10º2B Nº2 - Atletismo

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Educação Física - Atletismo

2021

[08/05/2021]

Carolina Santos 10º2B Nº2

Professor Luís Conceição


Escola Secundária Avelar Brotero

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ÍNDICE DO TRABALHO:

1. Justificação do porque se está a fazer o trabalho.


2. Breve exposição da ideia que têm sobre o Atletismo.
3. Identificação do tipo de pesquisa efetuada para obter dados do trabalho.
4. O que é o Atletismo?
5. Breve história do Atletismo.
6. Local onde se pratica o Atletismo.
7. Diferentes disciplinas do atletismo.
8. Desenvolvimento teórico das diferentes corridas.

8.1. Velocidade

8.2. Meio Fundo

8.3. Fundo

8.4. Barreiras

8.5. Estafetas

9. Pista.

9.1. Corridas de curta e média e longa distância

9.2. Corridas de obstáculos

9.3. Corridas de estafetas

10. Estrada

10.1. Marcha e Maratona

10.2. Corta-Mato

11. Desenvolvimento teórico dos diferentes lançamentos.

11.1. Peso

11.2. Disco

11.3. Dardo
2
11.4. Martelo

12. Desenvolvimento teórico dos diferentes saltos.

12.1. Comprimento

12.2. Altura

12.3. Triplo Salto

13. Conclusão.

14. Bibliografia.

1. Justificação do porque se está a fazer o trabalho.

Estou a realizar este trabalho pois tenho um "atestado” que me permite não fazer aula caso não me
sentir bem/capaz.

2. Breve exposição da ideia que têm sobre o Atletismo.

O atletismo é uma modalidade muito interessante, integrada por um conjunto de ações naturais, como
são os casos dos saltos, das corridas e dos lançamentos.

3. Identificação do tipo de pesquisa efetuada para obter dados do trabalho.

O tipo de pesquisa que vou efetuar para obter dados do trabalho são através da Internet e livros.

4. O que é o Atletismo?
O atletismo é um desporto base, pois reflete os movimentos essenciais do ser humano, na medida em
que ele caminha, corre, salta e arremessa. Este apresenta-se dividido por três modalidades: saltos
corrida e lançamentos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com exceção de algumas
corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona.

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5. Breve história do Atletismo.
O atletismo nasceu na Grécia antiga, onde os atletas eram tratados como verdadeiros heróis. As
primeiras Olimpíadas foram realizadas em uma cidade grega chamada Atenas, e eram em homenagem
aos deuses.

Isso remonta às origens do homem, pois para sobreviver os primitivos tinham que correr para lançar
um objeto e caçar a presa, saltar rios.

Isso foi feito há milhares de anos. Como característica positiva, os antecedentes históricos indicam que
os primeiros encontros competitivos organizados foram o J.J.O.O., iniciado pelos gregos em 776 a.C.

6. Local onde se pratica o Atletismo.


As provas de Atletismo são realizadas num estádio.

Estádio Internacional Khalifa.

Com exceção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como
a maratona.

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7. Diferentes disciplinas do atletismo.
Historicamente, a sua origem remonta à Antiguidade Clássica, onde toma a forma de um desporto
regulamentado. Ao longo da sua evolução, o seu programa de provas foi modificado e ampliado, sendo
atualmente constituído por disciplinas muito variadas, tanto na sua forma de execução como em
relação às características técnicas requeridas para a sua realização. É o caso das corridas (distâncias
curtas e longas, com e sem barreiras), dos saltos (horizontais e verticais) e dos lançamentos e as
marchas.

Mega Sprint (prova de velocidade e estafetas);

Mega Km (prova de resistência);

Mega Salto (salto em comprimento);

Mega Lançamento (prova de lançamento do peso).

8. Desenvolvimento teórico das diferentes corridas.

8.1. Velocidade.
Regulamento específico:

 As corridas são efetuadas em pistas separadas e os concorrentes devem permanecer na sua pista
até que terminem a prova.
 O corredor, quando se encontra em posição de partida, não deve tocar, com as mãos ou com os
pés, nem na linha de partida nem no terreno situado à frente dela.
 Será falsa a partida se, depois da ordem de “aos seus lugares”, um concorrente perturbar os
outros.
 À ordem de “prontos”, todos os concorrentes deverão assumir imediatamente a sua posição
completa e final da partida, permanecendo imóveis até ao sinal de partida (caso contrário, será
considerada falsa partida).
 Será falsa partida se um concorrente iniciar o seu movimento de partida antes do sinal utilizado
para a mesma.
 Qualquer concorrente que faça uma falsa partida será desclassificado, exceto em provas
combinadas.
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Na corrida de velocidade são, normalmente, consideradas quatro fases:

 Partida
 Aceleração
 Velocidade máxima
 Perda de velocidade

1. Partida
Em situação de competição, existe um juiz que controla os procedimentos da partida, através das
seguintes vozes de controlo:

 “Aos seus lugares”;


 “Prontos”;
 Sinal sonoro, tiro ou apito.

