Coordenação de Partidas de Motores Elétricos
Coordenação de Partidas de Motores Elétricos
Coordenação de Partidas de Motores Elétricos
Mdulo 02
Coordenao de partidas de motores eltricos
s
ndice
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. Aplicaes normais Seleo dos condutores de alimentao Proteo contra sobrecorrentes Proteo contra correntes de sobrecarga Proteo contra correntes de curto-circuito Proteo contra subtenses Controle de motores Consideraes finais sobre a manobra e proteo de motores eltricos em partida direta Partida de motores trifsicos Critrios de escolha do mtodo de partida Partida direta (plena tenso) Partida estrela-tringulo Esquemas de ligao Partidas por auto-transformador (compensadora) Esquema de ligao Partida suave (soft-starter) Categoria de emprego Tabelas de escolha Partida direta Partida estrela-tringulo Partida por auto-transfomrador (compensadora) Partida suave (soft-starter) Correo do fator de potncia Motores eltricos Regimes de servio Classificao trmica dos materiais isolantes Grau de proteo Categorias de conjugado Dados para encomenda Smbolos grficos Smbolos literiais Anotaes
s
1. Aplicaes normais
Consideram-se aplicaes normais, para as finalidades das prescries que se seguem, as definidas por: Cargas industriais e similares:
motores de induo de gaiola trifsicos, de potncia no superior a 200 CV (150 kW), com caractersticas normalizadas conforme NBR 7094; cargas acionadas em regime S1 e com caractersticas de partida conforme NBR 7094.
Cargas residenciais e comerciais: motores de potncia nominal no superior a 2 CV (1,5 kW), constituindo parte integrante de aparelhos eletrodomsticos e eletroprofissionais.
2.
A seleo e dimensionamento dos condutores de alimentao de motores deve basear-se nos seguintes parmetros: corrente nominal do motor; corrente de rotor bloqueado do motor; dispositivo de partida empregado; tempo de acelerao; regime; caractersticas do condutor; corrente de curto-circuito presumido; tempo de eliminao do curto-circuito queda de tenso admissvel, maneira de instalar; condies especiais, se existirem.
Em aplicaes normais, os condutores do circuito terminal de alimentao de um nico motor devem ter capacidade de conduo de corrente no inferior corrente nominal do motor. Em aplicaes especiais, os condutores do circuito terminal de alimentao de um nico motor devem ter capacidade de conduo de corrente no inferior mxima corrente absorvida em funcionamento durante o ciclo de operao. Em caso de partida prolongada, com tempo de acelerao superior a 5 s, deve ser levado em conta o aquecimento do condutor durante o transitrio de partida.
s
NOTA - Para motores de caracterstica nominal com mais de uma potncia e/ou velocidade, o condutor selecionado deve ser o que resulte em maior seo, quando considerada individualmente cada potncia e velocidade. Os condutores que alimentam dois ou mais motores devem ter capacidade de conduo de corrente no inferior soma das capacidades determinadas para cada motor, separadamente, conforme 6.5.3.4.1, mais as correntes nominais das outras cargas alimentadas pelo mesmo circuito. O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal que, durante o funcionamento em regime do motor, as quedas de tenso nos terminais do motor e em outros pontos de utilizao da instalao no ultrapassem os limites estipulados em 6.2.7.1. NOTA - Para aplicaes especiais, a corrente considerada para o clculo da queda de tenso deve ser a mxima que ocorre em funcionamento durante o ciclo de operao. Durante o funcionamento em regime, a queda de tenso entre a origem da instalao e qualquer motor, no deve ser maior que os valores da tabela abaixo. Motor A Alimentao diretamente por um ramal de baixa tenso, a partir de uma rede de distribuio pblica de baixa tenso: B Alimentao diretamente por subestao de transformao ou transformador, a partir de uma instalao de alta tenso: C Que possuam fonte prpria 8% 8% 5%
O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal que, durante a partida do motor, a queda de tenso nos terminais do dispositivo de partida no ultrapasse 10% da tenso nominal do mesmo, observados os limites de 6.2.7 .1 para os demais pontos de utilizao da instalao.
NOTAS A queda de tenso nos terminais do dispositivo de partida do motor pode ser superior a 10% da tenso nominal do motor em casos especficos em que levado em conta o aumento do tempo de acelerao devido menor tenso nos terminais. Para clculo da queda de tenso, o fator de potncia do motor com rotor bloqueado pode ser considerado igual a 0,3.
s
3. Proteo contra sobrecorrentes
A proteo contra sobrecorrentes compreendem as protees contra sobrecargas e de curto-circuito. Os dispositivos de sobrecorrente devem poder interromper qualquer sobrecorrente inferior corrente de curto-circuito presumida no ponto em que o dispositivo est instalado, eles devem satisfazer as prescries. Tais dispositivos podem ser disjuntores: NBR IEC 60947-2 ou NBR IEC 60898 ou NBR5361 ; dispositivos de seccionamento combinados com fusveis conforme a IEC 947-3; dispositivos de partida conforme IEC 60947-4 ou dispositivos de seccionamento, controle e proteo proteo devem protegem contra sobrecorrentes: Motores e Cabos IEC 60947-6-2.Estes dispositivos de
4.
Os condutores e os motores devem ser protegidos contra correntes de sobrecarga por um dos seguintes meios: dispositivo de proteo integrante do motor, sensvel temperatura dos enrolamentos; dispositivo de proteo independente, sensvel corrente absorvida pelo motor.
O dispositivo de proteo independente pode ser instalado: prximo aos equipamentos eltricos do motor ou em local remoto no conjunto de manobra e proteo dedicado.
No caso dos dispositivos de proteo estar instalado no motor, este deve ser conforme a IEC 60204-1. No caso em que o dispositivo de proteo esta instalado em local remoto, este deve estar conforme com a norma do produto(ver 6.5.3.5).
Para aplicaes normais, quando for utilizado dispositivo de proteo independente, este deve ter corrente nominal igual corrente nominal do motor ou possuir faixa de ajuste que abranja este valor, ajustado no valor da corrente nominal do motor. Para aplicaes especiais, recomenda-se o emprego de dispositivo de proteo integrante de motor, sensvel temperatura dos enrolamento. Entretanto, quando for empregado dispositivo de proteo
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s
independente, sensvel corrente absorvida pelo motor, ele deve ter caractersticas de atuao compatveis com o regime, corrente de partida, tempo de acelerao e tempo admissvel com rotor bloqueado do motor. Os condutores que alimentam motores de potncia nominal no superior a 0,5 CV (0,37 kW) em aplicaes residenciais e comerciais, conforme 6.5.3.3-b), podem ser considerados protegidos pelo dispositivo de proteo contra sobrecarga do circuito terminal se este tiver corrente nominal ou de ajuste igual capacidade de conduo de corrente dos condutores de alimentao do motor.
5.
A proteo contra correntes de curto-circuito dos condutores que alimentam motores deve ser garantida pelos dispositivos de proteo do circuito terminal. Para que a proteo seja efetiva, necessrio que sejam atendidas as prescries abaixo. NOTA - Na determinao de valores para a proteo contra correntes de curto-circuito, os dispositivos selecionados devem atender s prescries de 5.3.4, 5.7.4.2 e 6.3.4.3. Os circuitos terminais que alimentam um s motor podem ser protegidos contra correntes de curto-circuito utilizando-se: dispositivo fusvel tipo g: para aplicaes normais, conforme 6.5.3.3, a corrente nominal do dispositivo fusvel no deve ser superior ao valor obtido multiplicando-se a corrente de rotor bloqueado do motor pelo fator indicado na tabela 54; quando o valor obtido no corresponder a valor padronizado, pode ser utilizado dispositivo fusvel de corrente nominal imediatamente superior; disjuntor ou dispositivo de controle e proteo com corrente de disparo magntico maior que a corrente de rotor bloqueado do motor. A corrente de disparo magntico deve suficiente para no operar no primeiro pico de partida do motor, mas tambm deve ser compatvel com a coordenao de partida exigida entre contatores e rels de sobrecarga.
NOTA - Para motores de induo fabricados conforme a NBR 7094, pode ser adotado para a corrente de rotor bloqueado o valor mximo admissvel indicado naquela norma. Quando houver mais de um motor ou outras cargas alimentadas por um nico circuito terminal, os motores devem ser protegidos individualmente contra sobrecargas e a proteo contra curtos-circuitos deve ser efetuada por um dos seguintes meios: utilizando-se um dispositivo de proteo capaz de proteger os condutores de alimentao do motor de menor corrente nominal e que no atue indevidamente sob qualquer condio de carga normal no circuito; ou utilizando-se proteo individual na derivao de cada motor, conforme 6.5.3.5.2.1.
