Ultrasson Plana
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Material Teórico
Correntes Despolarizadas
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Correntes Despolarizadas
• Introdução;
• Forma de Classificação das
Correntes Despolarizadas;
• Indicações.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Proporcionar aos profissionais de estética conhecimento mais amplo dos conceitos,
aplicabilidades, parametrização e técnicas de aplicação desse tipo de corrente em-
pregada na estética, assim como a trabalhar de forma correta e segura com essa
terapia e com os equipamentos mais utilizados nos tratamentos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Correntes Despolarizadas
Introdução
As correntes elétricas aplicadas à área da Saúde são um dos recursos físicos
de uma área denominada Eletroterapia. Existe grande diversidade de correntes
que podem ser utilizadas, que diferem tecnicamente (classificação, forma de onda
e frequência, entre outras) e, com isso, terapeuticamente (indicações, aplicações,
contraindicações etc.).
Entretanto, todas têm um único objetivo: interagir com os tecidos biológicos e indu-
zir reações e modificações em diferentes níveis e objetivos terapêuticos bem definidos.
Podem ser utilizadas na área médica, cirúrgica, terapêutica e estética, entre outras.
Importante! Importante!
Vamos entender melhor: se temos 10 pulsos por segundo, chamamos de 10Hz; se te-
mos 500 pulsos, 500Hz; então, se temos 1000 pulsos, chamamos de 1000Hz ou 1KHz
(quilohertz), e assim por diante. Se temos 1 milhão de pulsos por segundo teremos,
então, 1MHz (mega-hertz).
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Dentre as correntes despolarizadas, as de “baixa frequência” são aquelas que
possuem menos que 1000Hz; e as de “média frequência” possuem entre 1000Hz
e 10.000Hz.
intervalos regulares de tempo e, por isso, não apresenta “efeitos polares” no tecido. E são
classificadas em baixa e média frequência.
Indicações
Muito comumente, as correntes despolarizadas são utilizadas com intuito excito-
motor, ou seja, para gerar contração muscular; porém, ao alterar os parâmetros e a
técnica de aplicação, damos outras aplicabilidades a essas correntes, como analgesia
(melhora da dor), eletrolipólise (redução de medidas) e drenagem eletrônica (estímulo
de drenagem linfática e vascular).
te, por exemplo, podemos ter uma série de alterações, entre elas, a gordura localizada
e a flacidez muscular. Como identificar se o paciente tem uma ou outra alteração, ou
até mesmo as duas? Basta solicitar contração muscular glútea. Se ao contrair o culote
“sumir”, trata-se de flacidez muscular; se na contração, o culote “continuar”, é somen-
te gordura localizada. Mas, se ao contrair, “sumir um pouco, mas permanecer alguma
quantidade” é uma alteração mista!
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Exemplos:
Figura 1
Fonte: Divulgação
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Em relação à corrente despolarizada nessa prática, temos o FES (baixa frequência),
que gera menor penetração no tecido, recruta poucas fibras e, por isso, é geralmente
utilizada em pacientes com alterações neuromusculares durante um processo de re-
abilitação, como em pacientes com AVC, entre outros. Na estética, utilizamos mais
correntes de média frequência, como as de 1.000Hz e 2.500Hz, que apresentam
maior penetração alcançando níveis musculares mais profundos e que podem ativar
30-40% mais unidades motoras, além de ser muito mais confortáveis para o paciente.
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de
silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos,
que são posicionados no ventre muscular ou no ponto motor para fortalecimento.
A maioria dos equipamentos para eletroestimulação possui protocolos pré-pro-
gramados, que já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo
terapêutico. Vale muito ressaltar que, nos tratamentos para fortalecimento/tonifi-
cação muscular, a associação com o exercício (paciente realiza exercício ao mesmo
tempo em que o músculo é eletroestimulado) é extremamente importante, pois
potencializa os resultados e gera ganho em curto prazo de tempo.
Explor
Analgesia
Por definição, a dor física é um sinal que o sistema nervoso utiliza para mostrar
um dano tecidual real ou potencial. Trata-se de um fenômeno subjetivo, variável de
pessoa para pessoa.
Vamos entender!
Assim, por exemplo, é por isso que quando batemos a perna em algum lugar,
imediatamente e sem perceber, nossa reação é “colocar a mão e esfregar a região”;
e isso nos alivia.
Isso porque o estímulo mecânico chega mais rápido do que o estímulo da dor ao
Sistema Nervoso Central; por isso temos a redução temporária da dor.
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Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas,
de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os
parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência portadora: para analgesia, geralmente, corrente
de 4000Hz;
2. Frequência de recorte: varia em função do tipo de analgesia. Analgesia para
dor aguda em torno de 100-200Hz; para dor crônica por volta de 10-30Hz;
3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea,
ou seja, o modo escolhido é o contínuo;
4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há
interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso, esse
parâmetro é inexistente para analgesia;
5. Tempo total do tratamento: em torno de 40 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente.
Sempre buscando o limiar sensitivo. De maneira geral, as correntes terapêu-
ticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão
ao uso de estimulação elétrica. Para esses, por questão pessoal, o tratamento
acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profissional que vai aplicar
o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra-
dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele.
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de si-
licone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos; que
são posicionados sobre região álgica, mantendo a região de dor entre os eletrodos.
