Harmonia e Improvisação Almir Chediak.
Harmonia e Improvisação Almir Chediak.
Harmonia e Improvisação Almir Chediak.
Tocando a Vida
Viva a música brasileira! Viva o músico brasileiro que mesmo sem
escola ou sem bom instrumento, na base da pura intuição, conseguiu
fazer da nossa música uma das mais interessantes desse planeta!
Para mim que sou autodidata do violão, que toco de ouvido, seus
trabalhos são de um valor inestimável. Assim como eu, muitos
instrumentistas, amadores e profissionais, tenho certeza dirão o
mesmo.
A sua missão é muito importante, pois você como um amigo professor
fica ao nosso lado, cifrando e decifrando a nossa santa ignorância
musical, abrindo novos caminhos e mostrando assim que podemos ir bem
mais longe.
Estudem este livro pra ficar vivo, ativo. É um bom motivo, renovador
do prazer de tocar. Vamos tocando a vida.
Moraes Moreira
Pareceres
Marcos Valle — É muito freqüente para nós compositores e músicos
sermos indagados por pessoas como aprender música popular e saber
qual o melhor e mais rápido caminho a fazê-lo. Confesso que nunca
soube dar a resposta certa. Eu, por exemplo, aprendi música clássica
antes de me dedicar à popular e por isso desconhecia o melhor
método.
Agora tudo ficou fácil, fácil para responder aos indagadores e fácil
para eles aprenderem.
Definitivamente este novo livro de Chediak é a solução. Nào é
necessário você já ter alguma noção teórica de música para aprender
neste livro. Objetivo didático: ele vai desde os elementos básicos
da música até o estudo de harmonia e improvisação.
Nara Leão — Pensei que o Almir tivesse esgotado sua capacidade de
passar para os outros o seu saber, com seu Dicionário de Acordes
Cifrados. E o que mais me impressionou é que este é ainda mais claro
e objetivo, com soluções mais rápidas e precisas.
O capítulo de visualização dos intervalos no braço do violão (ou
guitarra) é da maior importância. Eu mesma, fazendo os exercícios,
pela primeira vez consegui decifrar os mistérios da simbologia dos
acordes e tudo isso aconteceu em somente oito aulas. Para mim, que
tento aprender o nome dos acordes há trinta anos, parece mentira.
Enfim consegui!
Roberto Menescal — Vendo o trabalho novo do Almir, fiquei
impressionado pela profundidade atingida por ele no sentido de
ajudar a todos que queiram entrar no mundo da música ou mesmo os que
já estão lá e que não tiveram a oportunidade do saber e só usaram a
intuição.
A persistência do Chediak é impressionante só mesmo igualada à de
Amyr Klink, que atravessou o Atlântico a remo. Nesse livro Almir
também atravessou o oceano para chegar a esse resultado. Eu mesmo
vou levar esse trabalho nas próximas férias para dar uma remexida
nos meus conhecimentos e também na minha cabeça
Erasmo Carlos — Para quem tem o dom de tocar de “ouvido” a tendência
é aprender alguns acordes com algum amigo (no meu caso, Tim Maia me
ensinou Mi maior. Lá maior e Ré maior), o resto do meu aprendizado
foi completamente desorganizado, pois na época eu não contava com um
professor, ao alcance da minha mão. Hoje isto seria possível através
dos ensinamentos de Almir Chediak, que você conhece, esse artista
mágico da harmonia funcional a serviço da música popular.
Agora, com licença, vou estudar, pois nunca é tarde para aprender.
Obrigado, Almir.
PbbBmio da Viola — Almir Chediak nos traz outra importante
contribui-
ção para o estudo e o conhecimento de dois aspectos da música
(harmo- e improviso) que exigem maior atenção por parte daqueles que
dese- íh aprofundar seus conhecimentos nessa área.
A musica brasileira amadureceu e hoje é grande a expectativa que se
tem em relação a ela em todo o mundo. São também indiscutíveis o
laJesito e alto grau de criatividade e desenvolvimento técnico
alcançado pc' ¿_¿uns de nossos músicos, mas uma coisa é certa:
muitos talentos se peniem ou não se desenvolvem plenamente por falta
de melhor aprimora- mento em bases teóricas.
Por isso este novo trabalho de Almir é da máxima importância.
Acredito q ue ele será saudado entusiasticamente por amadores e
profissionais : o mo um dos mais importantes já feitos no Brasil.
Sergio Ricardo — Acho importante o resultado do esforço empregado
neste livro no sentido de esmiuçar a didática musical, não só para
aquele que se inicia como para os iniciados em composição. Dado ao
fato da arte no Brasil ser tão desprestigiada.
São raros os livros didáticos, principalmente na área popular. Esta
abrangência somada à síntese é a grande qualidade deste trabalho.
Através dele repasso o meu conhecimento musical e não raro esbarro
em alguma coisa da qual já me esquecera e outras que desconhecia.
Várias são as formas do aprendizado musical através do livro, e
esta, sem querer estabelecer comparações, é de tal forma arquitetada
que permite ao interessado um acompanhamento racional e claro, que
me arrisco a dizer que seria dispensável a complementação de algum
mestre.
Que os nossos talentos o descubram e o aproveitem bem.
Louvo o esforço e o fôlego da empreitada empreendida por Almir
Chediak, dando a nossa música uma contribuição tão valiosa.
Vermelho (14 Bis) — Todos nós sabemos que o nosso povo é muito musi-
caL Basta ver nas ruas, no carnaval, nos shows, em todo lugar. Temos
grandes artistas em todas as áreas da música, desde a viola caipira
à música ‘ erudita”, passando pelo rock, bossa-nova, choro, bandas
de música do interior, até os artistas mais de “vanguarda”. Nossa
miscigenação mu- sical é tão forte como a racial.
Infelizmente, no lado do ensino, ficamos muito a dever.
Por isso esse livro do Almir é tão importante, ao aplicar um
conhecimento mais teórico da música a um lado prático mais
específico para o violão — principalmente no que se refere à
improvisação e análise de músicas populares conhecidas.
Gostei muito do seu cuidado em confirmar as harmonias originais com
os proprios autores das músicas, o que valoriza mais ainda esse
excíteme trabalho.
Jaques Morelembaum — Segundo “gol de placa” do Almir, no jogo da
clareza e ocietividade, no campo da didática musical brasileira.
Recomendo Harmonia e Improvisação ao que se inicia na arte-ciência
musics pela simplicidade das definições, e também ao profissional
que quer reorganizar ou pór em dia seus conhecimentos.
Gostaria de salientar e importância para o improvisador do estudo da
relação escala-acorde apresentada por Almir Chediak neste livro.
Parabéns. Almir.
Maurício Einborn —A bossa nova foi ao meu ver o que de mais
importante aconteceu nos últimos trinta anos com a música popular
brasileira.
Harmonia e Improvisação, novo livro de Almir Chediak (que além de
escritor de livros didáticos na área da música é também violonista,
professor, compositor e musicólogo) trata de forma muito feliz
assuntos ligados à música brasileira e de temas tipicamente bossa
nova. Sinto-me confortável para sem sombra de dúvida opinar
favoravelmente para os leitores deste trabalho. Sendo eu um músico
instrumentista de harmônica de boca (gaita), autodidata e de
conhecimentos musicais teóricos apenas preliminares ainda assim acho
que a presente obra é de enorme proveito tanto para o aprendiz de
violão, ou de música em geral quanto o leitor apenas curioso que
quer enriquecer suas fontes de consulta.
Wllma Graça—Embora o livro seja basicamente voltado para o violão,
que é o instrumento do autor, trata-se de um trabalho que nos
oferece o maior apoio para qualquer consulta.
É realmente útil para todo tipo de estudante de música.
Almir, repetindo o que eu já disse antes, continuo aplaudindo
“mesmo" a sua dedicação, a sua competência, decisão fírme em legar
para todos uma obra tão minuciosa e correta!
O sucesso será tão certo quanto o anterior.
Mauro Senise — Depois do seu excelente trabalho Dicionário de
Acordes Cifrados — Harmonia Aplicada à Música Popular; Almir Chediak
nos dá agora mais uma obra pioneira e da maior importância para a
formação dos nossos músicos, carentes desse tipo de informação. Tais
conhecimentos só eram possíveis de se obter através de difíceis
estudos numa infinidade de livros estrangeiros.
Este trabalho dá ao músico condições de caminhar de uma forma
consciente e objetiva sem que se tenha de perder a espontaneidade,
tão comum, por excelência, no músico brasileiro. Ensina, também,
como harmonizar uma música e o emprego das escalas dos acordes no
improviso, que é exatamente o que todo o estudante de música
consciente pretende realizar. Daí ser uma das obras mais importantes
no campo do estudo da música.
