Psicopatologia Forense Material para Alunos
Psicopatologia Forense Material para Alunos
Psicopatologia Forense Material para Alunos
1. Criminosos impetuosos
• Agem em curto-circuito, por amor à honra, sem premeditação,
fruto de anestesia momentânea do senso crítico;
• Crime passional, alguns tipos de assassinatos e agressão física;
crimes de trânsito;
• Arrepende-se do que fez; psiquismo satisfatoriamente
estruturado com falha momentânea do senso moral face à
determinada situação; honesto;
• Em geral são mesocriminosos preponderantes (apresentam
potencial interior para aquela conduta criminosa, que eclode
por estímulos exteriores)
2. Criminosos ocasionais
• Epilepsias • Toxicomanias
• Encefalopatias • Alcoolismo
• Desenvolvimento • Condutopatias
mental retardado • Transtornos
neuróticos
• Desenvolvimento
mental • Transtornos sexuais
incompleto • Transtorno Bipolar
• Esquizofrenia • Transtornos mentais
devidos a agentes
• Outros transtornos tóxicos
psicóticos, agudos e • Transtornos mentais
crônicos nos tumores
• Psicoses cerebrais e nos
sintomáticas traumatismos de
crânio
• Transtornos mentais • Transtornos mentais
na AIDS nos AVCs
• Transtornos mentais • Doenças Pré-senis
de origem • Doenças Senis
endócrina
Epilepsias
• São consequência de alteração no desenvolvimento
cerebral; desequilíbrio anatômico ou funcional entre os
dois hemisférios do cérebro = existe um cérebro epilético
(MAFFEI, 1951 apud Palomba, 2003) capaz de produzir os
mais variados sinais e sintomas.
• De acordo com esses sinais e sintomas, Palomba
(1991,apud idem) dividiu a epilepsia em formas clínicas
principais:
• 1) neurológica;
• 2) psicótica;
• 3) condutopática
• 4) mista (excepcionalmente).
Tipos de Epilepsia
1. Neurológica: sinais e sintomas eminentemente
neurológicos: crises parciais simples com sintomas motores,
sintomatologia neurovegetativa, crises generalizadas
convulsivas (grande mal epilético) e as não convulsivas,
crises de ausência (pequeno mal) cças ados; a síndrome de
West (no lactente) e a síndrome de Lennox-Gastaut (crises
tônicas e atônicas);
2. Psicótica: sinais e sintomas predominantemente psicóticos:
alterações graves do psiquismo semelhantes às da
esquizofrenia paranóide, mas sem manifestações pré-
psicóticas, capacidade de crítica após estado delirante, com
alucinações visuais, humor exaltado tendendo ao êxtase ou
à depressão, etc.
3. Condutopática: sinais e sintomas mais comportamentais: dupla
personalidade ou conduta alternante por crise epilética parcial
complexa: o indivíduo pratica atos complexos, transtornos do
comportamento sem crítica, sem sentimentos, impulsivos ou
morbidamente premeditados, por horas ou dias, sem perder
consciência nem memória, diminui capacidade de entendimento e de
controle emocional; por motivos insignificantes se enfurecem,
podendo chegar ao homicídio e ao suicídio, mas fora das crises podem
ser dóceis, amáveis, mas é uma amabilidade pegajosa; as vezes ficam
retraídos e saem disso com explosividade distímica até pequenas
provocações; após, sentem-se aliviados e não apresentam remorso.
4. Mista (excepcionalmente): combinados de duas formas ou das três
concomitantemente.
Como condição sine qua non a pessoa com epilepsia apresenta os
equivalentes comiciais ou epiléticos: enurese noturna prolongada,
pavor noturno, solilóquios, sonambulismo, narcolepsia, dor epigástrica
associada à salivação e movimentos mastigatórios, acessos de
palpitação, pseudoasma, náuseas, crises de déjà vu, de déjà vécu, entre
muitos outros que precisam aparecer numerosos no diagnóstico.
Epilepsias - ponto de vista criminal
• Como doença polimorfa, cabem todos os graus de
imputabilidade - da imputabilidade plena à inimputabilidade
total.