Determinantes técnicas:

Deves
À voz de “aos seus lugares”:

1. Deslocar-te rapidamente para os blocos de partida, onde te colocas na posição clássica de cinco
apoios, com as pernas fletidas, os pés fortemente apoiados nos blocos de partida e o joelho da
perna de trás no solo;
2. Ter as mãos colocadas perto da linha de partida, ligeiramente mais afastadas que a largura dos
ombros e equidistantes do eixo do corpo; os dedos polegar e indicador devem ser colocados
próximos da linha de partida;
3. Ter a cabeça no “prolongamento” do tronco.

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Normalmente, o bloco da frente é colocado a 1,5-2 pés da linha de partida e o de trás a 1-1,5 pés do
primeiro.

Determinantes técnicas:

Deves
À voz de “prontos”

1. Subir o joelho que se encontrava no solo, mantendo ambas as pernas fletidas;


2. Elevar suavemente as ancas até que estas ultrapassem ligeiramente a altura dos ombros, que,
por sua vez, ultrapassam ligeiramente a linha de partida;
3. Apoiar fortemente os pés nos blocos;
4. Manter os braços estendido, apoiando fortemente as mãos no solo, fazendo força e evitando o
avanço antes de tempo.

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Determinantes técnicas:

Deves
Ao som de partida

1. Retirar as mãos do solo;


2. Realizar uma ação rápida e simultânea de extensão dos membros inferiores;
3. Avançar rapidamente o joelho da perna que está atrás;
4. Realizar os movimentos dos braços em coordenação com as pernas, num movimento
energético, ativo e equilibrador;
5. Manter a cabeça no prolongamento do tronco, olhando em frente;
6. Ter em atenção que a primeira passada é a mais corta e que o tronco se encontra inclinado em
frente, retomando a sua posição normal na fase de velocidade máxima.

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Corridas de velocidade
Partidas
Nas corridas de velocidade, uma boa técnica de saída dos blocos é um ponto fundamental para o início
da corrida e rentável para o resto da distância a percorrer.

Para substituir os blocos, podes utilizar:


 Os pés do companheiro que se encontra atras de ti, que efetua a tarefa, em posição de gatas,
virando de costas, ou de pé, colocando os pés em afastamento antero posterior;
 Barrotes quadrados de madeira, de 30 cm, cortados nas extremidades obliquamente;
 Caso o solo seja de terra batida, podes, simplesmente, fazer pequenos buracos.

8.2. Meio Fundo.


800 metros
As provas de 800 metros juntam velocidade à tática e, tal como as de 1500 metros podem ser corridas
de muita rapidez, sendo feitas duas voltas completas à pista. À partida de uma final, estarão os 8
melhores atletas que partem numa pista destinada a cada um, mas no final da primeira volta podem
correr em qualquer parte da pista de atletismo.

Final dos 800 m no Mundial de Daegu 2011.

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No Atletismo, as provas de 1500 metros juntam velocidade à tática e, tal como as de 800 metros
podem ser corridas de muita rapidez ou de maior contenção tática. São, praticamente, quatro voltas
completas à pista. Na final, poderão estar 12 atletas que, normalmente, partem todos juntos sem pistas
destinadas e o objetivo é ser o mais rápido a chegar à meta.

Prova feminina dos 1500 m em Londres 2012.

8.3. Fundo.
3000 metros obstáculos
Das provas de fundo do Atletismo será a prova mais técnica, pois além dos 3000 metros tem algumas
barreiras e uma delas conta com uma vala cheia de água, por onde os atletas são obrigados a passar
depois da barreira. Vence a prova quem fizer o percurso no tempo mais rápido.

5000 metros
Quem mais tarde quer brilhar na Maratona, normalmente, começam por correr distâncias mais curtas
para testar as suas capacidades e, normalmente, poderão começar a partir dos 5000 metros a testar a
sua capacidade física. A gestão do esforço e uma boa ponta final são aliados de quem quer ser o
melhor nesta distância em que o objetivo é ser o mais rápido a cumprir a distância.

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10000 metros
Os 10000 metros é a corrida de maior distância a ser percorrida, totalmente, numa pista de atletismo e
é uma prova em que a resistência e o ritmo de corrida serão essenciais para o triunfo da prova dos
atletas. Tal como os 5000 metros, é uma corrida de eliminação, em que à medida que os quilómetros
vão passando, são cada vez menos os que podem ganhar a corrida. Vence a prova quem correr o
percurso de forma mais rápida.

Maratona
É a prova mais longa do atletismo, com 42 quilómetros e 195 metros percorrida, maioritariamente ou
na totalidade, em estrada e é das provas mais duras de se assistir e de se fazer, juntamente, com a
Marcha. O Objetivo é ser o mais rápido a fazer a totalidade do percurso estipulado. Além da
dificuldade do percurso que não é totalmente plano como na pista, o controlo da alimentação e da
energia são fatores extra que os atletas têm de gerir durante esta corrida.

Exemplo de uma partida na Maratona.

8.4. Barreiras.

Corrida de velocidade com barreiras, com partida baixa (agachada, em blocos de partida)
Regulamento específico:

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 As corridas são efetuadas em pistas separadas e os concorrentes devem permanecer na sua pista
até que terminem a prova.
 Será desclassificado o concorrente que passe uma barreira que não esteja colocada na sua pista.
 Qualquer concorrente que derrube intencionalmente uma barreira, com as mãos ou com os pés,
será desclassificado.

