O candidato Thiago José Klososki recorre da decisão que o declarou inapto para vaga de pessoa com deficiência em concurso público para agente penitenciário. Ele alega ter laudos médicos comprovando sua deficiência e que cumpriu todas as etapas do concurso, sendo considerado apto até a perícia médica. Pede revisão da decisão alegando cumprir os requisitos do edital e ter direito à vaga reservada.
O candidato Thiago José Klososki recorre da decisão que o declarou inapto para vaga de pessoa com deficiência em concurso público para agente penitenciário. Ele alega ter laudos médicos comprovando sua deficiência e que cumpriu todas as etapas do concurso, sendo considerado apto até a perícia médica. Pede revisão da decisão alegando cumprir os requisitos do edital e ter direito à vaga reservada.
O candidato Thiago José Klososki recorre da decisão que o declarou inapto para vaga de pessoa com deficiência em concurso público para agente penitenciário. Ele alega ter laudos médicos comprovando sua deficiência e que cumpriu todas as etapas do concurso, sendo considerado apto até a perícia médica. Pede revisão da decisão alegando cumprir os requisitos do edital e ter direito à vaga reservada.
O candidato Thiago José Klososki recorre da decisão que o declarou inapto para vaga de pessoa com deficiência em concurso público para agente penitenciário. Ele alega ter laudos médicos comprovando sua deficiência e que cumpriu todas as etapas do concurso, sendo considerado apto até a perícia médica. Pede revisão da decisão alegando cumprir os requisitos do edital e ter direito à vaga reservada.
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Estado de Santa Catarina
Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa
CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 01/2019 – SAP/SC
CANDIDATO THIAGO JOSÉ KLOSOSKI
INSCRIÇÃO 12488 OBJETO DO RECURSO Não classificação pelo item 2.4.15 do Edital
Requerimentos:
Requer o recebimento deste recurso pela exclusão do
candidato, o qual fora considerado pessoa com deficiência pelo INSTITUTO GERAL DE PERICIAS E IDENTIFICAÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARICA, mas antagonicamente, não considerado pela comissão avaliadora desse certame, mesmo o candidato estando acompanhado dos Laudos anexo, para que surta seus legais e jurídicos efeitos, inconsequentemente não observados.
1.- O objeto deste Recurso Administrativo pugna pela revisão do ato
administrativo que declarou a Candidato Thiago José Klososki inapto a concorrer a vaga de Pessoa com deficiência no concurso para Agente Penitenciário, junto ao DEAP-SC. A irresignação do Candidato reside na circunstância do mesmo ter sido apto em todas as fases que dependia do mesmo, sem nenhuma reprovação ou recuperação, cumpre destacar que a Candidato teve sua inscrição válida como PCD pela banca organizadora do certame e durante todo o processo foi considerado candidato portador de deficiência porém disputando em iguais condições e ainda assim logrou exito de aprovação. Ocorre, que somente após todas as fases, na perícia realizada no dia 30/07/2020 o candidato fora considerado inapto conforme uma rapida observação de uma médica geral onde cita e justifica o resultado por: “NÃO CONSEGUIR MENSURAR AS SEQUELAS”, foi utilizada como justificativa (para considerar a inaptidão) tão somente e de forma genérica: CID S83 + M23.5. A irresignação do Candidato diz respeito a forma e oportunidade em que sobreveio este laudo após o mesmo haver solicitado afastamento de suas atividades no Estado do Paraná, licença essa sem remuneração publicado em Diário Oficial, ter fixado residência no Município de Florianopolis/SC para o Curso de Formação e somente agora sobreveio esta Decisão possibilitando tardiamente a ampla defesa e o contraditório, lhe gerando consequencias financeiras irreparaveis.
Solicita o Candidato, que seja apreciado as seguintes considerações, para que
seja reconsiderada a Decisão que a declarou inapto E POR CONSEQUENCIA NÃO CLASSIFICADO á vaga de portador de deficiência, ferindo os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e os princípios administrativos da legalidade e motivação, mas principalmente da economicidade do Estado:
I - A alegação supramencionada para inaptidão considerada pela perícia, está totalmente em desconformidade com as normas constantes do Edital de Convocação o qual deixa claro nos itens infra mencionados que:
2.4.14 - Perderá o direito de concorrer às vagas reservadas
às pessoas com deficiência o candidato que, por ocasião da perícia médica, não apresentar o laudo médico (original ou cópia autenticada em cartório) ou que apresentar laudo que não tenha sido emitido nos últimos doze meses, bem como o que não comparecer à perícia.