• Todos os crimes violentos praticados por epiléticos (das 3
formas) vão apresentar no mínimo 6 das 9 características:
1. Ausência de motivos plausíveis;
2. Ausência de premeditação;
3. Instantaneidade da ação;
4. Ferocidade da execução;
5. Multiplicidade de golpes;
6. Ausência de dissimulação;
7. Ausência de remorso;
8. Ausência de cúmplice;
9. Amnésia ou reminiscências mnêmicas confusas.
Imputabilidade do epilético
• Maioria dos epiléticos neurológicos não é portadora de
periculosidade social;
• Na epilepsia psicótica, o ato criminoso pode ocorrer no
episódio delirante de cunho mágico-místico-religioso, ou fora
desse, o indivíduo pode atacar pessoas desconhecidas de
maneira violenta e brutal, podendo destruir objetos ao redor
(furor epilético – esse estado pode ser desencadeado por
ingestão de pequena quantidade de álcool ou uso de drogas
sobretudo crack e cocaína); neste caso, a INIMPUTABILIDADE
se impõe quando há nexo entre crime e doença; não dissimula,
não esconde cadáver, quando descobre o que fez cai em
depressão não por remorso mas pela tragédia que o envolve,
pratica o crime onde estiver, na frente de testemunhas.
• O epilético condutopata: a diferença é que, após o ato, não perde
memória, quase sempre tenta ocultar o crime, dissimula, pratica a ação
às escondidas, sem a presença de testemunhas, seleciona
doentiamente fatos ao redor para um fim mórbido; se entra em estado
de estreitamento de consciência, pode praticar os mais cruéis delitos,
com premeditação minuciosa, mas a lucidez é aparente (é como se ele
assistisse um filme, do qual ele se lembra quando acaba mas não tem
nenhum sentimento em relação ao que aconteceu pois para ele se trata
de um filme, isto é, não há ressonância afetiva com o que fez); em geral,
é avaliado com SEMI-IMPUTABILIDADE, pois tem parcial capacidade de
determinação de acordo com o total entendimento do caráter
criminoso (ele entende o caráter do que fez, mas estava dominado pela
pulsão mórbida quando praticou o delito)
• Em todos os crimes e em qualquer uma das formas, o epilético não
sente remorso pelo que fez; não apresenta sentimentos de compaixão,
piedade, altruísmo, pois está desprovido de emoção e por isso não
sente culpa, não há angústia nem conflito interior.
Periculosidade do epilético
• epiléticos que praticaram crimes violentos: são doentes de alta
periculosidade e capazes de reincidir. Se for do tipo psicótico,
vai depender da evolução da doença, do apoio e do tratamento
recebido, mas, se for do tipo condutopata, são irrecuperáveis,
de periculosidade máxima.
• epiléticos neurológicos não delinquem mais do que a pessoa
“normal”, mas tendo delinquido podem apresentar
periculosidade social, isto é, se entre cada crise apresentarem
humor móvel, incoerente, impulsividade, irritabilidade, falta de
crítica e freios éticos-morais, frieza de sentimentos,
explosividade e falta de remorso.
Encefalopatias
• Ou síndrome pós encefalítica é devida a um ataque às
estruturas do encéfalo, em tenra idade (ou ainda em vida
intrauterina), até o início da adolescência; quanto mais cedo o
ataque, maior a gravidade do mal. Divide-se em major e
minor.
• Apresentam distúrbios de conduta.
• Encefalopatas major (doença mental): taras, bestialismo
(prática sexual com animais), estupro, vilipêndio de cadáver,
com sevícias, mordidas, arrancamento de pedaços, para
satisfazer instinto sexual degenerado. Crime tosco, pouco
elaborado. INIMPUTABILIDADE.
Encefalopatia
• Encefalopatas minor (perturbação da saúde mental):
convivem em sociedade, trabalham (serviços em geral
braçais), estudam (mas não vão longe na escola),
aparentemente integrados no meio social; sinceridade
intercalada de cinismo; desiderato mórbido combinado com
distúrbios sexuais, frieza afetiva, impulsividade desmedida, o
tornam de altíssima periculosidade social. Crimes como
roubo, exibicionismo, fraudes, escândalo público, estelionato,
pois são desajustados. SEMI-IMPUTABILIDADE.
Desenvolvimento mental retardado
• Retardo mental grave – idiotia (estupros e bestialismo são
comuns quase sempre contra menores – INIMPUTABILIDADE
PENAL)
• Retardo mental moderado – imbecilidade (atentados ao
pudor, bestialismo e estupros contra crianças, infanticídio –
INIMPUTABILIDADE)
• Retardo mental leve – debilidade mental (usados como
laranjas, prostituição – SEMI-IMPUTABILIDADE)
• Obs.: déficit de inteligência não implica necessariamente
desvio de conduta.