Sintetizando, é uma corrida de velocidade ao longo da qual existem alguns obstáculos, as barreiras, que
deves transpor com a mínima perda de tempo e que, normalmente, é dividida em cinco fases:

 Partida
 Aproximação à barreira
 Transposição à barreira
 Corrida entre barreiras
 Corrida da última barreira até à meta

1. Partida

Determinantes técnicas

Deves
1. Proceder de forma idêntica à corrida de velocidade;
2. Adquirir a maior velocidade possível.

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Aproximação à barreira
Determinantes técnicas

Deves
1. Ter em atenção que te vais colocar na posição vertical de corrida mais rapidamente do que na
corrida de velocidade;
2. Colocar-te com a bacia alta, o tronco direito, olhando em frente;
3. Realizar apoios ativos sobre o terço médio-anterior do pé, procurando uma extensão enérgica
da perna de impulsão em cada passada.
4. Movimentar os braços energicamente (fletidos a 90º, as mãos descontraídas) no eixo da corrida,
coordenados com o movimento das pernas.

Transposição da barreira
Determinantes técnicas

Deves
1. Sincronizar o movimento das pernas com o dos braços;
2. Colocar o braço livre numa posição igual à da corrida de velocidade, recuando, depois, de
forma vigorosa.

a) Em relação à perna de impulsão:

Determinantes técnicas
Deves
1. Efetuar a impulsão para a barreira, aproximadamente, a 2 metros da mesma, fazendo um ataque
em profundidade; a maior parte da impulsão é aplicada para a frente, na direção da corrida;
2. Procurar estender ativamente as articulações do tornozelo, joelho e anca;
3. Puxar a perna lateralmente, relativamente ao tronco, rápida e ativamente, após a passagem da
barreira com a perna de ataque, fazendo com esta um ângulo de cerca de 90 graus.

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b) Em relação à perna de ataque:
Determinantes técnicas
Deves
1. Colocar rapidamente a coxa na posição horizontal, mantendo-a ao solo enquanto se realiza a
transposição da barreira (o mais rasante possível);
2. Após a mesma, procurar o solo rapidamente com um movimento de cima – frente – para baixo
- atrás;
3. Ter o pé fletido; os dedos do pé nunca devem apontar para o solo;
4. Após a transposição, fazer o apoio muito rápido e com médio-anterior do pé.

Corrida entre barreiras


Determinantes técnicas

Deves
1. Procurar uma corrida ritmada, dando três passadas entre barreiras;
2. Procurar não perder velocidade, preparando as transposições seguintes: terço médio-anterior do
pé.

Corrida da última barreira até à meta


Determinantes técnicas

Deves

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1. Saber que é idêntica à fase final de uma corrida de velocidade.

8.5. Estafetas
Regulamento específico:
 Uma equipa é constituída por quatro elementos.
 O testemunho tem de percorrer todo o percurso da prova, e consiste num tubo liso, de secção
circular, feito de madeira, metal ou outro material rígido, com um comprimento entre 28 e 30
cm, não devendo pesar menos de 50 gramas.
 Sempre que o testemunho caia, tem de ser apanhado pelo último atleta que o transportava,
podendo este abandonar a sua pista se desta forma não prejudicar ninguém.
 Para as restantes situações, os atletas devem manter-se nos seus corredores durante a corrida e
até que todas as transmissões se efetuem, para não prejudicarem os outros participantes.
 Em todas as corridas de estafetas, o testemunho tem de ser transmitido dentro de uma zona de
transmissão com 20 metros de comprimento.
 Nas corridas de estafetas até aos 4x100 metros, é permitido que os concorrentes, com a exceção
do primeiro, utilizem uma zona de aceleração (facultativa) até um máximo de 10 metros.

Testemunho.

Nota
1. A forma generalizada de transmitir o testemunho durante as corridas de estafetas de 4 x 100
metros é a que permite que o concorrente não tenha de mudar o testemunho de mão, evitando

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as possíveis perdas de velocidade que este movimento; acarretaria. Assim, o primeiro
concorrente parte com o testemunho na mão direita, passa para a mão esquerda do segundo,
que, por sua vez, transmite para a direita do terceiro, recebendo o quarto elemento na mão
esquerda. Desta forma, e nas corridas de 4 x 100 metros, os concorrentes que realizam o 1. ° e o
3. ° percursos, em curva, podem fazê-lo perto do bordo interior da pista, logo, com um menor
raio, enquanto os dos restantes percursos o fazem pelo lado exterior das pistas, o que não tem
significado em linha reta. No entanto, dado os diferentes locais de partida das estafetas de 4 x
60 e 4 x 80 metros, esta vantagem não é tão evidente, podendo os alunos realizar ou não a troca
de mão.
2. Na partida e nas fases de corrida com o testemunho, mantêm-se as características indicadas
para a corrida de velocidade. Deves correr com a preocupação de passares o testemunho ao teu
companheiro nas melhores condições possíveis, sem nunca o deixar cair.
3. Durante a corrida existem zonas próprias para a transmissão do testemunho, as chamadas zonas
de transmissão. Antes destas existem outras que servem para que os concorrentes adquiram
velocidade — são as chamadas zonas de balanço ou aceleração.
4. Tem de haver uma ótima coordenação entre os elementos da equipa, para que a
transmissão/receção seja efetuada o mais rapidamente possível.
5. Existem diferentes técnicas de transmitir o testemunho, bem como várias maneiras de colocar
os concorrentes na pista. Vamos considerar apenas a técnica ascendente, com transmissão do
testemunho de baixo para cima.