Marcelo Kayath — É com grande prazer e satisfação que recebo mais
este grande trabalho de Almir Chediak. Almir, que pela sua seriedade
e competência ocupa uma posição de destaque no nosso meio musical,
vem através deste livro preencher uma grande lacuna que infelizmente
persistia até hoje. Eôte é um daqueles livros que ensinam tudo o que
precisamos saber e que antes tínhamos que aprender por nós mesmos,
visto as limitações dos livros tradicionais de teoria musical. Um
grande livro para suprir uma grande necessidade: a de aprender
música de uma maneira correta, mas ao mesmo tempo direta e objetiva.
Obrigado, Almir!
ÍNDICE
Agradecimento 3 Dedicatoria 4 e 5 Introdução 5 Prefácio 6 a 15
Pareceres 16,17 e 18 Assuntos tratados em Harmonia e Improvisação 19
PARTE 1
Elementos da Música, Convenções Gráficas e Sinais Usados
— Música 41
Melodía
Ritmo
Harmonia
— Formação dos sons 41
— Propriedades físicas dos sons 41
Altura
Intensidade
Timbre 42
- Série harmônica 42
V- Representação gráfica do braço do violão ou guitarra 43
— Representação gráfica do pentagrama ou pauta musical, linhas
suplementares
e clave 43
Pentagrama ou pauta musical
Linhas e espaços suplementares 44
Clave
Clave de Sol
Clave de Fá
Clave de Dó 45
- Notação musical 46
- Cordas soltas do violão ou guitarra anotadas na pauta 47
- Extensão ou tessitura 47
X - Figuras e valores das notas e pausas 48
— Ligadura e ponto de aumento 49
Ligadura
Ponto de aumento
XII — Compasso 50
Xni - Como identificar o compasso de uma música 52
— Compasso simples 53
— Compasso composto 53
— Compasso correspondente 54
XVÜ - Barra de compasso 55
Simples
Dupla
Final
XVni — Sinais de repetição 55
Sinal de repetição “ */• ”
Sinal de repetição “ ” 56
Ritornello II: :||
Sinal de He 2* vez
Da capo
Fine
57
XIX - Intervalo, tom e semitom 57
ai Intervalo b • Semitom
ei Tom
híztmüo àt tosa e amitom mostrados no teclado do piano e no braço do
tom» om fsxim 58
T 5enc-t VJ
cf Smbbéqi e bemtM ao tBdaáo ào ptano e na escala do braço do violão
e Doboio-bcmoi (bb) f) Beoesbc ( 3 )
XXI — ¡Netas do psaoo ca pauta 60
Ne tas naturais b i Notas alteradas 61
XXD - Notas do violão na pauta 62
XXIII - Escala 63
Exemplo de escala maior em Dó (escala modelo), no teclado do piano e
no braço do violão
Formação da escala de Fá maior e Sol maior no piano 64
Formação da escala de Ré maior e Mi maior no violão 65
XXTV — Sustenidos e bemóis encontrados nas tonalidades maiores e
menores pelo ciclo das quintas 65
Sustenidos b) Bemóis 66
- Armadura de clave 66
Armadura de sustenidos b) Armadura de bemóis
- Classificação dos intervalos 67
Escala maior com seus graus e intervalos (maiores e justos) formada
a partir da tônica
Intervalos menores, diminutos e aumentados
Intervalos: ascendente e descendente, melódico e harmônico, simples
e composto, natural e invertido 68
Ascendente 4) Harmônico
Descendentes 5) Simples 69
Melódico 6) Composto
Intervalo natural
Intervalo invertido
Intervalos enarmônicos 70
XXVIIl— Formação da escala menor natural 71
Escala de Lá menor natural com seus graus e intervalos formados a
partir da tônica
Escalas relativas
PARTE 2
Cifragem, Noções de Estrutura, Análise Funcional dos Acordes e
Harmonia Modal
I - Acorde e acorde arpejado 75
Acorde b) Acorde arpejado
II- Cifra
Quadro dos intervalos e símbolos usados na cifragem dos acordes 76
O que a cifra estabelece 77
Tipo dos acordes
Eventuais alterações
A inversão do acorde
O que a cifra não estabelece 78
A posição do acorde
A ordem vertical ou horizontal
Dobramentos e supressões de notas no acorde
— Formação do acorde 79
Tríade
i i Formação da tríade maior 3) Formação da tríade diminuta
Formação da tríade menor 80 4) Formação da tríade aumentada
Tétrade 81
: j Tétrade com nota acrescentada
- Acorde no seu estado fundamental 82
- Acorde invertido 82
a i Acorde maior e menor na primeira inversão (terça no baixo)
Acorde maior e menor na segunda inversão (quinta no baixo)
Acorde com sétima na terceira inversão (sétima no baixo)
- Tonalidade, tom e categoria dos acordes 84
Tonalidade e tom
Tonalidade b) Tom
Categoria dos acordes
Categoria maior
Categoria menor
Categoria de acorde de sétima da dominante
Categoria de acorde de sétima diminuta 85
— Trítono e suas resoluções 87
Trítono
Resolução do trítono na preparação V7 ^ I_ _88
Resolução do trítono na preparação SubV7 1
Resolução do trítono no acorde de sétima diminuta 89
Quadro dos acordes diminutos equivalentes e sua relação com os
acordes de sétima da dominante com a nona menor 90
Notas de tensão (dissonantes) no acorde diminuta 91
* 111 - Função tonal ou harmônica dos acordes 91
ai Função tônica c) Função subdominante
Função dominante
- Qualidade funcional dos acordes 92
- Tr ades e tétrades diatónicas formadas sobre os graus da escala
maior
U Tríades diatónicas
* r»l Ir ¿des diatónicas construídas a partir de cada uma das notas
da escala àe Dó maior : * 7t:ndes diatónicas 93
i • Tétrades diatónicas ou acordes de sétima construídos sobre cada
uma das accji ii escala de Dó maior
sJo diatónicos
V7/bVII I V7/bVII
Bm7 E7(9) || A7M A6 | Am7 D7(9)
HM V/m I7M V7/III
14. a) II: C7M | F=m7 B7 || E7M | Bbm7 Eb7 || etc. 290
I7M V/iii” ~~*I7M V7/m
fc.||:B"M I Fm7 Bb7 II Eb7M Am7 D7 || etc.
I'M V7/III I7M V7/III
: I B7M | Em7 A7 || D7M | G#m7 C#m7 II etc.
17* V7/„I—^ I7M V7ÁÍT7,
i : ATM I D#m7 G#7 || C#7M | Gm7 C7 II etc.
I7M #IVm7(b5) V7/HI
*)||:C7M I F#m7(b5) B7(b9) II etc-
I7M #IVm7(b5) V7/IH
||: B7M | Fm7(b5) Bb7(b9) || etc.
I7M . #IVm7(b5) V7/HI
II: Bb7M I Em7(b5) A7(b9) II etc.
I7M #IVm7(b5) V7/HI
II: A7M | D#m7(b5) G#7(b9) II etc.
I IIIm/sa Vim VIm/7a #IVm7(b5) V7/JII
16 i)l:C Em/B | Am Am/G | F#m7(b5) B7 || etc. 291
I lllm/5a Vim VIm/7? #IVm7(b5) V7/HI
: I: B D#m/A# I G#m G#m/F# | Fm7(b5) Bb7 II etc.
I mm/s® Vim VIm/7a #lVm7(b5) V7/IH
: i I Bb Dm/A | Gm Gm/F | Em7(bS) A7 II etc.
IIIm/sa , Vim VIm/7? _ #IVm7(b5) V7/IH
:t I \ C=m/G# I F#m F#m/E I Ebm7(b5) Ab7 II etc.
’ -- V7/IH Illm IIIm/7a
F~m7 B7 | Em Em/D || etc. 292
SjbV7/\T ^V? SubV7 ¡T : úl Gb" 13) I F7(13) B7(9)
ft*V7Ar ^V7 Subvf/n í n--: F—K13( E7(13) Bb7(9)
V7 SubV7/V V7 SubV7/I
a) ll:C7(13) F*7(9) I F¡(9) B7 || etc.
V7 SubV7/V V7 SubV7/l
II : B7(13) F7(9) I El B7 II etc.
^ ^AEM _
I7M V7/bII bll V7/H
||:C7M Ab7 | Db7M A7
I7M IIm7 V7/33 V7 IIm7 V7/33 V7
a) ||: C7M || Dm Dm/C | G7/B G7 II Cm Cm/Bb | F7/A F7 II etc.
294
I7M Ilm7 IIm7/7a Um7 IIm/7¡»
II: B7M C#m C#m/B F#/A# F#7 II Bm Bm/A || etc.
