Recurso Da Exclusão Fase Concurso

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Estado de Santa Catarina

Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa

CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 01/2019 – SAP/SC

CANDIDATO THIAGO JOSÉ KLOSOSKI


INSCRIÇÃO 12488
OBJETO DO RECURSO Não classificação pelo item 2.4.15 do Edital
 
Requerimentos:

 Requer o recebimento deste recurso pela exclusão do


candidato, o qual fora considerado pessoa com deficiência pelo
INSTITUTO GERAL DE PERICIAS E IDENTIFICAÇÃO DO
ESTADO DE SANTA CATARICA, mas antagonicamente, não
considerado pela comissão avaliadora desse certame, mesmo
o candidato estando acompanhado dos Laudos anexo, para
que surta seus legais e jurídicos efeitos, inconsequentemente
não observados.

 1.- O objeto deste Recurso Administrativo pugna pela revisão do ato


administrativo que declarou a Candidato Thiago José Klososki inapto a
concorrer a vaga de Pessoa com deficiência no concurso para Agente
Penitenciário, junto ao DEAP-SC. A irresignação do Candidato reside na
circunstância do mesmo ter sido apto em todas as fases que dependia do
mesmo, sem nenhuma reprovação ou recuperação, cumpre destacar que a
Candidato teve sua inscrição válida como PCD pela banca organizadora do
certame e durante todo o processo foi considerado candidato portador de
deficiência porém disputando em iguais condições e ainda assim logrou exito
de aprovação. Ocorre, que somente após todas as fases, na perícia realizada
no dia 30/07/2020 o candidato fora considerado inapto conforme uma rapida
observação de uma médica geral onde cita e justifica o resultado por: “NÃO
CONSEGUIR MENSURAR AS SEQUELAS”, foi utilizada como justificativa (para
considerar a inaptidão) tão somente e de forma genérica: CID S83 + M23.5. A
irresignação do Candidato diz respeito a forma e oportunidade em que
sobreveio este laudo após o mesmo haver solicitado afastamento de suas
atividades no Estado do Paraná, licença essa sem remuneração publicado em
Diário Oficial, ter fixado residência no Município de Florianopolis/SC para o
Curso de Formação e somente agora sobreveio esta Decisão possibilitando
tardiamente a ampla defesa e o contraditório, lhe gerando consequencias
financeiras irreparaveis.

Solicita o Candidato, que seja apreciado as seguintes considerações, para que


seja reconsiderada a Decisão que a declarou inapto E POR CONSEQUENCIA
NÃO CLASSIFICADO á vaga de portador de deficiência, ferindo os princípios
constitucionais da ampla defesa, do contraditório e os princípios
administrativos da legalidade e motivação, mas principalmente da
economicidade do Estado:
 
 I - A alegação supramencionada para inaptidão considerada pela
perícia, está totalmente em desconformidade com as normas
constantes do Edital de Convocação o qual deixa claro nos itens infra
mencionados que:

  2.4.14 - Perderá o direito de concorrer às vagas reservadas


às pessoas com deficiência o candidato que, por ocasião da
perícia médica, não apresentar o laudo médico (original ou
cópia autenticada em cartório) ou que apresentar laudo que
não tenha sido emitido nos últimos doze meses, bem como o
que não comparecer à perícia. 

2.4.15 - A não confirmação da deficiência declarada, a não


compatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo ou
a não viabilidade das condições de acessibilidade e adequação
do ambiente de trabalho para execução das tarefas importará
na perda do direito ao pleito da vaga reservada a Pessoa com
Deficiência – PcD e na exclusão da lista de classificação geral
(não PcD), se a inclusão nesta classificação decorreu da
deficiência declarada.   

 Não sendo este candidato, enquadrado em nenhuma das hipóteses


constantes em edital para perda do direito de concorrer às vagas
reservadas às pessoas com deficiência, pois além de possuir documento
de RG com obervação e consideração da deficiência, o mesmo provou
ter as patologias declaradas por cinco medicos diferentes e ainda um
fisioterapeuta que o acompanha regularemente para ser possível levar
uma vida com menos barreiras. E no momento do deferimento da
inscrição como Pessoa Com Deficiência no concurso, através de laudo, e
ainda, exerce função similar ao DEAP-SC, junto a um órgão de
Segurança Pública – já que o acidente que causou sua limitação atual
ocorreu em serviço.

