#9 Straight Guys - Apenas Um Pouco Gay - 021121143611
#9 Straight Guys - Apenas Um Pouco Gay - 021121143611
#9 Straight Guys - Apenas Um Pouco Gay - 021121143611
(Straight Guys 9)
Tyler Meyer é totalmente hétero. Mas então a mulher gostosa que ele
está pegando coloca o dedo onde ela não deveria, e de repente ele não tem
tanta certeza... Garotos héteros também gostam desse tipo de coisa, certo?
Exceto que as coisas ficam confusas - e frustrantes - quando os
dedos e os brinquedos não são suficientes.
Então temos Nick Hardaway, o melhor amigo de Tyler. O que é um
pouco de diversão entre amigos, certo?
Capítulo 1
*****
— Fale logo.
— O quê? — Tyler perguntou bebendo sua cerveja.
— Você tem algo em mente. — Nick disse. — Derrame.
Tyler abaixou a cerveja e olhou para o seu melhor amigo do outro
lado da mesa antes de dar uma olhada em torno do pub.
— Eu não sei do que você está falando, cara. — Silêncio.
Suspirando, Tyler voltou seu olhar para Nick, que apenas levantou as
sobrancelhas com expectativa. Às vezes Tyler odiava o quão bem Nick o
conhecia. Tipo, eram melhores amigos e tudo, mas era um saco ser um livro
tão aberto para Nick. Sempre incomodara Tyler quando estavam na escola
secundária juntos; Nick nunca havia comprado sua besteira quando Tyler se
gabava de suas conquistas. Nick sempre tinha apenas o encarado com aquele
olhar irritantemente divertido em seus olhos sempre que Tyler... Exagerava
um pouco as coisas.
Era irritante que ainda não pudesse mentir para Nick, mesmo depois
de todos esses anos. Não era como se vivessem nos bolsos um do outro hoje
em dia. Nem iam mais para a mesma escola: Nick estava na faculdade de
direito, enquanto Tyler não se deu ao trabalho de ir para a UNI após a sexta
série, preferindo trabalhar no pub de sua família. Tinham amigos diferentes
nos dias de hoje, interesses diferentes e tudo mais.
Mas foda-se. Nick Hardaway ainda era seu melhor amigo. Eles foram
irmãos pela vida; Tyler sabia disso. Eles não tinham perdido o contato, mesmo
no ano em que Tyler viveu com seus avós em Los Angeles. Quando retornou a
Londres, a amizade deles era tão sólida quanto antes. Tyler foi a primeira
pessoa para quem Nick tinha se assumido, a pessoa que Nick mais
confiava. Tipo, eles realmente não falam sobre sentimentos, não eram
garotinhas, mas ambos sabiam que tinham um ao outro, não importava o quê.
Foi por isso que Tyler estava considerando compartilhar seu...
Problema com Nick.
Lambendo os lábios, olhou incerto para seu melhor amigo.
Nick olhou de volta, seus olhos cinzentos expectantes.
— Lembra-se da loira que me juntei há alguns dias atrás? — Tyler
disse.
Nick tomou um gole lento de sua cerveja, e havia algo como
curiosidade em seus olhos agora. Nick sabia que Tyler não se preocupava com
suas conexões. Tyler se ligava muito; era fácil, divertido e descomplicado, que
era basicamente o lema da vida dele.
— Aquela que estava tateando seu pau na pista de dança? — Nick
disse.
— Sim. — Tyler disse, recostando-se em seu assento com um sorriso.
Nick bufou.
— Largue esse sorriso estúpido. Você parece um idiota. Um maior do
que você normalmente é.
— As meninas que vão para casa comigo todas as noites claramente
discordam de você, e desculpe, a opinião delas é a que conta.
Nick riu.
— É malditamente adorável que realmente ache que elas fodem com
você por causa do seu sorriso estúpido. Agradeça a seus pais por seus
genes. Essa é a única razão pela qual você transa. Embora, pessoalmente, eu
não veja o apelo.
Tyler revirou os olhos. Em particular, sempre pensou que Nick
exagerava um pouco com tudo... Não achar ele atraente. Era um pouco
insultante, na verdade. Não era uma espécie de idiota homofóbico. Nick
deveria ter sabido melhor agora. E não ia fugir gritando se Nick admitisse que
Tyler fosse quente, objetivamente falando.
Tipo, Tyler estava perfeitamente ciente de que era um pouco vaidoso,
mas era por uma boa razão, ok? Não era culpa dele que as mulheres fossem
tão na dele. Era um cara de boa aparência, objetivamente. Tinha bom cabelo
loiro escuro e olhos azuis. Garotas eram loucas por seus olhos o que, verdade
seja dita, Tyler não entendia, mas o que seja.
— Meus pais não me deram esses bebês. — Tyler disse, acariciando
seu abdômen.
Nick, o idiota, riu.
— Por favor, me diga que você não chama seu abdômen de
bebês. Por favor.
— Oh, foda-se. — Tyler disse, chutando-o debaixo da mesa. — Você
queria que seu corpo fosse tão bom quanto o meu. — Bem, para ser
totalmente sincero, Nick estava tão bem quanto ele. Eram exatamente da
mesma altura, na verdade, e foram construídos de forma semelhante. Nick
poderia ou não ter braços melhores, mas Tyler não ia admitir isso em voz
alta. Nunca.
— Certo. — Nick brincou. — Então, e aquela loira? Você não
conseguiu fazê-la gozar ou algo assim?
— Foda-se. Eu vou fazer você saber que a fiz gritar. — Tyler olhou
para sua cerveja. — Foi só... Ela fez uma coisa... Foi estranho e meio nojento,
mas não consigo parar de pensar nisso agora. — Ele lançou um olhar para Nick
e encontrou-o carrancudo.
— Uma coisa? — Nick disse.
Tyler sentiu seu rosto ficar quente.
— Ela colocou um dedo em mim.
Silêncio.
— Você não gostou?
— Não, sim, eu... — Tyler gemeu, incapaz de encontrar seus olhos. —
Eu gostei, cara. Esse é o problema. Nunca gozei tão duro. Não consigo parar
de pensar nisso agora e está fodendo com a minha cabeça. Eu não sou
gay! Você sabe que não sou!
— Ty...
Tyler se forçou a olhar para o amigo.
Nick tinha uma expressão incrédula no rosto.
— Você percebe que os gays não são as únicas pessoas que podem
gozar com a estimulação anal, certo? Na verdade, alguns gays nem gostam
disso. Um dedo na sua bunda não te faz gay, seu idiota.
Tyler soltou o fôlego. Nick estava certo. Ele saberia melhor. Nick era
realmente gay. Ao contrário de Tyler.
— Mas... — Disse, mordendo o lábio. — O problema é que isso me
estragou; a coisa do dedo. Não posso nem masturbar sem sentir que algo está
faltando. Transei com uma garota muito gostosa ontem e senti; não sei, tão
insatisfatório, cara. Muito menos intenso. — Ele olhou para Nick, implorando.
— Você é gay, você entende, certo?
Nick olhou para ele estranhamente.
— Não realmente, na verdade. Eu não sou... — Ele passou os dedos
pelos cabelos negros com um sorriso irônico. — Não é realmente minha coisa,
Ty.
Tyler piscou.
— Mas você é gay. — Ele se sentiu quase traído. Nick deveria ser a
pessoa que entenderia.
Nick deu-lhe um olhar um pouco abatido.
— Como eu disse, nem todos os gays gostam disso. — Ele deu de
ombros. — Não faz muito pra mim. Não vale a pena o incômodo. Acho que
minha próstata não é tão sensível. Mas parece que a sua é, então
parabéns. Aprecie.
Tyler olhou para ele, incrédulo. Apreciar?
— Você está brincando comigo, cara? Esse é o seu conselho?
Nick riu.
— Que tipo de conselho você quer? Compre um pouco de
lubrificante...
— Mantenha sua voz baixa, droga. — Tyler disse, franzindo a testa
em sua cerveja. Até as orelhas dele estavam quentes. — Sou um cara
hétero. Homens heterossexuais não fazem isso.
Nick exalou em voz alta.
— Deus, você é tão idiota. Por que somos amigos? Eu tenho amigos
muito mais legais.
Tyler bateu o joelho contra o de Nick.
— Não seja desaforado. — Ele disse, sorrindo. — Sou seu melhor
amigo. Todos os seus amigos da escola de direito são chatos e feios. E sou
totalmente o melhor braço direito que um homem gay poderia desejar.
Nick bufou.
— Não me lembro de você ser meu braço direito. Eu não preciso de
um, de qualquer maneira.
— Por que você acha que é atingido quando saímos juntos? Os gays
te veem com um cara gostoso como eu e pensam que você não é o perdedor
que é.
— Sim. — Nick disse secamente. — Deve ser isso.
— Oh, foda-se.
Eles caíram em um silêncio sociável. Tyler olhou para o bar, mas não
parecia que Justin precisava de ajuda. Justin era novo, mas não era hora do
rush. Ele deveria estar bem.
— Estou falando sério, companheiro. — Nick disse, fazendo Tyler
olhá-lo. — Consiga um bom lubrificante e experimente. Se foi tão bom quanto
você disse, deve a si mesmo experimentar. Se foi um golpe de sorte, nenhum
dano feito. Colocar um dedo na sua bunda não vai fazer de você gay.
Nick ergueu as sobrancelhas.
— A menos que você seja inseguro sobre sua heterossexualidade?
Tyler estreitou os olhos.
— Foda-se. Eu não sou inseguro. — Estava cem por cento certo. Nick
sabia disso melhor que ninguém.
Recostando-se em seu assento, Nick olhou para ele por cima do copo
de cerveja.
— Então faça. O que você tem a perder?
Mais tarde naquela noite, Tyler olhou para o teto do seu quarto,
ofegando como se tivesse acabado de correr uma maratona, seu pau gasto,
seus dedos ainda enterrados em seu ânus, seu corpo formigando pelo orgasmo
mais intenso de sua vida.
Ele não podia esperar para fazer isso de novo.
E de novo, e de novo, e de novo.
— Merda. — Ele sussurrou.
Era tudo culpa de Nick.
Capítulo 2
*****
O vibrador era rosa choque e estúpido. Porque é claro que era. Nick
vivia para zombar dele, o idiota.
Tyler fez uma careta para a coisa ridícula, jogou-a em sua mesa de
cabeceira e esqueceu tudo sobre isso. Jogaria fora mais tarde.
Mas, mais tarde naquela noite, enquanto se preparava para sua
punheta noturna, encontrou seu olhar voltando para a coisa.
Mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, resolvido a não fazê-
lo. Dedos era uma coisa. Colocar um objeto em forma de pau na bunda dele
era completamente diferente.
Os dedos são mais do que suficientes. Tyler pensou, circulando seus
dedos lubrificados em torno de sua entrada. Os empurrou contra a borda
sensível, sibilando um pouco. Maldição, por que isso parece tão bom? Já
estava duro como uma rocha, seu pau vazando contra seu estômago enquanto
seu corpo tremia em antecipação. Empurrou dois dedos de uma vez, ofegando
com a sensação deliciosa e natural de plenitude. Neste momento, ele meio que
gostou desse sentimento completo, que o assustou, porque gostar de
estimulação da próstata era uma coisa, mas gostar de ter coisas em sua bunda
era provavelmente um pouco gay. Sem ofensa para caras gays que gostavam
de ter coisas em suas bundas.
Mas porra, isso era tão bom. Tyler estava respirando ofegante
enquanto empurrava seus dedos, gemendo quando seus dedos roçaram sua
próstata. Fodaaaa.
O olhar atordoado de Tyler caiu sobre a mesa de cabeceira
novamente. O dildo era mais espesso e longo que os dedos. Provavelmente
seria mais satisfatório.
Talvez apenas uma vez? Tentar um vibrador uma vez não seria muito
gay. Ninguém precisava saber. Nem mesmo Nick.
Foi assim que Tyler se encontrou gemendo alto enquanto se fodia
com o vibrador rosa brilhante que seu melhor amigo havia
comprado. Merda. Sabia que estava sendo alto, que deveria estar mais quieto;
as paredes não eram muito grossas, mas não podia evitar. Estava tão cheio. O
alongamento era delicioso, e ele não conseguia parar de choramingar toda vez
que o dildo empurrava sua próstata superestimulada. Era quase demais e ele
mal tinha a coordenação para fazer o dildo entrar e sair dele. Tudo o que
queria era se deitar e receber, perder-se nessa sensação de ser fodido. Talvez
devesse investir em um acessório. Talvez devesse encontrar uma namorada
com a mente aberta que não se importaria de fodê-lo em vez de fazê-lo
transar com ela.
Tyler gemeu com o pensamento, imaginando uma loira gostosa com
seios grandes que balançavam quando ela o fodia com seu pênis... O seu
acessório, não seu pênis. Porque Tyler não gostava de pau. Brinquedos sexuais
que pareciam um pênis não eram iguais a um pênis real. A sensação de um
pau real provavelmente era muito diferente do vibrador em sua bunda de
qualquer maneira. Provavelmente nem de longe tão bom. Um pau real não
seria tão duro. Um pênis real não poderia fodê-lo tão forte quanto queria.