Desenvolvimento mental
incompleto
• Surdo-mudez
• Cegueira
• Silvícola
• Apedeutismo (profunda
ignorância, sem cultura)
• Menoridade
Condutopatias – Transtornos de
Personalidade e de Comportamento
• Condutopatia = sinônimo de transtornos de
personalidade (CID-10 e DSM-IV),
personalidades psicopáticas e sociopatias.
• Indivíduos que ficam na zona fronteiriça entre a
normalidade mental e a doença mental.
• Transtorno devido ao comprometimento de três
estruturas psíquicas: a afetividade, a conação-
volição e a capacidade de crítica (mantendo-se
íntegras as outras partes mentais).
Características
• Comprometimento da afetividade:
insensibilidade, indiferença, inadequada
resposta emocional, egoísmo;
• Comprometimento da conação (intenção
mal dirigida) e da volição (movimento
voluntário sem crítica);
• Capacidade de autocrítica e de julgamento
de valores ético-morais está
anormalmente estruturada, pois se
estivesse boa haveria inibição da intenção;
Características
• Falta de remorso ou de arrependimento no caso de prática de
ato prejudicial a outras pessoas ou à sociedade; não sente
angústia, nem ansiedade, não sofre com sua conduta patológica
mas faz os outros sofrerem.
• Padrão de comportamento surge no curso do desenvolvimento,
por fatores constitucionais e vivências; desvia-se de padrões
culturais e sociais do meio em que vive, com repercussões
coletivas, familiares e em outras áreas da vida em sociedade;
• Padrão de comportamento é estável, pode se iniciar na
adolescência ou no começo da vida adulta, quando não
começou na infância.
Causas da condutopatia
São múltiplas e basicamente
relacionadas a
1. Encefalopatia minor
2. Epilepsia condutopatica
3. Esquizofrenia simples
Condutopatia de base esquizofrênica
• Indivíduos descritos como esquizoides, esquizotímicos,
esquizopsíquicos;
• São desconfiados, às vezes rancorosos e retentivos;
autorreferentes, ensimesmados, frios de emoção, insensíveis,
distantes das normas e convenções sociais, preferem viver
isolados e praticar atividades isoladas, aliás poucas, e são
indiferentes aos elogios ou críticas;
• Na literatura: transtorno de personalidade paranoide,
transtorno de personalidade esquizoide, transtorno de
personalidade esquizotípica e personalidade psicopática tipo
fanática.
Condutopatia de base epilética
• São antissociais, alheios ao sofrimento do próximo, sem
remorso, explosivos, têm baixa tolerância às frustrações,
propensos à mentira ou ao cinismo, com irritabilidade e
impulsividade, agem subitamente, com afetividade superficial,
são desrespeitadores de normas, regras e obrigações sociais,
instáveis no emprego, egoístas, egocêntricos, sádicos,
masoquistas, arrogantes, hipertímicos, carentes de compaixão,
sem sentimentos de piedade; conhecem as leis mas não as
respeitam.
• Na literatura: transtorno de personalidade antissocial,
transtorno de personalidade emocional instável (tipo explosivo
e borderline), personalidade amoral, dissocial, associal,
psicopatia (do tipo desalmado, explosivo, epileptoide, icto-
afim, enequético e inimigos da sociedade), portadores de
transt da pers e de comportamentos decorrentes da doença,
lesão ou disfunção cerebral (F07 da CID 10).
Condutopatia de base encefalopática
• Apresentam mesmas manifestações clínico-comportamentais que se
verificam na epilética, só que, etimologicamente, a encefalopatia é
adquirida, enquanto a epilepsia é de origem embrionária.
• quer-não quer, faz-desfaz, aspecto de bobo, impulsivos, superficiais
nas emoções e nas ações, vergonha exagerada e insegurança em
relação a si próprios, carentes de estima, fazem coisas sem pensar
nas consequências mediatas, agem pensam no imediato, gostam de
se exibir e ostentar, de falar empolado, altamente sugestionáveis,
têm dificuldade de tomar decisões, vão a extremos para obter apoio
dos outros, podendo ser teimosos, pedantes, arrogantes,
impertinentes, preocupados excessivamente com as aparências e
autoimagem; defeitos de inteligência e pouca capacidade de abstrair.