  II- A Inscrição deste signatário, para o concurso de Agente


Penitenciário, junto ao DEAP-SC foi deferida sem qualquer
objeção quanto ao laudo apresentado provando a condição de
Pessoa com Deficiência  (PCD), enquadrando-se, portanto, nas
normas editalícia referente a PcD. Ao passo que houve várias
inscrições de candidatos para PCD indeferidas ou contestadas
neste quesito gerando recurso;

III- Este candidato aprovado em todas as fases do certame


dentro da vaga para PCD masculino, foi devidamente
matriculado no Curso de Formação referente a 6ª Fase do
concurso sem também qualquer alteração; 
IV- Todo o enxoval, material de uso obrigatório no Curso de
Formação, foi comprado por este partícipe, uma vez que
estava devidamente matriculado no referido curso, distribuído
na turma e seguindo no concurso sem qualquer alteração;

V-  Este candidato é Policial Militar do Paraná, e está afastado


sem remuneração de suas atividades em Diário Oficial desde
a  efetivação da matrícula, para o Curso de Formação junto ao
DEAP-SC, uma vez que encontra-se matriculado para um
curso de dedicação integral, e que a impossibilidade de
participação no curso de formação, estando este candidato
afastado de suas funções no aguardo da retomada do referido
concurso, implicará em embaraços administrativos e
financeiros imensuráveis, uma vez que, poderá haver
procedimento administrativo militar instaurado para apurar a
veracidade das alegações, com possibilidade inclusive de sofrer
sanções disciplinares internas, caso seus superiores
interpretem que houve má fé por parte deste candidato;

 O e-mail de convocação para realização do exame pericial enviado pela


FEPESE a esta candidato, fez exigência de levar no ato da perícia
documentos listados em item não existente no edital, com datas
exigindo atualizadas, que este sempre fizera a cada solicitação e
remarcação do curso/pericia;

VI- Sobre a lesão ligamentar já existem apontamentos acerca


de lesões ligamentar total com sequelas permanentes na
articulação, enquadrando o portador como Pessoa com
Deficiencia, inclusive com reconhecimento pelo proprio
CONEDE, sendo este parte da comissão avaliadora na teroria:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-
09042007-151313/publico/TESEDoutHBVDN.pdf 
/ https://jus.com.br/artigos/34019/pessoas-portadoras-de-
deficiencia-e-concurso-
publico/2/http://www.medicinanet.com.br/cid10/10853/s835_
entorse_e_distensao_envolvendo_ligamento_cruzado_anterior
_posterior_do_joelho.htm Pode-se apontar a deficiência
constando no próprio site informativo do CONEDE, onde é
classificado como MONOPARESIA perda parcial das funções
motoras de um só membro (inferior ou superior), assim como
consta o descrito em dois laudos do candidato citando a perda
motora funcional com debilidade de 30%, de forma clara e
objetiva: http://www.conede.sc.gov.br/index.php?
option=com_content&view=category&id=18&Itemid=11.
Porém durante a perícia, a profissional disse que não era
possível mensurar as sequelas naquele momento, mas mesmo
assim tirou a credibilidade dos laudos de outros cinco
profissionais que avaliaram o candidato anteriormente, sendo
contraditório. Como consta anexado (anexo 8) o resultado
da perícia como INAPTO, sem qualquer justificativa,
porque a mesma avaliadora não teria – cito quando disse
que não poderia mensurar as sequelas.

VII- Os laudos devidamente entregues no ato da perícia, bem


como os exames em que o candidato se dispos a fazer
atualizados uma semana antes da data da pericia, foram
completamente ignorados, visto que o Laudo de CID S83
(anexo1) somado ao M23.5 (anexo2) devidamente
lavrado pelo Dr. Alisson Gomes Andrioli,  CRM/PR: 18524,
descreve minuciosamente  "reconstrução ligamentar múltipla
do joelho direito ... e reconstrução ligamentar cruzado
posterior do joelho esquerdo... Evoluindo com recuperação
parcial das junções (perda de 30%), mas com capacidade para
esportes e atividade fisica" melhor esclarecido a posteriori
“instabilidade crônica do joelho”, enquadrando o caso em
questão na Alínea a, Inciso I, do § 1º do artigo 5º do Decreto
5.296, de 02 de Dezembro de 2004, o qual norteia todas as
leis relativas à pessoas com deficiência (PCD), como segue: “
a)  deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento
da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia,
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo,
membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para
o desempenho de funções;”