Tyler gemeu e gozou, ondas e ondas de prazer rolando sobre ele
enquanto apertava com força o pênis - o dildo - em sua bunda.
Ele se sentou, ainda respirando com dificuldade, e olhou para a porra
em seu estômago. Puta merda. Nunca gozou sem tocar seu pênis. Nem mesmo
quando era adolescente.
Suspirando, se jogou de volta no colchão. E não se incomodou em
puxar o pênis para fora. Sabia que estaria pronto novamente em quinze
minutos, e não se enganou pensando que poderia masturbar sem querer algo
em sua bunda.
Nos dias de hoje, sempre parecia querer algo em sua bunda, o que
era... Um pouco preocupante. Isso estava se transformando em obsessão.
Tyler suspirou novamente, passando a mão no rosto. Talvez
realmente devesse começar a procurar por aquela namorada de mente aberta
que não se importaria de fodê-lo.
Capítulo 3
Capítulo 4
Seu nome era Jessica. Tinha vinte e seis anos, era alta, morena e
deslumbrante, com curvas para morrer e um sorriso incrível.
Tyler a escolheu cuidadosamente das onze mulheres interessadas em
atrelá-lo, e até agora ele não estava se arrependendo de sua escolha. Estava
definitivamente excitado. Ela cheirava bem, sua pele era macia e suave.
Também beijava bem.
Eles saíram por um tempo, e tudo foi perfeitamente bom.
Então chegaram ao evento principal.
As alças da cinta dildo duplo parecia incrível nela: o pau duro parecia
ótimo entre suas coxas macias. Seus seios grandes balançavam
sedutoramente enquanto ela empurrava dentro dele.
Enquanto estava deitado debaixo dela, com as pernas bem abertas,
Tyler se sentiu... Estranho. Estava dividido entre ficar excitado e estar
terrivelmente autoconsciente. Isso está errado. Uma voz no fundo de sua
mente continuava sussurrando. Um homem normal seria aquele empurrando
seu pênis em uma mulher tão quente. Um homem normal não estaria tomando
um pau falso dela. Ela deve estar secretamente zombando dele.
Seu pênis murchou com esse pensamento.
Jessica começou a se mover, o rosto corado e os olhos meio
fechados. Parecia estar se divertindo. Tyler... Não tanto, para ser totalmente
honesto. Embora ter um vibrador no rabo fosse bom como sempre, o ritmo
estava errado, os impulsos não eram poderosos o suficiente, e ela continuava
perdendo completamente sua próstata. Quanto mais tempo passava, mais
frustrado ficava. Sentindo-se à beira da excitação, mas na maioria das vezes
apenas autoconsciente e desajeitado.
Rangendo os dentes, Tyler começou a se masturbar. Seria
amaldiçoado se pedisse para ela encontrar seu ponto g masculino. Isso seria
tão embaraçoso. Mais do que já era.
*****
— Nunca vou fazer isso de novo. — Tyler disse, olhando diretamente
para frente enquanto corria na esteira.
À sua direita, Nick diminuiu a velocidade da esteira e virou a cabeça.
— Não foi bem?
Tyler fez uma careta.
— Ela foi ótima, mas...
— Mas?
— Me senti muito autoconsciente para me divertir. Eu não podia...
Não podia dizer que queria que ela pregasse minha próstata e me fodesse
mais forte. Eu simplesmente não consegui. Foi muito embaraçoso.
Nick suspirou.
— Está tudo na sua cabeça, Ty. Acho que você só precisa realmente
confiar na mulher antes de deixá-la te foder. Arranje uma namorada, não uma
conexão de uma noite só.
— Sim, e se minha namorada não gostar desse tipo de coisa? Não é
exatamente uma pergunta que eu possa fazer em um primeiro encontro. —
Tyler franziu a testa. — Além disso, Jessica não era muito boa em me
foder. Tive que realmente me masturbar para gozar, e não tive que fazer isso
em semanas!
Nick errou um passo na esteira. Amaldiçoando, ele a desligou e se
virou para Tyler com um olhar estranho no rosto.
— Você está dizendo que realmente pode gozar apenas de ser fodido?
Tyler piscou, confuso.
— Sim? Isso é incomum?
Nick soltou uma risada, balançando a cabeça.
— Sim, Ty, é um pouco incomum.
Tyler processou essa informação antes de dar de ombros.
— Acho que sou incrível.
Nick bufou, enxugando o suor da testa com uma toalha.
— Você acha? Eu tenho que ir. Zach e Tristan estão voltando de sua
lua de mel hoje, e há uma coisa de boas-vindas que não posso perder.
Tyler pulou da esteira.
— Eu ainda não consigo acreditar que seu irmão se casou com um
cara. Ele era hétero!
Nick riu.
— Faz anos que se juntaram. Deixe isso ir.
— Você deixou? — Tyler disse, jogando um braço ao redor dos
ombros de Nick. — Eu me lembro de você estar muito apaixonado pelo
namorado do seu irmão.
Nick revirou os olhos.
— Não estava apaixonado. Tristan é ridiculamente quente, e sou um
homem gay com olhos. Isso é tudo.
— Ainda. Deve ter sido estranho para você.
— Foi um pouco estranho no começo. — Nick admitiu com um sorriso
irônico. — Zach ainda fica meio tenso quando olho para Tristan por muito
tempo. Isto é hilário.
Tyler riu, batendo os ombros juntos.
— Você totalmente faz isso de propósito, seu idiota.
Nick encolheu os ombros com um sorriso indolente, seus olhos
cinzentos cheios de diversão.
— Somos irmãos. É tudo muito divertido.
Tyler sorriu, balançando a cabeça. Como filho único, ele às vezes
invejava Nick por sua grande família. Nick tinha quatro irmãos e uma irmã e,
embora tecnicamente todos vivessem separados, eles eram muito próximos e
frequentemente se reuniam na casa do irmão mais velho de Nick, Zach.
— Mas você não está ansiando pelo marido do seu irmão, certo? —
Tyler perguntou, só para ter certeza. Às vezes era difícil ler Nick. Apesar de
toda a sua atitude descontraída, ele era muito discreto quando se tratava de
seus sentimentos e vida pessoal.
Nick riu.
— Eu não estou ansiando. A vida é muito curta para ficar com um
cara. Muitos peixes e tudo mais.
— Sim. — Tyler disse, em total concordância, seguindo Nick para o
chuveiro da academia.
Despindo-se e entrando no chuveiro mais próximo, Nick olhou-o.
— Então, o que vai fazer agora?
Suspirando, Tyler entrou na cabine ao lado de Nick e começou o
banho. Não sabia o que dizer. Sentia que preferia morrer a repetir o fiasco da
noite anterior. Mas o problema era que ele ainda queria ser fodido em vez de
foder.
— Acho que o vibrador vai funcionar. — Disse com mau humor
quando desligou o chuveiro e saiu da cabine. — Tenho certeza que vai ficar
velho em breve, tem que, certo? E então vou voltar para o modo normal.
Nick tirou o jeans e uma camiseta limpa da bolsa.
— Você vai viver. — Disse secamente. — Há muitas pessoas solteiras
que não transam há meses.
— Uh, huh. — Tyler disse distraidamente, olhando para o pênis de
Nick. Era... Era bem grande. Não que não tivesse visto o pênis de Nick antes,
tinha visto muitas vezes, mas agora ele realmente olhou. Deve ter pelo menos
vinte centímetros de comprimento quando estivesse duro, talvez até mais. Era
muito maior que qualquer coisa que Tyler teve dentro dele.
— É meio rude olhar para o pau do seu amigo. Apenas assustador.
Tyler corou e olhou para cima.
Nick tinha um olhar irônico no rosto, as sobrancelhas levantadas
ligeiramente.
Tyler cruzou os braços sobre o peito nu.
— Estava aí. Qualquer um olharia.
— Parece que você gostou de olhar. — Nick disse, muito secamente,
olhando para a virilha de Tyler.
Tyler franziu o cenho. Ele realmente estava meio duro, mas não era
culpa dele! Nos dias de hoje, qualquer coisa em forma de vibrador parecia ligá-
lo, e aparentemente o pênis de Nick não era exceção.
— Desculpe, cara. — Murmurou, extremamente envergonhado, e
começou a se vestir. — Não vai acontecer de novo. Sei que não é legal olhar.
Nick não disse nada, então Tyler assumiu que o incidente já estava
esquecido.
Exceto que não conseguia parar de pensar nisso. Sobre o pau de
Nick.
Tyler estava além de envergonhado agora, estava em pânico. Era
uma coisa gozar ao ter algo em sua bunda, mas era completamente outra
começar a imaginar um pênis real dentro dele. Um pau real não era um
vibrador. Na verdade, era anexado a outro cara. Não deveria estar pensando
sobre isso, imaginando como seria.
Mas simplesmente não conseguia parar de pensar nisso. A textura
seria mais macia, então a penetração inicial provavelmente não seria tão
desconfortável. Não precisaria fazer nada do trabalho duro: não teria que
mover o vibrador e poderia simplesmente ficar lá e aproveitar a sensação de
ser fodido no colchão. Porque isso era o que realmente queria, se Tyler fosse
honesto consigo mesmo: ser atacado. Fodido.
Importava se a coisa em sua bunda estava ligada a outro cara? Claro
que sim. Tyler não era gay. Mas Nick... Com certeza Nick não contava. Nick
não era apenas um cara. Nick era seu melhor amigo. Sabia que tudo que Tyler
queria era ter algo duro batendo nele. Nick sabia que Tyler não era gay. Então,
não seria totalmente gay.
Satisfeito que tudo finalmente fizesse perfeito sentido em sua cabeça,
Tyler pegou o celular e ligou para Nick.
— Eu quero que você me foda. — Disse quando Nick respondeu.
Houve silêncio na linha.
Tyler franziu a testa e olhou para a tela do celular para se certificar
de que a ligação não havia sido desconectada. Não.
Finalmente, Nick pigarreou.
— Você está bêbado?
— Não! — Tyler disse, zombando. — Olha, pensei um pouco...
— Oh, Deus. — Nick murmurou.
— Pare de tirar sarro de mim. Estou falando sério. Faz todo o sentido,
cara. Você é um homem gay. Seu pau. Minha bunda. Você goza, eu gozo, todo
mundo está feliz, nada fica estranho.
Nick soltou uma risada estrangulada.
— Já lhe ocorreu que eu poderia não querer te foder, seu idiota?
Tyler piscou perplexo.
— Por que você não iria querer me foder? Eu sou gato! Você é gay!
Nick bufou.
— Só porque sou gay não significa que quero foder todos os caras
bonitos. Eu te disse: você não é meu tipo.
Tyler franziu o cenho, começando a ficar ofendido. Não que quisesse
que seu melhor amigo secretamente o desejasse, mas era meio ofensivo que
não o fizesse.
— Sou do tipo de todos. Se eu fosse gay, transaria comigo.
Uma risada soou do outro lado da linha.
— Você leva o narcisismo a um nível totalmente novo. — Mas então a
voz de Nick ficou séria. — Não é uma boa ideia, Ty. Confie em mim.
— Por quê? — Tyler quase choramingou. Seu pulso realmente doía de
todo o exercício que estava recebendo ultimamente. Válvula de sucção tinha
visto muita ação também, mas às vezes ele só queria se deitar e se divertir em
vez de trabalhar para o orgasmo. Era uma pessoa preguiçosa; então o
processe.
— Isso tornaria as coisas estranhas.
— Não, não iria. — Tyler disse. — Você vai me dar seu pau para
gozar, você também terá um orgasmo. É uma vitória.
Nick riu.
— Não é realmente excitante saber que você quer usar meu pau
como um vibrador glorificado.
Tyler franziu a testa. Quando Nick colocava dessa maneira, soava um
pouco estranho.
— Tudo bem. — Disse, mal-humorado. — Esqueça. Tchau.
Ele desligou e olhou para o celular. Contou apenas até seis antes dele
tocar.
Tyler sorriu. Nick era tão previsível, na verdade. Por toda a merda
que Nick lhe dava, ele se dobrava como uma espreguiçadeira barata quando
Tyler precisava de sua ajuda.
— Você é tão idiota. — Nick disse com exasperação quando Tyler
respondeu. — Algum dia não vai funcionar.
Tyler sorriu.
— Você me ama.
— Eu não sei porque. — Nick disse com uma risada. — Bem. Vamos
fazer. Mas apenas uma vez. E só se você prometer não ter um surto gay.
— Por que eu teria um surto gay? É você. Não será gay. Você sabe
que não sou gay.
— Sim, Ty, eu sei. — Nick disse, e soou como se estivesse revirando
os olhos.
Tyler fez beicinho. Nick nunca o levava a sério!
— Então, quando você vem?
Houve silêncio por um breve momento.
— Você quer fazer isso agora? — Nick disse finalmente.
— Claro, por que não?
Capítulo 5
Capítulo 6
*****
Tyler tinha genuinamente intenção de apenas provar, saciar a
curiosidade que sentia há séculos. Só queria saber. Queria saber como seria a
grande veia no pênis de Nick contra sua língua; apenas isso. Mas no momento
em que sua língua tocou a pele aveludada da ereção de Nick, ele meio que se
perdeu na textura e no gosto dela. Tinha que lambê-lo novamente. E de novo.