• Na literatura: mesmos nomes da epil + transtorno de personalidade
esquiva, transt de pers narcisistas e histriônica, transt pers anancástica,
transt pers dependente, transt pers imatura ou psicoinfantil, personalidade
passiva, psiconeurótica, abúlica, personalidade psicopática de tipo inseguro
de si mesmo, lábil de ânimo, necessitado de estima, débil mental, ou ainda
psicopatas astênicos, hipertúnicos e os ditos pseudopsicopatas (CID 10 e
Implicações forenses
• Criminal: como condutopatia é uma perturbação da saúde
mental, perito aponta a SEMI-IMPUTABILIDADE, e mais
excepcionalmente pela imputabilidade ou inimputabilidade;
• SEMI-IMPUTABILIDADE porque padecem de
deformidades do afeto, da intenção-volição e da crítica; o
condutopata entende bem o caráter de sua ação, mas
está parcialmente preso a uma intenção mórbida
qualquer, além de sempre ser refratário aos freios da
crítica, pois esta é mal estruturada e comprometida. Está
parcialmente preso a esta intenção mórbida, pois é capaz
de evitar a prática da ação (por exemplo: um condutopata
estuprador é capaz de frear a ação se souber que a vítima
está com aids ou capaz de não executar um assalto na
frente de testemunhas).
Implicações forenses
• Crimes violentos de condutopatas são, via de regra: ferozes,
praticados com frieza, sem nenhum remorso (característica
marcante), com requintes de perversidade.
• Podem ser praticados contra pessoas próximas, colegas
de trabalho, familiares, conhecidos de bairro etc, e
quando isto acontece não é raro o condutopata ir ao
enterro da vítima, como se nada tivesse a ver com o
crime.
• Qualquer uma das bases que tiver a condutopatia, as
características dos crimes serão semelhantes.
• São dados a transtornos de identidade sexual, praticam
de furto simples a ferozes homicídios, passando por
estelionato, assalto, tráfico de drogas, extorsão, estupro,
sequestro etc.
• Três tipos de delitos que se ligam regularmente a condutopatas:
ASSASSINATOS EM SÉRIE, PARRICÍDIO E PIROMANIA (psicop distúrbio
mental no qual o indivíduo produz incêndios por prazer ou para
descarregar tensões).
1) Assassinos em série ou serial killers: podem ser normais
mentalmente, doentes mentais ou fronteiriços.
- Mentalmente normais: assassinos de aluguel, que matam para
ganhar dinheiro como se fosse um trabalho como outro qualquer;
IMPUTABILIDADE
- Doente mental: serial killer – age sozinho, comete atos como
descarga de agressividade inaudita de uma só vez como os franco-
atiradores que descarregam armas sobre desconhecidos em lugares
de muita gente para atingir maior número de pessoas e se suicidam
após a chacina. INIMPUTABILIDADE
- Fronteiriço: serial killer propriamente dito, indivíduo aparentemente
normal, inteligente, calculista, com intervalo às vezes longo entre um
assassinato e outro; falta de senso moral e ético, afetividade
subdesenvolvida, vontade fixa em ponto mórbido, entendimento
limitado, sem comprometimento significativo da inteligência, da
memória, da senso-percepção e vigilância. A ação parece planejada,
dissimulada, normal, mas a frieza é patológica, associada à crueldade,
à insensibilidade, ao egoísmo e à perversão. SEMI-IMPUTABILIDADE
2) Parricidas: matam os pais, delito associado via de regra aos
condutopatas. Parricídios se ligam a dois tipos de patologia:
esquizofrenia paranóide ou epilepsia condutopatica. Dificilmente
são praticados por indivíduos normais mentalmente, embora possa
acontecer em caso de legítima defesa.
- Parricídio por esquizofrênico: há mutilação do corpo da vítima, não
raro decapitação ou retalhamento corporal, sem dissimulação ou
ocultação do cadáver ou fuga do local.
- Parricídio por condutopata: possui características do crime
praticado pelo condutopata de tipo epilético, com memória
preservada, podendo haver premeditação, ainda que seja mórbida,
proveniente de ideia fixa e compulsiva, há tentativa de dissimulação
do crime, pouco elaborado, como se tivesse resolvendo os
problemas à medida que vão acontecendo; não pensou no que fazer
com o cadáver, isto é, a premeditação em geral é restrita ao
assassinato, sem considerar suas consequências. (S Richt)
- Parricídios ocorrem em geral próximos a datas festivas como Natal,
dia das mães/pais (fator desencadeante), mas o fator determinante
é psicopatológico, fruto de doença mental (esquizofrenia =
INIMPUTABILIDADE ou perturbação do estado mental = SEMI-
IMPUTABILIDADE).
3) Piromaníacos: têm mania incendiária, ou seja, impulsão
mórbida para atear fogo em objetos inanimados ou em
seres vivos.