VII- Sobre a patologia supramencionada deixa claro que a


limitação física reduz a capacidade de movimento, já a
tornando desigual perante pessoas "normais", porém em
nenhum momento durante a perícia foi solicitado que este
candidato fizesse o movimento articular a qual tem a limitação
que figura deficiência. Tanto desigual a capacidade do
candidato, que para que conseguisse alcançar exito na prova
de corrida, após negação de recurso solicitando condições
especiais da mesma (anexo 3), teve de passar por um
tratamento fisioterapeutico de infiltração de emergencia
uma semana antes da prova de capacidade fisica
(anexo4), devido ao esforço não suportado pelo joelhos
operados, o que deixa claro a qualquer leigo a necessidade de
adaptação do candidato que pela medicina não teria condições
de lograr exito nas condições exigidas pela fepese em vista da
perda da funcionalidade da sua articulação operada apos
acidente em serviço como Policial Militar do Paraná.

VIII- Foi apresentado ainda, durante a perícia por este


candidato laudo do exame de lesões corporais de médico
legista do INSTITUTO MEDICO LEGAL onde indica no
quarto item a “debilidade permanente de articulação de
joelho direito (30% de déficit funcional)”. Deste modo o
laudo adicional em questão também foi ignorado (anexo5);

IX- Não obstante, o candidato ainda apresentou processo


administrativo da PMPR onde consta ATESTADO DE ORIGEM
– Exame de Sanidade de Acidentado em Ato de Serviço,
exarando o seguinte diagnostico e parecer por três
membros da junta médica militar do Estado do Paraná :
“TERMINO DE TRATAMENTO COM CURA COM LESÕES
COM SEQUELAS: LEVE INSTABILIDADE POSTERIOR E
LATERAL DO JOELHO DIREITO” (anexo 6)

X- Ainda, para não restar duvidas para a comissão avaliadora,


procedeu em consulta, solicitando exames e laudos com
datas atualizadas (anexo7), com Dr. Alisson Gomes Andrioli,
especialista em joelho e quadril CRM/PR: 18524, o qual
solicitou a ressonância, a fim de investigar com minúcia atual,
diagnosticando ainda permanecer a instabilidade parcial
do joelho concluindo a MONOPARESIA DECLARADA da
articulação, razão pela qual há reincidência de
tendinopatias, uma vez que, por adaptação diária com o
fortalecimento do mesmo após a habitualidade de
exercícios fisioterápicos realiza tarefas que deveriam ser
limitadas a esta pessoa (anexo2). Esse fato pode ser
confirmado pelo fisioterapeuta Dr. Marcelo Ruy Oliveira da
Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do esporte, o
qual fora necessário fazer visitas exaustivas no período que
antecederam a prova de aptidão física, para que este
candidato conseguisse realizar a prova física desse
certame nas mesmas condições de candidatos de ampla
concorrência com acompanhamento do mesmo para
evolução e sucesso da prova sem a perda total dos
movimentos (anexo4). Onde demonstra esforço exaustivo
da articulação do candidato aquando na abertura de recurso
no sítio do concurso negativada, bem como ainda o atestado
de deficiência da articulação proferida pelo próprio medico que
o operou e acompanha ainda hoje, confirmando não haver
maior melhora, mesmo o candidato estando em constante
condicionamento físico de fortalecimento para levar uma vida
na normalidade.

XI-  Não houve consideração para com os candidatos


concorrentes às vagas para PCD o que já caracteriza
discriminação, uma vez que, ao invés de realizarem a perícia
antes da matrícula no Curso de Formação e compra de todo
enxoval, esperaram que estes seguissem as etapas do
certame, tendo prejuízos financeiros, pessoais, psicológicos e
profissionais, uma vez que se afastaram de suas atividades
confiando na inscrição deferida como PCD, bem como o
prosseguimento em todas as etapas do concurso, dando a
estes embasamento para tomada de decisões como mudança
de estado, afastamento profissional, entre outros;

XII- Devido a toda situação exposta, poderia facilmente os


candidatos portadores de deficiência, que já estão
matriculados no Curso de Formação Profissional e distribuídos
em suas respectivas turmas, e aulas praticas já realizadas, ter
suas perícias refeitas após o Curso de Formação, no exame
pericial da posse e assim comprovarem a situação adaptada
como deficienciente fisico, perante uma equipe com no mínimo
profissionais especialistas que possam analisar com claresa os
exames e atestados de outros cinco médicos e um
fisioterapeuta, do qual o candidato dispõe. 