E de novo.
Merda. O gosto era bom. Como um pau poderia ser tão bom?
Tyler lambeu a cabeça vermelha inchada e exalou tremulamente
quando o gosto dela agrediu seus sentidos. Porra. E se... e se ele
simplesmente pegasse a ponta na boca? Apenas a ponta? Não seria muito gay,
certo?
Decidindo que não seria muito gay, Tyler levou a cabeça do pênis em
sua boca e parou. Talvez mais um centímetro? Ou dois?
Tyler percebeu que tinha muito mais do que “apenas a ponta” quando
o pênis de Nick cutucou contra sua garganta. Porra. As coxas de Nick estavam
rígidas com a tensão sob suas mãos, mas Tyler não se importou. Ele só podia
se concentrar no comprimento duro em sua boca, tinha um pênis na boca,
puta merda.
— Dentes. — Nick gritou. — Cubra com seus lábios.
Tyler fez o que ele mandou, mas não conseguiu se concentrar.
Sempre gostou de mulheres que beijavam agressivamente, que sabiam usar
suas línguas. O pênis de Nick estimulou sua boca sensível apenas muito bem,
fazendo sua cabeça girar de prazer. Só queria continuar a sugá-lo, sentir o pau
esfregar contra as paredes da boca. Era tão bom. Mas a posição em que
estava doía seu pescoço, então Tyler rolou do sofá e caiu de joelhos na frente
das coxas abertas de Nick.
Gemeu um pouco quando colocou a boca de volta no pênis dele, seus
olhos se fechando involuntariamente.
— Porra. — Nick gritou, soando sem fôlego. — Você gosta disso?
O embaraço tomou conta dele. Tyler se recusou a responder,
subitamente sentindo-se autoconsciente, mas incapaz de parar de chupar.
— Sim, assim. — Nick murmurou, colocando a mão na cabeça de
Tyler. — Você está indo tão bem.
Tyler se aprumou um pouco, o elogio apagando sua autoconsciência.
Claro que era bom nisso; ele era incrível no sexo. Tyler se sentiu tão satisfeito
que nem sequer fez nenhum barulho quando a mão de Nick começou a guiar
sua cabeça - ou quando os quadris de Nick começaram a empurrar em sua
boca. E para a confusão de Tyler, isso apenas o excitou ainda mais, por algum
motivo.
Por um tempo, houve apenas o som molhado e obsceno do pênis de
Nick se movendo em sua boca.
Mas quando a respiração de Nick se tornou dura e ofegante, Tyler se
afastou e disse:
— Não. Você não vai gozar em outro lugar, apenas na minha bunda.
Nick olhou para ele.
— Então, siga em frente, você é demais.
Sorrindo em triunfo, Tyler retirou um preservativo pré-lubrificado do
bolso e rolou na ereção de Nick. Tirando seu jeans e cueca, montou no colo
dele, praticamente tremendo de impaciência. Não podia acreditar como ficou
excitado por chupar um pau. Era gay? Talvez um pouco, mas era apenas sua
boca que era muito sensível, certo?
— Você fez a preparação? — Nick disse quando seu pênis bateu
contra a entrada de Tyler.
— É claro. — Ele respondeu, tentando alinhar-se. Evidentemente, era
um pouco trabalhoso se preparar e se esticar toda vez que queria ser fodido.
Tyler fez beicinho. As mulheres tinham muito mais facilidade. Pelo menos
ultimamente ele não precisava de muito preparo, acostumado com a
circunferência de Nick e sempre um pouco esticado de sua foda anterior. Nick
geralmente se oferecia para prepará-lo, mas Tyler recusava todas as vezes.
Até mesmo a ideia de Nick colocar os dedos no seu traseiro fazia-o corar
constrangido. O pênis de Nick era uma coisa - sabia que Nick estava se dando
bem também para que ele não se sentisse tão autoconsciente - mas os
dedos... os dedos eram diferentes. Além disso, quanto menos íntimo isso for,
melhor. Não queria estragar sua amizade.
Tyler assobiou quando sentou lentamente no pênis. Nem sempre
gostava muito dessa parte - a estranha sensação inicial de ter algo tão grande
em sua bunda -, mas sabia que ia melhorar.
— Calma. — Nick murmurou, colocando as mãos nos quadris de Tyler
para firmá-lo.
Seus olhos se encontraram e trancaram.
Algo mudou na expressão de Nick.
Tyler sentiu sua pele ficar quente. Por causa da posição, seus rostos
estavam desconfortavelmente próximos e isso parecia... diferente. Mais íntimo,
de alguma forma.
Desconcertado, Tyler fechou os olhos e começou a montar Nick
lentamente, concentrando-se na sensação maravilhosa de um pênis se
movendo dentro de seu canal. Mas ainda não era o suficiente. Poderia se foder
em um vibrador com o mesmo resultado. Ele amava ser fodido. Não era nem
que não quisesse fazer a parte difícil; ele só queria... só queria se deitar e
pegar. Havia algo sobre isso que incrivelmente o excitava. Talvez fosse a parte
tabu: os homens deveriam ser os tomadores, afinal. Talvez tenha sido outra
coisa. De qualquer forma, isso não foi suficiente. Ele queria ser fodido.
— Ugh, preciso de algo diferente. — Falou sem fôlego, abrindo os
olhos e concentrando-os em Nick com alguma dificuldade. — Quero estar
debaixo de você.
Um músculo na bochecha de Nick saltou, seu olhar muito escuro. Ele
nunca olhou para Tyler com esse tipo de intensidade durante o sexo. Sempre
brincavam e riam, a brincadeira evitando que as coisas ficassem estranhas.
Isso definitivamente parecia um pouco estranho.
Mas antes que Tyler pudesse dizer qualquer coisa, Nick derrubou-os.
O que se seguiu foi o mais intenso, a foda mais brutal de sua vida.
Tyler só podia suspirar e encarar o teto com os olhos vidrados enquanto seu
melhor amigo praticamente o dobrava ao meio e o fodia violentamente, cada
impulso tinha o objetivo de acertar sua próstata perfeitamente. Era
aterrorizante. Era perfeito, e tudo de que ele sempre precisou.
— Oh, Deus, ah, ah, sim, sim, sim. — Resmungou Tyler de forma
incoerente. Estava segurando suas próprias pernas para cima e separadas,
mas agora ele levantou e colocou-as sobre os ombros de Nick enquanto seu
amigo o fodia como uma britadeira. Merda, isso era perfeito, o pênis de Nick
era tão perfeito...
— Você é uma vadia. — Nick disse entre suas investidas brutais. —
Quero te encher, te deixar tão cheio com o meu pau que não vai conseguir
andar direto por uma semana, e todo mundo vai saber que é uma vadia por
trás de sua pose de macho...
Tyler gozou de repente, pegando-o de surpresa. Ofegou, tentando se
recuperar da onda de prazer intenso e entender o que acabara de acontecer.
Será que acabou de gozar com um pouco de conversa suja?
Hein.
Por que Nick falou com ele desse jeito? Obviamente, Nick não quis
dizer aquelas palavras, mas como sabia que elas deixariam Tyler mais
excitado?
Quando Tyler conseguiu focar seu olhar, encontrou Nick olhando para
ele com uma expressão muito estranha.
Nick puxou e rolou para fora dele.
— Aonde você está indo? — Tyler disse confuso. O pênis de Nick ainda
parecia duro o suficiente para machucar.
— Tenho que ir. — Disse Nick, fechando seu zíper embora com
alguma dificuldade. Sua voz soou um pouco desligada. Ele não encontraria os
olhos de Tyler.
— É meia-noite. — Tyler falou ficando cada vez mais confuso. — Você
pode passar a noite.
Nick sacudiu a cabeça.
— Eu tenho que ir.
E então ele se foi.
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Seu nome era Greg. Tinha vinte e sete anos e gostava de se exercitar
e foder caras no colchão, pelo menos era o que dissera a Tyler quando
trocaram mensagens de texto.
— Uau, você é quente. — Foi à primeira coisa que Greg disse quando
Tyler abriu a porta do quarto de hotel que alugou.
Tyler se afastou quando o cara tentou beijá-lo.
— Te disse, não beijo. — Se afastou, cruzando os braços sobre o
peito. — Não sou gay. Não me toque.
Greg riu, mostrando os dentes brancos e retos.
— Será difícil se quiser meu pau em você, mas seja o que for. Não é
o primeiro cara “hétero” sedento por pênis que comi.
Tyler olhou para ele, sentindo-se mais desconfortável do que
nunca. Mudou de um pé para o outro, despindo-se lentamente enquanto Greg
se despia rapidamente. Não estava nem um pouco excitado. Não sentiu
absolutamente nada a não ser a crescente vontade de correr. O que estava
fazendo aqui? Não era gay.
Até mesmo o pau duro de Greg não estava excitando. Parecia
estranho. Não era tão reto quanto o de Nick, era curvado para a esquerda. E
embora fosse do mesmo tamanho, não era nem de longe tão bonito e de dar
água na boca. Tyler tentou não insistir no fato de que provavelmente era
motivo de preocupação que pensasse no pênis de seu melhor amigo como ‘de
dar água na boca’.
— Vamos lá. — Disse Greg. Totalmente nu, sentou-se na cama,
acariciando seu pênis grosso preguiçosamente antes de rolar um
preservativo. — Seja um bom garoto hétero e monte meu pau. Você sabe que
quer.
Tyler olhou para o pênis, tentando se convencer de que seria bom
quando realmente entrasse dentro dele. Não era isso que queria? Fazia
semanas desde que foi fodido de verdade. Sentia falta da sensação de um pau
grosso inserido dentro dele, sentia falta de se perder no prazer disso. Os
vibradores não chegaram nem perto da coisa real. De qualquer forma, o pau
de Greg não parecia tão ruim assim. Era agradável, grosso e provavelmente
daria uma boa sensação. Tyler imaginou que estava transando com ele e,
finalmente, sentiu uma onda de excitação.
Mas então cometeu o erro de olhar para o homem nu ao qual o pênis
estava ligado e instantaneamente matou sua excitação. Tipo, não era como se
Tyler tivesse olhado o corpo de Nick durante o sexo ou algo assim, o pênis de
Nick era a única coisa que estava interessado, mas o corpo de Nick era... Muito
bom de olhar, objetivamente. Tipo, Tyler era hétero, não cego. Podia apreciar
os músculos tonificados e o corpo bem cuidado de Nick, mesmo que não o
ativassem exatamente. Nick sempre cheirava bem, sua pele limpa e
macia. Então, sim, Tyler não se importou em olhar para Nick. Em contraste, a
acne no ombro de Greg, peito peludo e barriga de cerveja eram meio
repugnantes.
Tyler franziu a testa, além de frustrado consigo mesmo. Não
entendia. Um bom pau era a única coisa pela qual tinha vindo aqui, certo? O
resto do corpo de Greg não deveria importar, não era gay para estar
interessado nos corpos dos caras, mas por alguma razão, isso importava.
Nunca esteve menos excitado em sua vida.
— Companheiro. Não tenho a noite toda. — Disse Greg, começando a
parecer irritado. — Você é um daqueles homens “hétero” que não conseguem
se decidir? Prometeu uma foda. Venha cá, caramba.
Tyler deu um passo para trás, olhando para o cara
cautelosamente. Só agora notou que havia um empolamento na voz do cara e
seu rosto estava suspeitamente vermelho. Greg não estava sóbrio. Como
diabos não tinha percebido isso?
— Eu... — Disse incerto, dando outro passo para trás. — Olha, cara,
me desculpe, mas não quero fazer isso.
— Você está brincando comigo? — Greg cerrou os punhos. Eram
enormes, observou Tyler com crescente desconforto. Greg olhou com raiva
para ele. — Vim dirigindo do outro lado da cidade para essa merda?
— Olha, não há necessidade de ficar chateado...
— Vou te mostrar chateado, seu pequeno merda! — Greg caminhou
em sua direção, sua expressão francamente ameaçadora.
Foi pura autopreservação, não covardia: Tyler correu para o banheiro
e se trancou. Greg bateu na porta, xingando e gritando com Tyler.
— Fique calmo, porra. — Disse Tyler, tanto para ele quanto para
Greg. Não era um bichano. Podia se defender totalmente contra aquele cara,
não importando o quão enormes esses punhos parecessem. Malhava, pelo
amor de Deus. Estava em ótima forma.
Exceto que ter os músculos não significa muito se não sabe como
usá-los. Nunca esteve em uma luta real. A última vez que esteve em uma
briga estava com quinze anos, e mesmo assim não teve que lutar. Nick fez isso
por ele.
Nick.
Poderia ligar para o Nick. Ele saberia o que fazer.
Incrivelmente feliz por ainda estar com o jeans e o celular no bolso,
Tyler puxou o aparelho e discou o número familiar.
— Você está brincando? — Nick disse quando Tyler explicou a
situação. — Diga-me que você está brincando.
— Há um bêbado irritado e com tesão fora do banheiro. — Tyler
assobiou, estremecendo quando Greg empurrou com força contra a porta. —
Venha cá e afaste-o. Pode tirar sarro de mim depois.
Nick desligou.