6
s
NOTAS O meio referido na alnea b) recomendado para motores de potncia nominal superior a 0,5 CV (0,37 kW). Quando mais de um motor alimentado por um nico circuito terminal, prefervel que as cargas de outra natureza sejam alimentadas por outros circuitos terminais. Um nico circuito terminal pode alimentar um ou mais motores e uma ou mais outras cargas, desde que cada um deles no prejudique o funcionamento adequado dos demais e que as outras cargas sejam protegidas adequadamente. As caractersticas dos dispositivos de partida do motor devem estar coordenadas com o dispositivo de proteo contra curto-circuito, de modo a no causar risco s pessoas ou instalao. Para definio do tipo de coordenao, a ser utilizada deve estar conforme a IEC 60947-4-1 ou a IEC 60947-6-2
Nota: A coordenao dos dispositivos em condies de curto circuito, determina a extenso dos danos nos respectivos dispositivos de partida, aps a ocorrncia deste defeito
6.
Onde uma queda de tenso, ou uma queda e subseqente restaurao da tenso que possa implicar em situaes de risco para pessoas ou propriedades, precaues adequadas devem ser tomadas. Precaues tambm devem ser tomadas onde uma parte da instalao ou equipamento especfico possa ser danificada por uma queda de tenso.
Um dispositivo de proteo contra subtenso no exigido se o dano instalao ou equipamento especfico for considerado aceitvel, desde que no haja risco s pessoas.
NOTA - Esta prescrio se aplica particularmente a aparelhos que contenham motores capazes de partir automaticamente depois de uma parada devido a uma subtenso abaixo de certo valor.
s
7. Controle de motores
Os motores devem ser controlados por partida adequada e, se necessrio, por dispositivos de controle. Dispositivos de partida podem ser combinados com dispositivos para assegurar a proteo de motores, nestes casos, eles devem estar de acordo com as regras aplicveis a dispositivos de proteo. Os circuitos de controle de motores devem ser projetados de forma a prevenir a partida automtica de um motor aps a parada em funo de uma falta ou uma queda de tenso, se tal partida puder causar risco. NOTA - Esta prescrio pode no ser satisfeita em certos casos, como por exemplo, quando a partida de um motor for especificada em intervalos em resposta a um dispositivo de seccionamento automtico, ou quando a no - partida de um motor aps uma breve interrupo na alimentao puder causar risco. Onde a frenagem do motor por contra-corrente for empregada, cuidados devem ser tomados para evitar a reverso do sentido de rotao ao fim da frenagem se tal reverso puder causar risco. Onde a segurana depende do sentido de rotao de um motor, cuidados devem ser tomados para prevenir a reverso de operao devido, por exemplo, queda de uma fase. Dispositivos de partida podem ser combinados queles que providenciam proteo ao motor; eles devem satisfazer s regras aplicveis a dispositivos de proteo. Os diferentes dispositivos para seccionamento e ajuste de um motor, ou de um conjunto de motores combinados, devem ser agrupados.
8.
Pelo exposto at aqui, a partida direta, com plenos valores de potncia e tenso, pode ser feita de diversas maneiras, associando adequadamente entre si, disjuntores e fusveis com contatores e rels de sobrecarga. Essas hipteses esto reunidas na tabela que segue, informando at que ponto cada uma delas traz uma proteo plena perante um dado problema, ou no. Ressalte-se que o uso de uma ou outra combinao de dispositivos tanto um aspecto tcnico quanto econmico. Em outras palavras, solues melhores so tambm de maior custo: cabe ao projetista avaliar at que ponto a carga necessita de uma soluo mais completa ou no.
s
Proteo plena dos motores
Proteo com Fusveis / Disjuntor e Rel de sobrecarga / Disparador de sobrecarga e Sensor trmico (termistor)
M 3
M 3
Causas de aquecimento Sobrecarga em regime de operao Falta de fase Desvios de tenso e freqncia Rotor bloqueado Partida difcil (prolongada) Elevada freqncia de manobras Temperatura elevada (no motor)
Proteo dos motores Total Total Total Total Sem Parcial Sem Total Total Total Parcial Total Total Total Total Total Total Total Total Total Total
Com relao a tabela, temos a comentar: 90% ou pouco mais de todos os motores eltricos ainda hoje so protegidos de acordo com as
solues indicadas na primeira coluna, usando disjuntores com rels de sobrecarga e curto-circuito, ou fusvel, contator e rel de sobrecarga. Recai a soluo sobre o contator, quando o nmero de manobras previstas elevado, pois o disjuntor tem uma durabilidade menor em nmero de manobras. Para mquinas de grande porte ( tanto motores quanto geradores ), e de elevado custo, importante fazer um estudo que leve em considerao um eventual uso dos rels eletrnicos de sobrecarga, pois freqentemente, o custo do equipamento justifica o uso de um sistema mais sofisticado de proteo, onde inclui sensoriamento do aquecimento de motor atravs de termistores e superviso da corrente de fuga. Em ambientes altamente poludos, sobretudo com fibras isolantes, a proteo por rel bimetlico ( que controla correntes ) no eficiente, pois o sobreaquecimento que se apresenta ocasionado pelo entupimento de canais de circulao do ar refrigerante (e no por excesso de perda Joule que seria proporcional corrente). Se esse risco existir e no puder ser evitado, recomenda-se o uso de rels de
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s
sobrecarga eletrnicos com superviso de termistores. Note-se porm que o uso deste rel faz parte de um projeto global da mquina, pois os sensores semicondutores de temperatura os termistores, tem que ser instalados dentro do motor, no seu ponto mais quente. Quando o ambiente est a uma temperatura elevada, acima das de referncia de norma, a troca de calor tambm diminui e o aquecimento aumentado a valores inadmissveis que no sensibilizado por um rel de sobrecarga bimetlico, exigindo o uso de um rel de sobrecarga eletrnico com superviso de termistores. A soluo convencional ( com rel bimetlico) tambm no eficiente perante partidas difceis, prolongadas, pois pode acontecer que essa se d com tempos muito longos de correntes no muito elevadas, de modo que a superviso do rel bimetlico no eficiente. No caso de rotor bloqueado ( que significa o motor ligado e no girando, o que se assemelha a um transformador em curto-circuito ), a proteo apenas por sensoriamento do aquecimento no plenamente confivel porque nesse caso o impacto de corrente acelera abruptamente o aquecimento no tempo, de modo que pode haver danificao antes da resposta dos termistores. Esse um dos casos em que uma dupla proteo por rel de sobrecarga e superviso por termistores levam melhor soluo.
9.