- Sempre portam graves distúrbios mentais: seus atos
incendiários são impulsões primitivas irresistíveis,
verdadeiras descargas de agressividade; Quase sempre
são pervertidos sexuais ou quadro místico-mágico-
religioso, decorrente de delírios, alucinações.
INIMPUTABILIDADE.
- Mas podem ser também condutopatas, que
apresentam mania incendiária desde tenra idade, que
se acentua na adolescência e fase adulta – SEMI-
IMPUTABILIDADE.
PERICULOSIDADE DOS
CONDUTOPATAS CRIMINOSOS
• Não cessa nunca.
• São indivíduos incorrigíveis, inintimidáveis, refratários aos
métodos terapêuticos psiquiátricos.
• Nos crimes de sangue e repetitivos: periculosidade máxima,
exigindo segregação social permanente. Quando são postos
em liberdade, não tardam a reincidir, aprimorando-se, para
um delito mais elaborado, mas com a mesma frieza, maldade,
falta de senso crítico e perversão moral.
Transtornos neuróticos
• Neurose obsessivo-compulsiva
• Neurose histérica
• Neurose Fóbica
• Transtornos afetivos sazonais
• Transtornos de Estresse Pós-Traumático
• Transtornos psicossomáticos
• São perturbações da saúde mental.
• Criminal: cleptomania, piromania, clastomania (mania de
quebrar ou rasgar coisas) – SEMI-IMPUTABILIDADE.
• INIMPUTABILIDADE é excepcional.
Transtornos sexuais
1. Transtornos do desejo sexual (hipoatividade sexual, aversão
sexual, frigidez, impotência erétil, ejaculação precoce,
dispareunia (dor durante e após o ato sexual), vaginismo)
2. Parafilias (exibicionismo, voyerismo, frotteurismo, pedofilia,
sadismo e masoquismo, estupradores de estátua e necrofilia,
bestialismo ou zoofilia, fetichismo, atentado violento ao
pudor/atos libidinosos e estupro/estupro de vulnerável, sexo
por telefone e letras obscenas, triolismo (swing), outras
(afrodisia, anafrodisia, donjuanismo, edipismo, eletrismo,
erotofobia, gerontofilia, mixoscopia, pigmalionismo)
3. Transtornos de identidade de gênero (transexualismo,
travestismo e intersexualismo.
4. São perturbações da saúde mental; ocorrem em fronteiriços.
5. De SEMI-IMPUTABILIDADE à INIMPUTABILIDADE.
Transtorno Bipolar (PMD)
• Também chamada de psicose afetiva ou psicose ciclotímica.
• Nas fases maníacas ou depressivas, e nos períodos de acalmia
instáveis, o habitual é a INIMPUTABILIDADE e a incapacidade
civil.
• Nos períodos de acalmia longos e com certa estabilidade, é a
SEMI_IMPUTABILIDADE e a incapacidade civil relativa.
• Nos intervalos lúcidos, o habitual é a IMPUTABILIDADE e a
plena capacidade para o exercício da vida civil. Porém há
exceções dependendo do ato praticado, das manifestações
clínicas e de outras circunstâncias.
Esquizofrenia
• Doença mental grave.
• Caracteriza-se por desordem profunda nos processos psíquicos,
resultando em falta de unidade do ser.
1. Tipo catatônica
2. Tipo hebefrênica
3. Tipo simples
4. Tipo paranóide
5. Tipo residual
6. Tipo tardia
• INIMPUTABILIDADE DO ATO CRIMINOSO.
Outros transtornos psicóticos agudos
e crônicos
• Transtorno esquizofreniforme
• Bufê delirante
• Transtorno esquizoafetivo
• Folie à deux (transtorno psicótico compartilhado) e epidemia
psíquica
• Psicose alucinatória crônica
• Parafrenia
• Neurossífilis
• SEMI-IMPUTABILIDADE e
• INIMPUTABILIDADE DO ATO CRIMINOSO.
Doenças pré-senis
• Alzheimer
• Pick
• Creutzfeldt-Jakob
• Huntington
• Outras
• Depressão involutiva
• Mania involutiva
• Arteriosclerose cerebral
• Demência senil
• Transtornos psicóticos de início tardio (parafrenia
tardia, delírio de perseguição senil, presbiofrenia,
demência de Parkinson)
• Neuroses na velhice
PALOMBA, G. A. TRATADO DE
PSIQUIATROA FORENSE CIVIL E
PENAL. São Paulo: Atheneu,
2003.