Tyler só podia esperar que isso significasse que Nick estava com
pressa para chegar até ali em vez de voltar a dormir. Tinha escrito o endereço
que Tyler lhe deu?
— Olha, não há necessidade de ficar chateado. — Tentou novamente,
levantando a voz.
— Saia, seu idiota! — A porta sacudiu novamente.
Tyler suspirou e deslizou para o chão, imaginando que poderia ficar
confortável até que Nick chegasse. Meio que esperava que Greg se entediasse
e fosse embora, mas como as pessoas bêbadas costumavam ser, o cara
parecia estupidamente teimoso e determinado a “ensinar-lhe uma lição”. Ele
nem parecia ter se vestido. Porra, Nick nunca iria deixá-lo viver, se Nick
viesse.
Tyler franziu a testa. Chamar Nick, esperando que lidasse com sua
bagunça, foi uma reação instintiva, um hábito profundamente enraizado depois
de anos de amizade, mas talvez não devesse ter feito isso. Ainda não tinham
se encontrado depois daquele telefonema estranho no outro dia, e as poucas
mensagens que trocaram eram estranhamente tensas e desajeitadas. Tyler
não tinha ideia de onde estavam um com o outro. Parte dele ainda estava
chateado com Nick por seu ato de desaparecimento, e irritado por escolher sair
com Brad, o Idiota, em vez dele.
Mas também sentia falta de seu melhor amigo.
E se Nick não vier?
Tyler tentou afastar o pensamento, mas se recusou a continuar a
pensar nisso. Após as últimas semanas, não se sentiu exatamente seguro em
relação à amizade de Nick. Se ele não vier...
Bem, isso responderia de uma vez por todas a questão de saber se
Nick estava cansado dele ou não, não é?
Capítulo 11
Tyler não sabia quanto tempo esperou. Ele tentou não olhar para o
telefone - não queria continuar checando como uma pessoa obcecada.
Finalmente, ouviu alguns ruídos que não eram insultos de Greg.
— Vista-se e saia. — Disse a voz de Nick.
Os ombros de Tyler cederam em alivio.
Ele veio.
— Quem você pensa que é? — Greg grunhiu, ainda parecendo
chateado.
Tyler sentiu uma pontada de preocupação. Devido a ter tantos
irmãos, Nick era muito melhor em lutar do que ele, mas os punhos de Greg
ainda poderiam causar algum dano substancial. Tyler pensou em sair do
banheiro e ajudar Nick, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Nick
grunhiu:
— Saia.
Deve ter havido algo convincente em seu rosto, porque Greg na
verdade pareceu desistir, resmungando algo em voz baixa. Em pouco tempo,
Tyler ouviu a porta se fechar.
— Tyler?
Tyler se levantou, abriu a porta e deu a Nick seu melhor olhar
envergonhado.
— Obrigado, cara. Você é um salva-vidas!
Um músculo se contraiu no maxilar de Nick, seus olhos cinzentos
tempestuosos quando ele prendeu Tyler com um olhar fulminante. Isso meio
que deixou Tyler nervoso. Era muito, muito difícil realmente irritar Nick, mas
não era bonito quando acontecia.
— O que você achou que estava fazendo? — Nick gritou, agarrando
os ombros de Tyler e sacudindo-o. — Encontrar um estranho total, um
estranho bêbado, em algum lugar sombrio, onde ninguém daria a mínima se
ele te estuprasse ou assassinasse?
— Como eu deveria saber que ele iria aparecer bêbado? — Tyler
disse, não apreciando o tom de Nick.
Nick franziu o cenho.
— Você poderia ter dito a ele para sair quando viu que não estava
sóbrio, sabe, antes dele ficar nu e com tesão. Você está tão desesperado por
pau?
Tyler sentiu suas orelhas queimarem.
— Você está começando a me irritar, cara.
— Eu? — Nick disse, os dedos cavando em seus ombros, com
força. — É foda duas da manhã, tenho aula em poucas horas, mas tenho que
resgatar sua bunda de algum bêbado porque você está com sede de pau, mas
é muito covarde para agir como um adulto sobre isso.
— Foda-se. — Tyler falou, tentando libertar-se do aperto de Nick. —
Você não deveria ter vindo se era um incômodo. — Odiando o quão grossa sua
voz ficou e na esperança de distrair Nick, Tyler partiu para a ofensiva. — Por
que você está tão bravo? Você me salvou de situações muito mais
ridículas. Pensei que você iria zombar de mim, não me mastigar. Que
diabos? Por que está tão chateado?
A mandíbula de Nick se apertou.
— Estou chateado. — Disse ele, muito uniformemente. — Porque
você é muito malditamente descuidado. Você poderia ter se machucado,
Tyler. Mesmo que aquele cara não estivesse bêbado, você poderia ter se
machucado. Você parece muito ofensivo quando começa a jorrar merda sobre
não ser gay, como se ser gay fosse algo terrível. Não me ofendo porque sei
que não quer dizer isso, mas estranhos aleatórios não sabem disso. Estou
zangado porque estava preocupado, seu babaca.
Tyler franziu a testa, sua raiva saindo dele.
— Sinto muito. — Murmurou, baixando o olhar. Ele não tinha
percebido que o que dizia soava ofensivo. Estava acostumado a poder dizer
qualquer coisa a Nick sem ofendê-lo; não tinha percebido que outras pessoas
poderiam tomar suas palavras da maneira errada.
Nick suspirou, puxando-o em um abraço solto.
— Só não faça isso de novo. — Disse ele.
Tyler colocou os braços em volta da cintura de Nick, abraçando-o de
volta. O abraço parecia um pouco estranho, mas tão
malditamente bom, exatamente o que ele precisava depois das semanas de
incerteza e insegurança. O cheiro familiar de Nick era estranhamente
calmante, e Tyler se viu apertando os braços ao redor dele, fechando os olhos
e relaxando. Parecia que estava respirando livremente pela primeira vez em
semanas. Nick ainda era seu melhor amigo. Tudo estava certo com o mundo.
— Teria me acovardado mesmo que ele não estivesse bêbado. —
Disse baixinho, pressionando o nariz na junção entre o pescoço e o ombro de
Nick.
Nick bufou.
— Muito gay?
— Meio quê. — Tyler admitiu, e ficou tenso quando as mãos de Nick
deslizaram para cima e para baixo em suas costas nuas. Provavelmente, o
gesto deveria ser reconfortante, mas seu corpo faminto ainda parecia associar
Nick a orgasmos alucinantes, então o toque o estava excitando. Um pouco
envergonhado por sua excitação totalmente inadequada, Tyler tentou manter
seus quadris separados para que Nick não notasse seu pênis endurecido. —
Tipo, agora tenho certeza que definitivamente não sou gay. Eu não poderia
imaginar deixar aquele cara me foder. Nem sequer queria o pênis dele, na
verdade.
Por um longo momento, Nick não disse nada, suas mãos nas costas
de Tyler.
— Você quer o meu. — Foi uma declaração, proferida em um tom
estranho.
— Não, quero dizer... — Tyler lambeu os lábios. Foi há semanas. —
Sinto falta. — Murmurou, feliz que Nick não podia ver seu rosto corado.
— Do meu pau. — Declarou Nick, no mesmo tom estranho, cortado.
Tyler assentiu.
— Eu sei: você está namorando alguém. — Ele disse, mal-
humorado. Isso fez dele uma pessoa ruim que não deu a mínima para essa
pessoa, Brad? Ele era apenas um nome. Era tão injusto. Brad conhecia Nick há
algumas semanas. Tyler era seu melhor amigo desde que eram
crianças. Certamente isso dava a ele mais direito ao pau de Nick?
Tyler mordeu o lábio para se impedir de dizer, porque percebeu o
quanto isso soava ridículo.
— Você já fodeu com ele?
Com suas mãos segurando os ombros de Tyler, Nick empurrou-o para
estudar seu rosto.
— O que isso importa para você? — Ele disse, seu rosto inescrutável,
seus olhos brilhando com alguma emoção que Tyler não podia ler.
Tyler encolheu os ombros, evitando o olhar dele. Seus pensamentos
soavam idiotas, mesmo em sua própria cabeça. Ele só... não gostava de
pensar no pênis de Nick em algum cara gay bonito e de cabelos
escuros. Mesmo imaginando isso, seus punhos cerraram e seus dentes doeram
com o quão duro os estava rangendo.
Nick riu. Havia algo estranho naquela risada, alguma ponta afiada
que Tyler não gostou.
— Você é inacreditável. — Nick disse. — Você é muito hétero, não
está interessado em mim, mas acha que meu pau é sua propriedade. Isso está
certo?
Tyler olhou para baixo, com o rosto quente.
— Responda-me. — Disse Nick, agarrando seu queixo e forçando-o a
olhá-lo nos olhos. — É isso mesmo, Tyler?
Tyler olhou para ele com cautela, seu estômago vibrando de
nervoso. Era estranho, mas o homem falando com ele não parecia nada com
seu melhor amigo. Era como olhar para uma pessoa diferente, um estranho
total. Não havia nada do carinho exasperado e sofrido com que Nick
costumava olhá-lo. Em vez disso, havia algo mal e duro nos olhos dele.
— Eu fiz uma pergunta. — Nick disse categoricamente.
— Eu não gosto do seu tom. — Disse Tyler, tentando esconder seu
desconforto. — Sou seu melhor amigo, lembra?
Um sorriso torto e amargo apareceu nos lábios de Nick.
— Mas você não quer o seu melhor amigo. — Sua mão escorregou
para o traseiro de Tyler e apertou, fazendo Tyler olhar para ele em
choque. Nick observou-o com olhos escuros e inescrutáveis. — Tudo que você
quer é meu pau. Você é nada além de uma puta de pau.
— Você vai ser socado se não parar. — Disse Tyler, encarando-o. Por
algum motivo misterioso, ele tinha um tesão, mas isso era totalmente
irrelevante.
Nick sorriu. Não foi um sorriso agradável.
— Lembra daquele pornô que uma vez roubamos da sua prima
quando tínhamos treze anos? Sobre uma garota loira e bonita que passava
todo o tempo nas costas. Ela estava sempre desesperada por isso, sua vagina
molhada e inchada toda a maldita vez. Ela deixava qualquer um com um pau
fodê-la. Ela não se importava se era o garoto do correio, o cara da pizza, ou
seu professor - não importava, contanto que ela tivesse um pênis longo e
grosso nela.
Tyler lambeu os lábios secos, seu coração batendo forte.
— O que isso tem a ver com alguma coisa?
Nick olhou-o nos olhos e apertou os dedos contra a rachadura de
Tyler, a pressão enlouquecedora até mesmo através do jeans.
— Você é igual a ela. Uma puta de pau. Tudo que você quer é
pau. Aposto que se tivesse uma vagina, estaria gotejando o tempo todo.
Um pequeno gemido deixou os lábios de Tyler. Ele olhou para Nick,
de olhos arregalados.
Nick o estudou por um momento, seu olhar sombrio e
avaliador. Então colocou o dedo sob o jeans de Tyler e acariciou levemente o
seu ânus sensível. As narinas de Nick se alargaram.
— Viu? Você está tão molhado.
Engasgando, Tyler olhou para ele. Se preparou enquanto esperava
por Greg, mas isso não o fez molhado. O que Nick estava jogando?
— Olhe para você. — Disse Nick, esfregando o dedo sobre seu
ânus. — Você já está todo molhado e ansioso e mal te toquei. — Nick
empurrou um dedo e Tyler estremeceu, seu ânus apertando em torno dele.
— Você quer meu pau na sua vagina?
— Cale a boca, cale a boca, cale a boca. — Disse Tyler fracamente,
mesmo que seu corpo estivesse empurrando de volta no dedo de Nick. Porra,
ele nunca se sentiu tão desesperado por nada em sua vida e tão assustado ao
mesmo tempo. Este era o dedo de Nick em seu ânus. Por alguma razão,
parecia mais tabu do que ter o pênis de Nick nele. Isso era sujo, errado e gay.
Nick se inclinou e murmurou em seu ouvido:
— Você quer meu pau em sua vagina, Ty?
— Foda-se. — Disse Tyler, mas saiu como um gemido. Ele não
entendia por que Nick estava fazendo isso, por que estava sendo tão mau com
ele, por que estava dizendo essas coisas - coisas que iam direto para seu
pênis, por alguma razão estúpida.
— Olha como você está molhado para mim. — Nick disse, deslizando
a outra mão entre eles e tocando o ponto úmido no jeans de Tyler, onde ele
estava vazando antes, e começou a acariciar seu pênis estranhamente, como
se fosse... como se fosse um clitóris.
Tyler pressionou a testa contra o ombro de Nick, sua respiração dura
e seu coração batendo forte. Não sabia por que isso o estava excitando. Ele
não era mulher. Não tinha uma maldita vagina. Ele era um cara. Um cara
hétero. Isso não deveria ser tão excitante.
Nick puxou o dedo para fora.
Tyler choramingou.
— Nick?
— Quer meu pau?
— Por favor.
Os dentes de Nick roçaram contra sua orelha.
— Você quer isso em sua vagina?
Tyler mordeu o lábio com força. Ele se recusava a dizer isso.