J vimos no item relativo aos tipos de cargas, que motores absorvem da rede uma potncia maior na fase de partida. Esse fato pode levar a flutuaes inadmissveis na prpria rede e no circuito do motor, que a concessionria de energia limita, para no prejudicar outros consumidores. Ento, reportando-nos a norma NBR 5410 edio de 1997, que est em vigor na poca da redao desse texto, e no seu item 6.5.3 Motores, temos: 6.5.3.1 As cargas constitudas por motores eltricos apresentam peculiaridades que as distinguem das demais: a) A corrente absorvida durante a partida muito maior que a de funcionamento normal em carga: b) A potncia absorvida em funcionamento determinada pela potncia mecnica no eixo solicitada pela carga acionada, o que pode resultar em sobrecarga na rede de alimentao, se o motor no for protegido adequadamente. Em razo dessas peculiaridades , a instalao de motores, alm das demais prescries dessa Norma, devem atender tambm as prescries seguintes: 6.5.3.2.Limitao das perturbaes devidas a partida de motores. Para evitar perturbaes inaceitveis na rede de distribuio, na prpria instalao e nas demais cargas ligadas, na instalao de motores deve-se:
10
s
a) Observar as limitaes impostas pela Concessionria local referente a partida de motores: Nota: Para a partida direta de motores com potncia acima de 3,7 kW (5cv), [supostamente em U = 220V] em instalaes alimentadas por rede de distribuio pblica em baixa tenso, consultada a Concessionria local. b) Limitar a queda de tenso nos demais pontos de utilizao, durante a partida do motor, aos valores estipulados em 6.2 Para obter conformidade s limitaes descritas nas as linhas a) e b) anteriores, pode ser necessrio o uso de dispositivos de partida que limitem a corrente absorvida durante a partida. Por outro lado, as cargas motoras em corrente alternada, so identificadas como sendo AC-2 e AC-3, a primeira sigla aplicada a motores do tipo trifsico induo bobinado ou anel, e o segundo a motores trifsicos de induo tipo gaiola, que so a grande maioria dos motores encontrados nas indstrias, por serem mais robustos e mais baratos ( no necessariamente melhores ). Outro fator que hoje precisa ser observado, o rendimento do motor. Devemos dar preferncia a motores de alto rendimento, como perdas reduzidas. Portanto, para potncias acima de 5 cv, necessrio verificar se h necessidade de serem usados deve ser
mtodos de partida, que podem ser de vrias formas, cada um com recomendaes prprias de acordo com a potncia dos motores a eles ligada. Aplicando-se a todos eles, a IEC 60 947 faz recomendaes de coordenao de proteo, e que assim se definem: 1. Um dispositivo de partida, alm de atender a capacidade de carga ( p.ex. motor trifsico, AC-3 ) orientada por norma a obedecer determinados resultados quando sujeita a anormalidades de pior caso, ou seja, um curto-circuito pleno. 2. Um curto-circuito pleno dado como uma fatalidade. A experincia tem demonstrado que um curtocircuito de ordem prtica de menos de 50% do pleno ( pior caso ). Desta forma, a escolha da coordenao de proteo deve considerar as condies prticas de probabilidade do curto-circuito e as exigncias de servio da instalao. Pela IEC 60 947 a coordenao de proteo definida em tipo 1 e tipo 2, e descritas conforme segue: Coordenao tipo 1 Sem risco para as pessoas e instalaes, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-circuito. Porm, o dispositivo de partida no estar em condies de continuar funcionando aps o desligamento, permitindo danos ao contator e ao rel de sobrecarga. Coordenao tipo 2
Sem riscos para as pessoas e instalaes, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-circuito. No pode haver danos ao rel de sobrecarga ou em outras partes com exceo de leve fuso dos contatos do contator e estes permitam fcil separao sem deformao significativa.
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s
Tais correntes so como referncia prtica da ordem plena de IK = 50 kA como corrente presumida de curtocircuito. Pela prpria definio, bem mais seguro o uso da coordenao tipo 2, conforme visto linhas atrs. A soluo porm de custo mais elevado.
Corrente nominal Ie / AC-3 em A 0 16 63 125 315 630 1000 < < < < < < < Ie Ie Ie Ie Ie Ie Ie
1 3 5 10 18 30 42
10.
Pelo visto, a escolha por uma partida direta ou no, depende de: Caracterstica da mquina a ser acionada; Circunstncia de disponibilidade da potncia de alimentao; Confiabilidade de servio, e Distncia da fonte de alimentao, devido a condio de queda de tenso ( norma )
No caso de ser permitida a partida direta, a plena tenso, as curvas caractersticas do motor a ela ligado assim se apresentam:
12
s
11. Partida direta ( plena tenso ) Caractersticas bsicas
10
co rre nt
o ugad conj
resistente conjugado
Aplicada em mquinas com qualquer tipo de carga Mquinas que permitem normalmente suportar o conjugado (torque) de acelerao Fonte com disponibilidade de potncia para alimentao Confiabilidade de servio pela composio e comando simples
Rotao
A composio de uma partida direta pode ser das seis formas citadas na tabela que consta da pgina 62. Porm, dessas, as trs mais usadas so as representadas a seguir. Esquemas de ligao
F1, 2, 3
In
Q1
I>
In
Q1
I>
In
K1
K1
K1
F4
F1
M1
M 3~
M1
M 3~
M1
M 3~
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s
No sendo possvel a partida direta, outros mtodos de partida so utilizados: Partida estrela-tringulo; Partida por auto-transformador ( tambm chamada de compensadora ) Partida suave ( soft-starter ), por meio de eletrnica de potncia.
Na seqncia indicada, esto tambm os custos do dispositivo de partida: uma estrela-tringulo mais barata do que uma partida suave ( soft-starter ), para mesma potncia de motor. E necessrio associar o investimento no motor com o dispositivo de partida. Por essa razo, mquinas pequenas ( acima de 5 cv ou eventualmente maiores de acordo com determinaes da Concessionria de Energia, pelo que vimos), usam uma partida estrela-tringulo; as mquinas maiores, passando pelas compensadoras ( com auto-transformador ), usam, no outro extremo das potncias, a partida suave ( soft-starter ). Um outro aspecto a qualidade da partida, h casos em que os solavancos resultantes de uma partida em estrela-tringulo no so admissveis dentro do regime de funcionamento do motor e sobretudo da carga acionada. Faremos uma anlise detalhada sobre o assunto mais adiante. Vamos analisar individualmente cada mtodo de partida no que segue, e acrescentar a essa informao, dados de fabricantes e curvas caractersticas da resultantes.
12.
Partida estrela-tringulo
Princpio de funcionamento
Motores capazes de terem sua partida atravs de uma partida estrela-tringulo, tem que ser do tipo trifsico, com as 3 entradas e 3 sadas dos rolamentos, acessveis, para fazer a mudana de uma ligao estrela para tringulo. Esse princpio de funcionamento se baseia em: Designando : -Un ........ -Uf ........ -In........... -Ip........... -M .......... tenso nominal tenso de fase corrente nominal de alimentao corrente de partida por fase momento ou conjugado de partida, proporcional ao quadrado de Uf
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s
E baseado no esquema de ligao dos enrolamentos, a seguir, Perodo de partida Perodo nominal
Estrela
L1
(rede 380V)
Tringulo
L1
K1 1 F1 4
1 2
K1
F1
5 F2 2
F2 2 K1 L3 3 4
F3 3 6 K1 5
4 K1 6 5
L2
3 F3
6 4 3 L2 K1
L3
Na ligao estrela
Na ligao tringulo
U fY =
Un 3
U f = Un U f Un = X X U In = I f . 3 = n . 3 X 2 2 M = k.U f = k.Un I f =
2
U Un I p = fY = X X. 3 Un I nY = I pY = X. 3 M Y = k . U fY = k . U n .
2
1 3
Relacionando entre si a corrente de alimentao e os momentos de partida, resulta que, passando da ligao estrela para a tringulo, temos a relao de 1:3, como segue:
I nY I n
Un 1 . X 3 =1 = Un 3 . 3 X
1 MY 3 =1 = 2 M 3 k . Un k . Un .
2
Portanto: Na anlise das curvas de carga, e particularmente na das cargas indutivas (ou motoras), vimos que a corrente de partida plena pode alcanar valores eficazes de 8 x In.
15
s
Se esse valor excessivo, pelas normas e pelas condies de rede ( dados pela Concessionria ), ento, ligando o motor trifsico em estrela na partida, a corrente circulante se situar em torno de 1/3 do valor pleno, e assim algo em torno de 2,66 x In, que perfeitamente aceitvel, se sua circulao no se der por um tempo excessivamente longo. Se, uma vez passada a fase de partida, ou seja, o motor j tiver alcanado sua rotao nominal e assim a corrente tambm j for nominal, ento podemos comutar os enrolamentos para a ligao de funcionamento normal, que ento ser ligada em tringulo, como uma corrente igual a corrente nominal ( In ). A comutao da ligao estrela para a tringulo, dentro de um regime de carga bem definido, feito automaticamente, por meio de rel de tempo associado ao comando de contatores. Ocorre porm que, na comutao da estrela para o tringulo, e com conseqente aumento instantneo da corrente em trs vezes, manifesta-se um impacto mecnico que, de um lado, no por vezes admissvel dentro do regime de funcionamento da mquina acionada, e do outro, esse mesmo impacto leva a acelerar a fadiga mecnica da mquina e do eixo de acionamento do motor, o que reduz sensivelmente a VIDA TIL das partes mecnicas envolvidas. Esse fato ser demonstrado num estudo comparativo citado mais adiante nesse mesmo captulo. As curvas caractersticas de corrente e de conjugado ou momento do motor se apresentam como demonstrado a seguir: Caractersticas bsicas ( tenso reduzida )
5
te ren Cor
o ad ug nj Co
Co rre nte
gado Conju
1
Aplicada no acionamento de mquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente baixo Alivia o conjugado ( torque ) de acelerao em base a tenso inicial ( reduzida ), e conseqente reduo da disponibilidade de potncia para alimentao Deve ser parametrizada em tempo para execuo da partida Em base a sua composio exige melhor qualidade de superviso para se obter confiabilidade de servio ! Aplicvel em motores a serem acionados em grande distncia, otimizando em especial os condutores.
