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AVALIAÇÃO DO EFEITO DO 1,3 BIS

(CITRACONIMIDOMETIL)BENZENO EM
COMPOSTOS DE FLUORELASTOMEROS

Marcelo Eduardo da Silva


12o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha
05 – 07 de Maio de 2008

1
Introdução
¾Fluorelastomeros
9Baseados em copolímeros de fluoreto de vinilideno e
hexafluorpropileno e terpolímeros contendo
tetrafluoretileno

9Introduzido no mercado pela DuPont em 1957;

9Elastômeros de alto desempenho desenvolvidos


para atender as necessidades da indústria
aeroespacial - indústrias automotiva e química;
• resistência a altas temperaturas;
• resistência química.
2
Mercado Mundial dos Fluorelastomeros
Vendas por Mercado

¾ Fabricantes: 20%
0DuPont Elastomers
0Solvay Solexis 10%
60%
0Dyneon (3M) 10%
0Daikin
Automobilístico Quimica e Petroquímica
Aeroespacial Outros
¾ Mercado Global (2004) Tipos Manufaturados

020.000** T/ano 15%

40%
15%
¾ Crescimento estimado
05-8% a.a
30%

* Fonte: G. Savito – Solvey Solexis (2005)


O-ring e Guarnições Retentores Tubos e perfis Outros
** Fonte: Du Pont (09/10/2007)
3
Tipo: °C
H 250 FKM
G 225
VMQ
F 200
FVMQ
E 175
Resistência ao Calor

AEM ACM
D 150 HNBR
EPDM
C 125 CO/ECO

B 100 NBR
SBR CR
A 70
NR

Não Res. 140 120 100 80 60 40 30 20 10


A B C D E F G H J K
Classe: % V/C Resistência à Óleos
Óleo IRM 903

ASTM D 2000/SAE J200


4
Introdução

¾Principais classes de fluorelastomeros (FKM):


Tipo 1: Copolímeros de VF2 - (VF2 + HFP)
Tipo 2: Terpolímeros de VF2 - (VF2 + HFP + TFE)

Tipo 3: Terpolímeros de VF2 - (VF2 + HFP + PMVE)


Tipo 4: Elastômeros sem VF2 - (proprileno + TFE + PMVE)
Tipo 5: Elastômeros sem HFP - (proprileno + TFE + VF2)

22

Ref.: ASTM D 1418-05 VF2 = Fluoreto de vinilideno HFP = Hexafluorpropileno


TFE = Tetrafluoretileno PMVE = Polimetilvinileter
5
Modelos de Copolímeros FKM

“Plásticos e Elastômeros de Aplicação em Altas Temperaturas”, Profa. Dra. Madalena Forte, U.F.R.G.S. – Depto de Materiais -
XI Seminário de Atualidades Tecnológicas, Senai – Cetepo – 2006 6
Estrutura Química

O O
H3C CH3

N CH2 CH2 N

O O

1,3-Bis(citraconimidometil)benzeno
BCI-MX
7
Mecanismo: Representação Esquemática

S1 S2 Sx Pk 900

Durante a vulcanização

S-S
S1 S2 Pk 900

Durante a reversão

8
Mecanismo : Reação de Diels Alder
O O
H3C CH3

N CH2 CH2 N

O O

O O

N CH2 CH2 N

O O

9
Objetivos
¾ Buscar melhorias das propriedades dos FKM do tipo 1 sem
modificar a estrutura do polímero base

¾ Obter um maior grau de reticulação em menor espaço de tempo;

¾ Avaliar o efeito do BCI-MX no envelhecimento térmico;

¾ Definir o teor adequado de BCI-MX a ser utilizado no composto;

¾ Comparar a resistência à fluídos de testes.

