está
contido em q):

• Conectivo “... se e somente se ...”: (bicondicional)

É uma proposição composta do formato “proposição p SE E SOMENTE SE proposição q”. Nesta


estrutura, as duas partes componentes estão, por assim dizer, amarradas: se uma for
VERDADEIRA, a outra também terá que ser VERDADEIRA; se uma for FALSA, a outra também
terá que ser FALSA.

Exemplo:

“Eduardo fica alegre se e somente se Mariana sorri”.

É o mesmo que fazer a conjunção entre as duas proposições condicionais:

“Eduardo fica alegre somente se Mariana sorri e Mariana sorri somente se Eduardo fica alegre”.

Ou ainda, dito de outra forma:

“Se Eduardo fica alegre, então Mariana sorri e Mariana sorri, então Eduardo fica alegre”.

São construções de mesmo sentido!

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Será, portanto, válida a estrutura bicondicional se esta característica se verificar: ambas as


proposições verdadeiras, ou ambas falsas. A tabela-verdade de uma bicondicional será, portanto, a
seguinte:

Sabendo que a frase “p se e somente se q” é representada por “p↔q”.

Se as proposições p e q forem representadas como conjuntos, por meio de um diagrama, a


proposição bicondicional "p se e somente se q" corresponderá à igualdade dos conjuntos p e q.

Observação: Uma proposição bicondicional "p se e somente se q" equivale à proposição composta:
“se p então q e se q então p”, ou seja,

“p ↔q “ é a mesma coisa que “ (p → q) e(q → p) “

Resumo:

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• Partícula “não”: (negação)

Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição. No caso de uma proposição
simples, não poderia ser mais fácil: basta pôr a palavra não antes da sentença, e já a tornamos uma
negativa. Exemplos:

João é médico. Negativa: João não é médico.

Maria é estudante. Negativa: Maria não é estudante.

2 + 4 = 6. Negativa: 2 + 4 ≠ 6

x + y > 0. Negativa: x + y ≤ 0

Reparemos que, caso a sentença original já seja uma negativa (já traga a palavra não), então para
negar à negativa, teremos que excluir a palavra não. Assim:

João não é médico. Negativa: João é médico.

Maria não é estudante. Negativa: Maria é estudante.

O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~),
antecedendo a frase. (Adotaremos o til). Assim, a tabela-verdade da negação é mais simplificada
que as demais já vistas. Teremos:

Podem-se empregar, também, como equivalentes de "não A", as seguintes expressões:

Não é verdade que A.

É falso que A.

Exemplo:

João é médico. Negativa: Não é verdade que João é médico.

João é médico. Negativa: É falso que João é médico.

Daí as seguintes frases são equivalentes:

Lógica não é fácil.

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Não é verdade que Lógica é fácil.

É falso que Lógica é fácil.

III - TABELAS-VERDADE PARA DOIS OU MAIS PROPOSIÇÕES

Definição: Dadas várias proposições simples p, q, r, s,..., podemos combiná-los pelos conectivos
lógicos:
∼, ∧, ∨, ∨, →, ↔
e construir proposição compostas, tais como:
P(p,q): ~(p  q) → (p  ~q)

Q(p,q,r): (p →~q)  ((~p  r)  ~q)

Uma coisa muito importante que deve ser dita neste momento é que, na hora de construirmos a
tabela-verdade de uma proposição composta qualquer, teremos que seguir uma certa ordem de
precedência dos conectivos. Ou seja, os nossos passos terão que obedecer a uma sequência.
Começaremos sempre trabalhando com o que houver dentro dos parênteses, colchetes e chaves. Só
depois, passaremos ao que houver fora deles. Em ambos os casos, sempre obedecendo à seguinte
ordem:
1º) Faremos as negações (~);
2º) Faremos as conjunções (E) ou disjunções (OU), na ordem em que aparecerem;
3º) Faremos a condicional (SE...ENTÃO...);
4º) Faremos a bicondicional (...SE E SOMENTE SE...).

• Número de linhas de uma Tabela-Verdade

O número de linhas da tabela-verdade de uma proposição composta depende do número de


proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte teorema:

“A tabela-verdade de uma proposição composta com n


proposições simples componentes contém 2n linhas.”

• Construção da Tabela-Verdade

A primeira coisa a saber é o número de linhas que terá esta tabela-verdade. Conforme já
aprendemos, este cálculo será dado por Nº linhas = 2Nº de proposições.