16
s
13. Esquemas de ligao
Unifilar
Definio dos valores de corrente para especificao dos componentes
F1, 2, 3
If = 0,58 . In
F4, 5, 6
If = 0,58 . In
K3
K1
K2
F7
If =
In 3
M1
Trifilar
Circuito de potncia Circuito de comando
Com boto de comando duplo liga-desliga 3SA8 K6 - Rel de tempo Y Contato 15-18 (fecha instantneo) com retardo na
abertura no ajuste de tempo da partida
17
s
14. Partida por auto-transformador ( compensadora )
Esse mtodo de partida atende melhor potncias de carga superiores quelas atendidas pela partida estrela-tringulo. Nesse caso, o controle da potncia ou da corrente feito, mediante o ajuste de derivaes na sada do auto-transformador, em porcentagens normalmente de 65% e 80%; porm, mais outras derivaes podem ser previstas, contanto que as condies de utilizao o necessitem . Tambm nesse sentido, quanto maior o numero de derivaes, menor o desnvel de uma derivao outra quando da comutao e menor o impacto que a carga mecnica sofre, o que vir em benefcio da vida til do equipamento,
15.
Perodo de partida
K1
F1
L3
L1
L2 1 2 3 4
K2
T1
K1
L3
K1
5 L2
K3
2 1
4 3
6 5
Tringulo
L1 (rede 220V/440V)
(rede 220V/440V)
K1
F1
1 2 5 2 6
F3 F2
F1 4
5 2
F2
1 4 3
3 F3
6 T13
K1
L3
K1 3
L2
18
s
Demonstrao para frmula de clculos
Us IL = =k UL Is UL IL
k - 80% k - 65%
IL =k Is IL = k2. In ou IL = k 2 . Ip (65%)
Is Us
Is = k . In IL = 2,95. In
IL = 0,4225 .(7.In )
5
te ren Cor
o ad ug nj Co Co au rre to nt -tr e an sf o
o ador ugad Conj ansform -tr auto o gad nju nte Co ste i res
rm ad o r
0,75 1
0,25
0,5 Rotao
Aplicada no acionamento de mquinas de grande porte que partem com carga parcial Alivia o conjugado (torque) de acelerao em base a tenso inicial (reduzida), e conseqente reduo da disponibilidade de potncia para alimentao Para permitir melhor adequao a partida no acionamento da mquina parametrizvel em tenso inicial (dois nveis a escolher) e em tempo para execuo da partida Em base a sua composio exige melhor qualidade de superviso para se obter confiabilidade de servio Aplicvel em motores a serem acionados grande distncia, otimizando em especial os condutores.
19
s
Unifilar Definio dos valores de corrente para especificao dos componentes
F1, 2, 3
F4, 5, 6
In
K1 K2
IT1L = k2 . In
K3
IT1 = (k - k2) . In
F7 k - 80% k - 65% T1
M1
M 3~
Taps do auto-transformador (0,8 e 0,65) Corrente nominal do motor Corrente na rede com auto-transformador (k = 0,8) Corrente em estrela para conexo do auto transformador (k = 0,65)
20
s
Circuito de comando
43 K11 44
K11
16.
um dispositivo de manobra ( em base eletrnica ), adequado para partida e parada suave, e frenagem onde no se admitem trancos mecnicos. A partida suave atualmente a mais utilizada em cargas acionadas por motores de potncias superiores, operando em categoria de emprego AC-2 e AC-3. Assim, sua aplicao mais encontrada em ventiladores de grande porte, esteiras transportadoras, bombas, compressores, mquinas com grande momento de inrcia de modo geral, e outros semelhantes. Suas caractersticas para especificao so definidas em um programa de simulao em PC e um programa de comunicao para colocao em operao, gerenciamento e manobra em PC.
21
s
Dispositivo de manobra esttica para partida e parada suave SIKOSTART Dispositivo e seus componentes
Limitao de corrente
Tempo de parada
Desligado Ligado
Parada de bomba Frenagem em CC Parada suave Impulso de tenso Economia de energia Partida de emergncia Temperatura ambiente Deteco de partida concl Interface com PC - RS232
A limentao da potncia 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
Sinalizao (LEDs) Operao - (contnuo Falha - (intermitente) Interface para PC (R Microchaves para programao de funes
Tenso de comando
Contatos de falha (1NA+1NF) Contato de partida concluda (1NA) Contato para frenagem em CC (1NA)
22
s
Princpio de funcionamento Neste mtodo de partida, o controle da potncia fornecida na fase de partida feita mediante um escalonamento da frao da tenso de alimentao fornecida a cada instante, em um dado nmero de semicclos de tenso, que pode ser ajustado s caractersticas desejadas, at o seu valor pleno. Esse programa de escalonamento executado por meio de um par de tiristores por fase, ligados em anti-paralelo, e que atuam em funo de um programa previamente estipulado. Com esse procedimento, tem-se a possibilidade de partir do estado de repouso e chegar ao de rotao plena, atravs de uma srie de degraus, cuja variao atende plenamente prpria curva de carga. O que feito na acelerao, pode ser feito, no sentido inverso, na desacelerao, partindo-se da onda de tenso plena e chegando-se, passo a passo, a interrupo total da ondas de tenso. As figuras abaixo ilustram esse procedimento.
L1
UL1-L2
L2
L3
Tiristores
Acelerao
Desacelerao
s
Desenvolvimento do conjugado com a rotao.
3,0 2,4 1,8 1,2 0,6
M / Mn
Mm
Msi
ML
0,0 0
360
720
1080
1440
1800
In Corrente nominal
Ip / In
4,8 3,2 1,6
Ip Isi
Ip - Corrente de partida direta Isi - Corrente de partida suave SIKOSTART
360 720 1080 1440 1800
0,0 0
n Usi
Isi
1,2
2,4
3,6
4,8
24
s
Assim segue seguintes as suas caractersticas bsicas: Aplicada no acionamento de mquinas que partem em vazio e com carga ; Permite parametrizao de tenso oferecendo uma acelerao progressiva e uniforme da mquina, o que possibilita a reduo da potncia necessria ; A qualidade de superviso precisa ser de nvel mais sofisticado; Pela ausncia de choques mecnicos ( trancos ), na acelerao da mquina, aumentam consideravelmente os intervalos de manuteno, o que contribui para uma maior VIDA TIL do equipamento, e Pelas caractersticas bsicas, tem substitudo a partida por auto-transformador (compensadora) com vantagens.
Coordenao de proteo
10000
t/s
1000
F1
100
K1
10
F2 F3
1
(F2) Rel de sobrecarga 3UA55 00-8W 70-88A (F3) Fusveis ultra-rpidos SITOR 3NE4 330 315A
G1
0,1
M 3~
M1
0,01
1 at 8 . In
8 at 20 . In
25
s
F1 - Fusveis retardados NH para proteo do sistema K1 - Contator de alimentao e retaguarda de manobra F2 - Rel de sobrecarga para proteo do motor
F3 - Fusveis ultra-rpidos SITOR para proteo de retaguarda da eletrnica de potncia G1- Dispositivo de manobra esttica de partida e parada suave SIKOSTART M1- Motor trifsico com rotor em curto-circuito
N L1 L2 L3 PE
F23 F22
F21
..
K1
F1,2,3 S1
F1, 2, 3 - Fusveis - proteo do sistema K1 - Contator - dispositivo de entrada e retaguarda de manobra F7 - Rel de sobrecarga - proteo e retaguarda para o motor
F4, 5, 6
. .
G1 F7
K1 G1
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
16 17
..
F4, 5, 6 - Fusveis ultra-rpidos - proteo e retaguarda da eletrnica de potncia G1 - SIKOSTART Dispositivo de manobra esttica para partida suave F21/F22/F23 - Fusveis - proteo dos circuitos de comando S1 - Boto cogumelo com reteno - desligamento de emergncia do comando e potncia S2/S3 - Boto de impulso - liga-desliga do comando e potncia Z1 - Supressor de sobretenso - RC ou varistor
L1L2 L3
N/L
. . . . .. .
S2 S3 K1 K1 Z1
F7
AC 380-415V AC 200-240V AC 100-240V N/L DCL + 24V Start Stop Remot reset Group alarm Motor running DC Braking
..
T1 T2T3
UV W H1 M1 3~
26
s
Usando disjuntor como dispositivo de entrada
N L1 L2 L3 PE
F23 F22
F21
..
I> I> I>
F1, 2, 3 - Fusveis - proteo do sistema K1 - Contator - dispositivo de entrada e retaguarda de manobra F7 - Rel de sobrecarga - proteo e retaguarda para o motor F4, 5, 6 - Fusveis ultra-rpidos - proteo e retaguarda da eletrnica de potncia
F4, 5, 6
S1
Q1
. .