10
11
Formulações (PHR)

Componentes 01 02 03 04

Tecnoflon® FOR 7352 100 100 100 100

N-990 (Negro de Fumo) 30 30 30 30

Ca(OH)2 6 6 6 6

MgO 3 3 3 3

BCI-MX - 1 2 3

® Marca Registrada da Sovay Solexis


12
Metodologia
¾As misturas, caracterizações e avaliações dos
compostos foram realizadas seguindo os procedimentos
ASTM apropriados.
9Os corpos-de-prova foram moldados em uma prensa hidráulica
com aquecimento elétrico nas temperaturas pertinentes;
9Características de cura foram determinadas usando-se o
reômetro tipo MDR 2000 fabricado pela Monsanto;
9As propriedades de tensão foram medidas no tensômetro
Monsanto (modelo T2000) conforme a ASTM D 412/02;
9As durezas foram medidas usando um durômetro Shore A,
modelo Durotech M 202 – Hampden, conforme ASTM D
2240/02;
9Deformação permanente foi realizada de acordo com a ASTM
D395/03 (método B).
13
Metodologia
¾ Os ensaios de imersão foram realizados no fluído GME L0003,
conforme Norma GME 60253- D1

¾ Análise Termogravimétrica (TGA);

¾ Calorimetria exploratória diferencial (DSC);


¾ Nos experimentos com envelhecimento térmico ao ar os corpos
de prova foram submetidos à diversas temperaturas e tempos em
uma estufa com ar circulante, e mantidos, posteriormente, em
descanso durante 24 horas na temperatura ambiente, antes de
medidas as propriedades de tensão, alongamento e dureza.

14
15
Propriedades Reológicas

35.0

31.5
sem BCI-MX
Tecnofrom FOR 7352 + 1 phr BCI-MX
28.0

24.5
(dNm)

1FOR
Tecnofrom phr7352
BCI-MX
+ 2 phr BCI-MX
)

21.0
S’ (dNm

17.5
S’,

14.0
2FOR
Tecnofrom phr7352
BCI-MX
+ 3 phr BCI-MX
10.5

7.0

3.5 3FOR
Tecnofrom phr7352
BCI-MX
0
0 0.6 1.2 1.8 2.4 3.0 3.6 4.2 4.8 5.4 6.0

Tempo, min.
Tempo (min.)

1 2
16
Propriedades Mecânicas Originais
(cura 4 min. a 170º C)
FORMULAÇÃO

Propriedades 01 02 03 04
(0 phr BCI- (1 phr BCI- (2 phr BCI- (3 phr BCI-
MX) MX) MX) MX)
Resistência à
tração na 9,3 + 0,5 10,3 + 0,3 10,6 + 0,2 11,6 + 0,4
ruptura, MPa
Alongamento na
254 + 8 224 +14 220 + 10 215 + 7
ruptura, %

Módulo de
elasticidade à 4,3 + 0,1 5,2 + 0,3 5,6 + 0,2 6,4 + 0,2
100%, MPa
*média de 5 corpos de prova 17
Propriedades Mecânicas Depois da Pós-cura
24 horas a 200º C
FORMULAÇÃO

Propriedades 01 02 03 04
(1 phr BCI- (1 phr BCI- (2 phr BCI- (3 phr BCI-
MX) MX) MX) MX)
Resistência à
tração na 14,6 + 0,6 13,9 + 0,1 12,6 + 0,5 14,3 + 0,7
ruptura, MPa
Alongamento na
174 + 7 189 + 3 222 + 8 240 + 5
ruptura, %
Módulo de
elasticidade à 5,9 + 0,1 7,3 + 0,1 7,6 + 0,6 6,4 + 0,2
100%, MPa
*média de 5 corpos de prova 18
Envelhecimento Térmico - Resultados de
Tração
Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX
16
Resistência a tração na ruptura, MPa

14
12
10
8
6
4
2
0
Original Pós- 7 dias 14 dias 28 dias 56 dias
curado

Após 28 dias – 1MPa


Após 56 dias – 2MPa
19
Envelhecimento Térmico - Resultados de
Alongamento

Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX


300
% de Alongamento na ruptura

250
200
150
100
50
0
Original Pós- 7 dias 14 dias 28 dias 56 dias
curado

20
Envelhecimento Térmico - Resultados de
Dureza

Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX

82
80
Dureza, Shore A

78
76
74
72
70
68
66
Original Pós-curado 7 dias 14 dias 28 dias 56 dias
21
Efeito da Adição de BCI-MX no Composto de FKM
Sem Pós-cura no Inchamento em Fluido L0003
55

50
Inchamento, % em volume

45

40

35

30
Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX

*Via deslocamento de àgua, ∆ -17,7% 22


Efeito da Adição de BCI-MX no Composto de FKM
Com Pós-cura no Inchamento em Fluido L0003
17,0