Músicas a serem analisadas. Observação: respostas a partir da página
321
PAÍS TROPICAL 295 AMAZONAS 296 TESTAMENTO 298 LUA DE SÃO JORGE 299
CHUVA SUOR E CERVEJA 300 FESTA DO INTERIOR 301 GENTE 302
DE REPENTE CALIFÓRNIA 303 CARTA AO TOM 74 304 SÓ EM TEUS BRAÇOS 305
SÓ LOUCO 306 LfGIA 307
PRECISO APRENDER A SER SÓ 308 SAMBA DO AVIÃO 309 PRESSENTIMENTO 311
TRISTE 312 OLÊ, OLÁ 313
PRA MACHUCAR MEU CORAÇÃO 315 MASCARADA 316 AZUL DA COR DO MAR 317
ESCOLA CORAÇÃO 317
Respostas das músicas a serem analisadas no item c
PAÍS TROPICAL - Tom de Sol maior • Dominante primário • Acorde
invertido //J^ 321
traste
II
III
IV
v
VI
VIII
IX
X
XI
XII
etc.
As cordas são contadas da mais aguda para a mais grave.
Representação gráfica do pentagrama ou pauta musical, linhas
sumplementares e clave
Pentagrama ou pauta musical
É o conjunto de cinco linhas horizontais, paralelas, equidistantes,
e os quatro espaços entre elas.
5?
4*
Linhas 3* 2? 1*
1?
H
Espaços
Linhas 3? suplementares
suplementares 3? inferiores
inferiores 4a '
59
5a
Observe-se que a numeração das linhas e espaços suplementares cresce
ao se afastar da pauta.
Gave
Clave é um sinal usado no início da pauta para determinar o nome e a
altura das notas. São três os tipos de clave: Sol, Fá e Dó.
Clave de Sol
Determina o local da nota Sol, anotada na segunda linha.
ê
Clave de Fá
Determina o local da nota Fá, anotada na quarta e terceira linhas.
Clave de Dó
Determina o local da nota Dó, podendo ser usada na primeira,
segunda, terceira e quarta linhas.
- s—&-
I
Por ser o número de notas bem superior ao número de linhas e espaços
da pauta (inclusive suplementares) faz-se necessário o uso das três
claves.
A clave de Sol é usada para os sons agudos (soprano). A clave de Fá
para os sons graves (barítono e baixo) e a de Dó para os médios
(meio soprano, contralto e tenor).
Modernamente a clave de Fá na terceira linha e a clave de Dó na
primeira linha não são usadas.
As claves mais usadas são as de Sol, de Fá na quarta linha e a de Dó
na terceira.
Aguda
etc.-O
Q.& —
D6C«tn.^Ré1lFÍ
1Z.
1
Ré Mi Fa Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Média
Como é visto, a clave é usada não só para dar nome às notas, mas
também para dividir a gama de notas em graves, médias e agudas.
Para se anotar os sons do piano se faz necessário o uso de duas
claves. A clave de Fá para os sons graves (lado esquerdo do
executante) e a de Sol para os agudos (lado direito). As notas do
violão são escritas em uma única clave, a de Sol.
Exemplo de utilização de clave por instrumentos:
.Agudos ( A\ ) violino, flauta, trompete, óboe, gaita, violão,
clarinete, cavaquinho e bandolim.
Notação musical
® re
© LÁ MI
No violão as notas são escritas uma oitava acima do som real. Assim,
a nota escrita
no violão.
Então, sendo o violão um instrumento de transposição, e o piano não,
para que um violonista e um pianista toquem em uníssono* as suas
respectivas partituras seriam assim:
Extensão ou tessitura
É a gama de notas que um instrumento ou voz pode emitir, desde o
mais grave até o mais agudo.
A extensão do violão compreende um pouco mais de trés oitavas e
meia, isto é, vai do Mi bordão (6? corda solta) ao Si da primeira
corda na décima oitava casa, ou mais.
Observe que os sons musicais têm durações diferentes. Essas durações
são os valores representados peias figuras gráficas de notação
musical. Temos ainda, para cada figura de som. uma correspondente,
usada nos momentos de silêncio. São as pausas.
19 29 39 49 FO FR MFO FR 19 29 39 49 FO FR MFO FR 19 29 39 49 FO FR
MFO FR
m
FO = forte FR = fraco MFO = meio-forte
Con» foi visto, no compasso binário o 19 tempo é forte e o 29 é
fraco; no temário o . : é forte e o 29 e 39 são fracos e no
quaternário o 19 é forte, o 29 e 49 são fracos e
o 3° é meio-forte.
O compasso é representado por uma fração, no início da pauta
após a clave, cujo nume- m :: indica o número de tempos (U.T.’s) em
cada compasso, e o denominador é o símbolo :o vúot de cada tempo
(unidade de tempo - U.T.), onde:
—
J
= 1/2
00
ii
ii
%
j=f
Binário
=4=^=
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1. *
U.T.
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# Jfl .71
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19
29
19 29
19 29
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2
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19
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39
1929 39
19 2939
19 29 39
19
3
Tere-
zinha de Je-
sus de uma
queda foi ao
chão
Bdino
i J il!
Temário
IJJJ
1. J J J
SM J>
Quaternário
tcJJJJ
UJJJ
i J1 J* J' J'
Ibeev
¿J. J.
aj.j.
16 Ji Jl
T-snanrir
I J. J. J.
i j. j. j.
16 Jl
í: j. j. J.
?j. J.i j.
\ BJíJíJíJ!
Pulsação básica
U.T. U.T.
^ #
é
#
#
#
é
1J. J. 1
Compassos correspondentes
Cada compasso simples tem o seu composto correspondente com a
diferença de haver uma subdivisão ternária no tempo composto.
Se temos um compasso composto e queremos saber o seu correspondente
divide-se o numerador por trés e o denominador por dois.
Se quisermos o inverso, isto é, a partir de um compasso simples
termos o seu composto, basta multiplicar o numerador por trés e o
denominador por dois.
Dttpia
Sepan* um trecho do outro:
Sinais de repetiçáo
5 Io sinais usados para indicar a repetição de um trecho numa música
de modo a evitar a ;I; gráfica de notas e compassos.
Sir.al de repetição usado quando o mesmo compasso se repete uma ou
mais
Quando se têm três ou mais compassos que se repetem usa-se o sinal
de ritomello.
Ex.
Quando um trecho musical deve ser repetido, mas não teminado da
mesma forma, usa-se a expressão /<? vez (indica que o trecho musical
deve ser repetido até o compasso anterior ao sinal de /Ç vez e
seguir para 2? vez.
Ex.
i
Quando se repete um trecho musical desde o início usa-se, também, a
expressão “Da capo ” (do começo) ou apenas a abreviatura D. C.
Aplica-se geralmente quando o trecho a ser repetido for longo.
Ex.
Da Capo ou D.C.
Quando a repetição não for integral escreve-se no lugar em que ela
termina a expressão Fine .
Ex.
FINE D.C
al Fine
f.
DI C -A7 | D», | C7 : || C7 | F
| D»T j C7 :|
Fadeoot
Intervalo, tom e
Intervalo
É a distância entre dois sons.
Semitom
É o menor intervalo entre dois sons.
Tom
É o intervalo formado por dois semitons.
Intervalo de tom e semitom mostrados no teclado do piano e no braço
do violão ou
guitarra.
AAMAAA/WVW\AM/WWWVW\AAAAA/VVVVV\
ÍITII
DO Rf. MI FÁ SO
INI II
L LA SI DO R
1. 11
Ê MI IÁ SOL
II II
lA SI DO h
11
£ MI FA SO
D 1
L LA SI DO
/ V —V—'V'—~V—’V V'
Notas na 1 ? corda
Enarmonia
k J
) MI ou FÁb (solte )
cnarmônicos
1. FÁ ou MI#
enarmônicos
II
FÁ# ou SOLb
cnarmônicos
III
SOL
IV
SOL# ou LÁb
enarmônicos
LÁ
VI
( LÁt* ou _$l_b
vn
SI ou DÓb
enarmônicos
vm
DÓ ou SI#
enarmônicos
IX
DÓ# ou RÉb
cnarmônicos
&Ê
XI
RÉ <•£ ou Mib
enarmônicos
X2E
MI ou FÁb
enarmônicos
rr
«nr
VLA/
jugSaiffi
u u
gy*
#
I
II
III
IV
V
VI
vn
VIII
IX
X
XI
XII
É uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último
será a repetição do primeiro uma oitava acima ou abaixo. A escala
pode ser maior ou menor.
Exemplo de escala maior em Dó (escala modelo), no teclado do piano e
no braço do violão.
nu
7i
>1<
m (
>3,
i n m iv v vi vii vm
gzfc
V
A escala de Dó é o modelo maior por não conter notas alteradas na
sua formação. Os números romanos sobre cada nota indicam os graus da
escala.
Para construir a escala maior nas demais alturas, basta seguir a
mesma estrutura em relação aos intervalos de um grau para outro,
isto é, intervalo de semitons entre os graus III - IV e VII — VIII,
e de tom entre os demais graus.
Grau é o nome dado a cada nota da escala. É representado por
algarismo romano.
Formação da escala de Fá maior e Sol maior no piano.
FÁ MAIOR
SOL MAIOR
VI VII VIII
b) Armadura de bemóis
Fá maior e Ré menor
Sib maior e Sol menor
z:j -
Mib maior e Dó menor
b13 —
Láb maior e Fá menor
Réb maior e Sib menor
.7 -
Solb maior e Mi b menor
^7-1
Dób maior e Láb menor
An-
IM
- 7
V 1 ?? ?