Para a construção de tabelas-verdade é imprescindível o conhecimento dos valores lógicos de


proposições compostas, ou seja,

p q ~p ~q pq pq pq p→q pq


V V F F V F V V V
V F F V V V F F F
F V V F V V F V F

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F F V V F F F V V

Nos próximos exemplos construiremos algumas tabelas-verdade:

Exemplo 1: Construa a tabela-verdade da proposição P(p,q): ~(p  q) → (p  ~q).

Estas proposições compostas podem ser combinadas para formação de proposições mais complexas,
como por exemplo: ~(p  q) → (p  ~q).
Vejamos a tabela verdade para a proposição acima. Como foram usadas duas proposições simples p
e q, devemos usar 22 = 4 linhas, que correspondem a todas as possibilidades de combinações de V e
F das duas proposições.

1º processo:
Nas duas primeiras colunas indicam-se as combinações dos valores lógicos de p e q.
Na terceira coluna calculam-se os valores lógicos de (p  q).
Na quarta coluna calculam-se os valores lógicos de ~(p  q).
Como são necessários os valores lógicos de ~q para obter p  ~q, na quinta coluna calculam-se os
valores lógicos de ~q.
Na sexta coluna calculam-se os valores lógicos de p  ~q, e finalmente, na sétima coluna calculam-
se os valores de ~(p  q) → (p  ~q).

p q pq ~(p  q) ~q p  ~q ~(p  q) → (p  ~q)

V V V F F F V

V F V F V V V

F V V F F F V

F F F V V F F

1 2 3 4 5 6 7

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2º processo
Este processo consiste em construir as duas primeiras colunas para os valores lógicos das
proposições simples envolvidas e, à direita, uma coluna para cada proposição e para cada conectivo
que figura na proposição composta.
Observando a ordem das operações lógicas envolvidas calculam-se os valores lógicos relativos a
cada coluna. É aconselhável deixar uma linha no final da tabela para numerar a sequência dos
cálculos a serem feitos. Para o mesmo exemplo anterior, devemos criar 11 tabelas, pois temos duas
proposições simples e 8 proposições e conectivos figurando na proposição composta.
p q ~ (p  q) → (p  ~ q)

V V F V V V V V F F V

V F F V V F V V V V F

F V F F V V V F F F V

F F V F F F F F F V F

4 1 3 1 6 1 5 2 1

Na tabela acima foi observada a ordem:


1 – obtido a partir dos valores lógicos de p e q.
2 – negação de q.
3 – cálculo de p  q
4 – cálculo de ~(p  q) a partir de 3.
5 – cálculo de (p  ~q)
6 – cálculo de ~(p  q) → (p  ~q) a partir de 4 e 5.
A coluna 6 mostra os valores lógicos de ~(p  q) → (p  ~q).
Para simplificação pode-se eliminar as duas primeiras colunas, pois os valores lógicos de p e
q irão figurar nas demais colunas.

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Exemplo 2:Construa a tabela verdade da proposição (p →~q)  ((~p  r)  ~q)


1º processo.

p q r ~p ~q p →~q ~p  r ((~p  r)  ~q) (p →~q)  ((~p  r)  ~q)

V V V F F F V F V

V V F F F F F F V

V F V F V V V V V

V F F F V V F F F

F V V V F V V F F

F V F V F V V F F

F F V V V V V V V

F F F V V V V V V

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ordem dos cálculos:


1, 2, 3 – valores lógicos de p, q e r.
4, 5 – negações de p e q
6 – operação com as colunas 1 e 5
7 – operação com as colunas 4 e 3
8 – operação com as colunas 7 e 5
9 – operação com as colunas 6 e 8.

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2º processo: (p →~q)  ((~p  r)  ~q)

(p → ~ q)  ((~ p  r)  ~ q)

V F F V V F V V V F F V

V F F V V F V F F F F V

V V V F V F V V V V V F

V V V F V F V F F F V F

F V F V F V F V V F F V

F V F V F V F V F F F V

F V V F F V F V V V V F

F V V F F V F V F V V F

1 9 6 2 12 8 3 10 5 11 7 4

Ordem dos cálculos:


1, 2, 3, 4, 5 – valores lógicos de p, q e r.
6, 7 e 8 – negações de 2, 4 e 3, respectivamente.
9 – resultado de 1 com 6.
10 – resultado de 8 com 5.
11 – resultado de 10 com 7
12 – resultado de 11 com 9.

Exemplo 3: Sejam p, q e r três proposições tais que V(p)= F, V(q) = V e V(r) = F.


Determine o valor lógico da sentença P(p, q, r) se P = (p →~q)  ~(q  (r  ~p)).