16,5
Inchamento, % em Volum

16,0

15,5

15,0

14,5

14,0
Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX

*Via deslocamento de àgua, ∆ -10,7% 23


Deformação Permanente à Compressão
70 horas à 200ºC
Formulação Deformação Permanente*; %
Sem BCI-MX 47,0 ± 0,8

1 phr de BCI-MX 51,0 ± 1,2

2 phr de BCI-MX 52,4 ± 0,3


3 phr de BCI-MX 54,2 ± 1,2
*media de 3 corpos de prova

¾Conforme J. F. Smith e G. T. Perkins este fato pode ser explicado devido à eliminação
de materiais voláteis, uma vez que não foi realizado pós-cura dos corpos de prova e a
temperatura ensaiada, 200ºC, ser muito próxima a temperatura de decomposição do
BCI-MX (210ºC)
9Journal of Applied Polymer Science – Volume 5, Issue 16, Pages 460 – 467 - Published Online: 9 Mar 2003 24
Análise Termogravimétrica
¾ Técnica de análise térmica na
qual a variação da massa da
amostra é determinada em
função da temperatura e/ou
tempo, enquanto a amostra é
submetida a uma programação
controlada de temperatura
Patamar Inicial Patamar final
(massa cte.) (massa cte.)

Dm (mg/min-1)
0
a b d e

dt
massa, %

Ti Tpico Tf
TA Instruments - Modêlo 2050
25
Gráfico de TGA e DTA para o Composto
de FKM sem BCI-MX

26
Gráfico de TGA e DTA para o Composto
de FKM com 2phr de BCI-MX

27
Análise Termogravimétrica
Tabela de Resultados
Sem BCI-MX 1 phr BCI-MX 2 phr BCI-MX 3 phr BCI-MX

Tid 140 140 140 140

% 2,3 2,3 2,3 2,4

Tc 175,8 174,6 173,0 170,3


Tmd 481,6 487,4 488,2 490,7

% 66,5 65,3 64,9 64,0

Tfinal 850 850 850 850

% 24,5 25,5 26,0 26,8

Residuo, % 6,8 6,9 6,7 6,8


28
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)
¾ Nesta técnica, a amostra e a
referência são mantidas a
mesma temperatura por meio de
uma fonte de calor externa, e a
quantidade de calor cedida é
monitorada em função da
temperatura.

∆H

TA Instruments - Modelo 2010


29
Gráfico de DSC para o Composto
de FKM sem BCI-MX

30
Gráfico de DSC para o Composto
de FKM com 2phr de BCI-MX

31
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)
Tabela de Resultados

BCI-MX

0 1 2 3

Tg -18,2 -18,3 -18,7 -18

T inicial 181,5 178,3 172,9 165,2

T pico 189 189,4 186,5 185,5

32
Concluções
¾ O 1,3-Bis(citraconimidometil)benzeno (BCI-MX), quando aplicado em
fluorelastômero do tipo 1 tem os seguintes efeitos:
9 Aumento das propriedades mecânicas antes da pós-cura;
• Entretanto estas se igualam após a pós-cura;
9 Não interfere nas propriedades mecânicas do composto após o envelhecimento
acelerado;
9 Na cura dos compostos de fluorelastômero ocasiona uma redução do tempo de
início de cura;
• o que é um fato positivo, pois em peças fabricadas pelo processo de injeção pode
propiciar a redução no ciclo de injeção, promovendo ganho de produtividade;
• As análises de TGA e DSC confirmam essa hipótese;
9 Reduz significativamente a resistência ao fluido de teste GME L0003;
9 Prejudica a deformação permanente a compressão se os corpos-de-provas não
forem pós-curados
33
Agradecimentos

¾Cibeli Tonin da Solvey Solexis por fornecer o FKM.

¾Elaine Faria, Petrus Filho e equipe da 3M pelos ensaios


de TGA

¾Marcia V. Silva, Vanessa Macedo e Rosemere da


Nitriflex pelos ensaios de DSC e TGA

¾Prof. Dr. Derval Rosa pela orientação no preparo deste


trabalho

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AVALIAÇÃO DO EFEITO DO 1,3 BIS
(CITRACONIMIDOMETIL)BENZENO EM
COMPOSTOS DE FLUORELASTOMEROS

Marcelo Eduardo da Silva


12o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha
05 – 07 de Maio de 2008

Perkalink® 900
35

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