A maioria dos equipamentos já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo
com o objetivo terapêutico. Isso facilita muito a vida do profissional.
Exemplo de uma região álgica sendo tratada – Reabilitação:
Figura 2
Fonte: Divulgação
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Eletrolipólise
Entre as alterações estéticas corporais para as quais os pacientes mais buscam
tratamento, está a gordura localizada. São inúmeros os recursos indicados e utiliza-
dos para o tratamento e o que geralmente garante resultado é a associação dessas
tecnologias e técnicas.
Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas,
de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os
parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência de recorte: em torno de 5 a 50 Hz;
2. Largura de pulso (se o equipamento permitir ajuste): em torno de 400
a 600µA;
3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea,
ou seja, o modo escolhido é o contínuo;
4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há
interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso esse
parâmetro é inexistente para eletrolipólise;
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5. Tempo total do tratamento: 40 a 60 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente.
Sempre buscando o limiar sensitivo em caso de lipólise, o que chamamos de
“pico máximo não doloroso”. De maneira geral, as correntes terapêuticas são
muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de
estimulação elétrica; para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sen-
do descontinuado. Ainda assim, cabe ao profissional que vai aplicar o recurso
explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gradativamente
o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele.
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, para esse tratamento, pode ser realizada de duas
formas: transcutânea e percutânea.
Figura 3
Fonte: Divulgação
Explor
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Figura 4
Fonte: Divulgação
Explor
Vale muito ressaltar que no tratamento para gordura localizada é sempre im-
portante realizar a associação com atividade física e débito calórico para o gasto
energético do conteúdo lipídico que foi liberado no tratamento.
Drenagem eletrônica
A melhora da circulação sanguínea e linfática é benéfica e necessária em todos
os tratamentos estéticos. Contribui para melhora da oxigenação e nutrição tecidual.
A dinamização da circulação pode ser feita por meio de terapias manuais (drenagem
linfática, por exemplo) e também por correntes despolarizadas.
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Parâmetros ajustáveis
O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi-
dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em
caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas,
de um modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo
os parâmetros baseados em:
1. Escolha da frequência portadora: de acordo com o objetivo terapêutico:
drenagem vigorosa, utilizamos frequências mais baixas; drenagens mais
suaves, frequências mais altas;
2. Frequência de recorte: em torno de 10Hz;
3. Modo de estimulação: a estimulação deverá ocorrer de forma sequencial
(contração de 1 canal de cada vez, na sequência numérica) para bombea-
mento na drenagem;
4. Rampa de contração: nesse caso, só é necessário ajustar o tempo de
permanência da estimulação em cada canal (exemplo: 5 segundos);
5. Tempo total do tratamento: em torno de 20-30 minutos por sessão;
6. Intensidade da corrente: de acordo com as necessidades do tratamento e o
nível suportabilidade do paciente. Sempre buscando o limiar sensitivo/sensiti-
vo-motor em caso de drenagem. De maneira geral, as correntes terapêuticas
são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao
uso de estimulação elétrica, para esses, por questão pessoal, o tratamento
acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profissional que vai aplicar
o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra-
dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele.
Técnica de aplicação
Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de
silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou, então, eletrodos autoadesivos.
O sentido de posicionamento é de distal para proximal, acompanhando o fluxo
linfático e de retorno venoso para que possa exercer um bombeamento. É importante
respeitar a ordem numérica dos canais, pois o modo de estimulação é sequencial e
em ordem crescente.
A maioria dos equipamentos possui protocolos pré-programados, que já contém os
parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico. Vale muito ressaltar
que melhores resultados são obtidos por meio da associação da eletroestimulação à
drenagem postural (elevação dos membros até 45 graus com uso de posicionadores).
Explor
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Contraindicações gerais
As correntes excitomotoras possuem precauções e contraindicações seme-
lhantes a outras formas de corrente de estimulação elétrica. Dessa maneira,
algumas contraindicações são absolutas, outras relativas e algumas precauções
devem ainda ser consideradas.
Vantagens
A estimulação elétrica possui inúmeras vantagens. Primeiro, pelo fato de sabermos
que, verdadeiramente, o que promove sucesso nos tratamentos é a associação de
recursos eletroterapêuticos, manuais, cosméticos, cuidados home care e adoção de
hábitos de vida saudáveis.
O uso das correntes elétricas nos tratamentos entra como um recurso consolidado,
com resultados comprovados por evidências clínicas e literatura científica.
Cada vez mais o uso desses recursos tem seu espaço garantido nas Clínicas de
Estética, até mesmo porque as clientes/pacientes “pedem” os recursos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Blog | HTM Eletrônica
https://goo.gl/FuSn23
Livros
Eletroterapia explicada – Princípios e prática
LOW A., REED J.; WARD R., Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed.
RJ: Elsevier, 2009. 14 ex.
Fisioterapia dermatofuncional
GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3.ed. São Paulo:
Manole, 2010.
Vídeos
HTM - Stimulus-R Drenagem eletrônica
https://youtu.be/6ejEtu7ytUU
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UNIDADE Correntes Despolarizadas
Referências
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções
estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
LOW A., REED J.; WARD R. Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed.
RJ: Elsevier, 2009. 14 ex.
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