Determinantes técnicas

Deves
Como transmissor deves
1. Correr o mais rápido possível;
2. Transmitir o testemunho num movimento rápido de trás para a frente e de baixo para cima,
estendendo o braço;
3. Não te esquecer de que vais transmitir o testemunho para a mão do teu companheiro contrário
àquela em que tu o transportas;
4. Enviar ao recetor, no momento certo, o sinal sonoro combinado: "toma", "pega", "vai", para
que não se cheguem a juntar, evitando a perda de velocidade;

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5. Ter a noção de que tens a máxima responsabilidade na transmissão, devendo colocar o
testemunho na mão do colega.

Determinantes técnicas

Deves

Como recetor deves


1. Colocar-te na pista de forma correta, tendo em conta a mão com que vais receber o testemunho;
2. Começar a correr quando o teu colega transmissor passar junto à marca previamente colocada
no corredor;
3. Correr o mais rápido possível, olhando sempre para a frente;
4. Ao sinal sonoro combinado, "toma", "pega", "vai", enviado pelo colega:
 Não diminuir a velocidade;
 Estender o braço recetor completamente à retaguarda, atrás da bacia;
 Ter a mão aberta e o dedo polegar afastado dos outros, com a palma voltada para trás, e os
dedos rígidos a apontar para o solo.

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9. Pista.

Medidas oficiais de uma pista oficial de atletismo.

9.1. Corridas de curta e média e longa distância.


As distâncias curtas – nas competições oficiais são os 100, 200 e os 400 metros inclusive.

As distâncias médias - 800 metros e 3000 metros.


As distâncias longas – mais de 3000 metros até aos 42,195 km.

Partida (corridas curtas e médias):


Em qualquer corrida, particularmente nas de velocidade, deves reagir rapidamente ao sinal de partida.

Por esse motivo, nas provas oficias de velocidade e de distâncias médias (até aos 400 metros,
inclusive), utilizam-se blocos de partida.

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Estes, proporcionando um melhor apoio dos pés, permitem um arranque mais rápido.

Partida (corridas longas):


Existem apenas 2 momentos:
1. Voz de “aos seus lugares”: aproximação da linha de partida, sem a pisar, com um pé mais
avançado.
2. Ao sinal de partida (apito, voz, tiro, etc): reagir o mais depressa possível, iniciando a corrida.

Técnica de corrida:
Assim, nas corridas de distâncias média e longas deves:
1. Manter a cabeça levantada olhando em frente;
2. Apoiar o pé pelo calcanhar e desenrolá-lo até à ponta:
 Evita correr na ponta dos pés
 Evita que os pés se arrastem pelo solo
3. Oscilar os braços para diante e para trás, ao lado do tronco;
4. Respirar com naturalidade, inspirando pelo nariz e expirando pela boca.

Nas corridas de curta distância deves:

1. Inclinar mais o tronco em frente nos primeiros passos após a partida;


2. Elevar mais os joelhos;
3. Apoiar o pé no terço anterior.

9.2. Corridas de obstáculos.


Tem como provas padrão 2000 metros com obstáculos e 3000 metros com obstáculos, sendo essa
última prova olímpica masculina e feminina. Cada volta na pista terá 4 obstáculos e 1 fosso de água.
No total o atleta terá que saltar 28 vezes sobre os obstáculos e 7 vezes sobre o fosso de água na prova
de 3000 metros. Na prova de 2000 metros os atletas terão que saltar 18 vezes sobre os obstáculos e 5
sobre o fosso.

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A prova feminina nos campeonatos mundiais de Osaka 2007.

Os obstáculos possuem 91,4 cm para provas masculinas e 76,2 para provas femininas. A largura
mínima dos obstáculos é de 3,94m. O obstáculo do fosso deve ter 3,66m de largura e deve ser fixado
ao solo. As barras dos obstáculos terão que ser pintadas com faixas em branco e preto, ou em outras
cores fortemente contrastantes. Cada obstáculo deverá pesar entre 80 kg e 100 kg.

O atleta não poderá passar por baixo dos obstáculos, ou passar pelo lado. Se isso ocorrer ele será
desclassificado da prova.

O fosso tem 3,6 x 3,6 m de superfície e fundo inclinado, com profundidade máxima de 76 cm, que vai
diminuindo gradualmente até atingir o nível da pista. Para passar pela piscina, os corredores costumam
se apoiar na barreira para tomar impulso, pulando o obstáculo.

9.3. Corridas de estafetas.


Tipos de transmissão:

A transmissão do testemunho é realizada dentro da zona de transmissão, sendo que os atletas


continuam em ato de corrida. Se a transmissão for bem executada, o recetor do testemunho não terá de
olhar para trás, enquanto corre. Se a pessoa que entrega o testemunho, entrega com a direita, o recetor
tem de receber com a esquerda.

