Favelas em BH Tendências e Desafios
Favelas em BH Tendências e Desafios
Favelas em BH Tendências e Desafios
I Elite b'aba1ho , tIIU Mitul'a preÜlaiMl' do. dAdo. d. uma peequiM Entr. 1893-1897, 'peco do
ruio ....... q.. venho reoIiaIldo ....... - " " da _ .....
popular em Balo HorizoD... d*o. , _ da <riaçIo da cidade (I1ll1) conatruçio do cidode, o populoçio loeol p....ou de 2
." h*. e que ronca CGII:Il (J apojo do CoDMJho N.cioul de 650 poro 12 mil hobitonteo, o que represento umo
De.tenvoMmen&o CieGtUko e Tecnol6p:o (CNPq). W&Qia Maria de
Aralijo e Karla BiUwinho GOIIITa foram aaziliare. da peeqaia •
participuam do MvantalUllto e an.6Iiee de d&d.~, 2 MUona ~ dJre . . . queMio••er GGi:m&rte. (1991).
Surgtmenrc I Remocão
Fonte.: TEt.i.l&RB8, R.otw. Pa'l'81u em. EWo HoNOD\6. Bolal.i.m Miuin. o.o,r..tl.a. Wo HOlWOQle, e, 1, JI. 1..:l1.Jul. 1geTj VBN'. Jikbal Maria. KatudocM _. c....LN.
quauo bai.lTN po~ c» BeloHOIUon~ PRAX18. iWo HorlIaD&e, ,. 19-39, 197~
Um caso curicec sobre Belo Contagem, onde aeha-ee localizada a Cidade
Horizonte é o da Cavela de BalToea. Formada em Industrial. O fenômeno coincide com um preceaac de
1902, quando da primeira remoção d. favela. em reabertura politica e de aumento da participação,
Belo Horizonte, a do C6rrego do Leitão e Alto da com um intellllo surgimento de movimentoa
Estação, ela en.tiu por, aprozimadamente, anociativoe de defela de interM.lea da população
40 anos, na áre. central da cidade, sempre em favelada " .. UaiÕ8tl de Defesa Coletiva e a
processo de remoção e novo reu.entamento. Federação d~ Trabalhadores Favelados d. Belo
Inicialmente, ela eurgiu no BarT'O Preto e cada vez Horizonte. 3
que era alvo de remoção, parte de aeUII moradoree
ia para outr08 lugal'M e parte mudava-se para u Em cOD.8&qüincia da organização
prozimidadn, refuendo o núcleo. Denominada li doa moradores de favel.. e dentro do espírito
"latolll.ndia" da Capital, IIU daalocamento ocorria ao populiate da época, pela primeira vez o poder publico
longo da aVlaida OleJário Maciel. Em 1942, a favela começa a tratar o problema como qu ..tão social e a
da Barroca é encontrada no atua! bairro do favela torna-•• objeto d. polítieu. Neaae sentido. em
Gutierrez, onda hoja , a A..embiéia Lesielativa e de 1955, é criado o Departamento de Bairros Popular..
onde foram finalmente espw.a. oa últimOtl (DBP), órgão da Prefoitura Municipal oncarregado da
mcredcree, indo parte para a favela dos Marmiteiroe questão, definindo-.e que .. remOÇÕP s6 ocorreriam
8 parte formar o Morto do Querosene, na avenida mediante a eonstruçio de COIQuntoe de ea.8U para
RaJa Gabaglia, fora do perímetro da zona urbana onde seria transfarida a população desalojada daa
de Belo Horizonte. CaveI... :Se realidade, Coi conatruído um único
col\iunto e teve continuidad. o ProeMSO de remoção
o crncimento acelerado da no. mold.. antigoll.
população, a partir doe anca quarente, ,
acompanhado do aumento do número de favelu, que
pusam a ocupar áre.. cada vez maia distantes, 3eom ret.çJD aotIllMJ'rimtlnkM d.e ~ de r..vela, ver Atoruo.