2.4.15 - A não confirmação da deficiência declarada, a não
compatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo ou a não viabilidade das condições de acessibilidade e adequação do ambiente de trabalho para execução das tarefas importará na perda do direito ao pleito da vaga reservada a Pessoa com Deficiência – PcD e na exclusão da lista de classificação geral (não PcD), se a inclusão nesta classificação decorreu da deficiência declarada.
Não sendo este candidato, enquadrado em nenhuma das hipóteses
constantes em edital para perda do direito de concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência, pois além de possuir documento de RG com obervação e consideração da deficiência, o mesmo provou ter as patologias declaradas por cinco medicos diferentes e ainda um fisioterapeuta que o acompanha regularemente para ser possível levar uma vida com menos barreiras. E no momento do deferimento da inscrição como Pessoa Com Deficiência no concurso, através de laudo, e ainda, exerce função similar ao DEAP-SC, junto a um órgão de Segurança Pública – já que o acidente que causou sua limitação atual ocorreu em serviço.
II- A Inscrição deste signatário, para o concurso de Agente
Penitenciário, junto ao DEAP-SC foi deferida sem qualquer objeção quanto ao laudo apresentado provando a condição de Pessoa com Deficiência (PCD), enquadrando-se, portanto, nas normas editalícia referente a PcD. Ao passo que houve várias inscrições de candidatos para PCD indeferidas ou contestadas neste quesito gerando recurso;
III- Este candidato aprovado em todas as fases do certame
dentro da vaga para PCD masculino, foi devidamente matriculado no Curso de Formação referente a 6ª Fase do concurso sem também qualquer alteração; IV- Todo o enxoval, material de uso obrigatório no Curso de Formação, foi comprado por este partícipe, uma vez que estava devidamente matriculado no referido curso, distribuído na turma e seguindo no concurso sem qualquer alteração;
V- Este candidato é Policial Militar do Paraná, e está afastado
sem remuneração de suas atividades em Diário Oficial desde a efetivação da matrícula, para o Curso de Formação junto ao DEAP-SC, uma vez que encontra-se matriculado para um curso de dedicação integral, e que a impossibilidade de participação no curso de formação, estando este candidato afastado de suas funções no aguardo da retomada do referido concurso, implicará em embaraços administrativos e financeiros imensuráveis, uma vez que, poderá haver procedimento administrativo militar instaurado para apurar a veracidade das alegações, com possibilidade inclusive de sofrer sanções disciplinares internas, caso seus superiores interpretem que houve má fé por parte deste candidato;
O e-mail de convocação para realização do exame pericial enviado pela
FEPESE a esta candidato, fez exigência de levar no ato da perícia documentos listados em item não existente no edital, com datas exigindo atualizadas, que este sempre fizera a cada solicitação e remarcação do curso/pericia;
VI- Sobre a lesão ligamentar já existem apontamentos acerca
de lesões ligamentar total com sequelas permanentes na articulação, enquadrando o portador como Pessoa com Deficiencia, inclusive com reconhecimento pelo proprio CONEDE, sendo este parte da comissão avaliadora na teroria: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde- 09042007-151313/publico/TESEDoutHBVDN.pdf / https://jus.com.br/artigos/34019/pessoas-portadoras-de- deficiencia-e-concurso- publico/2/http://www.medicinanet.com.br/cid10/10853/s835_ entorse_e_distensao_envolvendo_ligamento_cruzado_anterior _posterior_do_joelho.htm Pode-se apontar a deficiência constando no próprio site informativo do CONEDE, onde é classificado como MONOPARESIA perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior), assim como consta o descrito em dois laudos do candidato citando a perda motora funcional com debilidade de 30%, de forma clara e objetiva: http://www.conede.sc.gov.br/index.php? option=com_content&view=category&id=18&Itemid=11. Porém durante a perícia, a profissional disse que não era possível mensurar as sequelas naquele momento, mas mesmo assim tirou a credibilidade dos laudos de outros cinco profissionais que avaliaram o candidato anteriormente, sendo contraditório. Como consta anexado (anexo 8) o resultado da perícia como INAPTO, sem qualquer justificativa, porque a mesma avaliadora não teria – cito quando disse que não poderia mensurar as sequelas.