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Transmissão ascendente:
Este tipo de transmissão é realizado de forma ascendente, isto é, o atleta que tem o testemunho na sua
posse, realiza um movimento ascendente com a mão, de modo a transferir o testemunho para a mão do
atleta seguinte, o qual deve ter a palma da sua mão virada para baixo e o polegar afastado (forma
americana).

Transmissão ascendente.

Transmissão descendente:
Por sua vez, este tipo de transmissão é realizado de modo descendente, ou seja, o atleta que possui o
testemunho tem a mão elevada e realiza um movimento descendente (em direção ao chão). Por outro
lado, o atleta que receberá o testemunho deverá posicionar a palma da sua mão virada para cima, de
maneira a que o outro atleta realize a transmissão com mais facilidade (forma alemã).

Transmissão descendente.

10. Estrada.

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10.1. Marcha e Maratona.
Marcha é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos de maneira que o
atleta sempre mantenha contacto com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem
que estar reta, (ou seja, não flexionada) desde o momento do primeiro contato com o solo até que se
encontre em posição vertical.

Foi integrada aos Jogos Olímpicos em 1900 e, em 1992, passou a ser disputada também na categoria
feminina. As provas de marcha atlética são disputadas na distância de 20 km, feminino, e 20 km e 50
km masculino, que se realizam normalmente em um circuito na rua de no mínimo 1 km e no máximo
2,5 km. A marcha é uma atividade em que a resistência e a técnica do atleta são fundamentais.

O regulamento estabelece que os juízes de marcha têm que avisar aos atletas que por sua forma de
marchar correm o risco de cometer alguma falta, e para isso utilizam placas amarelas com o símbolo de
uma possível infração. No julgamento de Marcha, quando um atleta comete infração é anotado no
quadro de advertências um cartão vermelho correspondente a infração cometida. Quando três juízes
diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o juiz chefe procede a sua desqualificação.

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2005 World Championships in Athletics

Maratona é uma corrida realizada na distância oficial de 42,195 km, normalmente em ruas e estradas.
Única modalidade esportiva que se originou de uma lenda, seu nome foi instituído como uma
homenagem à antiga lenda grega do soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de
Atenas, que teria corrido 42 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos
cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morreu de exaustão após
cumprir a missão.

Uma das mais longas, desgastantes e difíceis provas do atletismo, a maratona é, ininterruptamente,
uma prova olímpica desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas 1896. Sua distância
atual, percorrida pela primeira vez em Londres 1908, só se tornou oficial em 1921. Popularizada em
fins do século XX como corrida de massa, mais de 500 maratonas são realizadas anualmente em todo
mundo. Algumas delas são disputadas por apenas algumas dúzias de atletas enquanto outras podem
comportar dezenas de milhares de participantes. No calendário olímpico a maratona é,
tradicionalmente, o último evento dos Jogos Olímpicos.

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Largada da Maratona de Estocolmo, uma das maiores da Europa.

11. Desenvolvimento teórico dos diferentes lançamentos.

11.2. Peso

Lançamento do peso

Regulamento Específico:

 O peso deve lançar-se desde um círculo, com um diâmetro interior de 2,135 metros, para um
setor de queda
 Na zona anterior do círculo existe uma antepara em madeira, pintada de branco, que pode ser
tocada no seu bordo interno durante a execução do lançamento.
 Cada concorrente tem direito a um máximo de dois lançamentos durante o aquecimento.
 Todos os concorrentes têm direito a três ensaios, sendo apurados, no final dos mesmos, os oito
primeiros para mais três lançamentos.
 No final do concurso, os concorrentes são classificados conforme o seu melhor lançamento.
 O concorrente deverá iniciar o seu lançamento a partir de uma posição estacionária no círculo.
 O peso deverá ser lançado desde o ombro e apenas com uma mão, não podendo ser colocado
atrás da linha dos ombros.
 Para que um ensaio seja considerado válido, o peso deve cair completamente no espaço
compreendido entre as margens internas das linhas que limitam o setor de queda.
 A medição de cada lançamento será efetuada imediatamente após a conclusão do mesmo,
determinando-se a distância em linha reta que vai desde o primeiro ponto de contacto do peso,
no setor de queda, até ao bordo interior da antepara.
 O concorrente não poderá sair do círculo antes que o engenho contacte o solo.
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O lançamento será considerado nulo:

 Sempre que não sejam respeitadas as regras precedentes;


 Se o concorrente, após ter entrado no círculo e iniciado o seu lançamento, tocar cor qualquer
parte do corpo no solo ou fora do círculo, na parte superior da antepara ou no ar de ferro;
 Largar incorretamente o peso no decurso de um ensaio.

Características do lançamento do peso:

O lançamento do peso consiste na projeção, à maior distância horizontal possível, do engenho para
interior de uma zona de queda, com marcações próprias, tendo os concorrentes que respeitar as regras
específicas impostas, bem como utilizar os gestos técnicos adequados.

São, normalmente, consideradas quatro fases na sua execução:

1. Fase preparatória, com a finalidade de colocação do peso e dos apoios no círculo, para um
correto início do movimento;
2. Deslizamento ou deslocamento dos apoios, procurando-se ultrapassar com as pernas e ancas o
engenho, criando-se uma pretensão muscular;
3. Realização ou lançamento propriamente dito, onde se efetuam as principais ações motoras,
terminando com a projeção do engenho;
4. Final ou de recuperação do equilíbrio, compreendendo as ações motoras que se efetuam após
o lançamento, para evitar que este seja considerado nulo.