— Por que você está sendo tão idiota?
— Você quer meu pau em sua vagina? — Nick disse novamente, mais
forte, empurrando o dedo contra o períneo de Tyler.
— Sim! — Tyler retrucou. Estava totalmente indo socar Nick por isso -
depois que Nick finalmente desse o que ele queria.
— Então seja uma boa garota: tire suas roupas, suba nessa cama e
abra as pernas para mim.
Corado de humilhação e raiva - e uma excitação ridícula - Tyler fez o
que lhe foi dito.
Esticado na cama, observou Nick se despir sem pressa, seus olhos
semicerrados no corpo nu de Tyler. Ainda havia algo escuro e desconhecido em
seu olhar, àquela borda que deixava Tyler nervoso e excitado como o inferno.
Tyler lambeu os lábios quando Nick tirou a calça jeans e seu pau
saltou livre. Sua boca se encheu de água ao vê-lo. Merda, queria chupar.
Mas Nick não deixou. Nu, ele foi até a mesa de cabeceira e pegou os
suprimentos que Tyler havia colocado lá. Rolando o preservativo, Nick olhou
para ele, seu olhar vagando sobre o corpo nu de Tyler sem vergonha.
Naquele momento, Tyler percebeu que Nick parou de fazer o papel de
um melhor amigo indulgente. Parou de tratá-lo com luvas de pelica. Nick
estava com raiva o suficiente para não se importar com as reservas de Tyler
sobre sexo gay. Só ia pegar o que ele estava oferecendo.
Tyler observou sem fôlego quando Nick lubrificou seu pau duro. Não
conseguia desviar o olhar. Não conseguia parar de olhar faminto para os dedos
grandes e fortes de Nick acariciando aquele pau grosso e vermelho. Porra,
talvez ele fosse uma puta por pau. Nada o havia excitado mais do que aquele
pau.
Nick subiu na cama.
Tyler estremeceu quando o corpo musculoso cobriu o seu.
O rosto de Nick estava acima dele enquanto o olhava.
— Vou te beijar. — Declarou Nick. — E se você quiser meu pau, vai
me beijar de volta.
O coração de Tyler acelerou.
— O que você está jogando? Pare com isso!
Algo mudou nos olhos de Nick, um lampejo de algo que poderia ser
remorso, mas não era.
— É muito gay para você? — Nick disse, seus lábios torcendo. —
Então saia da cama.
Tyler o encarou, mas não se moveu. Apesar do sentimento de pânico
em seu estômago que insistia que isso era errado - ele tinha um homem nu e
excitado em cima dele que ia beijá-lo - Tyler não podia move-se, seu pênis
dolorosamente duro contra o quadril de Nick.
Ele olhou dos olhos inescrutáveis e duros de Nick para os lábios e
engoliu em seco.
A boca de Nick se aproximou cada vez mais até que seus lábios se
tocaram, seu corpo nu o esmagando. Nick sempre foi tão cuidadoso em manter
uma certa distância dele, tomando cuidado para não o assustar durante o
sexo. Agora estava fazendo o oposto - quase parecia querer assustar Tyler,
dominá-lo.
A língua de Nick saiu e lambeu o lábio inferior de Tyler.
Tyler engasgou, o coração martelando em seu peito, seu corpo todo
tenso.
A língua de Nick escorregou dentro de sua boca, seus dentes
pastando contra o lábio de Tyler, sua barba raspando seu queixo. Tyler
estremeceu, um gemido subindo em sua garganta. Nick tomou seu queixo em
uma mão e o beijou com força e profundidade, sua língua explorando a boca
de Tyler, tão confiante e forte que rapidamente o subjugou. Ele não
gostou. Não gostou de como emasculado o beijo o fez sentir, como se fosse
algum tipo de garota - uma garota virgem - que nunca beijou ninguém. Ele
não sabia o que fazer com a boca, como deveria mover os lábios. Só podia
separar seus lábios e deixar Nick fazer o que quisesse, pequenos sons
escaparam de sua boca involuntariamente. Ele não gostou. Era muito intenso e
estranho, a barba por fazer de Nick deixando muito claro que estava sendo
beijado por um homem.
Mas parecia que seu corpo estava derretendo, seus joelhos fracos e
seus membros sem ossos. Ainda bem que estava deitado; ele não seria capaz
de suportar. Sua cabeça estava girando. Não conseguia manter os olhos
abertos, dominado pela força do beijo. Ele... odiava isso.
Tyler choramingou quando o beijo terminou, sentindo-se estranho,
faminto e confuso. Ele agarrou os ombros largos de Nick, precisando...
A boca de Nick desceu pelo pescoço dele, sugando chupões em sua
pele. Sua língua lambeu o mamilo de Tyler, que gemeu, longo e
embaraçosamente alto.
Nick deu uma risada rouca.
— Quer que eu chupe seus seios?
Tyler gemeu, tão excitado que não podia nem ficar ofendido pela
merda que Nick estava dizendo.
— Diga. — Disse Nick, passando a língua sobre o mamilo sensível de
Tyler, o toque enlouquecedor. Não foi o suficiente.
— Chupe meus peitos. — Tyler disse, muito excitado para ficar
envergonhado.
A boca de Nick se fechou em torno de seu mamilo e sugou.
Tyler arqueou-se na cama, um som inumano deixando sua garganta.
— Oh, sim, foda, mais. — Ele exigiu sem fôlego.
Nick obedeceu, chupando suavemente seu seio - seu mamilo,
caramba - a mão dele amassando o outro.
— Está pronta para o meu pau, querida? — Nick disse, sua voz não
soava como a sua normal. Ele chupou com força o outro mamilo. — Você está
boa e molhada para mim?
— Vou te socar por essa merda mais tarde. — Disse Tyler
fracamente, esfregando sua virilha contra o estômago de Nick. Ele estava tão
duro. — Entre em mim, idiota.
Nick tirou a boca do peito, soltando o mamilo dolorido, e subiu até
que seus quadris estavam entre as coxas abertas de Tyler. Os olhos vidrados
de Nick olharam da ereção de Tyler para seu rosto.
— Você não parece muito ofendido comigo. — Disse, pressionando a
ponta do seu pênis contra o ânus de Tyler, provocando-o. — Não sei porque
ficaria ofendido, de qualquer maneira. — A voz de Nick era leve, mas havia
uma nota desagradável nisso. — Se você não é homo, mas quer um pau em
você, isso te faz uma mulher, não é? É apenas lógico.
Tyler não sabia o que dizer sobre isso. Ele só podia olhar para Nick
aturdido, ofegando um pouco toda vez que o pênis de Nick batia contra seu
ânus sensível.
— Você está sendo um idiota. — Conseguiu dizer.
— Não. — Disse Nick, espalhando as coxas de Tyler mais e
pressionando seu pênis dentro. — Estou feito de inventar desculpas para sua
merda.
Os olhos de Tyler rolaram na parte de trás de sua cabeça quando o
pênis de Nick finalmente encheu-o. Embora tivesse se preparado e usado
brinquedos sexuais, fazia semanas que teve algo tão grande quanto Nick
dentro. Caramba, sentia falta desta sensação. Ele ainda gostava da forma
como as coxas foram esticadas, espalhando-se largamente para acomodar os
quadris de Nick entre elas; estranhamente, apenas o deixou mais excitado. Ele
se sentia sacana, impotente, e amava isso.
Os olhos de Nick estavam meio fechados, a mandíbula apertada como
se estivesse com dor.
— Bom. — Disse ele, seu tom de voz rouco.
Tyler assentiu fracamente, apertando ao redor do pênis dentro
dele.
— Tão bom. — Saiu de sua boca antes que pudesse se conter. — Seu
pênis em mim.
Nick olhou para ele sem um sorriso, algo sombrio e duro em sua
expressão.
— Diga obrigado.
— O quê? — Tyler soltou uma risada.
Nick não riu.
— Diga obrigado. — Disse ele, puxando para fora e dirigindo para a
direita contra a próstata de Tyler. Gemendo, Tyler arqueou para fora da cama,
às unhas cravadas nas costas de Nick, que deu outro golpe curto e vicioso
contra sua próstata. — Obrigado por meu pau.
— Você está brincando comigo, cara? — Tyler falou, mas não soou
muito convincente, considerando que saiu como um gemido ofegante. Era tão
bom, o comprimento grosso dentro dele simplesmente perfeito, movendo-se
nele apenas para a direita. Merda, nada parecia melhor do que estar deitado
de costas e tomando o pênis de Nick.
— Estou falando absolutamente sério. — Disse Nick. — Você queria
meu pau, e estou dando para você. O mínimo que pode fazer é me
agradecer. Estou esperando. — E então o filho da puta parou de se mover.
Tyler olhou para Nick, incrédulo e desesperado em igual
medida. Quando ficou óbvio que Nick não estava cedendo com isso, Tyler
disse:
— O que você quer que eu diga, idiota?
— Diga: obrigada pelo seu pau, Nick. Senti falta de tê-lo na minha
vagina.
Tyler balbuciou.
— Foda-se. Você está maluco se pensa que estou dizendo isso! — Ele
não entendia por que Nick estava tão determinado a humilhá-lo - e não
entendia por que isso não o enojava tanto quanto deveria, por que essas
palavras fizeram seu pau pulsar.
Nick apenas olhou para ele com firmeza. A gota de suor escorrendo
pela testa era a única coisa que dizia que era difícil para ele ficar imóvel dentro
de Tyler.
— Tudo bem. — Disse ele, e começou a puxar para fora.
— Espere!
Nick parou e olhou de volta para ele, a ponta de seu pênis fazendo
cócegas na entrada de Tyler. Era enlouquecedor.
Mordendo o lábio inferior, Tyler deu a Nick um olhar suplicante.
— Eu não... Realmente não entendo porque você está tão bravo
comigo, mas sinto muito mesmo assim. Vamos lá, cara...
Nick olhou furioso para ele.
— Não. Você não pode apenas me dar esses olhos de cachorrinho e
esperar que te perdoe tudo. Não vai mais funcionar.
Mas, mas era assim que eles funcionavam: Tyler fazia algo estúpido,
dava a Nick seu melhor sorriso tímido e Nick perdoava tudo com um olhar
exasperado. Tyler não sabia o que deveria fazer se isso não funcionava
mais. Como deveria fazer Nick perdoá-lo por tudo o que fez? Ele não sabia
como lidar com esse Nick hostil e malvado.
Talvez pudesse dizer o que Nick queria? Não iria matá-lo, certo?
— Obrigado! — Ele deixou escapar. — Obrigado por me dar seu pau,
senti falta de tê-lo na minha... na minha... — Tyler corou furiosamente, seu
pênis ficando tão duro que o deixou sem fôlego. — Na minha vagina. — Ele
sussurrou, olhando Nick nos olhos.
O pomo de adão de Nick balançou. Seus quadris empurraram,
batendo seu pênis dentro, e Tyler gemeu, embaraçosamente alto. Nick se
inclinou e o beijou, duro e ganancioso. Tyler abriu os lábios ansiosamente,
muito longe para se importar com o quão gay era. Ele só queria. Se contorceu
contra o corpo duro de Nick quando este se empurrou contra ele, duro, mas
lento, circulando e provocando todos os tipos de sensações inebriantes. O
pênis de Nick bateu contra sua próstata, e Tyler estremeceu, a cabeça jogada
para trás, os braços agarrados aos ombros de Nick. Eles se moviam juntos,
gemidos baixos e grunhidos acompanhando os sons de batidas de seus
corpos. Tyler também podia se ouvir dizer alguma coisa embaraçosa, mas não
parecia capaz de parar.
— Oh, oh caralho, sim, sim, sim, assim mesmo. Mais duro... tão
bom... ah, ah, ahhh...
Porra, ele estava tão perto, tão perto...
Uma mão firme envolveu seu pênis negligenciado e acariciou uma
vez.
Tyler arqueou-se para fora do colchão e gozou, gritando enquanto
seu corpo tremia com imenso prazer, apertando em torno do pênis de Nick.
Puta merda! Jesus Cristo.
Nick tocou seu pênis? Tyler sentiu que deveria achar estranho, mas
se sentia muito bem. Parecia que todos os seus nervos estavam cantando com
prazer. Ele estava apenas vagamente ciente de que Nick também gozou e ficou
imóvel, respirando com dificuldade em cima dele.
— Ainda vou te socar pela merda que disse. — Tyler murmurou sem
fôlego. — Esse tipo de conversa suja não é legal, cara. — Não importa que
tenha sido uma reviravolta ridícula.
Nick grunhiu alguma coisa e rolou de costas para ele e fechou os
olhos.
Tyler o cutucou em seu bíceps.
— Você ouviu o que eu disse?
— Vá dormir, Ty. — Disse Nick, sem abrir os olhos.
— Mas isso foi realmente estranho, cara. — Insistiu Tyler. — Eu não
quero que faça isso de novo. Não estou nesse tipo de merda.
Nick abriu os olhos e encontrou o olhar de Tyler firmemente.
— Assim como você não está em homens, certo?
Tyler sentiu seu rosto ficar quente.
— Isso é uma pergunta capciosa? — Ele disse cautelosamente.
Os lábios de Nick se torceram um pouco.