VII- Os laudos devidamente entregues no ato da perícia, bem
como os exames em que o candidato se dispos a fazer atualizados uma semana antes da data da pericia, foram completamente ignorados, visto que o Laudo de CID S83 (anexo1) somado ao M23.5 (anexo2) devidamente lavrado pelo Dr. Alisson Gomes Andrioli, CRM/PR: 18524, descreve minuciosamente "reconstrução ligamentar múltipla do joelho direito ... e reconstrução ligamentar cruzado posterior do joelho esquerdo... Evoluindo com recuperação parcial das junções (perda de 30%), mas com capacidade para esportes e atividade fisica" melhor esclarecido a posteriori “instabilidade crônica do joelho”, enquadrando o caso em questão na Alínea a, Inciso I, do § 1º do artigo 5º do Decreto 5.296, de 02 de Dezembro de 2004, o qual norteia todas as leis relativas à pessoas com deficiência (PCD), como segue: “ a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;”
VII- Sobre a patologia supramencionada deixa claro que a
limitação física reduz a capacidade de movimento, já a tornando desigual perante pessoas "normais", porém em nenhum momento durante a perícia foi solicitado que este candidato fizesse o movimento articular a qual tem a limitação que figura deficiência. Tanto desigual a capacidade do candidato, que para que conseguisse alcançar exito na prova de corrida, após negação de recurso solicitando condições especiais da mesma (anexo 3), teve de passar por um tratamento fisioterapeutico de infiltração de emergencia uma semana antes da prova de capacidade fisica (anexo4), devido ao esforço não suportado pelo joelhos operados, o que deixa claro a qualquer leigo a necessidade de adaptação do candidato que pela medicina não teria condições de lograr exito nas condições exigidas pela fepese em vista da perda da funcionalidade da sua articulação operada apos acidente em serviço como Policial Militar do Paraná.
VIII- Foi apresentado ainda, durante a perícia por este
candidato laudo do exame de lesões corporais de médico legista do INSTITUTO MEDICO LEGAL onde indica no quarto item a “debilidade permanente de articulação de joelho direito (30% de déficit funcional)”. Deste modo o laudo adicional em questão também foi ignorado (anexo5);
IX- Não obstante, o candidato ainda apresentou processo
administrativo da PMPR onde consta ATESTADO DE ORIGEM – Exame de Sanidade de Acidentado em Ato de Serviço, exarando o seguinte diagnostico e parecer por três membros da junta médica militar do Estado do Paraná : “TERMINO DE TRATAMENTO COM CURA COM LESÕES COM SEQUELAS: LEVE INSTABILIDADE POSTERIOR E LATERAL DO JOELHO DIREITO” (anexo 6)
X- Ainda, para não restar duvidas para a comissão avaliadora,
procedeu em consulta, solicitando exames e laudos com datas atualizadas (anexo7), com Dr. Alisson Gomes Andrioli, especialista em joelho e quadril CRM/PR: 18524, o qual solicitou a ressonância, a fim de investigar com minúcia atual, diagnosticando ainda permanecer a instabilidade parcial do joelho concluindo a MONOPARESIA DECLARADA da articulação, razão pela qual há reincidência de tendinopatias, uma vez que, por adaptação diária com o fortalecimento do mesmo após a habitualidade de exercícios fisioterápicos realiza tarefas que deveriam ser limitadas a esta pessoa (anexo2). Esse fato pode ser confirmado pelo fisioterapeuta Dr. Marcelo Ruy Oliveira da Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do esporte, o qual fora necessário fazer visitas exaustivas no período que antecederam a prova de aptidão física, para que este candidato conseguisse realizar a prova física desse certame nas mesmas condições de candidatos de ampla concorrência com acompanhamento do mesmo para evolução e sucesso da prova sem a perda total dos movimentos (anexo4). Onde demonstra esforço exaustivo da articulação do candidato aquando na abertura de recurso no sítio do concurso negativada, bem como ainda o atestado de deficiência da articulação proferida pelo próprio medico que o operou e acompanha ainda hoje, confirmando não haver maior melhora, mesmo o candidato estando em constante condicionamento físico de fortalecimento para levar uma vida na normalidade.