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Determinantes técnicas
Deves
1. fase preparatória
 apoiar o peso na base dos dedos, mais ou menos juntos: indicador e médio mais próximos; os
dedos polegar e mínimo apenas servem para manter o peso em equilíbrio na mão, evitando que
ele role por ela;
 colocar o peso junto à mandíbula, por baixo do queixo, pressionando contra este, estando o
braço fletido pelo cotovelo, em tensão, e à altura do ombro;
 não esquecer que: "mão limpa, pescoço sujo";
 colocar-te na parte posterior do círculo de lançamento, de costas para o local de queda;
 colocar os pés em linha, um atrás do outro, concentrando o peso do corpo sobre a perna direita
(para os destros), que se encontra fletida cerca de 900;
 inclinar o tronco à frente;
 colocar o cotovelo direito alto e o braço esquerdo estendido à frente, em descontração.

2. deslizamento ou deslocamento dos apoios


 iniciar o movimento com a extensão ativa da perna esquerda, para trás e para cima (sem
ultrapassar a altura das ancas), conjuntamente com a ação de impulsão à retaguarda da perna
direita, que abandona o solo pelo calcanhar, procurando um deslocamento rápido e rasante;
 manter os ombros voltados para o ponto de partida;
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 saber que esta fase termina quando o pé direito chega ao centro do círculo e o esquerdo pousa
junto da antepara, existindo um alinhamento entre a ponta do pé esquerdo e o calcanhar do
direito.

3. realização ou lançamento propriamente dito


a) na posição de lançamento ou posição de força
Esta fase inicia-se quando o pé direito chega ao centro do círculo e o esquerdo pousa junto da antepara.

Deves
 colocar o calcanhar do pé direito alinhado com aponta do pé esquerdo;
 ter o peso do corpo suportado pela perna direita;
 a manter o tronco um pouco arqueado, com um alinhamento vertical: calcanhar, anca e ombro
direitos;
 ter a anca direita um pouco à frente do ombro.

b) no lançamento propriamente dito


A projeção começa pelo pé, joelho e coxa direita, e através de uma extensão ativa de ambas as pernas.

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Deves
 rodar a bacia para a frente, através da extensão rápida da perna direita;
 manter estendido e em posição de bloqueio o lado esquerdo do corpo, que ajuda a extensão do
corpo, puxando para a esquerda e para baixo, fazendo com que as linhas de ombros e de ancas
fiquem paralelas;
 arremessar o peso com o cotovelo direito alto mantido sempre atrás do peso;
 saber que a projeção do peso se dá com a extensão total do corpo.

4. final ou de recuperação do equilíbrio


Deves
 após o lançamento, efetuar a troca de apoios, colocando a direita à frente, para melhor
recuperar o equilíbrio.

Nota
Nesta imagem, o atleta ainda não fez a troca dos apoios.

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Algumas regras de segurança
 Controlar sempre o estado de conservação do equipamento.
 Todos lançam, todos vão buscar.
 Aguardar a vez corretamente colocados atrás da linha de lançamento.
 Olhar sempre antes de lançar.
 Os lançadores canhotos à esquerda do grupo.
 Especial cuidado em condições de humidade.

11.2. Disco

Lançamento de disco é uma modalidade esportiva olímpica do atletismo. O objetivo da prova consiste
em lançar um disco de metal à maior distância possível, superando os demais competidores. Assim
como o lançamento de martelo e o lançamento de dardo, esses desportos são chamados oficialmente de
lançamento. Somente o arremesso de peso é chamado de arremesso, devido ao fato do peso ser
empurrado e os demais serem projetados com características diferentes.
Existente desde a Grécia Antiga, o lançamento de disco foi introduzido no programa olímpico desde os
primeiros Jogos em Atenas 1896; para as mulheres, foi introduzido em Amsterdã 1928.

Robert Harting, campeão olímpico em Londres 2012.


29
Disco de Atletismo

Regras:

O disco usado é um prato de metal com a forma de um círculo com o diâmetro de 22 cm. Na prova
masculina, o disco mede entre 219 e 221 mm de diâmetro e de 44 a 46 mm de espessura e pesa 2 kg.
Na modalidade feminina, mede entre 180 e 182 mm de diâmetro e de 37 a 39 mm de espessura,
pesando 1 kg. O lançamento é feito dentro de um círculo de 2,5 m de diâmetro no chão, margeado por
um anteparo de concreto de 2 cm de altura. O atleta segura o disco plano contra os dedos da mão e o
antebraço do lado do lançamento, gira sobre si mesmo rapidamente e lança o disco ao ar estendendo o
braço. Para melhorar a pegada é permitido o uso de uma substância adequada nas mãos e pode ser
usado um cinturão para proteger a coluna.
Para a medição da distância lançada, o disco precisa aterrar dentro de uma área pré-marcada e o atleta
não pode deixar o círculo antes do disco cair, e sempre pela metade traseira do círculo. Caso pise fora
dele durante o lançamento ou antes do disco tocar o solo, o lançamento é impugnado. Normalmente os
atletas dão uma volta e meia com o corpo como impulso e em cada competição são feitos entre quatro
e seis lançamentos. No caso de empate, o desempate é feito pela segunda maior marca e assim
sucessivamente.