?*™j
Classificação dos intervalos
CoaojàkH visto. interv alo é a distância (diferença de altura) entre
dois sons. Podem ser rts. raercres. justos, aumentados e diminutos.
zmsnôcaçio dos intervalos é feita entre a tônica (primeira nota, da
escala, ou grau I) e os Amara da escala.
i. Lfic^a maior com seus graus e intervalos (maiores e justos)
formada a partir da tónica.
: Intervalos menores, diminutos e aumentados.
Para se obter os intervalos menores abaixa-se de um semitom os
intervalos maiores. Para os diminutos, abaixa-se um semitom dos
justos ou menores. Elevando-se os justos e os maiores em um semitom,
obtêm-se os intervalos aumentados.
D6-Ré
2M
2? maior
DchRcT>
2m
24 menor
Dó-Ré4
2 aum
24 aumentada
Dó-Sol
5J
5? justa
Dó-Solb
5 dim
54 diminuta
Dó-Sol#
5 aum
5 4 aumentada
Dó-Sib
7m
74 menor
Dó-Síbb
7 dim
74 diminuta
Descendente
Quando o primeiro som é mais agudo que o seguinte.
Ex.
^
& \
(f
n— c
-
c r
1/ c/
^ i
Melódico
Quando os sons são ouvidos consecutivamente.
Ex.
Harmônico
Quando os sons são ouvidos simultaneamente.
Ex.
Simples
É o que não ultrapassa a oitava.
Ex.
Composto
É o que ultrapassa a oitava.
Ex.
Intervalo natural
É o intervalo entre notas que pertencem a tonalidade.
Ex.
“ X q
w
1. 7T>
Z, *
^ a . ..
Intervalo invertido
Na inversão dos intervalos, os maiores se transformam em menores e
vice-versa Os mentados em diminutos e vice-versa e os justos
permanecem justos.
(ft)
i&'iA \k>—1
¡Ü
*
6
wv I 1
u Jl
a ' Ti tf
¿rxr
Prima G O
- 0-
- o-
/- —
ZZ
^^
2M
3m
6m
7m
Escalas relativas.
As escalas maior e menor natural são formadas pelas mesmas notas,
mas com tônicas diferentes, daí serem relativas uma da outra.
Como se vê no exemplo acima, as escalas relativas de Sol maior e Mi
menor têm o mesmo acidente (Fá#). Sendo assim, a armadura de clave
indica sempre a tonalidade maior ou menor relativa e vice-versa. O
contexto harmônico é que vai indicar a tonalidade maior ou menor de
uma música.
PARTE 2
CIFRAGEM, NOÇÕES DE ESTRUTURA, ANÁLISE FUNCIONAL DOS ACORDES E
HARMONIA MODAL
Acorde e acorde arpejado ¿» Acorde
£ o conjunto de três ou mais sons ouvidos simultaneamente.
pp
Xcorde arpejado
É quando as notas de um acorde são tocadas sucessivamente. No violão
usa-se dizer, também, acorde dedilhado.
II Cifra
Cifras são símbolos criados para representar o acorde de uma maneira
prática. A cifra, : .emposta de letras, números e sinais. É o
sistema predominantemente usado em música pev--ai para qualquer
instrumento.
Em cifra os nomes Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e Sol são substituídos
pelas sete primeiras le- tns do alfabeto.
A - LÁ B - SI C - DÓ D - RÉ E - MI F - FÁ G - SOL
>: r. -meros e sinais usados na cifra representam os intervalos da
escala, a partir da nota fasadmenial, em que são formados os
acordes.
Timemos o exemplo do acorde C7(#9).
C ruer dizer Dó. O número 7, o intervalo de sétima menor a partir da
fundamental Dó. i : - ¿o !ado do 9, a nona aumentada.
Quadro dos intervalos e símbolos usados na cifragem dos acordes,
tomando como exemplo a nota fundamental Dó
NOTAS
ENARMONIA
INTERVALOS
SÍMBOLO
NOME
Dó
Fundamental
Réb
2m
b9
Nona menor
Ré
2M
9
Nona (maior)
Ré#
Enarmônicos
2 aum.
#9
Nona aumentada
Mib
3m
m
Terça menor
Mi
3M
Terça maior
Fá
4J
4
Quarta (justa)
11
Décima primeira (justa)
Fá#
Enarmônicos
4 aum.
#11
Décima primeira aumentada
Solb
5 dim.
b5
Quinta diminuta
Sol
5J
Quinta (justa)
Sol#
5 aum.
#5
Quinta aumentada
Láb
Enarmônicos
6m
b6
Sexta menor
b 13
Décima terceira menor
Lá
6M
6
Sexta (maior)
Enarmônicos
13
Décima terceira (maior)
Sibb
7 dim.
o ou dim.
Sétima diminuta
Sib
7m
7
Sétima (menor)
Si
7M
7M
Sétima maior
f r
V
-
y fS \ m
*
[/
7g j,n
u 1
/L
&- 3 M
Cm
C7
Acorde invertido
É quando a terça, a quinta ou a sétima vai para o baixo, isto é,
fica sendo a nota mais grave do acorde. Quando a terça vai para o
baixo, diz-se que o acorde está na primeira inversão; quando é a
quinta que vai para o baixo, tem-se uma segunda inversão; e quando
vai a sétima, uma terceira inversão.
Acorde maior e menor na primeira inversão (terça no baixo)
Ex. 1
No acorde invertido o numerador indica a fundamental e o denominador
a nota do baixo.
b • Acorde maior e menor na segunda inversão (quinta no baixo)
Ex. 1
;) Acorde com sétima na terceira inversão (sétima no baixo)
Ex. 1
Tonalidade, tom e categoria dos acordes
Tonalidade e Tom
Tonalidade
É um sistema de sons baseado nas escalas maior, menor harmônica,
menor melódica e menor natural. Ao ouvir uma escala observe que os
sentidos das notas repousa em certos graus, devido às atrações que
uns exercem sobre os outros. O repouso absoluto é feito no I grau
(função tônica), centro de todos os movimentos.
Tom
É a altura onde se realiza a tonalidade, já que existe uma série de
tons em diferentes alturas. Por exemplo: se a tônica de uma música
for a nota Lá, quer dizer que a tonalidade se realiza no tom de Lá
(maior ou menor).
Como se vé, filosoficamente existe diferença entre tonalidade e tom.
Na prática, porém, eles se confundem, tendo o mesmo significado.
Exemplo: tonalidade de Ré maior ou tom de Ré maior.
Categoria dos Acordes
Categoria maior
Os acordes da categoria maior se caracterizam pela fundamental,
terça maior, quinta justa e nunca possuem a sétima menor.
Categoria menor
Os acordes da categoria menor se caracterizam pela fundamental,terça
menor e a quinta justa.
Categoria de acorde de sétima da dominante
Os acordes de sétima da dominante se caracterizam pelo trítono
formado entre a terça maior e a sétima menor, dando origem ao som
preparatório ou de tensão do acorde de sétima da dominante. O
trítono é o intervalo entre duas notas separadas por três tons (ver
pág. 87 à 90).
4 atm6
ts
zc
/«L L-_
/ A
X \
; o
VJ/ r—Ç 5 dim 1
-
xr j
T7-
3 tons
trítono
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIVALENTES
B°
D°
F°
Ab°
G7(b9)
Bb7(b9)
Db7(b9)
E7(b9)
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIVALENTES
C°
Eb°
Gb°
A°
Ab7(b9)
B7(b9)
D7(b9)
F7(b9)
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIV.
EQUIVALENTES
Db°
E°
G°
Bb°
A7(b9)
C7(b9)
Eb7(b9)
Gb7(b9)
Os acordes de sétima com nona menor são resolvidos por movimento do
baixo quarta justa acima ou quinta justa abaixo.
Ex. 1
VI III
Dominante
V
VII
Subdominante
IV
II
>55l 3m
CJ 1
tr - h
FUNÇÃO HARMÔNICA
toLALAo
Tônica
Subdom.
Tônica
Subdom.
Dom in.
Tônica
Dom in.
<
- 3
Maior
I7M
IIm7
IIIm7
IV7M
V7
VIm7
VIIm7(b5)
o
oo
UJ
Menor harmônica
Im(7M)
IIm7(b5)
bIII7M (#5)
IVm7
V7
bVI7M
VIIo
O
LO
D
Menor natural
Im7
IIm7(b5)
bIII7M
IVm7
* Vm7
bVI7M
bVII7
<
aC
O
Menor melódica
Im(7M)
IIm7
bIII7M(#5)
**IV7
V7
VIm7(b5)
VIIm7(b5)
GRAUS
CIFRA EX. NA TONALIDADE DO
NOTAS DO ACORDE
IVm
Fm
FÁ
LÃ b
DÔ
IVm6
Fm6
FÁ
LÁb
DÔ RÉ
IVm(7M)
Fm(7M)
fA
LÂ b
DÔ RÉ MI
IVm7
Fm7
FÁ
LAb
DÕ MI b
bII7M
Db7M
RÉ b
FA
LAb DÔ
Ilm7(b5)
Dm7(b5)
RÊ
FÂ
LAb DO
bVII7
Bb7
Sib
RÉ
FÂ LÁb
bVI6
Abó
LÁb
DÔ
MI b FA
bVI7M
Ab7M
LÁb
DÕ
MI b SOL
b » Dominante auxiliar
São os dominantes dos acordes de empréstimo modal. Sua resolução se
caracteriza por movimento do baixo quarta justa ascendente ou quinta
justa descendente.