próxima aos municipioa vizinhos, em e.pecia! o de .....0<10(1988)
~=,.....__ I-Ar-.-a-~-"""'---I
ANO REMQÇAO
Seminário Nacional de Habitação e Refonna Urbana
no País, que propõe a definição de uma política
nacional de habitação popular. Em conseqüência,
I Família População
1971 1
pela primeira vez o governo do Estado de Minu 1972 36 691 3 038
chama a ai a responsabilidade de tratar a queatão da 1973 54 1 143 4815
moradia popular e, em especial, a das favelas. Ne.sa 1974 56 645 2 818
perspectiva, foi proposta a construção de uma grande 1975(1) 31 1076 5273
área de conjuntos habitacionais destinada a abrigar a 1976 19 950 4 703
população favelada de Belo Horizonte, na época 1977 21 1093 5 774
calculada em, aproximadamente, 120 mil pellOU, 1978 32 2 270 10 564
morando em 25076 domictlios (PLAMBEL, 1967). 1979 53 445 2 252
1980 46 414 1938
Além da conotrução doe ccnjuntce, 1981 40 127 601
previa-se também a url>anizaçio de quatro CaveI.. 1982 8 435 2 209
localizadu em áreu adjac.nt.. à cidade, o que 1983 4 23 151
constituía inovação na politica e correapondia à TOTAL 421 9313 44136
reivindicação do movimento de Cavelados, a qual P'oc....: CHlSBBl. RaI.IItbrio da. .tI~ di. Coord.lrnaç;to da Hablt.t.ç60 di!
eeneeeve-ee no direito de permanecer no local tnr..tni.. 90cW di! Belo HoriaoGte. BeM Honaon .... 1971. 1913. 1914. 1916,
1911, !917. 1918, 1979, 1910, 1911, lil12. 1983
ocupado. na implantação de inCra-eatrutura urbana (l).D 1m, a1Im . . . . &rui. foruD tuIb6m remo'l'tdu Jn&a W fam1Jw.,.
nas fav.lu. O projoto de construção doe coJ\iuntoe Coi "Ima kltal. 3 i'1'9 PN'OU (1\». MPOClLuMftln~qutMnm ..ir du c.....1aa.
(FIAT) foi invadida. Também surgiram favelas em 1981 chAfanse., eaLU d'''p. aeeoo
loteamentos periféricos não-ocupados e de V1'na. c:a1~manLo. praça. lI\uro
..rnll'lO, 4feNpln
parcelamento muito antigo, cujos proprietários, em B.trT1lpln Santa
geral, residiam no interior do Estado e se
desinteressaram dos terrenos em virtude da pouca
L_
ç.bana Pai TOlDAI 1982
1981 "00
6000
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eaLç._nto.
eanahuç.lo NeM
ae.NO V\áno. muro
.-
posse da terra, todavia, ficou no projeto apenaa e P...............
IA... 1000 , 000 _~. calpD. cana11L
previa, na época, a legalização de 1 200 low na Vila eeeoto. dr-. ar."*
Slnbot _ p..,.
Cernig 8 de 800 no Cafezal. Na realidade, a Vila .000 e&na1.. 'fU8 plunu.. .... . - o
~. muro U'l'tmc, ~
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Cemig, primeira favela de Belo Horizonte cujos
te. Pr!i!.
moradores receberam o título de prcpriedede, .6
,...........
1'OTALDa
realizou seu processo de legalização em 1986. UNlnclADAB
fl::G'M _.a..-__
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deeecívedc por razões políticas devido à mudança de
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governo, não deixando, entretanto, de existir. Cm ~
~.-.....- .--.- .. ~-
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ano antes, em 1983, havia sido criado o Programa
~-
Municipal de Regularização de Favel.. (PRÓ.
FAVELA) qUI teve o mérito de ee conetituir no ................
IU . . ~ _ _O"AID'OCII,
.-.uM. ....
...................
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A11.:ACAo 00 PROÓRA.\IA MtOOCIPAL DR REGtJU.1UZACAO 08 FAVElAS (PRoÓ-FAVBlJU KM BELO HORlZOl'lt"E
,•
1
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1688
s 903
1540
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.....
0)2& 001
'1lO6 '.0
foram tituladas o 5 509 famílias rocoberam títuloo
d. propriadade doo lotas. Também .ão .igniJlcativas
as melhoriaa urbanaa er.tuadu, temendo-se como
1909 41303 10:134 '.0
referinci. a situação ui.tente nce oito aglomeradoa
1964 ss 118 183 '.7 de favelas d. Belo Horisonte, onde vivem
., " 331
30m s» aprozimadamonto, 60% da população favolada total.
....,...
197.