11.3. Dardo

30
Área de lançamento
É objetivo desta disciplina do atletismo efetuar o lançamento de um dardo o mais longe possível,
dentro de uma zona limitada.

Fases lançamento do dardo:


1. Preparação;
2. Corrida de balanço frontal e corrida lateral;
3. Lançamento;
4. Recuperação.

Regulamento:
Cada atleta dispõe de três lançamentos. São apurados os oito melhores atletas, que realizam novamente
três lançamentos pela ordem inversa de classificação da fase anterior.

Técnica lançamento:

31
Pegas do engenho:

Corrida de balanço frontal:

 Executar uma corrida de balanço com cerca de oito passadas, aumentando progressivamente a
velocidade.
 Manter o dardo numa posição horizontal relativamente ao solo, com o membro superior de
lançamento fletido sobre o ombro.

32
 Deslocar ligeiramente para trás, ao nível do ombro, o membro superior de lançamento.
 Manter a velocidade de corrida.
 Extensão do membro superior que transporta o dardo. Ponta do dardo ao lado da cabeça.
 Aumentar a velocidade de corrida até ao terceiro apoio de impulsão.
 Terceiro apoio mais intenso e rasante, sem perda de velocidade.
 Passada longa após impulsão do membro inferior esquerdo.
 Realizar apoio com o calcanhar do membro inferior esquerdo.
 Membro superior em extensão, à altura do ombro.
 Terminar a fase em posição de força, preparando a fase seguinte.

Lançamento:

 Movimento, da fase de lançamento, conduzido pelo cotovelo.


 Posição de força, mantendo o corpo arqueado, com o membro inferior esquerdo em extensão
completa.
33
 Pé esquerdo exerce ação bloqueadora do movimento.
 Avançar a bacia e o peito na direção do lançamento.
 Membro inferior esquerdo em extensão.
 Extensão explosiva do membro superior que lança o dardo, passando a mão acima da cabeça.

Recuperação:

Travar o movimento puxando o membro inferior, que se encontrava atrás,


para a frente, de forma a evitar ultrapassar a zona limite de lançamento.

Regulamento:
Se o atleta abandonar o corredor antes de o dardo cair no solo, o lançamento será considerado nulo.

11.4. Martelo

Lançamento de martelo é uma modalidade olímpica de atletismo. Assim como o lançamento de dardo
e o lançamento de disco, este desporto é chamado oficialmente de lançamento.

34
Hammerthrow wire

Regras:

O chamado martelo na verdade é uma esfera de metal geralmente de aço inoxidável ou bronze com
7,26 kg de peso no masculino e 4 kg no feminino. Ela é presa a um cabo de aço na ponta do qual existe
uma manopla, onde o atleta segura para o lançamento. O conjunto esfera, cabo e manopla formam uma
unidade de comprimento máximo de 1,2 m.
O lançamento é feito com o atleta posicionado dentro de uma base de concreto circular de 2,135
metros de diâmetro (7 pés), com um anel metálico ressaltado marcando o diâmetro limite. Para que a
distância seja medida, o lançamento precisa ser feito de maneira a que o implemento caia dentro de
uma área marcada num ângulo de 34,92° à frente e o atleta não pode sair do círculo antes que o
martelo toque o chão após o voo e sempre pela parte traseira dele.
O setor onde se realiza o lançamento de martelo é envolto por três lados por uma gaiola (geralmente
revestida por redes), de cerca de dez metros de altura, que protege os espectadores e demais atletas de
um lançamento mal sucedido.
Após a chamada e permissão do árbitro, o atleta deve adentrar no setor e realizar o movimento de
lançamento.
O lançamento será invalidado: se os pés do atleta tocarem fora do círculo de 2,135 m, ou sobre a parte
superior da borda metálica que o envolve; se o atleta demorar mais de 1 minuto para iniciar o
movimento de lançamento; se o implemento for lançado fora do ângulo demarcado junto à grama; se,
após realizar o lançamento, o atleta deixar o setor pela metade da frente do círculo.
Como nas demais competições de lançamentos, vence quem lançar o objeto a maior distância.
Geralmente os atletas fazem dois ou três rodopios antes de lançá-lo para ganhar mais impulsão. Cada
atleta tem três tentativas e, após realizá-las, ficam apenas oito atletas com os melhores resultados para
realizar mais três lançamentos. Como resultado final, considera-se a melhor marca entre os seis
lançamentos feitos. Em caso de empate, vale a segunda melhor marca do atleta.