Ex.
17M V7/bIII II C7M I Bb7 I
AEM
4
bVI7M I^m_ Ab7M I DnT
_V7 I7M G7 I C7M
SubV7 secundários
São os SubV7 dos graus diatónicos, sua resolução é caracterizada por
movimento do baixo que desee meio tom para alcançar o acorde
desejado.
SubV7/VI VIm SubV7/II Iím V7 17M
II Bb7 I Am I Eb7 I Dm I G7 I C7M II
A cadência harmônica autênticaj^caracterizada pelas funções
subdominante, dominante
e tônica IV V7~"*I pu Ilm V.7~"*I. Nesta última o Ilm é parte da
cadência, daí o nome
II cadencial. Ilm V7 I é de uso constante em música popular.
Sempre que se tem um acorde menor no tempo forte do compasso e
separado do dominante por intervalo de quarta justa ascendente ou
quinta justa descendente, dizemos que este acorde é um II cadencial.
O II cadencial do I grau (Ilm V7 I) é chamado de primário. O II
cadencial dos demais graus diatónicos, de secundários, e, o dos
acordes de empréstimo modal de auxiliar.
Ex.
Diminuto de passagem
É quando o baixo do acorde diminuto está interligado por intervalo
de semitom com o Daixo do acorde anterior e posterior.
1) Exemplo de diminuto de passagem ascendente
Ex. 1 Ex. 2
I7M
I7M 1V7M «IVo V7
C7M I F7M I F#° I G7 I
II C7M I C#° I Dm7
Ex. 3 — Progressão de acordes contendo diminutos de passagem
ascendente.
17M #1° IIm7 #11° IIIm7 IV #IV° V #V° Vlm7 Vll° C7M C#° I Dm7 I D#°
I Em7 I F I F#° I G I G#° I Am7 B°: l)
Diminuto de passagem descendente
E quando se resolve num acorde cuja fundamental esteja um semitom
abaixo.
Ex. 1
17M/3? bill0 IIm7 II C7M/E I Eb° I Dm 7 I
17M VIm7 bVI0 V C7M I Am7 I Ab° I G I
Resolução passageira
A resolução de um acorde preparatório no decorrer da progressão
harmônica de uma música é chamada de resolução passageira, com
exceção do I grau (resolução final).
Ex. 1
17M Vllm7(b5) V7/VI Vlm713 llm7 V7 I7M
II C7M I Bm7(b9) E7 I Am7 I Dm7 G7 I C7M II
Ex. 2
17M #lVm7(b5) V7/I1I IIIm7* IIm7 V7 I7M
II C7M I F#m7(b5) B7(b9) I Em7 I Dm7 G7 I C7M II
Resolução passageira
Tonalidade secundária ou do momento (passageira)
Na resolução de um acorde diatónico, usa-se a cifra analítica
correspondente a tonalidade principal, e dizemos também que este
acorde diatónico é da tonalidade secundária ou do momento.
I7M V7/IV IV7M*
II C7M I Gm7 C7 I F7M I
\ 1
Ex. 2 17M VIlm7(b5) V7/VI Vim*
II C7M I Bm7(b5) E7 I Am7 I
Ex-3 17M #IV<n7(b5) V7/ííf ^HIm7*
C7M I F#m7(b5) B7 I Em7 I
* Tonalidade secundária ou do momento.
Resolução final
É a resolução no último acorde de uma progressão harmônica e na
maioria das vezes o acorde de resolução final é o I grau da
tonalidade.
Ex.
I7M* C7M II
Cadência imperfeita
É o resultado da combinação “D” e “T” (V I) onde um ou ambos os
acordes estão invertidos ou ainda no caso VII I. Nesses casos a
cadência enfraquece acentuadamente.
Ex. 3 Ex. 4
V/l? inv. I VIIm7(b5) I
| G/B I C I I Bm7(b5) I C I
Cadência plagal
É o resultado da combinação das funções “S” e “T”. Trata-se, também,
de uma cadência conclusiva.
Ex. 1 Ex. 2
IV I Um I
F I C I I Dm I C I
Ex. 3 Ex. 4
IV/1? inv. I IV 1/1» inv.
F/A I C I I F I C/E I
Meia cadência
É quando o descanso é feito no dominante (V grau). Sendo o dominante
precedido por graus de diferentes funções.
Ex. 1 ,Im y Ex'2 Vim V Ex. 3 j y
Dm I G I I Am7 I G I C I G I
Cadência deceptiva ou interrompida
É quando o dominante vem seguido por qualquer grau que nãó seja a
tônica. Esta cadência não é conclusiva podendo ser diatónica ou
modulante.
Diatónica
É quando o dominante (V) vem seguido por qualquer grau diatónico.
Ex. 1
V
IV
Ex . 2
V
Vim
G
1. F |
1. G
I Am
V
Ilm
Ex. 4
V
Illm
G
1. Dm |
1. G
1. Em
Modulante
É quando o dominante (V) vem seguido por acorde que leva a urna nova
tonalidade, passageira ou não.
Ex. 1 - í de uma nova tonalidade.
Ex. 2 - V do V7~'*)I de uma nova tonalidade.
Resolução direta e indireta no acorde de sétima da dominante
O acorde de sétima da dominante resolve num acorde cuja
fundamental está quarta justa ascendente ou quinta justa descendente
(V7 I) e em meio tom abaixo (SubV7 I).
a) Resolução direta
É quando a resolução é feita de forma direta, isto é„V7/I, V7/II,
SubV7/I, SubV7/II
etc.
Ex. 1 Ex. 2
Him7 V7/II IIm7 V7 I7M IIIin7_SubV7/II __SutjV7 I7M
Em7 A7 I Dm7 G7 I I7M I! II Eml Eb7 I Dm7 Db7 I C7M II
Resolução indireta
É quando se tem acorde interpolado antes de resolver.
Ex
I7M V7 SubV7 I7M
II C7M I Ebm7 Ab7 I G7 Db7 I C7M II
\XXI * Acordes de sétima da dominante sem função dominante
t3e-?s em lições anteriores que a função dominante resolve por
movimento do baixo ;utí -ita ascendente ou um semitom abaixo. Neste
capitulo serão mostradas e analisadas n are-K ¿"cações de acordes de
sétima da dominante, mas sem função dominante.
c acorde de sétima da dominante não resolve de modo regular (V7 para
o I ou
- * r moIio contexto harmónico irá definir a sua análise. Por
exemplo, na tonalidade af >. mleo:, se o B7 resolve em C, o B7
será um acorde de sétima da dominante, mas sem dominante.
I> ¿l : -ies sétima da dominante, sem função dominante, são
classificados da seguin- .* njcrf i i::-rdes de função especial não
dominante; acordes de sétima da dominante m Receptivamente e
acordes diatónicos cromaticamente alterados.
Acordes de função especial, nao dominante
O bVin (sétimo grau abaixado com sétima) é um acorde diatónico à
escala menor natural (função de subdominante menor “Sm”)- Na
tonalidade maior, é um acorde de empréstimo modal AEM. Como acorde
de função especial, não dominante, sua resolução é feita por
movimento do baixo um tom acima.
Ex* AEM
I bVII7 I
II C I Bb7 I C I
Algumas vezes o bVII7 substitui o IVm.
O VII7 é de função especial quando resolvido diretamente no I grau,
podendo, também, ser analisado como V7/III (quinto grau sete do
terceiro) resolvido decep- tivamente.
Por exemplo, na tonalidade de Dó o B7 será de função especial (VII7)
quando tiver duração longa e não for precedido pelo II cadencial,
neste caso, o I grau será a resolução esperada.
Ex. 1 i vii7 i Ex. 2 i VII7 I
|| C | 7. I B7 | */. | C I I C | B7 | C I
O B7 será V7/III (quinto grau do terceiro) quando tiver duração
curta ou fizer parte do clichê Ilm V7, neste caso será analisado
como dominante secundário do III i i 9
grau.
I (V7/III) I
II Cl*/. I F#m7 B7 I C
Ex. 2 17M #IVm7(b5) (V7/III) I7M
II C7M I F#m7(b5) B7(b9) | C7M I
O 17 e IV7, são considerados acordes blues diatónicos (função
blues). Sendo que o IV7 em certas situações pode ser um V7 do bVII
ou um SubV7 do Illm. O IV7 é, também, diatónico à tonalidade menor
(melódico). Mas geralmente é ouvido como
graú blues.