73
1153 921
..6<
1970
600 673
870 716
1226 tUI
"1303
1 te 18:1
1:\.3 921
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18.8
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,-
19!1O I 780 866
I 873 994
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371 "12
12.2
19.8
1.,
'"
'99' 2048861 OH06M8 19.8 1., 1J
F'ontü: Fundaç.to (rablutD 8r... I-uo ~ GeoJUfta. Ea~U,uea (1808), PraCeitura dlI Belo Hori.r.onte.ColDfU\bIa Urbaruaadoa da Be)o Honsonw Cl"RB8Lt
, t l Pop~ eal.lm..da.
Em média. 90% das casas dispõem sul da cidade, e, cada vez mais, identificadas como
de água, 93% têm luz elétrica e 70% esgoto, o que é áreas de criminalidade. Hoje faz parte da história
uma situação bem melhor do que a doa conjuntos das grande. cídedee brasileiras a utilização das
habitacionais da periferia da cidade, que não favelas como redutos do tráfego de drogas e abrigo de
dispõem desses serviçce.Nc entanto. há que se notar quadrilhas, sofrendo seus moradores dupla presaâc .
que, apesar da melhoria do padrão de urbanização a do. marginais que ali vivem e da polícia que realiza
nessu érees e da existência de serviços urbanos, a "batidas no morro" à procura de bendidce.
qualidade de vida da população aotá aquém de um
padrão daoeJável, sela pela qualidade de eonstruçâ« 00 uma perspectiva da politica
das cases, seja pelas condições de saneamento, pública é grando o do.aflo que hojo so coloca pera o
devendo-se rel!lsaltar que e8sa estratégia de moradia governo e a sociedade em geral o aumento crescente
tem-se revelado a única possível para um conjunto da população dessas áreas e a deterioração da
Significativo da população. qualidade de vida de eeue moradorea, sobretudo no
que diz respeite à pobreza o falta de segurança. A
Se houve melhoria nos padrõe. de neceslÔdade de políticas adequadas c"paz.. de
urbanização e atendimento de serviços básico., se o equacionar o problema, nu váriu dimecaões em que
programa de regularização de ue.. e do titulação ele 118 apresenta, ee faz cada vez mais W"J6nte a fim
proaaepe, ainda que lentamente, garantindo a de evitar poeetvel enfrentamento entre Cavelada.,
propriedade, todas eseas açõee, no entanto, não marginaia, policia e a população em goral.
foram capazel de promover a integração du áreas de
favela à malha urbana. Estaa continuam eendo
difereneiadas, especialmente as localizada. na zona
4 REFEUNCIAS
BmLIOGRÁFIcAS
1 AFONSO. MariA -cio, AZEVEDO. Sú1Po do. Podor 7 GUIMARÃES, Berenic:e ~. C.ArIM bamme ft
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SocWntIio). r-ituto UDioo_ do Pooquiaao 110
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Coreia. Rio do J_.
2 CENSO DEMOGRÁFICO: raml1iu O domldlloo • Mm-
1982. <IX R -
8 LE VEN. MlchoI Morio. EItuclo do .la Caftlu o quetn>
Coral elo Bruil· 1980••.1, '.3.... 14). balrroo ~ do Bolo HorizoDto. PRAXIS. lIelo
HorIsoDto, p.llI-38. 1976.
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RIo do JODOlro: IBGE, 1992. 9 MINAS GERALll. Socrataria elo PlaDojaD1Ollto o
CocmIoDoçIo GoraI. PRODECOM' Programa 110
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~ do _ ooc:ial do lIelo _ . lleIo
1981.
Horizol1te, 1972; 1973; 1974; 1976; 1978; 1977; 1978;
1979; 1980; 1981; 1982 O 1983. 10 MINAS GERAIS. Soc:ratoria do P\anojomonto o
Coordol1oçlo GoraI. PRODECOM Programa do
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ooc:ial UIo iA bruilian Caftlu. ln: URBAN CHANGES otmdadoa. BoloHorizooto. 1982.
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b.bit.don.' na Bqjlg Metmpnllt,o. de BeJa
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periI'aria: CODOidanç/lOO IOb... a upori&Dcla do
PRODECOM om Bolo HorizoDto. ln: ENCONTRO 12 TEULIÊRES. Ropr. Favolao om Bolo Horizol1te. Boletim
ANUAL DA ANPOCS. 6. 1982, FriburlIo· Fribw'J''' Mfpeim de r..,.,..n.
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