— Vá dormir, Tyler. — Disse ele, fechando os olhos novamente.
— Mas...
— Não estou com disposição para isso. — Disse Nick sem rodeios,
virando-se de barriga para baixo e enterrando o rosto no travesseiro.
Tyler fechou a boca.
Ele ficou acordado por muito tempo, muito depois que a respiração
de Nick se estabilizou.
Tyler sentia-se muito assustado para adormecer. Ele nem estava
pirando por causa de todas as coisas gays que fizeram hoje à noite. Estava
enlouquecendo porque não sabia como lidar com esse Nick zangado e hostil.
Isso o assustou muito.
Ele finalmente conseguiu arruinar sua amizade?
Capítulo 12
1 Um jogo no qual duas pessoas heterossexuais têm que demonstrar algum tipo de carinho homossexual, por exemplo
um beijo, e quem desistir primeiro é o chicken, ou seja, um covarde.
todas as coisas erradas agora.
E então havia a outra coisa - a que Tyler estava determinado a não
pensar. Tanto quanto estava preocupado, isso não aconteceu. Até acontecer. E
mesmo quando acontecia, não contava realmente. Porque Tyler não era algum
tipo de aberração. Era um cara totalmente normal que não gostava desse tipo
de coisa. Não que tivesse algo contra pessoas que gostassem desse tipo de
coisa; ele simplesmente não era uma dessas pessoas.
Exceto quando era.
— Sim, oh, oh, foda-me, se afunde nessa vagina, amo seu pau,
afunda em mim, sim, sim, desse jeito!
Depois, Tyler meio que queria que o chão se abrisse e o engolisse,
mas durante o sexo parecia absolutamente perder o controle de sua boca.
Tipo, não entenda errado - ele não tinha nada contra uma conversa suja - mas
ele era um homem, pelo amor de Deus. Ele é quem deveria ouvir aquelas
palavras de uma mulher sexy debaixo dele, não dizê-las enquanto seu melhor
amigo tomava sua bunda. Era absolutamente mortificante.
No geral, nestes dias, Tyler sentia como se sua cabeça fosse explodir
de confusão.
Não entendia nem Nick, nem a si mesmo.
*****
Tyler gostava de pensar que era um cara decente.
Por toda a sua vida como mulherengo, nunca pegou mulher
comprometida. Não queria ser esse tipo de cara.
Então meio que queria saber se Nick ainda estava namorando Brad
ou não, mas estava com muito medo de perguntar depois da reação de Nick na
última vez que conversaram sobre isso.
O que é que isso importa para você?
O fato de que ele estava com medo de falar com seu melhor amigo
sobre sua vida amorosa mostrou como as coisas se tornaram estranhas entre
eles.
Sem mencionar que ultimamente não tinham conversado muito,
ponto final. Atualmente, mal trocavam mensagens. Nick mal acabava de entrar
em seu apartamento, e então transavam. Tipo, Tyler tinha tentado apenas sair
como amigos algumas vezes, mas Nick não era muito aberto às suas
tentativas de restaurar o equilíbrio. Nick parecia estar sempre com vontade de
sexo quando chegava, ignorando as fracas tentativas de Tyler em conversar e
apenas atacando-o até que a boca de Tyler estivesse cheia da língua de Nick
ou do seu pênis.
Um dia no início de novembro, Nick chupou seu pau.
Em defesa de Tyler, ele estava muito excitado para dizer não. Foi
uma daquelas raras vezes que Nick gozara antes dele, deixando Tyler à beira
do orgasmo, frustrado e excitado. Então, quando Nick escorregou pelo seu
corpo e engoliu seu pênis, Tyler pôde apenas olhar para ele com os olhos
arregalados. A boca de Nick parecia incrivelmente boa ao redor dele, úmida,
macia e hábil, mas a visão daquilo... Ver os lábios de seu melhor amigo ao
redor de seu pênis era tão visceral, que Tyler não sabia o que fazer com ele
mesmo.
— Não. — Conseguiu falar, empurrando na boca de Nick. Ele não
queria, mas parecia incapaz de parar, precisando, apenas precisando.
Nick apenas revirou os olhos para ele e começou a balançar a cabeça
para cima e para baixo, seu dedo massageando o ânus de Tyler.
Tyler gemeu, empurrou algumas vezes na boca de Nick e gozou.
— Isso não foi legal, cara. — Tyler murmurou depois, incapaz de
encontrar os olhos de Nick. — Não pedi para você...
— Chupar seu pau? — Nick disse, fechando o zíper e pegando sua
camisa. Sua expressão estava em branco, impossível de ler.
Tyler lambeu os lábios. Estavam inchados e doloridos.
— Sim. Quero dizer, não que não tenha sido bom, mas você sabe,
não sou...
— Você não é gay, eu sei. — Disse Nick, deslizando em sua jaqueta.
Havia agora o familiar tom duro e perturbador em sua voz que
ultimamente parecia irritar Tyler e excitá-lo um pouco ao mesmo tempo.
Irritado com seu corpo, Tyler assentiu rigidamente, puxando os
lençóis para cobrir o colo.
— Te vejo depois. — Disse Nick e saiu sem esperar por sua resposta.
Tyler sussurrou para o quarto vazio:
— Te vejo depois.
Franzindo a testa, se jogou de volta no colchão e soltou um gemido
de frustração.
Odiava o que a amizade deles havia se tornado. Mesmo que visse
Nick todos os dias, parecia que não falavam há séculos.
Parecia que estavam se afastando, mais e mais a cada dia.
Capítulo 13
Ele não sabia quanto tempo ficou sentado quando a porta atrás dele
se moveu.
— Tyler? Está aí?
Saltando de pé, Tyler foi até a pia e jogou água fria em seu rosto
corado. Atrás dele, a porta se abriu e fechou.
— Você está bem?
— Estou bem, Nick. — Tyler conseguiu dizer, sem se virar.
Uma mão tocou seu ombro.
— Olhe para mim.
Tyler soltou uma risada.
— Prefiro não virar.
— Por quê?
Porque é a última pessoa que preciso estar por perto agora.
— Apenas saia, cara. — Tyler disse com firmeza.
Parecia frágil, desgastado nas bordas, algo horrível em seu peito, um
desejo desesperado que rapidamente se tornou esmagador. Sabia que, se
olhasse para Nick agora, faria algo estúpido. Algo que se arrependeria.
— Olhe para mim. — Nick disse mais firme. — Tyler.
Contra seu melhor julgamento, olhou para ele no espelho.
Nick tinha uma careta sombria no rosto. Sua expressão impossível de
ler quando seus olhos se encontraram no espelho. Não tinha coisa alguma
amigável em sua expressão, seu rosto estava fechado. Este era o homem de
olhos duros que sonhara, não seu melhor amigo.
Tyler ainda o desejava.
Não podia saber o que estava escrito em sua expressão, mas alguma
centelha apareceu nos olhos de Nick e ele colocou as mãos em seus braços.
Tyler estremeceu e caiu contra ele, reprimindo um gemido subindo em sua
garganta. Fechou os olhos enquanto braços o envolviam, abraçando-o mais
apertado.
Isso não deveria ter parecido diferente dos milhares de abraços que
deram ao longo dos anos. Mas nunca se abraçaram assim, com Nick
segurando-o em seus braços por trás. Amigos não se abraçavam assim.
Melhores amigos não se abraçavam assim. Não parecia amigável. Parecia
muito mais próximo do que na sua dinâmica durante o sexo. Exceto que não
transaram naquele dia e estavam no banheiro extravagante de um antigo
colega de classe, com dezenas de pessoas do lado de fora da porta.
Tyler tentou se afastar, mas não conseguiu. Seus joelhos pareciam
repugnantemente fracos, seu corpo se fundindo com o de Nick. Ele só... queria
ficar ali por um tempo. Queria se sentir bem, e isso era bom.
Estava muito cansado e envergonhado por seu comportamento –
realmente era como uma namorada carente – mas não podia se forçar a se
afastar da solidez de Nick, reafirmando a presença atrás dele, ao redor dele.
— Alguém disse alguma coisa? — Nick murmurou contra seu ouvido.
— Alguém te incomodou?
Tyler balançou a cabeça, esfregando a bochecha contra a de Nick. Ele
cheirava tão bem. Não sabia quando pararia de se excitar pela sensação da
barba em sua pele, mas agora era maravilhosa. Queria mais. Se contorceu
contra o outro corpo, tentando se aproximar dele, e fez um som feliz quando
os braços de Nick ao seu redor se apertaram.
Sentiu seu amigo suspirar.
— Ty. — Ele disse, sua voz tensa. — Gosta de foder com a minha
cabeça?
— O que quer dizer? — Tyler perguntou, suas sobrancelhas franzidas.
Abriu os olhos e olhou para Nick no espelho. Ele não estava olhando
de volta, sua mandíbula apertada.
— Às vezes realmente te odeio. — Ele disse baixinho.
Tyler franziu a testa, totalmente confuso com as palavras de Nick.
Não faziam sentido, considerando que os braços dele ainda estavam ao seu
redor. Mas então percebeu o que deveria ser. Então estava certo, afinal. Nick
realmente estava cansado dele.
— Certo. — Falou sem jeito, libertando-se dos braços do outro
homem. — Olha, me desculpe por ter sido uma bagunça. Sei que deve estar
cansado de lidar com a minha... — Deu uma risada fraca. — Sei que posso ser
desagradável, carente e... sim.
Os olhos de Nick se estreitaram.
— Do que está falando?
Tyler olhou para baixo.
— Tipo, eu entendo. Sou uma bagunça, sou meio imaturo, estúpido
e... Todo mundo fica cansado de mim.
— Que porra é essa, Tyler? — Nick levantou seu queixo e o fez olhar
para ele. — Pode ser um pouco idiota às vezes, mas não é estúpido. Não há
nada errado com você. Entendeu? — Havia o familiar olhar de exasperação nos
olhos de Nick, e era inconfundivelmente afeiçoado.
Um sorriso puxou os lábios de Tyler. Antes que pudesse pensar duas
vezes, se lançou para frente e deu um selinho em seu amigo.
Ambos congelaram.
Lentamente, muito devagar, Tyler se afastou e olhou para Nick com
os olhos arregalados.
A expressão dele era muito estranha.
— Certo. — Tyler disse com uma risada. — Isso foi estranho, sim?
Vamos fingir que não fiz...
Nick empurrou-o contra a pia e o beijou.
Tyler engasgou, seus joelhos se transformando em geleia. Agarrou a
borda da pia, seus olhos se fecharam. Só podia segura firme e deixar Nick
devorar sua boca, pequenos sons saindo de seus lábios enquanto chupava a
língua de seu amigo. Maldito inferno, odiava isso, odiava o quanto estava
sobrecarregado e indefeso. Era só um beijo. Um beijo. Não era uma garota
virgem frágil – era um homem tão grande quanto Nick – mas seu corpo se
recusava a fazer qualquer coisa além de tomar, derreter e querer. Porra,
estava duro. Estava duro apenas por beijar, que diabos.
Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade – e não o
suficiente – Nick parou de beijá-lo e o olhou com olhos escuros vidrados.
— Coloque o meu pau para fora.
Tyler lambeu seus lábios úmidos. Pareciam inchados.
— Está maluco? Há pessoas do lado de fora da porta. — Sua voz nem
sequer soava como sua própria, rouca e sem fôlego.
Nick empurrou as virilhas com mais força, fazendo-o ofegar ao sentir
a ereção contra a dele.
— Eu tranquei. Coloque o meu pau para fora.
Tyler olhou para ele, seu estômago apertando.
— Não há maneira de transarmos aqui.
— Não vou te foder. — Nick disse, observando-o com os olhos meio
fechados. — Vai colocar o meu pau para fora e me masturbar.
Tyler olhou para ele com os olhos arregalados. Este não era o acordo.
Toda vez que transaram, sempre terminava com o pênis de Nick na sua bunda
– que era a razão original pela qual começaram a brincar. Dá ao outro homem
uma masturbação apenas por dar seria... seria enorme. Seria gay.
Não haveria como voltar atrás.
Tyler começou a balançar a cabeça quando Nick se inclinou e disse
em seu ouvido:
— Vamos, querido. Sei que está desesperado por mim, mas pode
esperar até chegarmos em casa, certo? Te foderei bem e duro, até que sua
vagina esteja ensopada e dolorida do meu pau.
Tyler estremeceu, um gemido subindo em sua garganta. Deslizando
uma mão entre eles, puxou o zíper da calça de Nick com os dedos trêmulos,
até que sua mão finalmente fechou em torno da ereção quente. Acariciou
rápido e forte enquanto seu amigo sussurrava coisas sujas em seu ouvido,
dizendo quão boa garota era, como sua mão era boa, o quanto queria espalhar
suas pernas ali mesmo e empurrar em sua vagina faminta. Era humilhante.
Era castrador. Era estupidamente excitante.
Tyler se encontrou esfregando impotente contra a coxa dura de Nick
até que sua visão ficou branca e gozou em sua fodida calça. Nem notou o
outro homem gozar também, mas deve ter gozado: sua mão estava pegajosa
e o pênis de Nick estava amolecendo. Ambos estavam respirando com
dificuldade, envolvidos em um meio abraço. Tyler estava contente pela pia
atrás dele, ou provavelmente teria caído.