Ex. 1 I7 1V7 17
C7 I F7 I C7 I
17 V7 IV7 17 C7 I G7 I F7 I C7 I
Ex. 3
l SubV7/III Illm
C I F#m7 F7 I Em I i 1
j IF e bVI7 se relacionam um com o outro, assim como #IVm7(b5) pelo
mesmo trítono e sua resolução é feita no I grau ou no 1/5? no baixo
(I grau com quinta no raixo). O #JVm7(b5) pode ser percebido como
acorde de passagem entre o IV e o V grau ou IV e 1/5? no baixo. E
também do V para o IV ou do 1/5? no baixo para o IV grau. O
#TVm7(b5) pode funcionar como II cadencial secundário para o Illm.
Quando o #IVm7(b5) não for percebido como II cadencial secundário,
será ouvido como subdominante alterado.
Ex. 1
117 I
I7M
Ex. 2
bVI7
I7M
i D7 1
V.
C7M 1
Ab7
7. 1 C7M
'
Ex. 3
I IV7M
#rVm7(b5)
1. V7 1
Ex. 4
17 M
#IVm7(b5) I
rVm6
1. F7M
F#m7(b5)
1. G7 1
C7M
F#m7(b5) 1
Fm6
Dominantes secundários
Na resolução natural de um acorde de sétima da dominante secundário
espera-se um acorde diatónico, isto é: V7/II, V7/III, V7/IV, etc.
Quanto isto não acontece trata-se de uma resolução deceptiva. Em
análise harmônica a decepção é indicada colocando-se entre
parênteses a análise conforme a expectativa e fora do parênteses o
que realmente acontece.
Exemplo de resoluções naturais do dominante:
Exemplo de resoluções deceptivas de dominantes secundários:
(V7/III) AEM (V7/VI) AEM
' 'A / 14
I7M SubV7/bVII bVII7 SubV7/bIII bIII7M
C7M B7 I Bb7 E7 I Eb7M
A análise entre parênteses indica a escala do acorde, que aumenta a
surpresa da decepção, sendo assim para o B7 será usada a escala
menor harmônica 51 (quinta abaixo) e não lidia b7 (ver na pág. 344).
Vimos, também, que o B7 tem a resolução de SubV7 ao invés de
resolução esperada.
Dominantes substitutos (SubV7)
Na resolução natural de um SubV7 secundário espera-se um acorde
diatónico, isto é: SubV7/II, SubV7/III, SubV7/IV, etc.
0 SubV7 do I, do II, do IV e do V graus são denominados de SubV’s
genuínos. A resolução esperada desses acordes é o grau diatónico um
semitom abaixo. Quando o SubV7 resolve deceptivãmente, a análise
será como no caso do dominante secundário, já estudado. O SubV7 do
III e do VI não são genuínos, pois podem ser ouvidos como IV7
(blues) e VII7 (subdominante menor), respectivamente.
XXXV Modulação
Modulação é a passagem de uma tonalidade para outra na harmonia de
uma música tomando como base o sistema tonal.
A modulação ocorre quando não podemos analisar um ou mais acordes
dentro da tonalidade primitiva. Os acordes não analisáveis podem ser
de empréstimo modal, dominante secundário, auxiliar, estendido,
dominante substituto (SubV7), diminutos em geral ou mesmo um acorde
diatónico.
Dó maior 1 [Si maior 1
I7M V7 *17
C7M I •/. I F#7 I B7M II
O B7M visto no exemplo acima não pode ser analisada na tonalidade
primitiva (Dó
maior).
Outra situação não analisável na tonalidade primitiva é quando
dentro de uma progressão ouvimos uma cadência subdominante de uma
nova tonalidade.
Ex. 2
Dó maior
Vim Hm (V 7) I Vim Ilm V7
C I Am I Dm I G7 I F I Dm I Gm I C7 II
e não IV Ilm
Logo, as resoluções passageiras (acordes diatónicos ou de empréstimo
modal preparados por seus dominantes individuais) não são
considerados modulações. Exemplos:
31 I7M VIIm7(b5) V7 ¿VI ^Im7 IIm7 \H 17M
C7M I Bm7íb5) E7 I Am7 I Dm7 G7 I C7M II
I7M #IVm7(b5) V7/M ^Hm7 IIm7 V7 HM
C7M I F#m7(b5) B7 I Em7 I Dm7 G7 I C7M II
I7M IIm7 V7/ÍV IV7M #IV° Vt” I7M
C7M | Gm7 C7 I F7M I F#° I G7 I C7M II
Modo
Os modos sao caracterizados de acordo com os intervalos de tons e
semitons entre os graus.
Ex. 1 - Modo Iónico (maior)
II III IV V VI VII VIII Dó Ré Mi^Fá^Sol^Lá^Si^^pó
Ex. 2 - Modo Eólio (menor natural)
I II III IV V VI VII VIII
Lá Si^^D6 J<é Mi Fá^_ Jlol^JLá
Naturais
Os modos com nomes gregos (formados pelas sete notas naturais).
Iónico — Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si^Dó
Dórico — Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
Frigio - Mi Fá_Sol_Lá_Si DÓ_Ré_Mi
Lidio - Fá^SolJLáSi Dó^Ré_Mi Fá
Mixolídio — Sol Lá Si Dó Ré Mi^Fá Sol
Eólio - Lá^Si^Dó^Ré^Mi^Fá^Sorj^á
Lócrio — Si^Dó Ré Mi^Fá Sol Lá Si
Os modos iónico, lidio e mixolídio são maiores e o dórico frigio,
eólio e lócrio são menores.
Quando se diz Dó lidio se quer dizer que esta escala, embora
começando com a nota Dó, tem os mesmos intervalos do modo lidio.
b) Os modos pentatónicos (cinco notas naturais)
Dó Ré Mi Sol Lá^Dó
Ré Mi Sol Lá Dó Ré
"—'Vs—" ^ —v—
Mi Sol Lá Dó Ré Mi
V—' — V—' ^ '—
Sol ü Dó Ré Mi Sol
Lá Dó Ré Mi Sol Lá —V ^ — v——
Folclóricos
Credos pelos diversos povos, por exemplo, o modo nordestino:
Dó Ré Mi Fá# Sol Lá Sib Dó
C • Sintéticos
Z>e criação artificial. Por exemplo: mixolídio b9 ou b 13 etc. (ver
pág. 343 e 345).
Não se deve confundir escalas modais com as escalas dos acordes,
onde se usa o nome dos modos apenas para que se possa associar a
gama de notas da escala dos acordes, já que estas coincidem com os
diversos modos. Exemplo: em Dó maior o Dm7 é o Ilm7 (escala de
acordes associada ao modo dórico). No modo dórico o Dm7 teria de ser
um acorde de função tônica o que não acontece com o IIm7.
A característica básica da harmonia modal é a não resolução do
trítono com expectativa.
> Ocorrências no nrodalismo
A harmonia modal pode ter o caráter:
Puro
Formada apenas por acordes diatónicos a um determinado modo.
Misto
Com outros modos (dórico e mixolídio etc.);
Com o tonalismo.
Ê “astante comum vermos músicas de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu
Lobo ou Mil- ? - Nascimento com estas características.
\cordes diatónicos aos modos: iónico, dórico, frigio, lidio,
mixolídio, eólio e lócrio
1. que as harmonias desses modos tenham “o sabor” modal devem-se
levar em conta as seguintes características:
não resolução do trítono com expectativa;
• ¿eordes diatónicos;
> -otas e acordes característicos; d1 acordes evitados.
Tus regras são sugeridas não para evitar sonoridades “estranhas ,
mas apenas para r 16 o som tonal maior e menor e enfatizar o som
modal.
K i Modo Iónico
v tríades e tétrades diatónicas encontradas no modo iónico são as
mesmas do -: : j maior e já estudadas nas págs. 92 e 93.
I -iodo iónico não tem nota característica e para que seja
enfatizado o sabor mo-
orneo é importante observar a não resolução do trítono com
expectativa.
Harmonia e Improvisação • 121
As notas em preto são notas características.
Da mesma maneira que ocorre na tonalidade menor, os graus são
analisados tomando como base a escala do modo iónico maior.
Nota característica: 6
Tríades cadenciáis características: Ilm e IV (evitar VIo).
Acordes (tétrades) cadenciáis características: IIm7, IV7 e bVII7M.
Evitar VIm7(b5).
O IV7 deve ser usado com certo cuidado, pois pode facilmente levar
ao tom básico maior. Por exemplo, se for para o bVII7M. É muito
comum a cadência Im7 IV7 Im7. Neste caso trata-se de uma cadência
com sabor modal dórico.
Nota característica: b2
Tríades cadenciáis características: bll, bVIIm (evitar Vo).