S5 S6 S4
. .
S7
G1 - SIKOSTART dispositivo de manobra esttica para partida e parada suave F21/F22/F23 - Fusveis - proteo dos circuitos de comando S1 - Boto cogumelo com reteno desligamento de emergncia do comando e potncia S4/S5 - Boto de impulso - liga-desliga do comando S6 - Boto de impulso - rearme aps parada suave/falhas
. .
AC 380-415V AC 200-240V AC 100-240V N/L DCL + 24V Start Stop Remot reset Group alarm Motor running DC Braking
..
T1 T2T3
S7 - Comutador com reteno - preparao do acionamento Z1 - Supressor de sobretenso - RC ou varistor H1 - Sinalizao - motor em regime normal de operao
UV W N/L
Q1-F4 U<
H1
M1
3~
Oscilogramas de corrente e conjugado Sempre lembrando a origem da necessidade dos dispositivos de partida, e aps sua anlise detalhada, vamos ver os resultados obtidos, mediante medies em oscilogramas, conforme representado no que segue.
Observe : 1. Na partida direta, a corrente de partida tem uma intensidade da ordem de at 8 x In. 2. No mesmo perodo da sobrecorrente, tem-se um impacto de conjugado mdio que atinge at 3 x Mn, e conseqente rpida fadiga mecnica do material; 3. J na partida estrela-tringulo, o pico de corrente na ligao estrela ( que o primeiro ), se reduz a 1/3 do valor anterior, e parcialmente, o conjugado nesse instante. Passada a fase de partida, aparece um pico de corrente quando o dispositivo de partida comutado para tringulo, mas o correspondente pico de conjugado de quantidade de energia mecnica bem menor. 4. Usando a partida suave, todo esse processo se distribui ao longo do tempo de partida, evitando as inconvenincias anteriores.
27
s
Oscilogramas Desenvolvimento de partida
Conjugado
Mmx
Mmx
Mmx
28
s
17. Categoria de Emprego
AC 1 AC 2 AC 3 AC 4
Cargas no indutivas ou de baixa indutividade Resistncias Motores com rotor bobinado (anis) Partida com desligamento na partida e regime nominal Motores com rotor em curto-circuito (gaiola) Partida com desligamento em regime nominal Motores com rotor em curto-circuito (gaiola) Partida com desligamento na partida, partida com inverso de rotao, manobras intermitentes
AC 5a AC - 5b AC - 6a AC - 6b AC - 7a AC - 7b AC - 8 DC - 1 DC - 3 DC - 5 DC 6 AC - 12 AC - 13 AC - 14 AC - 15 DC - 12 DC - 13 DC - 14
Lmpadas de descarga em gs (fluorescentes, vapor de mercrio ou sdio) Lmpadas incadescentes Transformadores Banco de capacitores Cargas de aparelhos residenciais ou similares de baixa indutividade Motores de aparelhos residenciais Motores-compressores para refrigerao com proteo de sobrecarga Cargas no indutivas ou de baixa indutividade Resistncias Motores de derivao (shunt) Partidas normais, partidas com inverso de rotao, manobras intermitentes, frenagem Motores srie Partidas normais, partidas com inverso de rotao, manobras intermitentes, frenagem Lmpadas incandescentes Cargas resistivas e eletrnicas Cargas eletrnicas com transformador de isolao Cargas eletromagnticas 72 VA Cargas eletromagnticas > 72 VA Cargas resistivas e eletrnicas Cargas eletromagnticas Cargas eletromagnticas com resistncias de limitao
29
s
18. Tabelas de escolha
Quando da construo ou montagem desses dispositivos de partida, de todos os tipos analisados, claro que precisamos, em funo de alguns dados bsicos da prpria carga ligada, fazer a escolha dos componentes apropriados. Nesse sentido, a ttulo de exemplo, seguem tabelas j preparadas pelo fabricante, onde, para algumas potncias motoras de referncia mais freqentes, j temos a indicao de todos os componentes principais dos circuitos respectivos, que so muito teis para rapidamente resolver esse aspecto de um projeto. Alguns detalhes devem ser destacados: As categorias de emprego so basicamente as AC-2 e AC-3, portanto, de motores tipo anel ( ou enrolado, bobinado) sendo AC-2 e o motor tipo gaiola, como AC-3. Tanto nos disjuntores quanto nos contatores previstos, j vem a indicao da faixa de ajuste dos rels de sobrecarga. De modo geral, o ajuste se faz no valor da corrente de servio, e esse valor deve preferencialmente cair do meio para o final ( fundo ) da respectiva faixa de ajuste. Os fusveis mximos indicados so do tipo retardado, que so prprios para motores eltricos. No caso particular da partida suave, a parte de potncia protegida por fusveis retardados, porm a parte da eletrnica de potncia ( tiristores ), por fusveis ultra-rpidos. Caso contrrio, os tiristores no suportaro eventuais sobrecorrentes durante o seu tempo normal de operao. A corrente presumida de curto-circuito, indicada, deve ser comparada com o valor existente fabricante dos dispositivos, quanto material. na
instalao a que o dispositivo de partida se destina. No caso de grande divergncia, consultar o necessidade de alguma mudana no critrio de escolha do
30
s
19. Partida direta
Coordenao tipo 2
Tabela de escolha Motores trifsicos Componentes: Rel de sobrecarga F7 Fusvel mximo Faixa de DIAZED, NH ajuste F1, 2, 3 (A) (A)
7 - 10 45 - 63 20 100
Corrente Contator Potncias mximas admissveis em servio normal nominal mxima K1 AC-2 / AC-3, 60 Hz em 220
(cv) (kW) (cv) (kW) 3 2,2 25 18,5
380
5 3,7 40 30
440
6 4,5 40 - 50 30 - 37
(A)
9 63 3RT10 16-1A**1 1) 3RT10 44-1A**0 1) 3RU11 16-1JB0 3RU11 46-4HB0
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores para a tenso e freqncia de comando desejadas 2) Tenso de comando: 110 V 50-60 Hz G e 220 V 50-60 Hz M 3) Coordenao tipo 1 - IEC 60947
Partida direta.
Coordenao tipo 1
Tabela de Motores trifsicos
Potncias mximas na categoria de utilizao AC-3 60 Hz em 220 V (cv / kW) 3 / 2,2 440 V 380 V 500 V 400 V (cv / kW) (cv / kW) 5 / 3,7 6 / 4,5
Componentes:
Corrente Disjuntor nominal mxima
Rel de sobrecarga
Faixa de ajuste (A) 7 - 10
(A 9
Q1 3RV10 11-1KA10
F1 3RU11 16-1JB0
25 / 18,5
40 / 30
40 / 30 50 / 37
63
3RV10 41-4KA10
57 - 75
3RT10 44-1A** 1)
3RU11 46-4HB0 45 - 63
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores para a tenso e freqncia de comando desejadas
31
s
Partida direta.
Coordenao tipo 2
Tabela de Motores trifsicos
Potncias mximas na categoria de utilizao AC-3 60 Hz em 220 V
Componentes:
Corrente Disjuntor nominal mxima
380 V 440 V 400 V 500 V (cv / kW) (cv / kW) (cv / kW) (A 3 / 2,2 5 / 3,7 6 / 4,5 9
Q1
F1 3RU11 36-1JB0
25 / 18,5 40 / 30
40 / 30 50 / 37
63
3RV10 41-4KA10 57 - 75
3RT10 44-1A** 1)
3RU11 46-4HB0
45 - 63
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores para a tenso e freqncia de comando desejadas
20.
Partida estrela-tringulo.
Coordenao tipo 2
Tabela de Motores
Potncias mximas admissveis em servio normal AC-3, 60 Hz em
Componentes:
Corrente nominal Contatores mxima K1 e K2
56
K3
1)
220 V 380 V 440 V (A) (cv) (kW) (cv) (kW) 20 15 30 22 40 30 50 37 40 30 60 45 3RT10 34-1A** 0 3RT10 35-1A** 0 3RT10 26-1A** 0 3RT10 34-1A** 0
3RU11 36-4FB0 28 - 40
74
1)
1)
3RU11 36-4GB0 36 - 45
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores e rel de tempo para a tenso e freqncia de comando desejadas. Utilizar bloco aditivo de contatos auxiliares para atender ao esquema de ligao
32
s
Partida estrela-tringulo.