Por fim, Nick pigarreou e recuou. Enfiou seu pau dentro da calça,
fechou o zíper e lavou as mãos. Finalmente, olhou para Tyler. Algo brilhou
através de seus olhos.
— Parece uma bagunça, Ty. — Disse, sua voz suave e divertida,
como se não fosse o homem que acabara de fazer Tyler gozar com nada além
de palavras sujas. Então seu melhor amigo estava de volta.
Atordoado, Tyler olhou para a parte úmida do jeans e fez uma careta.
Era bom que o seu jeans fosse escuro.
Virou-se para o espelho e tentou se tornar apresentável, determinado
a agir como se nada de estranho tivesse acontecido.
Porque não tinha.
Capítulo 15
Capítulo 16
2
Personagens do livro O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson. Dr. Jekyll sente que está lutando entre o bem
e o mal dentro de si mesmo, levando à luta entre suas personalidades de Henry Jekyll e Edward Hyde. Ele passou uma
grande parte de sua vida tentando reprimir os impulsos malignos que não eram adequados para um homem de sua
estatura. Assim, cria um soro, ou poção, na tentativa de mascarar esse mal oculto dentro de sua personalidade. No
entanto, Jekyll se transforma no malvado Hyde.
irritada, embora o braço ao seu redor o apertou, aproximando-o mais dele.
Tyler não deveria ter se sentido tão satisfeito com isso, mas se
sentiu. Não pôde deixar de olhar para Brad, sentindo uma onda de satisfação
quando viu que ele definitivamente notara o quão perto estavam. Não
conseguiu ler a expressão dele tão bem, mas o idiota não parecia mais tão
alegre.
— Onde é o banheiro, Nick? — Brad perguntou, dando ao seu amigo
algum tipo de olhar significativo que ele não pareceu notar, porque ainda
estava olhando para Tyler.
— No fim do corredor à esquerda. — Tyler respondeu.
Brad olhou para ele.
Tyler olhou de volta. O quê? Estava apenas sendo útil!
Brad se afastou.
— Parece muito satisfeito consigo mesmo. — Nick disse.
Tyler olhou para qualquer lugar, menos para ele.
— Está transando com ele? — Perguntou antes de poder se conter.
Era algo que queria perguntar há muito tempo, mas não queria ouvir a
resposta de Nick.
Seu amigo olhou para ele por algum motivo.
— Não.
Tyler sentiu o nó no estômago afrouxar um pouco.
— Estamos namorando casualmente até agora. — Nick completou. —
Mas isso pode mudar. Ele está procurando um relacionamento sério.
— Ele sabe sobre mim? Que somos...
— Amigos de foda? — Nick forneceu.
Tyler não tinha certeza se gostava da palavra – algo sobre a maneira
que Nick disse o irritava – mas assentiu.
— Não há razão para ele saber sobre você, certo? — Nick questionou.
— Só sabe que ele e eu não somos exclusivos ainda.
Ainda?
— Você o beija? — Tyler continuou antes que pudesse se conter.
Nick pareceu tão surpreso com a pergunta quanto estava. Não
precisava dizer ‘o que isso tem a ver com você?’ podia ler em seu rosto.
Abaixando o olhar, falou:
— Apenas curioso.
— Curioso? — Nick disse, muito suavemente. — Pensei que a única
coisa que importava era onde eu colocava o meu pau.
Tyler franziu o cenho.
— Acho que não deveria beijá-lo. E se ele tiver herpes? Não quero
ficar com herpes.
A expressão de Nick ficou ultrajada.
— Você é inacreditável. Descubra o que diabos está acontecendo em
sua cabeça. Parece confuso. — Ele se afastou de Tyler e se virou – indo direto
para onde Brad foi.
Tyler agarrou o braço dele.
— Mas é uma preocupação legítima! — Balbuciou, sentindo-se
desesperado e possessivo, e odiando isso. O que diabos estava errado com
ele? No que Nick o transformara? — Ele parece insalubre! Não acha que ele
parece insalubre?
Um músculo pulsou no maxilar de Nick.
— Ouça, Tyler. — Nick começou, abaixando a voz. — Continua me
dizendo que é hétero. Bom para você, mas sou gay. Não quer nada de mim,
apenas o meu pau. Estou bem com isso – mais ou menos – mas também
preciso de coisas que não pode me dar. Coisas que terei que conseguir com
outra pessoa. Somos amigos que ocasionalmente transam, nada mais. Não
bagunce com a minha cabeça, ok?
— Mas te deixo me beijar. — Tyler disse, franzindo a testa em
confusão. — O que mais poderia querer?
Nick riu.
— O que mais eu poderia querer? — Ele balançou a cabeça com um
sorriso irônico. — Obrigado por suportar os meus beijos. Isso é um grande
sacrifício seu.
Ele soltou o braço do aperto de Tyler e voltou para o seu encontro.
Brad sorriu para Nick e disse algo, seus dedos acariciando o bíceps de seu
amigo.
Algo tenso e feio explodiu na boca do estômago de Tyler. Sentiu-se...
sentiu-se chateado, irritado e com raiva por nenhuma razão em particular.
Descubra o que diabos está acontecendo em sua cabeça. Você parece
confuso.
Tyler suspirou, tentando entender suas emoções. Nick estava certo.
Isso não era normal. Estava... se comportando muito estranho ultimamente.
Juntamente com sua recente e inquietante percepção de que era sexualmente
atraído por seu melhor amigo, essa possessividade era apenas mais um
sintoma do problema. O problema é que parecia ter desenvolvido uma...
preferência por todas as coisas gays que Nick fez com ele.
Uma preferência? Uma voz sussurrou sarcasticamente no fundo de
sua mente. Desejo seria um termo mais apropriado.
Tyler franziu a testa, corando. Então, o que isso significava? Era gay
agora?
O pensamento era... perturbador. Bem, Tyler não tinha algo contra
os gays. Apenas... simplesmente não podia ser um. De qualquer forma, não se
sentia gay. Seu olhar ainda gravitava naturalmente em direção a mulheres
bonitas – e Nick. Parecia que desenvolvera algo pelo seu melhor amigo. Era
provavelmente natural, considerando que Tyler o amava, então era totalmente
natural que seus carinhos platônicos, juntamente com todo o sexo gostoso que
tinham, criassem algum tipo de pseudo-paixão. Deveria passar em breve,
certo?
Não significava que era gay.
Aliviado por finalmente encontrar uma explicação para todos as
sensações estranhas dentro dele, Tyler se dirigiu para Nick e Brad,
determinado a ser um melhor amigo e reprimir sua intensa antipatia pelo cara.
Não era culpa de Brad que tivesse desenvolvido uma pseudo-paixão por seu
encontro. Provaria a Nick que poderia parar de agir como um esquisito
possessivo.
Então, quando alcançou o par, disse em sua melhor voz:
— Encontrou o banheiro?
Brad finalmente parou de olhar para Nick e olhou para Tyler.
— Sim. — Respondeu friamente.
Tyler deu-lhe seu melhor sorriso e deslizou entre ele e Nick. Podia
sentir o olhar intenso do seu amigo em sua nuca, mas ignorou, concentrando
sua atenção em Brad. Tyler queria ser gentil com o cara, mas continuava com
a mente em branco quando tentava pensar em algo amigável para dizer.
— Eu... Você assiste futebol? — Perguntou finalmente.
— Não realmente. — Brad disse friamente, olhando para Tyler como
se achasse que fosse estúpido.
Ignorando a pontada de insegurança, disse brilhantemente:
— Nick me contou tudo sobre você, mas acho que precisamos nos
conhecer melhor e nos tornarmos amigos se você e Nick serão algo mais. — As
palavras o fizeram querer vomitar, mas Tyler forçou um sorriso amigável.
— Amigos. — Brad repetiu, sua voz cheia de ceticismo e seus olhos
bonitos transmitindo sua dúvida de que ele e Tyler tinham algo em comum.
Havia algo vagamente ofensivo sobre esse olhar, mas Tyler estava
determinado a ignorá-lo. Tinha uma pele bem grossa e estava tentando provar
um ponto aqui.
Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a mão de Nick apertou
seu ombro, o toque vagamente reconfortante.
— Tyler é meu melhor amigo há séculos. — Nick disse, sua voz de
aço, aproximando-o do seu lado. Encontrou-se relaxando no corpo dele, os
últimos remanescentes de seu desconforto desaparecendo. — Ele pode ser um
pouco idiota, mas ele é do bem, e sob todo esse pavonear, é um cara
genuinamente bom.
— Ei. — Tyler disse com um beicinho, olhando para Nick. — Não
pavoneio!
Nick sorriu torto para ele, seus olhos brilhando com diversão e
afeição.
— Pelo menos pavões são bonitos.
Para a mortificação de Tyler, sentiu-se um pouco orgulhoso. Maldito
inferno, essa coisa de pseudo-paixão era tão horrível.
Alguém limpou a garganta e Tyler desviou o olhar de Nick.
Brad tinha os lábios franzidos.
— Acho que irei para casa, Nick. — Disse ele, sua voz muito fria.
Nick deu-lhe um olhar igualmente frio.
— Quer uma carona?
Brad sacudiu a cabeça e dirigiu-se à porta, com a cabeça erguida.
Bem, isso foi estranho, Tyler pensou, mas não conseguia se
incomodar tanto assim. Havia algo sobre estar colado em Nick que o deixava
todo mole por dentro. Era absolutamente doentio, mas não conseguia se
afastar.
Só por um momento, Tyler disse a si mesmo, inclinando-se no
homem.
Nick levantou as sobrancelhas um pouco.
— Está muito sensível hoje.
Tyler sentiu seu rosto queimar.
— Cala a boca. — Murmurou, forçando-se a se afastar.
Mas o braço de Nick em torno dele não se mexeu e Tyler desistiu
depois de um esforço simbólico.
— Aprecio que fez um esforço para fazer amizade com Brad. — Nick
disse com o rosto cuidadosamente neutro. Sua discussão claramente não foi
esquecida.
Tyler bufou.
— Bem, ele não pareceu gostar disso. Olhou para mim como se eu
fosse um inseto chato a seus pés. Embora tenha que elogiar o cara por sua
habilidade de menosprezar alguém duas cabeças mais altas que ele apenas
com o olhar.
Os lábios de Nick franziram.
— Não o culpo. Me chamou de bonito na frente dele. — Tyler disse
com um sorriso torto. — Provavelmente adivinhou que estamos transando.
Os olhos de Nick permaneceram frios.
— Isso é irrelevante. Ele e eu tivemos alguns encontros casuais. Não
devemos nada um para o outro.
— Odeio te desiludir, mas ele parece discordar. — Tyler disse. Podia
entender totalmente a perspectiva do cara.
Nick encolheu os ombros.
— Isso é sobre ele. Nunca fiz promessas.
Tyler bufou.
— Pode ser um babaca às vezes. Engana as pessoas para pensarem
que você é legal, mas na verdade é um idiota total.
— Sou legal com as pessoas que merecem. — Nick disse, sua voz
inesperadamente dura. — Ele foi um idiota quando tentou ser legal com ele.
Pensei que fosse uma pessoa melhor do que isso.
Evitando seu olhar, Tyler franziu a testa. Pensou que Nick estava
sendo um pouco injusto com o cara.
Isso o fez pensar nas palavras de Miles. Quer apostar quanto tempo o
novo cara vai durar antes de Nick encontrar alguma falha nele e abandoná-lo?
Miles poderia estar certo? Nick sempre foi assim e Tyler não notara?
Para alguém que afirmava estar à procura de um relacionamento sério, o seu
amigo não se esforçou muito para entender qualquer um dos caras com quem
saiu. Era estranho. Na sua experiência, o homem era ótimo em empatia. Ele o
lia como um livro, sempre em sintonia com seu humor: como alguns minutos
atrás, quando sentiu seu constrangimento e insegurança, imediatamente
entrou em cena, protetor. Era estranho que Nick não mostrasse algo dessa
empatia com as pessoas que estava namorando.
— Ele estava com ciúmes. — Tyler disse. — O compreendo.
Podia sentir os olhos de Nick em seu rosto.
— O quê?
Tyler hesitou. Foda-se, Nick ainda era seu melhor amigo. Se não
pudesse ser honesto com seu melhor amigo, com quem poderia?
Encontrou o olhar de Nick.
— Eu também senti ciúmes.
Algo mudou nos olhos do homem, embora sua expressão
permanecesse guardada.
— Ciúmes?
Tyler molhou os lábios.
— Eu só... pareço ter desenvolvido uma pequena coisa por você. —
Falou com uma risada que soava dolorosamente estranha até mesmo para
seus ouvidos. — Tenho certeza que é apenas um efeito colateral de todo o
excelente sexo. Tenho certeza que passará. Sabe que sou hétero, mas só... —
Deu de ombros, olhando para Nick impotente. — Desculpa. Sei que disse para
não foder com a sua cabeça, mas estou tão confuso, Nick.
Seu amigo suspirou.
— Ty...
Nick se inclinou e beijou o canto da sua boca. Provavelmente
pretendia ser um beijo amigável e reconfortante, exceto que Tyler arruinou
totalmente as suas boas intenções, estremecendo e abrindo os lábios
ansiosamente.