XI- Não houve consideração para com os candidatos
concorrentes às vagas para PCD o que já caracteriza discriminação, uma vez que, ao invés de realizarem a perícia antes da matrícula no Curso de Formação e compra de todo enxoval, esperaram que estes seguissem as etapas do certame, tendo prejuízos financeiros, pessoais, psicológicos e profissionais, uma vez que se afastaram de suas atividades confiando na inscrição deferida como PCD, bem como o prosseguimento em todas as etapas do concurso, dando a estes embasamento para tomada de decisões como mudança de estado, afastamento profissional, entre outros;
XII- Devido a toda situação exposta, poderia facilmente os
candidatos portadores de deficiência, que já estão matriculados no Curso de Formação Profissional e distribuídos em suas respectivas turmas, e aulas praticas já realizadas, ter suas perícias refeitas após o Curso de Formação, no exame pericial da posse e assim comprovarem a situação adaptada como deficienciente fisico, perante uma equipe com no mínimo profissionais especialistas que possam analisar com claresa os exames e atestados de outros cinco médicos e um fisioterapeuta, do qual o candidato dispõe.
Nestes termos requer, muito respeitosamente os seguintes pleitos:
1- A reconsideração do ato que o considerou inapto para
apto, sem enquadrar nas hipóteses previstas em edital para perda do direito de concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência e caso haja necessidade, a realização de nova perícia médica, podendo esta ser inclusive no ato da perícia médica admissional por especialista, prevista quando na posse, se assim o candidato for nomeado. Tudo isto com o fito de avaliar POR ESPECIALISTA todos os laudos e exames do candidato, podendo confirmar as sequelas do candidato;
2- A inclusão de atestado confirmando a necessidade de
adaptação do candidato acompanhado pelo Dr. Marcelo Ruy Oliveira da Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do esporte bem como laudo de ambos os profissionais que o acompanham, visto que está em conformidade com o Decreto nº 5.926/04 e leis análogas (anexo 2 e 4);
4- Que seja reconhecido todos os atestados dos 5 medicos – 3
da junta militar do paraná, 1 do IML, 1 do ortopedista particular e ainda 1 fisioterapeuta, bem como o RG de Pessoa com deficiencia onde acolhe e identifica a instabilidade ligamentar como observa no anexo 9;
5- Que seja reconhecido a este candidato a aptidão da
deficiência, bem como, uma deficiencia apta para as atribuições do cargo, uma vez que se encontra no serviço ativo da Polícia Militar do Estado do Paraná, mesmo que interno no Órgão de Segurança Pública, porém se esforçou para demonstrar aptidão fisica compativel ás exigências do DEAP. Inclusive pelo principio da economicidade, já que o Estado despendeu de recursos monetários para que sua formação ocorresse de forma completa, e o candidato respondeu positivamente auferindo nota necessária para a aprovação no Curso de Formação.
Segue em anexos:
Documento 1 e 2- Laudo emitido pelo Ortopedista, Dr.
Alisson Gomes Andrioli, especialista em joelho e quadril CRM/PR: 18524 esclarecendo CID: S83 e M23.5 Documento 3- Negativação da FEPESE do requerimento solicitando condições especiais para a prova de capacidade fisica de corrida. Documento 4- Declaração do Fisioterapeuta Dr. Marcelo Ruy Oliveira da Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do esporte, que acompanhou o candidato o possibilitando concorrer sem condições especiais. Documento 5- Laudo emitido por Médico Legista do Intituto Médico Legal da Secretaria de Estado da Segurança Pública e administração penitenciaria – Policia cientifica, Dr. Fernando de Souza; CRM 10409 Documento 6- Laudo emitido pelos membros da junta medica da diretoria de saúde da Policia Militar do Paraná, Tenente – Cel. QOS PM Médica Alexandra Ramos dos Santos – CRM/PM 16.243, Capitão QOS PM Médico Rodrigo Abbud Canova – CRM/PR 20.090, 1º Tenente QOS PMMédica Ana Isabel Cantor Vieira Abrahão – CRM/PR 21.763 Documento 7- Laudo de Exame de Ressonância magnética de Joelho Direito, assinado pelo Dra. Camila Lange Albino – CRM/PR 31.282/RQE 24557 Documento 8- Resultado da Perícia Médica Deap, realizada no dia 30/07/2020; Documento 9- RG de PCD pelo Intituto de Identificação de Estado de Santa Catarina.
Nestes Termos, em caráter de urgência, Pede Deferimento.