Coordenao tipo 1
Tabela de escolha
Motores trifsicos
Potncias mximas admissveis em servio normal AC-3, 60 Hz em 220 V
(cv) (kW) (cv) (kW) 20 15 30 22
Componentes:
Corrente nominal mxima
2)
Contatores
K1 e K2 K3
Rel de sobrecarga
F1 Faixa de ajuste (A)
28 - 40 36 - 45
380 V
40 30 50 37
440 V
40 30 60 45
(A)
56 74
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores e rel de tempo para a tenso e freqncia de comando desejadas. Utilizar bloco aditivo de contatos auxiliares para atender ao esquema de ligao Corrente presumida de curto-circuito: at 205A - 50 kA em 220 / 380 VCA - 40 kA em 440 VCA
21.
Tabela de escolha
Motores trifsicos Componentes:
Rel de tempo K6 - 7PU00 20-7A**01) e contator auxiliar K11 - 3TH40 22-0A**1) ou 3TH30 22-0A**1) e
Potncias mximas admissveis em servio normal AC-3, 60 Hz em 220V 380V 440V
(cv) (kW) (cv) (kW) 100 75 300 220 175 132 500 375 200 150 550 400
Rel de sobrecarga
K2
K3
F7
(A)
315
(A)
224
3TF52 22-0A** 1)
3TF49 22-0A** 1)
3UA66 00-3D
700
3TF69 44-0C** 1)
3TF57 22-0C** 1)
3TF54 22-0A** 1)
3RB12 62-0L*20
2)
200 - 820
1000 3)
500
1) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores e rel de tempo para a tenso e freqncia de comando desejadas 2) Tenso de comando: 110 V 50-60 Hz G e 220 V 50-60 Hz M 3) Coordenao tipo 1 - IEC 60947
33
s
Partida por auto-transformador ( compensadora ).
Coordenao tipo 1
Tabela de escolha
Motores trifsicos Componentes:
Rel de tempo K6-7PU00 20-7N**2)0 contator auxiliar K11-3TH40 22-0A**2) e
Contator Rel de sobrecarga
Potncias mximas Corrente Disjuntor admissveis em servio nominal normal AC-3, 60Hz em mxima 220V 380V 440V (A)
(cv) 100 (kW) 75 (cv) 200 (kW) 150 175 132 350 250 200 250 400 300 250
Q1
Ajuste
(A)
K1
K2
3TF52 22-0A** 2)
K3
3TF49 22-0A** 2)
F1
3UA66 00-3D
Faixa de ajuste
(A)
200 - 320
3VF51 11-6EL71 160 - 315 3TF54 22-0A** 2) -0AA0 3VF61 11-6EL74 250 - 500 3TF57 22-0C**2) -0AA0
475
3TF55 22-0A**2)
3TF52 22-0A** 2)
3UA68 00-3F
320 - 500
2) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores para a tenso e freqncia de comando desejadas Corrente presumida de curto-circuito: at 205A - 50 kA em 220 / 380 VCA - 40 kA em 440 VCA - 25 kA em 500 VCA at 475A - 50 kA em 220 / 380 / 440 VCA - 40 kA em 500 VCA
22.
A tabela de escolha destina-se a especificao da partida esttica ( soft-starter ) para motores acoplados bombas e compressores centrfugos que trabalham em rede com vlvula/registro ajustada a meia vazo na partida ou ventiladores e exaustores em que o momento de inrcia referido ao eixo do motor seja menor que 10 vezes o momento de inrcia do motor, freqncia de manobras de at 10 manobras por hora, fator de marcha 30%, parametrizada e programada, conforme segue: Parametrizao - Potencimetros Tempo de rampa ( Ramp time ): at 10 s Tenso inicial ( Start voltage ): 35 a 50% Limite de corrente ( Limit current ): 4,5 x In Tempo de parada ( Stop time ): qualquer posio ( at 10 s 2) )
Programao - Microchaves ( veja pgina 73 ) 1 - Desligada - esquerda 2) 2 - Desligada - esquerda 2) 3 - Desligada - esquerda 4 - Desligada - esquerda
34
s
Partida suave
Coordenao tipo 2
Tabela de escolha Motores trifsicos Componentes: o Temperatura mxima ambiente 40 C
Potncias mximas admissveis em servio normal AC-2/AC-3, 60 Hz em
3)
G1 220 V (cv) 50 380 V 100 75 200 150 600 450 440 V 100 75 200 150 700 500 3RW22 47-0DB15 3RW22 40-0DB15 3RW22 35 0DB15
F7
135
200 - 820
(3X)
5)
(kW) 250
3WN62 61-0FB05-0AA3
3) Complementao do tipo ( ** ): consultar catlogo dos contatores para a tenso e freqncia de comando desejadas 4) Definio da especificao em base a corrente de curto-circuito, consultar catlogo do disjuntor. Para atender aos esquemas de ligao, especificar como acessrios o rel de sub-tenso e contatos auxiliares 6) Tenso de comando: 110 V 50-60 Hz G e 220 V 50-60 Hz M 5) Nmero de fusveis em paralelo por fase.
23.
Pelo formulrio bsico dado no incio desse texto, vimos que o fator de potncia parte da determinao da potncia ativa, que se transforma em trabalho til. Esse fator de potncia depende do tipo de carga: so as cargas resistivas que tem seu valor mais elevado ( praticamente igual a unidade ), e cargas indutivas, que tem valores sensivelmente menores ( da ordem de 0,65-0,70 ). Sabemos que esse fator de potncia resulta do defasamento vetorial entre tenso e corrente, e que o defasamento indutivo contrario ao capacitivo. Portanto, se temos um baixo fator de potncia indutivo, podemos compensa-lo sobrepondo ele um defasamento capacitivo. Isso, na realidade, se faz, associando motores ( carga indutiva ) com capacitores ( carga capacitiva ). Nesse sentido, para possibilitar uma rpida correo do fator de potncia da carga principal ligada, se essa tem baixo fator de potncia, podemos utilizar o esquema de ligao de capacitores indicado, para uma compensao individual, que porm no a nica existente. Indicamos ainda uma tabela que possibilita o calculo da potncia capacitiva a ser instalada, em funo do fator de potncia que se quer alcanar. Valores de referncia so compreendidos entre 0,95 e 0,98, lembrando que, pela atual legislao da rea energtica, o valor mnimo de 0,92.
35
s
Esquema de ligao
Partida estrela-tringulo Correo individual do fator de potncia
F01
F02
K5- Contator para manobra de capacitores
K1
K3
K2
K5 Ra
Ra- Resistor de amortecimento (j includo no contator) Rd- Resistor de descarga (j includa no banco de capacitores) C1- Banco de capacitores
F1 M 3~ C1
Rd
Tabela de clculo da potncia capacitiva necessria Fatores de multiplicao para determinar a potncia capacitiva ( kvar ) necessria a correo do fator de potncia.
Fator de potncia na Fatores para clculo de potncia capacitiva ( kvar ) por potncia ativa ( instalao 0.70 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95 0.96 0.97 0.98 kW ) com fator de potncia corrigido para 0.90 0.536 0.398 0.266 0.136 0.000 0.000 0.95 0.691 0.553 0.421 0.291 0.155 0.000 0.96 0.728 0.590 0.458 0.328 0.192 0.037 0.000 0.97 0.769 0.631 0.499 0.369 0.233 0.079 0.041 0.000 0.98 0.817 0.679 0.547 0.417 0.281 0.126 0.089 0.048 0.000 0.99 0.877 0.739 0.609 0.477 0.341 0.186 0.149 0.108 0.060 1.00 1.020 0.882 0.750 0.620 0.484 0.329 0.292 0.251 0.203
36
s
24. Motores eltricos
Sem ser a nica, os motores eltricos so a principal carga industrial que encontramos ligada aos dispositivos antes mencionados. Em termos globais, de recente levantamento estatstico, o mercado brasileiro de consumo se apresenta como representado abaixo.
Aquecimento 20%
Refrigerao 6% Iluminao 2%
Motores 51%
Dos diversos tipos de motores, representados no que segue, cerca de 85-90 % se concentram nos motores de corrente alternada ( CA ), polifsicos, induo ,gaiola, que, apesar de no serem necessariamente os eletricamente melhores, so os mais robustos e baratos. Essa a razo de sua preferncia. Tais motores, at h pouco tempo atrs, eram freqentemente fabricados com elevadas perdas, o que evidentemente prejudicava o seu uso racional e dava um mau aproveitamento a energia gerada. Atualmente, porm, apesar de um custo um pouco mais elevado na aquisio, os motores de alto rendimento tem sido preferidos, at porque o custo a mais compensado com uma boa rapidez pelas menores perdas que tem que ser pagas e no produzem trabalho til.
