Universidade Federal de Goiás

Regional Catalão
Unidade Acadêmica Especial de Engenharia
Curso de Engenharia Civil

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1

Introdução
Esforços simples

Aula 01
Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc
 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
✓ É o ramo da mecânica que estuda as relações entre cargas
externas aplicadas à um corpo deformável e a intensidade das
forças internas que atuam dentro do corpo.

Sólido que varia o tamanho e/ou a forma como um resultado de cargas

que lhe são aplicadas ou como um resultado de variação de temperatura.

Estática Comportamento do material

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 MECÂNICA DE CORPOS DEFORMÁVEIS
✓ As condições de equilíbrio devem ser satisfeitas.

✓ A geometria da deformação deve ser conhecida.

✓ O comportamento do material deve ser caracterizado.

Sistema físico real Modelo matemático Resposta

idealizado
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 ANÁLISE ELÁSTICA
✓ Hipóteses na análise elástica de tensões e deformações:
o O material tem comportamento elástico: um corpo que, sujeito
a forças externas, retorna completamente a sua forma inicial
quando as forças são retiradas (no fim do descarregamento a
deformação residual é nula).

s s carregamento
carregamento

descarregamento descarregamento

e e
Comportamento Comportamento
elástico linear elástico não linear 4

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 ANÁLISE ELÁSTICA
✓ Hipóteses na análise elástica de tensões e deformações:
o O material tem comportamento elástico linear: a relação ente
tensão e deformação é linear.

o O material é homogêneo: todos os pontos do corpo têm as

mesmas propriedades, ou seja, seguem as mesmas equações.

o O material é isotrópico: as propriedades elásticas (E e n) são

iguais em todas as direções.

o Há continuidade dos deslocamentos: os deslocamentos de nós

vizinhos são iguais, ou seja, não há falhas internas ou fraturas.

o Os deslocamentos e as deformações são pequenas.

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Curso de Engenharia Civil

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1

Definição de tensão
Tensor de tensões

Aula 01
Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc
 TENSÃO
✓ Considere um corpo em equilíbrio sujeito a um conjunto de
forças, no qual é feita uma seção paralela ao plano xy:

Surgem na seção do corte forças

internas devidas à parte que foi
P
retirada, ficando cada parte em
equilíbrio separadamente.

P: ponto qualquer na seção do corte

DA: área na vizinhança de P (paralela a xy)

DF: vetor força resultante em DA (devido

à parte que foi retirada)
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 TENSÃO
✓ A tensão descreve a intensidade da força interna sobre um
plano específico (área) que passa por determinado ponto.

DF dF
Vetor de tensão em P t = lim =
DA→0 DA dA

✓ A força DF pode ser descrita por suas componentes:

DFx   zx 
   
DF = DFy  t =  zy 
 DF  s 
 z  z

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 TENSÃO
✓ Assim:

Tensão cisalhante em P DFx

s zx =  zx = lim
na direção x DA→0 DA
Componentes
DFy tangenciais
Tensão cisalhante em P
s zy =  zy = lim
na direção y DA→0 DA
DFz Componente
Tensão normal em P s zz = s z = lim normal
DA→0 DA

1º índice (i) indica o eixo que é perpendicular à face onde atua a tensão
sij
2º índice (j) indica a direção da tensão

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 TENSOR DE TENSÕES
✓ Um ponto P qualquer de um sólido pode ser representado por
um cubo de dimensões infinitesimais (dx, dy, dz):

s xx s xy s xz 
s = s yx s yy

s yz 
s s zy s zz 
 zx 
ou

s x  xy  xz 
O estado de tensões em P é definido
pelas tensões que agem em 3 faces
s =  yx sy

 yz 
perpendiculares do cubo.   zy sz 
 zx 
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 TENSOR DE TENSÕES
y
Mz = 0  xy (Dy Dz ) Dx 2
sy +  xy (Dy Dz ) Dx 2
yx
xy −  yx (Dx Dz ) Dy 2
sx −  yx (Dx Dz ) Dy 2 = 0
Dy
sx x
xy  xz =  zx
 xy =  yx
yx  yz =  zy
sy
s x  xy  xz 
Dx s =  xy sy

 yz  simétrico
  yz sz 
 xz 
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 TENSOR DE TENSÕES
✓ Convenção de sinais:
o Tensões normais:

• s > 0 se for de tração e s < 0 se for de compressão.

o Tensões cisalhantes:

• Se s de tração for no sentido positivo do eixo:

▪  > 0 se for no sentido positivo do eixo.

• Se s de tração for no sentido contrário ao do eixo positivo:

▪  > 0 se for no sentido contrário ao do eixo positivo.

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 TENSÃO NORMAL MÉDIA
✓ Considere uma barra em equilíbrio sujeita as forças P (de
tração ou compressão) aplicadas em suas extremidades:

Responsável pelo surgimento

de tensões normais.

As outra componentes
de tensão são nulas.
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 TENSÃO NORMAL MÉDIA
✓ Hipóteses:
o A barra permanece reta tanto antes como
depois da aplicação da carga.

o As seções transversais permanecem planas

durante a deformação.

o A carga axial é aplicada ao longo do eixo

centroide da seção transversal.

o O material é homogêneo e isotrópico.

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 TENSÃO NORMAL MÉDIA
Deformação uniforme Tensão uniforme
constante constante

DF
s = lim dF = s dA
DA→0 DA

 dF =  s dA  dF = s  dA
A A A A

P=sA
Força normal
interna
P
s=
A Tração Compressão
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 TENSÃO CISALHANTE MÉDIA
✓ Considere uma barra, apoiada sobre elementos rígidos,
submetida a uma força F suficientemente grande:

Região
de falha

Força cortante
V
méd = interna
A
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 TENSÃO CISALHANTE MÉDIA
✓ Cisalhamento simples Uma superfície de cisalhamento

F
=
A
✓ Cisalhamento duplo Duas superfícies de cisalhamento

F
=
2A 17

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EXEMPLOS
 EXEMPLO 1

A barra tem seção transversal de base 35 mm e altura 10 mm,

constante ao longo do seu comprimento. Determinar as tensões
normais nos trechos AB, BC e CD da barra.

22 KN

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 EXEMPLO 2

O gancho do tipo manilha suporta um

cabo que por sua vez aplica uma
carga de 3 kN, conforme ilustra a
figura. Sabendo que o pino tem 6 mm
de diâmetro, determinar a tensão
cisalhante média que está aplicada
no mesmo.

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 EXEMPLO 3
A luminária de 250 N está presa ao teto por dois cabos que se
conectam no anel A. Determinar o ângulo q do cabo AC de tal
modo que a sua tensão
normal média seja o dobro
da tensão normal média do
cabo AD. Em seguida,
determinar a tensão normal
média de cada cabo.

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 EXEMPLO 4
A viga AB é apoiada por um pino em A e um elo curto BC.
Determinar as tensões cisalhantes nos pinos de diâmetro d = 8
mm, localizados em A e B, e a tensão normal na barra BC.

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