Tétrades cadenciáis características: bII7M, bVIIm7 (evitar Vm7(b5),
bIII7). Obs.: o bIII7, mesmo contendo a nota característica, tende
aimpor a tonalidade básica maior, devendo ser evitado
Modo Lidio
Tríades
I Um Him #IV° V VIm Vllm
F Gm Am B° C Dm Em
- y —
% ó m
f \ <6
x J
- ^
s 'K y v a ? g
tJ ^
Tétrades
I7M 117 IIIm7 #IVm7(b5) V7M VIm? VIIm7
F7M G7 Am7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7
ft i- I X _$=
Sota característica: #4
Tríades cadenciáis características: II e Vllm (evitar #IV0).
Tétrades cadenciáis características: 117, V7M, VIIm7. Evitar
#IVm7(b5).
Harmonia e Improvisação • 123
Im7 Hm7(b5) bIII7M IVm7 Vm^ VI7M bVII7 Am7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7 F7M
G7
Este modo é normalmente identificado como menor natural (ver pág.
94). É usado no tonalismo juntamente com a menor harmónica e
melódica. Entretanto, numa composição que contenha harmonia
exclusivamente do modo eolio, esta terá o sabor modal eólio bem mais
do que urna simples tonalidade menor.
Nota característica: bó
Tríades cadenciáis características: IVm, bVI (evitar IIo).
Tétrades cadenciáis características: IVm7, bVI7m. bVIII7. Evitar
IIm7(b5). Obs.: As cadências no modo eolio, para terem o “sabor”
modal é precisa que sejam usadas em contexto modal diatónico, pois
do contrário, seriam apenas cadências de subdominantes menores
naturais de uso corrente na harmonia tonal.
Tétrades
Im 7(b5) bII7M blllm7 IVm7 bV7M bVI7 Bm7(b5) C7M Dm7 Em7 F7M G7
Notas características: b2 e b6
São pouco comuns músicas no modo lócrio, pois além de conterem duas
notas características, o I grau é uma tríade diminuta ou um acorde
menor com sétima e quinta diminuta.
Exemplos de músicas populares em alguns modos
a) Modo Iónico
Ex.: Primeira parte de Cravo e Canela, de Milton Nascimento e
Ronaldo Bastos (Sol iónico).
bVII IV I bVII IV I
Modo Dórico
t Parte de Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes (Lá dórico)
Modo Mixolídio
Ex.: Primeira parte de Upa Neguinho, de Edu Lobo e G. F. Guamieri
(Ré mixo-
Ex. 2 — Procissão, de Gilberto Gil (Dó mixolídio) I bVII
• Melodia extraída da gravação do Quinteto Violado,
d l Modo Eólio
Ex.: Pra náo dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré (Mi
eólio).
etc.
e i Modo Lidio b7
Ex.: Gravidade, de Caetano Veloso (Dó lidio b7)
XXXVII Exercícios
Escreva nos parenteses as cifras correspondentes aos graus e
tonalidades indicados.
1) IIm7 ou IIm7(b5)
a) Sib maior
Cm7
)
b) Mib maior (
c) Fá# maior (
d) Láb maior
)
e) Dó# menor (
f) Fá# menor (
g) Mib menor
Fm7(b5) )
h) Si menor (
i) Sol#menor(
2) IIIm7 ou b
I7M
a) Mi maior
G#m7
)
b) Mi menor (
c) Sib maior (
d) Dó# menor
E7M
)
e) Si menor (
f) Láb maior (
g) Solb maior
)
h) Fá menor (
i) Fá# menor (
3) IV7M ou IVm7
a) Fá maior
Bb7M
)
b) Sib maior (
c) Ré menor (
d) Dó# menor
F#m7
)
e) Láb maior (
f) Si menor (
g) Mib maior
)
h) Mib menor (
i) Ré maior (
4) V7
a) Réb maior
Ab7
)
b) Mib maior (
c) Dó# menor (
d) Láb maior
)
e) Sol menor ( D7
f) Fá menor (
g) Sib maior
)
h) Fá# maior (
i) Mi maior (
5) V7(13) ou
V7(b9)
a) Lá maior
E7(13)
)
b) Dó# menor (
c) Sib maior (
d) Mi menor
' B7(b9)
)
e) Si maior (
f) Láb maior (
g) Sol#menor
)
h) Fá# menor (
i) Dó menor (
6) VIm7 ou bVI7M
a) Lá maior
F#m7
)
b) Si menor (
c) Ré menor (
d) Dó menor
Ab7M
)
e) Sol menor (
f) Dó menor (
g) Sib maior
)
h) Mib maior (
i) Láb maior (
7) SubV7
a) Lá maior
Bb7
)
b) Fá menor (
c) Ré maior (
d) Sib maior
)
e) Fá maior (
f) Mib maior (
g) Ré menor
Eb7
)
h) Mi maior (
i) Lá menor (
8) V7/H
a) Dó maior
A7
)
b) Láb maior (
c) Sol menor (
d) Fá menor
D7
)
e) Sib maior (
0 Sol#menor(
g) Lá menor
)
h) Fá maior (
i) Ré maior (
9) V7/ni ou
V7/bIII
a) Mi maior
D# 7
)
b) Si menor (
c) Ré menor (
d) Mi menor
D7
)
e) Sib maior (
f) Lá maior (
g) Fá maior
)
h) Lá menor (
i) Fá# menor (
a Dó maior
C7 )
j) Ré menor (
k) Mi maior ( )
d • Láb maior
)
l) Fá #menor (
m) Si menor ( )
g i Sol menor
G7 )
n) Solb maior (
o) Réb maior ( )
11) V7/v
a) Mi maior
F#7 )
b) Réb maior (
c) Mib maior ( )
d) Si menor
C#7 )
e) $ib maior (
f) Mi menor ( )
£) Fá#menor
)
h) Mib menor (
i) Lá maior ( )
12) V7/y] ou
V7/bVI
.) Mi menor
G7 )
g) Ré maior (
h) Sib maior ( )
d i Sib menor
)
i) Lá maior (
j) Si menor ( )
k) Sol maior
B7 )
l) Si maior (
m) Dó maior ( )
13) V7/bH
a) Ré maior
Bb7 )
b) Mib maior (
c) Sib menor ( )
i) Fá menor
Db7 )
e) Sol menor (
f) Dó maior ( )
g i Mi menor
)
h) Láb maior (
i) Lá maior ( )
14) V7/bVII
a) Dó maior
F7 )
b) Réb maior (
c) Mib maior ( )
d) Sib maior
)
e) Ré menor (
0 Si menor ( )
g Fá menor
Bb7 )
h) Sol menor (
i) Láb maior ( )
15) irlVm7(b5
Dó maior
F#m7(b5))
f) Sol maior (
g) Réb maior ( )
d • Si maior
)
h) Sib maior (
0 Lá maior ( )
£ i Ré maior
)
h) Fá maior (
i) Mib maior ( )
161 SubV7/l
¿i Fá maior
Gb7 )
i) Dó maior (
j) Ré maior ( ).
i> Mi menor
F7 )
k) Sol maior (
0 Lá menor ( )
£ l Láb maior
)
h) Fá#menor (
i) Si maior ( )
¿7) SubV7/|i
i ? Dó maior
Eb7 )
l) Ré maior (
m) Sib maior ( )
i» Lab maior
)
n) Sol maior (
0 Mib maior ( )
£. • Reb maior
)
h) Mi menor ( G7
i) Sol#menor( )
1. SubV7/¡v
i St maior
Bb7 )
b) Ré menor ( Ab7
c) Sol menor ( )
i • Sl maior
)
e) Fá maior (
0 Sib maior ( )
i, Dà maior
)
h) Réb maior (
i) Fá# menor ( )
»> SmbV7/y
i La mer.or
F7 )
b) Sol menor (
c) Si maior ( )
i > Láb maior
)
e) Sib maior (
f) Dó# menor ( )
i* Fá menor
Db7 )
h) Ré maior (
i) Dó menor ( )
20) SubV7/m
ou SubV7
II
a) Lá menor
Db7
b) Ré menor
(
d) Láb menor
e) Si maior
(
g) Dó maior
F7
h) Fá menor
(
21) SubV7/yi
SubV7
VI
a) Dó maior
Bb7
b) Ré menor
(
d) Si menor
Ab7
e) Fá maior
(
g) Láb maior
h) Fá# menor (
22) #1°
a) Dó maior
C#°
b) Ré maior
(
d) Lá maior
e) Si maior
(
g) Sol maior
h) Mi maior
(
23) #11°
a) Sib maior
b) Láb maior
(
d) Sol maior
A#o
e) Mi maior
(
g) Dó maior
h) Ré maior
(
24) bIII°
a) Dó maior
Eb°
b) Ré maior
(
d) Láb maior
e) Sib maior
(
g) Mi maior
h) Mib maior
(
25) IVo
a) Dó maior
F°
b) Sib maior
(
d) Ré maior g) Lá maior
e) Mi maior ( h) Réb maior (
Vo
Sib maior
Ré menor
Réb maior ( Ab°
#IV°
Láb maior
Sol maioi
Dó maior ( F#°
#V°
Si maior
d) Ré maior ( A#° g) Fá maior
VIo
Lá menor ( F#°
Mi menor
Sol menor
VIIo
Dó menor (
Si menor (
Lá menor (
VIIm7(b5)
Dó maior (
Lá maior (
Réb maior (
IIIo
Lá menor (
Sol#menor(
Sib menor (
Ré menor ( e) Sol menor (
Fá# menor (
Si maior (
Sib maior (
Mib maior (
Si menor (
Fá# menor (
Sol menor (
Mib menor ( 0 Sib menor (
Mi menor (
Ré maior (
Láb maior (
Réb maior (
Ré menor ( 0 Fá menor (
Sol#menor(
nm7 VJ/bvn
i> Sol menor ( Gm7 Ç7 ) :» \L maior ( )
£ r menor ( )
Si menor ( Bm7 E7 )
Si maior ( )
Lá menor ( )
Lá maior (
Dó maior (
Observações:
No acorde de 7? da dom, usa-se 13 e não 6, já que não se pode ter um
intervalo de 7? e 6? ao mesmo tempo.