37
s
Famlia dos motores eltricos
Motores de CC
Gaiola Induo
-Split phase -Capacitor -Capacitor permanente -Shaded pole -Dois capacitores -Repulso -Repulso na partida -Repulso - induo
Monofsicos Sncronos
Rotor enrolado
Motores de CA
Polifsicos
-Histerese -Relutncia -Im permanente Gaiola Rotor enrolado ( bobinado com anel )
Induo Sncronos
Universais
Critrios de escolha de motores eltricos Quando da definio do motor que necessitamos para acionar uma certa carga, a potncia eltrica ( P em kW ou cv, e no em HP ), a tenso eltrica ( U, em volts ou V ), a freqncia e o fator de potncia so fatores fundamentais, porm no nicos. Para orientar sob esse aspecto, acompanhe a figura que segue, que menciona os fatores que precisam ser definidos.
38
s
Fase 1
Condies Ambientais Climticas, geogrficas (altitude, temperatura), ecolgicas, entre outros.
Fase 2
Fase 3
Fontes de alimentao Rede pblica ou gerador prprio, qualidade de energia fornecida, tenses disponveis, freqncia, etc ...
Caractersticas intrnsecas Tipo construtivo (IM), ventilao, grau de proteo (IP), classificao trmica
Econmica
Caractersticas de carga Tipo de carga, n de manobras/unidade de tempo condies de partida, regime de servio
25.
Regimes de servio
Um motor eltrico no vai, necessariamente, ficar ligado o tempo todo, de modo que, como esse fato vai influir sobre o dimensionamento da potncia necessria para acionar uma carga, a norma de motores definiu 8 regimes diferentes, representados no que segue. Nessas curvas, a primeira indica a grandeza e o tempo de circulao da carga ligada ( P , em watts ), a segunda, as perdas ( joule e magnticas ) que aparecem durante a fase de funcionamento, e a terceira, a elevao de temperatura que ocorre devido as perdas citadas. Observe-se que, a temperatura mxima que o motor vai poder ter ( soma da temperatura ambiente + o aquecimento devido as perdas ) um valor que depende dos materiais ( sobretudo isolantes ) com que o motor fabricado. Nesse sentido, podemos fazer referncia a norma NBR 7034, cuja classificao geral est integralmente reproduzida mais adiante, e mais um detalhamento de uma dessas classes, para demonstrar o detalhe dado pela norma.
39
s
Portanto: a temperatura a que o componente / equipamento pode chegar , NO UM VALOR NICO ! Depende da classe de temperatura que os materiais suportam.
Regimes de servio
tS P t Pp
P t
Pp
max
max
t Pp Pp t t
max
t
max
t =
t t +t
t =
t A + tB t A + t B + t St
40
tS
tB
tBr tSt tA
max
t
S5: Servio intermitente com influncia da frenagem eltrica Fator de durao do ciclo:
tr =
t A + t B + t Br t A + t B + t Br + t St
tS P tL tB
t Pp t
max
tS
t
P tA Pp tB tSt t
tr =
tB t B + tL
max
S7: Servio ininterrupto com partida e frenagem eltrica Fator de durao do ciclo:
tr = 1
41
s
tB tBr1 P tA tB1 tB2 tB3 t tBr2
Pp t
max
t r
S8: Servio ininterrupto com variaes peridicas de velocidade A B1 Fatores de r1 durao do A B1 Br1 B2 Br 2 ciclo:
t =
t +t t +t +t +t +t
+ tB3
tr 2 =
t Br1 + t Br 2 t A + t B1 + t Br1 + t B 2 + t Br 2 + t B 3
26.
Baseado na norma NBR 7034, os motores podem pertencer a uma das seguintes Classes de Temperatura: Classe Y A E B F H C Temperatura Mxima ( C) 90 105 120 130 155 180 Acima de 180
o
Cada uma dessas classes formada de materiais, particularmente isolantes, que so os termicamente mais sensveis, suportando menores temperaturas do que os metais utilizados.
42
s
Os materiais que suportam as temperaturas mencionadas esto indicados em cada Classe da norma, do mesmo modo como o exemplificado na tabela que segue: Classe Materiais Isolantes De aglutinao impregnao ou revestimentos F / 155 C Temperatura mxima
o o
De impregnao para tratamento do conjunto Resinas alqudicas, epoxi, poliuretanos com estabilidade trmica elevada. Resinas silicone-alqudicas e silicone fenlicas e outras de elevada classe de temperatura.
Nenhum
Tecido envernizado Resinas alqudicas, de de fibra de vidro. Mica aglutinada e poliuretanos com estabilidade trmica elevada. Resinas silicone-alqudicas
servio = 145 C
Isso, representado graficamente, leva a figura que segue, onde se destaca: A temperatura ambiente de referncia de 40 C, conforme Norma. Temperaturas diferentes dessa, precisam de um fator de correo da potncia disponvel no motor A temperatura total atuante sobre o material a soma da temperatura ambiente, mais a elevao de temperatura dada pelas perdas, e deduzido um valor de segurana, de 10-15 C Quanto maior a temperatura que o material isolante suporta, ou quanto maior a troca de calor das perdas, maior a potncia disponvel no motor. Classe de isolao VDE 0530
180 155
oC
130
125 80 100
Sobreaquecimento limite ( aquecimento ) em K ( valor mdio ) Temperatura mxima permanente admissvel em oC
40 B
40 F
40 H
43
s
Altitude
Quanto maior a altitude da instalao onde vai o motor, menor a densidade do ar e menor a troca de calor, pois so as molculas do ar que absorvem esse calor. Porm, quanto menor a troca de calor, maior o aquecimento interno da mquina, e maior a necessidade de reduzir as perdas, reduzindo a corrente, com conseqente menor potncia disponvel. Portanto: quanto maior a altitude, menor a potncia disponvel. bem verdade que, quanto maior a altitude, menor costuma ser a temperatura ambiente e, sob esse aspecto, maior a troca de calor. Consequentemente, pode at haver uma compensao entre uma reduo de troca de calor devido a altitude e uma maior troca, devido a menor temperatura ambiente. De qualquer maneira, temos que aplicar os respectivos fatores de correo, que podem tanto ser indicados em tabelas quanto em grficos. As curvas do grfico que segue nos do uma idia de um caso particular, onde esses dois fatores j esto combinados, demonstrando como se comporta a variao de potncia em funo dos mesmos. Motores trifsicos
Potncia admissvel 110 % 105
1 2
100 95 90 85 80 10 20 30
1: Altitude 0 ... 1000 m 2: Altitude 1500 m 3: Altitude 2000 m 4: Altitude 2500 m 5: Altitude 3000 m
3 4 5
40
50 60 oC Temperatura ambiente
27.
Grau de proteo
Na pgina 21 desse texto, vem definido o que Grau de Proteo. Ele tambm, pelos mesmos fatores antes mencionados, se aplica aos motores eltricos. No presente caso, apesar de ser necessrio dotar o motor de um adequado IP, nota-se que motores mais fechados, mais encapsulados, tambm vo ter prejudicada sua troca de calor e consequentemente, ocorrero maiores elevaes de temperatura, que podem ultrapassar os valores admissveis.
Coordenao de partidas de motores eltricos 44
s
Portanto, quando da definio da potncia necessria do motor, fazer um estudo prvio sobre as condies em que ele vai operar e qual o grau de proteo necessrio. Com esse grau de proteo definido, estabelecer a potncia necessria. Na tabela da pgina seguinte, alguns exemplos de graus de proteo e o que eles definem.
28.
Categorias de conjugado
Variando a construo das ranhuras, o formato dos condutores dentro dessas ranhuras e o metal utilizado nessa construo, variam os conjugados, notadamente os de partida.
100 50
10
20
30
40
50 60
70
80
90
100
Velocidade (%)
Tais conjugados tem as seguintes aplicaes principais: Categoria N: Categoria H: Categoria Conjugado e corrente de partida normais, baixo escorregamento. Se destinam a cargas normais tais como bombas, mquinas operatrizes e ventiladores. Alto conjugado de partida, corrente de partida normal, baixo escorregamento. Recomendado para esteiras transportadoras, peneiras, britadores e trituradores; D: Alto conjugado de partida, corrente de partida normal, alto escorregamento. Usado em prensas excntricas, elevadores e acionamento de cargas com picos peridicos.