Solução: neste caso pede-se apenas para determinar o valor lógico para V(p)= F, V(q) = V e V(r) =
F.
Não há, assim, necessidade de se construir toda a tabela.
Usaremos o segundo processo para resolver a questão.
São necessárias 12 colunas pois temos 5 proposições, 3 negações, 1 condicional, 1 bicondicional, 1
conjunção e uma disjunção.

(p → ~ q)  ~ (q  (r  ~ p))

F V F V F F V V F F V F

1 8 6 3 12 11 4 10 5 9 7 2

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Ordem dos cálculos:


1, 2, 3, 4, 5 – valores lógicos de p, q e r.
6, 7 – negações de q e p.
8 – resultado de 1 e 6.
9 – resultado de 5 e 7.
10 – resultado de 4 e 9.
11 – negação de 10
12 – resultado de 8 e 11.
Assim, o valor lógico deP(p, q, r), para P(FVF), é F como pode ser visto na coluna 12.

Exemplo 4:Sejam as proposições p: 3 + 1 = 4, q: 2 > 3, r: 1  0 e s: 23 = 8.


Determine o valor lógico de (p →~q)  ~(q  (s  ~r)).

Solução: neste exercício, devemos inicialmente verificar o valor lógico das sentenças dadas.
V(p) = V, pois 3 + 1 = 4 é verdadeiro.
V(q) = F, pois 2 > 3 não é verdadeiro.
V(r) = V, pois 1  0 é verdadeiro.
V(s) = V, pois 23 = 8 é verdadeiro.
Serão necessárias 12 colunas: p, q, q, r, s, três negações, uma condicional, uma bicondicional, uma
conjunção e uma disjunção.

(p → ~ q)  ~ (q  (s  ~ r)

V V V F V V F F V F F V

1 8 6 2 12 11 3 10 4 9 7 5

Ordem dos cálculos:


1, 2, 3, 4, 5 – proposições p, q, q, s, r.
6, 7 – negações de 2 e 5, respectivamente.
8 – resultado de 1 e 6.
9 – resultado de 4 e 7.
10 – resultado de 3 e 9.
11 – negação de 10.
12 – resultado de 11 e 8.
Portanto, V(VFVV) = V.

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IV – TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS.

Chegou o momento de passarmos a conhecer três outros conceitos: Tautologia, Contradição e


Contingência.

• TAUTOLOGIA

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ...será dita uma Tautologia
se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que
a compõem.

Em palavras mais simples: para saber se uma proposição composta é uma Tautologia,
construiremos a sua tabela-verdade! Daí, se a última coluna da tabela-verdade só apresentar
verdadeiro (e nenhum falso), então estaremos diante de uma Tautologia.

Exemplo 1: A proposição (p ∧q) →(p ∨q) é uma tautologia, pois é sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos de pe de q, como se pode observar na tabela-verdade
abaixo:

Observemos que o valor lógico da proposição composta (p ∧q) →(p ∨q), que aparece na última
coluna, é sempre verdadeiro.

Exemplo 2: A proposição “p v ~(p ^ q)” é tautologia, conforme mostra a sua tabela-verdade:

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• CONTRADIÇÃO:

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ...será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r,
...que a compõem, ou seja, construindo a tabela-verdade de uma proposição composta, se todos os
resultados da última coluna forem FALSO, então estaremos diante de uma contradição.

Exemplo 1:A proposição (p ↔~q) ∧(p ∧q) também é uma contradição, conforme verificaremos por
meio da construção de sua da tabela-verdade. Vejamos:

Observemos que o valor lógico da proposição composta (p ↔~q) ∧(p ∧q), que aparece na última
coluna de sua tabela-verdade, é sempre Falso, independentemente dos valores lógicos que pe
qassumem.

Exemplo 2:A proposição “~p ^ (p ^ ~q)” é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

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• CONTINGÊNCIA:

Uma proposição composta será dita uma contingência sempre que não for uma tautologia nem uma
contradição. Você pegará a proposição composta e construirá a sua tabela-verdade. Se, ao final,
você verificar que aquela proposição nem é uma tautologia (só resultados V), e nem é uma
contradição (só resultados F), então, pela via de exceção, será dita uma contingência.

Exemplo 1: A proposição "p ↔(p ∧q)" é uma contingência, pois o seu valor lógico depende dos
valores lógicos de p e q, como se pode observar na tabela-verdade abaixo:

p q p∧q p ↔(p ∧q)


V V V V
V F F F
F V F V
F F F V

Exemplo 2: A proposição “x = 3 ^ (x  y → x  3)” é uma contingência, conforme mostra a sua


tabela-verdade:

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