No acorde maior ou menor usa-se 6.
No acorde menor usa-se 11 ao invés de 4.
Pode-se ter cifras diferentes para uma mesma posição (acorde), por
exemplo, o G7(b5) e o G7(#l 1), são acordes com notações
alternativas enarmônicas isto é, tem o mesmo som mas pertencem a
diferentes escalas de acordes e dependendo da sua localização no
sistema tonal, leva uma cifra ou outra.
^
SubV7 17M G7(#ll) Gb7M
5) No caso do 7(#5) ou 7(bl3), usa-se o 7(#5) na preparação de um
acorde maior e estará presente na sua escala de acorde as
dissonâncias b5 e 9 e sem a 5? justa. Usa-se 7(b 13) na preparação
de acorde menor, e estando presente na sua escala de acorde as
dissonâncias b9, b 13 e tem a 5? justa.
O intervalo de 7? diminuta será considerado quando na formação do
acorde estiver presente a 3? menor e a 5? diminuta, caso contrário,
será visualizado como 6? maior (ver gráfico 5 e 6).
Maiores esclarecimentos sobre escala dos acordes na parte 5.
— Exercícios para identificar e formar acordes tomando como base os
intervalos visualizados no braço do violão ou guitarra.
Para identificar ou formar acordes deve-se saber inicialmente os
intervalos, seus símbolos em cifras e os nomes. Saber, também o que
vem antes e depois de cada intervalo; por exemplo: antes da quinta
justa encontra-se a quinta diminuta ou quarta aumentada e que antes
da quarta justa encontra-se a terça maior etc. Para saber-se o uso
correto dos símbolos usados em cifra e a formação dos acordes é
fundamental que se estude da pág. 75 à 83.
Acordes no seu estado fundamental com o baixo na sexta, quinta e
quarta corda.
Como base procure decorar visualmente no braço do violão ou guitarra
os intervalos a partir da fundamental na sexta, quinta e quarta
corda, numa mesma casa (os exemplos serão demonstrados sobre a
terceira casa).
Visualização dos intervalos, tomando como base a fundamental na
sexta corda. Observar gráfico a. 1 ou Disco.
fundamental
dobrada
4? justa 7? menor 3* menor 5? justa (2 oitavas)
c
)
(
)
47. 48.
23 24.
30.
(
) c
) o
—
(
)
i
>
(
) o
(
)
(
)
i
>
(
) o
(
) (
)
(
f
Exercícios para identificar as cifras dos acordes invertidos com a
fundamental na quinta corda. Escreva as cifras e os nomes dos
seguintes acordes invertidos.
c
)
O i
>
(
)
(
)
O i
>
(
)
(
)
O i
í
(
)
A. 5. 6.
c
)
Oi
>
(
)
(
)(
)
O i
í
(
)
c
)
O (
>
8.
15.
o
Csl
?e-
?e
irrrdtvrfiitiiiviiitiiiiiiliiitilKU
38.
45.
47.
Exercícios para identificar as cifras dos acordes invertidos com a
fundamental na quarta corda. Escreva as cifras e os nomes dos
seguintes acordes invertidos.
(
>1
> (
)
(
) <
? (
)
o
31 Visualização dos intervalos tomando como base a fundamental na
segunda corda.
4) Exercícios para identificar as cifras dos acordes invertidos com
a fundamental na segur, da corda. Escreva as cifras e os nomes dos
seguintes acordes invertidos.
2. 3.
(
)
(
) (
)
i
>
O o o
Ill — Respostas dos exercícios de como identificar os acordes.
Exercícios para identificar as cifras dos acordes com a fundamental
na sexta corda.
G6 Sol com 6?
G Sol (tríade maior)
Gm Sol menor (tríade menor)
G7 Sol com 7?
G7(b5) ou G7(#ll) Sol com 7? e 5? dim. ou com 7? e 11? aum.
C7(13) Sol com 7?e 13?
G7(bl3) ou G7(#5) Sol com 7? e 13? menor ou com 7? e 5? aum.
A^(9) Lácom 7?, 4?e 9?
A7(9) Lá com 7? e 9?
A^(b9) Lá com 7?, 4? e 9? menor.
A7(b9) Lá com 7? e 9? menor.
A7(j|) Lá com 7?, 9? menor e 13?
G7M(#11) Sol com 7? maior e 11? aum.
Ab7M Láb com 7? maior.
Ab7 Láb com 7?
Abó Láb com 64
G#m(7M) Sol# menor com 7? maior.
Gm7(b5) Sol menor com 7? e 5? dim.
Gm7(ll) Sol menor com 7? e 11?
G7(b9) Sol com 7? e 9? menor
G7(¿|3) ou G7(^). Sol com 7?, 9? menor e 13a menor ou Sol com 7?, 5?
aum e 9? menor.
G7(J’) Sol com 7?, 9? menor e 13?
G7(,93) Sol com 7?,9?e 13?
F7(#9) Fá com 7? e 9? aum.
F7(9) Fá com 7? e 9?
F7M(9) Fá com 7? maior e 9?
Fm7(9) Fá menor com 7? e 9?
Fm(7^*) Fá menor com 7? maior e 9?
F7M Fá com 7? maior
F7 Fá com 7?
F6 Fá com 6?
F7(#9) Fá com 7?, 5? aum. e 9? aum.
F7M(9) Fá com 7? maior e 9?
F7(9) Fá com 7? e 9?
Fm7(9) Fá menor com 7? e 9?
F(add9) Fá com 9? adicionada
G7(9) Sol com 7? e 9?
C6 Dó com 6?
Cm6 Dó menor com 6?
C|(# 11) Dó com 6?, 9? e 11? aum.
Bb(add9) Sib com 9? adicionada
Bbm(add9) Sib menor com 9? adicionada
Cm7(b5) Dó menor com 7a e 5? diminuta 21 Cm7(ll) Dó menor com 7? e
11 ?
C7(b5) ou C7(#ll) Dó com 7? e 5? dim. ou 7? e 11? aum.
Cm7(b5) Dó menor com 7? e 5? dim.
C7(#|1) ou C7( 95) Dó com 7?, 9? e 11? aum ou com 7?, 5? dim e 9?
C7($>, ) ou C7({jç) Dó com 7?, 9? menor e 11 ? aum. ou com 7?, 5?
dim. e 9? menor.
C7(bÍ3) ou C7(b9 ) Dó com 7?, 9? menor e 13? menor ou 7?, 5? aum. e
9? menor.
C7(^|) Dó com 7?, 5? aum e 9? aum.
C7(#9) Dó com 7? e 9? aum.
C7($|) Dó com 7?, 5? dim. e 9? aum.
C7M(9) Dó com 7?.maior e 9?
C7M(#j j) Dó com 7? maior 9?e 11? aum.
C7(193) Dó com 7?, 9? e 13?
C7(J5) Dó com 7?, 5? aum a 9a
Cm(7^) Dó menor com 7? maior e 9?
7M
Cm( ^ ) Dó menor com 7? maior e 9? e 11?
C7(b9) Dó com 7? e 9? menor
C7(£|) ou C7(^9|) Dó com 7?, 5? dim. e 9? menor ou com 7?, 9? menor
e 11? aum.
C7(b9) Dó com 7? e 9? menor
C7(j|) Dó com 7?, 9? menor e 13?
C7(9) Dó com 7? e 9?
C7(13) Dó com 7?e 13?
C7(#5) ou C7(bl3) Dó com 7? e 5? aum. ou 7? e 13? menor
Cm7(19j) Dó menor com 7?. 9? e 11?
Cnig(ll) Dó menor com 6? a 9? e 11 ?
Cm7(ll) Dó menor com 7? e 11?
46 Co Dó diminuto
C(#5) Dó com 5? aum (tríade aumentada)
Si com 7? e 4?
B4 Si com 4?
------------------------------------------------------------
---------------
------------------------------------------------------------