Podia sentir a surpresa do outro homem, mas ele o forçou, beijando-
o de verdade, enterrando a mão no seu cabelo. Tyler suspirou em êxtase
quando a língua de Nick escorregou dentro de sua boca, sua barba esfregando
o queixo e fazendo-o tremer. Chupou a língua com avidez, envolvendo os
braços ao redor da cintura de Nick e tentando aproximá-lo mais, puxando-o
para dentro. Parecia que foi a meses desde que se beijaram pela última vez,
não um dia. Estava tão faminto por isso que não sabia o que fazer com ele
mesmo.
Alguém assobiou.
— Arranjem um quarto, vocês dois. Há crianças aqui.
— Vamos lá. — Nick disse com a voz rouca, levando-o para fora da
sala lotada.
Tyler não conseguiu nem se assustar com a cena que provavelmente
causaram. No momento em que entraram no quarto de Nick, o empurrou
contra a porta, pressionando beijos por todo o pescoço musculoso, suas mãos
vagando por baixo de sua camisa, precisando sentir a pele. Meu. Isso é meu,
você é meu, meu, meu, meu. Quase rasgou a camisa de Nick, os botões
voando por toda parte, e salpicou o peito largo com beijos, respirando
avidamente. Porra, cheirava e era maravilhoso. Tyler não podia esperar para
ficar nu debaixo dele.
Abriu o zíper da braguilha de Nick e tirou seu pau duro, grosso, longo
e de dar água na boca. Caiu de joelhos e engoliu avidamente, fazendo seu
amigo gemer acima dele. Tyler sempre pensou que as mulheres fingiam
quando gemiam em torno de seu pênis. Agora não conseguia parar de fazer
barulho enquanto chupava o pau do outro homem, seu próprio pau duro
vazando em seu jeans.
— Parece tão bonito com meu pau na sua boca. — Os dedos de Nick
acariciaram o cabelo de Tyler, suas orelhas sensíveis, fazendo sua cabeça
girar. — Tão ansioso por isso. Completamente natural... como uma puta para
isso. Está molhado de me chupar, querido?
Tyler gemeu ao redor do pênis, o seu próprio se contraindo.
— Olhe para você. — Nick disse, acariciando sua bochecha, seu pênis
na boca de Tyler, e observando-o com olhos escuros e vidrados. — Porra,
quero gozar em seu rosto. Posso fazer isso, querido?
Tyler franziu a testa, mas assentiu. Sentiu-se um pouco desapontado
por não ter Nick dentro dele, mas isso também era excitante, de uma forma
humilhante.
— Não se preocupe. — Nick disse, masturbando seu pênis sobre o
rosto de Tyler. — Te comerei tão gostoso, vou chupar seu clitóris por horas até
implorar pelo meu pau.
Tyler estremeceu, abrindo os lábios enquanto grossos jatos de sêmen
espiravam em seu rosto.
Depois de alguns minutos, Nick cumpriu sua promessa. Deitou Tyler
na cama e chupou seu pau pelo que pareceu uma eternidade, enquanto o
tempo todo dedilhava e estirava sua vagina para seu pênis.
Nick estava duro novamente quando Tyler começou a implorar,
fodendo o rosto dele, os sons deixando sua boca num longo e contínuo
gemido.
— Por favor, por favor, preciso de você...
Nick virou-o de bruços e empurrou dentro dele em um único e
poderoso impulso, sua respiração instável contra a orelha de Tyler, seu corpo
pesado em cima dele. Gemeu, absolutamente amando a sensação. Não sabia
como vivera sem ela.
— É tão apertado. — Nick grunhiu, movendo-se lentamente, suas
mãos marcando os quadris de Tyler. — Como uma puta de pênis pode ser tão
apertado?
Gemendo em seus braços cruzados, Tyler arqueou as costas e se
empurrou no pênis de Nick. Droga. Não havia melhor sensação no mundo.
— Tão faminto por isso. — Os impulsos de Nick ficaram curtos, seu
pênis esfaqueou a próstata de Tyler de novo e de novo. — Aposto que faria
qualquer coisa por um pau.
Tyler não podia falar, seu corpo sacudindo a cada empurrão de Nick.
— Todo mundo lá embaixo sabe o que estamos fazendo. — Seu
amigo disse, envolvendo a mão em torno do pênis de Tyler e masturbando-o.
— Mesmo que não tenham adivinhado que saímos para foder, provavelmente
podem ouvir os sons que está fazendo enquanto toma o meu pau. Puta.
Tyler gemeu, uma nova onda de excitação atingindo-o com força. O
fato de que todos lá embaixo sabiam, não deveria tê-lo excitado – deveria tê-
lo feito entrar em pânico, ao invés de fazer suas bolas e seu pênis doerem com
tanta excitação. Estava tão perto...
Nick enterrou o rosto em sua nuca, respirando com dificuldade, seu
pênis entrando e saindo da vagina de Tyler.
— Aposto que se escutarem com atenção o suficiente, ouvirão como
está molhado em volta do meu pau.
Tyler gozou, seu orgasmo tão violento e intenso que seus olhos
lacrimejaram. Sentiu se afastar, sentindo-se absolutamente esgotado.
O último pensamento que teve antes de adormecer foi:
Nunca conseguirei viver sem isso.
Sem ele.
Capítulo 17
*****
— Então, vocês estão juntos agora? — Foi a primeira coisa que
Tristan disse quando apareceu na cozinha, parecendo recém-saído do
chuveiro.
— Não. — Disse Nick.
Tyler engoliu o café e empurrou a xícara na direção de Nick, olhando
para ele implorando. Nick revirou os olhos, mas serviu-lhe outra xícara de
café. Seus joelhos roçaram sob a mesa. Tyler piscou algumas vezes, tentando
reunir seus pensamentos. Esperava que não estivesse corando. Ugh, isso foi o
pior. Era como se ele fosse um adolescente mais uma vez, ficando arrepiado
pelo contato mais inocente. Este era seu melhor amigo, pelo amor de Deus.
Apenas seu melhor amigo.
— Hmm. — Disse Tristan, abrindo a geladeira. — Onde está meu suco
de couve?
Nick bufou.
— Não acredito que quase me apaixonei por alguém que bebe suco
de couve. Revoltante.
Tristan mostrou o dedo para ele.
— Seu irmão é o responsável. Ele está me colocando em uma nova
dieta 'saudável'. — Tristan fez uma careta. — Aparentemente meus níveis de
colesterol são tão altos que é uma maravilha que eu ainda esteja vivo.
Tyler riu.
— Você é o único que se casou com o homem.
Tristan encolheu os ombros.
— Sim, eu sei. Sem arrependimentos, no entanto. Ele fode como um
sonho.
— Muita informação. — Disse Nick, entregando a Tyler um pedaço de
torrada.
Tyler comeu.
— Não são namorados, hein? — Tristan disse, olhando-os com
sobrancelhas arqueadas.
Nick parecia muito absorto em fazer sua própria torrada, então Tyler
foi quem teve que responder dessa vez.
Tyler suprimiu o desejo de afirmar que eles eram apenas amigos
platônicos; isso seria ridículo. Tristan provavelmente tinha visto eles se
beijando ontem, e Tyler tinha ficado a noite - e eles não foram exatamente
quietos.
Tyler corou com esse pensamento e murmurou:
— Somos melhores amigos. — Ele fez uma pausa antes de adicionar
hesitantemente: — Nós apenas fodemos. Somos amigos que fodem. Às vezes.
Bem, mais como todos os dias, mas sim. Amigos com benefícios. É uma coisa,
certo? As pessoas fazem isso o tempo todo.
Nick não levantou os olhos da torrada.
Tristan deu a Nick um longo olhar antes de olhar para Tyler.
— Você está tendo um surto gay ou algo assim? Supere isso.
Tyler abriu a boca e depois fechou.
— Isso não é da sua conta, Tristan. — Disse Nick, sem levantar os
olhos da torrada. — Não intimide Tyler.
Tristan fez uma cara inocente.
— Quem? Eu? Nunca. Só acho que, se parece um pato, nada como
um pato e grita como um pato, é estúpido fingir que não é um pato.
Nem Nick nem Tyler disseram nada.
Tyler olhou para a xícara vazia, tentando pensar em algo para dizer,
algo que não soaria como se estivesse em negação. Ele não estava em
negação, caramba. Ele e Nick não eram assim. Eles eram apenas... Eram
apenas...
A tensão só foi quebrada quando Zach entrou na cozinha, parecendo
suado e corado. Ele deve ter estado em sua corrida matinal.
— Bom dia, cabeças sonolentas. — Disse ele, entrando para dar um
beijo rápido em Tristan antes de pegar suco de laranja na geladeira e beber.
Tyler olhou Tristan enquanto este observava a garganta do marido
avidamente enquanto Zach engolia a bebida.
— Bruto. — Tyler murmurou para Nick, que apenas bufou,
claramente acostumado com isso.
— Alguém deve ter bebido o suco que você fez para mim. — Disse
Tristan, nem mesmo tentando parecer chateado com isso.
Zach sorriu para ele e pegou um jarro de suco de couve da geladeira
menor sob o balcão.
— Aqui está, querido.
Tristan parecia desanimado.
Tyler riu e olhou para Nick, com a intenção de compartilhar sua
diversão, mas não havia nenhum traço de sorriso no rosto de Nick.
Na verdade, o rosto de Nick estava inexpressivo enquanto tomava
um gole de café, os olhos duros, com aquela familiar aparência hostil neles.
Tyler olhou para ele, sem saber o que causara a mudança. Nick ainda
poderia estar interessado em Tristan? Poderia estar com ciúmes de seu irmão?
Tyler franziu a testa, não gostando do pensamento e odiando o
quanto isso o incomodava. Merda. Isso era tão repugnante. O ciúme era feio
em geral, mas ficar com ciúmes do melhor amigo era grosseiro e estúpido.
Completamente irritado com a maneira como ele estava se sentindo
em torno de Nick, Tyler decidiu que seria melhor se fosse embora.
Tentando agir de forma casual, chutou Nick sob a mesa.
— Ei, eu tenho que ir. Acabei de me lembrar que o pub está ficando
sem suprimentos. — Não era nem uma mentira, estritamente falando.
Nick assentiu e seguiu-o para fora da cozinha. Tyler não tinha certeza
do porquê; não era como se Tyler não soubesse o caminho. Nick normalmente
não se incomodava em acompanhá-lo até a porta.
Conscientemente ciente da presença de Nick atrás dele, Tyler enfiou
a mão no casaco e deu um tapinha nos bolsos para se certificar de que não
havia esquecido seu telefone ou suas chaves.
— Hum... Certo. — Falou, com um meio sorriso desajeitado, virando-
se. Merda, não tinha ideia do que estava errado com ele. Nunca se sentiu tão
estranho e inseguro em sua vida, seus músculos estavam tensos e seu
estômago estranho e palpitante.
Nick apenas olhou para ele com a mesma expressão ilegível, seus
ombros absolutamente relaxados. Idiota.
Ele também parecia tão bom que Tyler queria lambê-lo.
Fazendo uma careta por dentro, disse:
— Eu vou, então.
— Tyler. — Disse Nick quando ele começou a se afastar. — Sobre o
que Tristan disse...
Tyler endureceu, olhando para ele cautelosamente.
— Ignore-o. — Disse Nick, olhando-o nos olhos. — Ele age como se
fosse fácil superar uma crise de identidade sexual. Nunca é, especialmente em
circunstâncias como as suas, e ele não deveria ter sido tão irreverente sobre
isso. Não tinha o direito de pressioná-lo em algo que você não está pronto e
pode nunca estar.
Tyler sentiu sua garganta se fechar e teve que desviar o olhar por um
momento para se recompor.
— Obrigado, cara. Eu... Você é o melhor.
Nick deu-lhe um sorriso torto, esfregando a mandíbula desalinhada
cansadamente.
— Sim, tanto faz. — Ele bateu nas costas de Tyler, e foi tudo muito
viril e muito parecido como os amigos fazem.
Então é claro que Tyler teve que estragar tudo.
Ele atacou Nick e o beijou descuidadamente, enterrando a mão no
grosso cabelo que o deixara louco pela última hora. Ele empurrou a língua
dentro da boca de Nick, suspirando um pouco pelo delicioso contraste entre a
boca macia e molhada de Nick e a mandíbula áspera e não barbeada.
Depois de um momento, Nick finalmente respondeu, sua mão
subindo para embalar o rosto de Tyler enquanto o beijava de volta, profundo e
duro. Tyler se ouviu gemer e depois não se lembrou de mais nada.
Ele não tinha ideia de quanto tempo passou antes que Nick
interrompesse o beijo. Nick recuou, seus olhos escuros, suaves e intensos.
— Porra, Ty. — Ele balançou a cabeça com uma expressão tensa e,
em seguida, virou e desapareceu de volta para a cozinha sem sequer um
adeus.
Tyler caiu de costas contra a parede, todo o seu corpo cantando de
prazer, seus lábios doloridos, e sua mente em pânico total.
Porra.
O que ele estava fazendo?
Capítulo 18
Epílogo