45
s
Graus de proteo IEC 34 Parte 5 VDE 0530 Parte 5 NBR 9884 Exemplos Classe de Motor proteo Primeiro algarismo indicativo Proteo contra contatos Refrigerao interna IP 22 IP 23 IP 21 Contatos com os dedos Proteo corpos estranhos Slidos medianos acima de 12 mm Segundo algarismo indicativo Proteo contra gua Queda vertical gotas de gua Gotas de gua at 15 com a vertical Chuvisco at 60 com a vertical
o o
IP 44
IP 54 Refrigerao de superfcie IP 56 IP 55
Proteo total
Projeo de gua em todas as direes Jato de gua em todas as direes Inundaes passageiras e fortes radiaes
IP 65 IP 67
Proteo total
Penetrao de poeira
Jato de gua em todas as direes Imerso sob condies fixas de presso e tempo
46
s
29. Dados de encomenda
Ao adquirir um equipamento/componente/dispositivo, sempre nos defrontamos com o que precisamos conhecer para adquirir corretamente. Dentro do objetivo de colocar na mo dos profissionais, dados prticos concretos, relacionamos a seguir, dentro do escopo desse texto, os dados necessrios, caso a caso, relacionando inicialmente os dados sempre necessrios.
Dados especficos Disjuntores Tenso nominal mxima ......................................................................... ____ V Corrente mxima de interrupo Icu ou Ics / Tenso de rede ................ ____ kA / ____ V
o
Corrente nominal mxima / Temperatura ambiente ................................ ____ A / ____ C Nmero de plos ..................................................................................... ____ plos Rel disparador de sobrecarga ............................ no Rel disparador de curto-circuito ......................... no , sim , sim fixo fixo ajustvel ____ a ____ A ajustvel ____ a ____ A
47
s
Seccionador Tenso nominal mxima ...................................................................... ____ V Corrente nominal / Categoria de emprego ........................................... ____ A AC-___ ou DC-___ Proteo de curto-circuito - fusvel ( tipo / corrente nominal ) ................. Tipo____ / ____ A Fusvel Tenso nominal mxima ......................................................................... ____ V Corrente mxima de interrupo / Tenso de rede ................................. ____ kA / ____ V Corrente nominal / Tamanho ................................................................... ____ A Contator de potncia Tenso nominal mxima ......................................................................... ____ V Corrente nominal / Categoria de emprego .............................................. ____ A AC-___ ou DC-___ Tenso de comando / Freqncia .......................................................... ____ V / ____Hz Contatos auxiliares ( Quantidades / Execuo ) ..................................... ____ NA + ___NF Rel de sobrecarga Tenso nominal mxima ......................................................................... ____ V Faixa de ajuste ........................................................................................ ____ a ____ A Contatos auxiliares ( Quantidades / Execuo ) ..................................... ____ NA + ___NF Contator auxiliar Tenso nominal mxima ......................................................................... ____ V Corrente nominal / Categoria de emprego .............................................. ____ A AC-___ ou DC-___ Tenso de comando / Freqncia .......................................................... ____ V / ____Hz Contatos auxiliares ( Quantidades / Execuo ) ..................................... ____ NA + ___NF tamanho ____
48
s
30. Smbolos Grficos ( conforme NBR / IEC / DIN ) Smbolo Descrio Resistor Resistor varivel Reostato Resistor com derivaes fixas Enrolamento / Bobina
3
Smbolo
ou
Descrio Contato normalmente aberto (NA) com fechamento temporizado Contato normalmente fechado (NF) com abertura temporizada Disjuntor ( unifilar ) Disjuntor motor ( unifilar ) com rels disparadores de sobrecarga e curtocircuito Seccionador Seccionador sob carga Fusvel Tomada e plugue
ou
Contato normalmente aberto (NA) Contato normalmente aberto prolongado (NA) Contato normalmente fechado (NF) Contato normalmente fechado prolongado (NF) Contato comutador
Acionamento manual
Acionamento pelo p
Acionamento saliente de emergncia Bobina de acionamento ( ex.:contator ) Acionamento por sobrecarga ( ex.:bimetal )
49
Smbolo
Descrio Acionamento por energia mecnica acumulada Acionamento por motor Acionamento com bloqueio mecnico
Smbolo
Descrio Acionamento eletromagntico (ex.: bobina de contator ) Acionamento magntico duplo (ex.: bobina com duplo enrolamento ) Acionamento temporizado no desligamento (ex.: rel de tempo temporizado no desligamento ) Acionamento temporizado na ligao (ex.: rel de tempo temporizado na ligao ) Acionamento temporizado na ligao e no desligamento (ex.: rel de tempo temporizado na ligao e desligamento ) Dispositivo de proteo contra surtos ( DPS ) Sensor
ou
ou
Acionamento com bloqueio mecnico em duas direes Acionamento com posio fixa
ou
Acionamento temporizado Acoplamento mecnico desacoplado Acoplamento mecnico acoplado Acionamento manual ( ex.: seccionador e comutador ) Acionamento por impulso ( ex.: boto e comando ) Acionamento por bloqueio mecnico de mltiplas posies (ex.: comutador de 4 posies ) Acionamento mecnico (ex.: chave fim de curso )
ou
ou
ou
ou
ou
1 234 2/3
M 3~
Tiristor
50
Smbolo
Smbolo Sirene
Descrio
Inversor de freqncia
Lmpadas / Sinalizao
~
Conversor Contator e rel de sobrecarga com contatos auxiliares
ou
Buzina
x x x
Campainha
U<
. .
I> I> I>
51
s
31. Smbolos literais Para identificao de componentes em esquemas eltricos conforme IEC 113.2 e NBR 5280. Smbolo
A B
Componente
Conjuntos e subconjuntos Transdutores
Exemplos
Equipam. laser e maser. Combinaes diversas Sensores termoeltricos, clulas termoeltricas, clulas fotoeltricas, transdutores a cristal, microfones fonocaptores, gravadores de disco Elementos combinados, mono e bi-estveis, registradores, gravadores de fita ou de disco. Dispositivos de iluminao, de aquecimento, etc Fusveis, pra-raios, disparadores, rels Geradores rotativos, alternadores, conversores de freqncia, soft-starter, baterias, osciladores. Indicadores acsticos e pticos Contatores de potncia e auxiliares. Bobinas de induo e de bloqueio Componentes analgicos, amplificadores de inverso, magnticos, operacionais, por vlvulas, transistores. Instrumentos indicadores, registradores e integradores, geradores de sinal, relgios Disjuntores, seccionadores, interruptores
C D
Capacitores Elementos binrios, dispositivos de temporizao, dispositivos de memria Componentes diversos Dispositivos de proteo Geradores, fontes de alimentao
E F G
H K L M N
Reostatos, potencimetros, termistores, resistores em derivao, derivadores Dispositivos e botes de comando e de posio ( fim-de-curso) e seletores Transformadores de distribuio, de potncia, de potencial, de corrente, autotransformadores. Discriminadores, demoduladores, codificadores transmissores telegrficos Vlvulas, vlvulas sob presso, diodos, transistores, tiristores Jampers, cabos, barras coletoras, acopladores dipolos, antenas parablicas. Blocos de conectores e terminais, jaques, Freios, embreagens, vlvulas pneumticas Rede de balanceamento de cabos, filtros a cristal
Moduladores, conversores
X Y Z
Terminais, tomadas e plugues Dispositivos mecnicos operados mecanicamente Cargas corretivas, transformadores diferenciais. Equalizadores, limitadores
52
s
32. Anotaes
53
Fbrica So Paulo: Rua Cel. Bento Bicudo, 111 Lapa 05069-900 Tel. (55 11) 3833-4511 Fax (55 11) 3833-4655 Vendas Belo Horizonte: Tel. (55 31) 3289-4400 Fax (55 31) 3289-4444
Braslia: Tel. (55 61) 348-7600 Fax (55 61) 348-7639 Campinas: Tel. (55 19) 3754-6100 Fax (55 19) 3754-6111 Curitiba: Tel. (55 41) 360-1171 Fax (55 41) 360-1170
Fortaleza: Tel. (55 85) 261-7855 Fax (55 85) 244-1650 Porto Alegre: Tel. (55 51) 3358-1818 Fax (55 51) 3358-1714 Recife: Tel. (55 81) 3461-6200 Fax (55 81) 3461-6276
Rio de Janeiro: Tel. (55 21) 2583-3379 Fax (55 21) 2583-3474 Salvador: Tel. (55 71) 340-1421 Fax (55 71) 340-1433 So Paulo: Tel. (55 11) 3817-3000 Fax (55 11) 3817-3071
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