Nestes termos requer, muito respeitosamente os seguintes pleitos:

1-  A reconsideração do ato que o considerou inapto para


apto, sem enquadrar nas hipóteses previstas em edital para
perda do direito de concorrer às vagas reservadas às pessoas
com deficiência e caso haja necessidade, a realização de nova
perícia médica, podendo esta ser inclusive no ato da perícia
médica admissional por especialista, prevista quando na posse,
se assim o candidato for nomeado. Tudo isto com o fito de
avaliar POR ESPECIALISTA todos os laudos e exames do
candidato, podendo confirmar as sequelas do candidato;

2- A inclusão de atestado confirmando a necessidade de


adaptação do candidato acompanhado pelo Dr. Marcelo Ruy
Oliveira da Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do
esporte bem como laudo de ambos os profissionais que o
acompanham, visto que está em conformidade com o Decreto
nº 5.926/04 e leis análogas (anexo 2 e 4);

4- Que seja reconhecido todos os atestados dos 5 medicos – 3


da junta militar do paraná, 1 do IML, 1 do ortopedista
particular e ainda 1 fisioterapeuta, bem como o RG de Pessoa
com deficiencia onde acolhe e identifica a instabilidade
ligamentar como observa no anexo 9;

5- Que seja reconhecido a este candidato a aptidão da


deficiência, bem como, uma deficiencia apta para as
atribuições do cargo, uma vez que se encontra no serviço ativo
da Polícia Militar do Estado do Paraná, mesmo que interno no
Órgão de Segurança Pública, porém se esforçou para
demonstrar aptidão fisica compativel ás exigências do DEAP.
Inclusive pelo principio da economicidade, já que o Estado
despendeu de recursos monetários para que sua formação
ocorresse de forma completa, e o candidato respondeu
positivamente auferindo nota necessária para a aprovação no
Curso de Formação.

Segue em anexos:

Documento 1 e 2- Laudo emitido pelo Ortopedista, Dr.


Alisson Gomes Andrioli, especialista em joelho e quadril
CRM/PR: 18524 esclarecendo CID: S83 e M23.5
Documento 3- Negativação da FEPESE do requerimento
solicitando condições especiais para a prova de capacidade
fisica de corrida.
Documento 4- Declaração do Fisioterapeuta Dr. Marcelo Ruy
Oliveira da Rocha especialista em reabilitação e fisioterapia do
esporte, que acompanhou o candidato o possibilitando
concorrer sem condições especiais.
Documento 5- Laudo emitido por Médico Legista do Intituto
Médico Legal da Secretaria de Estado da Segurança Pública e
administração penitenciaria – Policia cientifica, Dr. Fernando
de Souza; CRM 10409
Documento 6- Laudo emitido pelos membros da junta medica
da diretoria de saúde da Policia Militar do Paraná, Tenente –
Cel. QOS PM Médica Alexandra Ramos dos Santos – CRM/PM
16.243, Capitão QOS PM Médico Rodrigo Abbud Canova –
CRM/PR 20.090, 1º Tenente QOS PMMédica Ana Isabel Cantor
Vieira Abrahão – CRM/PR 21.763
Documento 7- Laudo de Exame de Ressonância magnética de
Joelho Direito, assinado pelo Dra. Camila Lange Albino –
CRM/PR 31.282/RQE 24557
Documento 8- Resultado da Perícia Médica Deap, realizada no
dia 30/07/2020; 
Documento 9- RG de PCD pelo Intituto de Identificação de
Estado de Santa Catarina.

Nestes Termos, em caráter de urgência, Pede Deferimento.

Florianópolis, 11 de agosto de 2020.

THIAGO JOSE KLOSOSKI


CPF 056.420.679-23
NUMERO DE INSCRIÇÃO: 12488

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