35
Técnica:

A técnica foi muito aprimorada nas últimas décadas, sendo que o lançamento de martelo é considerado
umas das provas de técnica mais complexa do atletismo. O movimento de lançamento pode ser divido
em três etapas distintas, o molinete, o giro e o lançamento. O movimento é iniciado com o atleta virado
de costas para a trajetória do lançamento, segurando a manopla com as duas mãos e mantendo os pés
imóveis. O atleta gira o martelo sobre a sua cabeça (movimento denominado molinete), a fim de dar
velocidade ao implemento.
Em sequência ao molinete, o atleta gira sobre o próprio corpo, mantendo a trajetória circular já iniciada
do martelo. Aqui, faz-se um movimento complexo com os pés, trocando calcanhar e ponta do pé, de
maneira que o lançador se desloca pelo setor. Essa técnica permite incrementar velocidade e inclinar o
plano orbital do martelo, a fim de que exista um ponto alto e um ponto baixo, o que dará uma trajetória
com altura correta no momento do lançamento. Lançadores de alto nível executam de 3 a 4 giros, em
alta velocidade.
Ao final do último giro, o atleta bloqueia o movimento do seu corpo, fazendo uma alavanca e lançando
o martelo. Essa puxada final é onde o atleta imprime maior força, e geralmente onde se conclui a
trajetória de direção e ângulo de lançamento.

12. Desenvolvimento teórico dos diferentes saltos.

12.1. Comprimento

Saltos

Os saltos são um exemplo de atividades de força-velocidade, onde o objetivo do saltador é, respeitando


o regulamento específico da disciplina, percorrer a' maior distância, vertical ou horizontal, possível.

O atleta procura a máxima velocidade de saída do próprio corpo, na direção e ângulos corretos para
a(s) fase(s) de suspensão. Só assim é possível projetar o próprio corpo à máxima distância horizontal
ou vertical, em função do objetivo prioritário do salto. No entanto, para o atingir, o concorrente tem de
respeitar o regulamento específico de cada salto, que determina um tempo máximo para o iniciar,
delimita uma distância máxima de corrida, bem como uma zona de chamada, com um local
determinado para a medição, e, no caso do triplo-salto, obriga a uma sequência específica dos apoios.

São habilidades tradicionalmente divididas em quatro fases:


1. Corrida de balanço.
2. Chamada(s).

36
3. Fase(s) aérea ou suspensão.
4. Queda ou receção.
Em relação a esta divisão, é importante considerar que:
 todos os saltos são precedidos de uma corrida de balanço, no final da qual se realiza uma
impulsão;
 o resultado do salto é determinado pela qualidade das duas primeiras fases e,
fundamentalmente, pela qualidade da ligação entre ambas.

Salto em comprimento
Regulamento Específico:

O corredor de balanço
 Para o salto, deverá ter 40 metros de comprimento mínimo e 1,22 a 1,25 metros de largura.

A tábua de chamada
 Limita a zona de balanço, devendo ter um comprimento igual ao da largura da mesma e a
largura de 20 cm. Deve ser colocada entre 1 e 3 metros do fosso de receção.

Regulamento específico:

O fosso ou zona de receção


 Deverá medir entre 2,75 e 3 metros de largura, e a distância entre a linha de chamada e o final
do fosso será no mínimo de 10 metros. A superfície da areia do fosso deve estar ao mesmo
nível da tábua de chamada.
 Não é permitida a realização de qualquer categoria de salto mortal.
 O resultado do seu salto é a distância mínima entre a marca deixada pelo concorrente na areia e
a linha da tábua, ou seu prolongamento, mais próxima do fosso de areia.
 Os concorrentes dispõem de 60 segundos para iniciarem o seu salto.
 Todos os concorrentes têm direito a 3 ensaios, sendo apurados, no final dos mesmos, os
primeiros 8 para mais 3 saltos.
 No final do concurso, os concorrentes são classificados conforme o seu melhor salto.
37
 O salto é considerado nulo quando:
 o concorrente toca o solo para além da linha de chamada e antes do fosso de receção;
 o concorrente salta do exterior da tábua de chamada ou do corredor de balanço;
 na receção, o concorrente toca o solo fora da área de receção mais perto da linha de
chamada do que a primeira marca deixada na referida área;
 depois de completado um salto, o concorrente caminha na área de receção, no sentido da
tábua de chamada;
 inicia o seu salto para além do tempo disponível.

Características do salto em comprimento:


É um tipo de salto que consiste na realização de uma corrida rápida, precisa e uma chamada ativa,
procurando "transformar" a velocidade adquirida na maior distância horizontal possível.

Em relação às fases que considerámos antes, podemos referir que para o salto em comprimento temos:
1. Corrida de balanço.
2. Chamada.
3. Fase aérea ou suspensão.
4. Queda ou receção.

1. Corrida de balanço
Deve ser progressivamente acelerada, com um ritmo crescente até à chamada, procurando-se
adquirir velocidade e uma correta posição/colocação do 1 corpo para as fases seguintes. O seu
comprimento varia em função da idade e do nível do concorrente.

Determinantes técnicas
38
Deves
1. Realizar uma corrida de oito a dez passadas, progressivamente acelerada, com um ritmo
crescente até à chamada;
2. Correr com passadas completas, relaxadas, circuladas, com os joelhos altos para permitir
apoios ativos efetuados no terço médio-anterior dos pés;
3. Correr com o tronco direito, a cabeça alta, olhando em frente, ombros relaxados e ação rápida e
enérgica dos braços (fletidos a 90º);
4. Correr sempre com a bacia "alta".

2. Chamada
É fundamental que seja realizada com precisão e na correta continuidade das ações realizadas antes.

Determinantes técnicas
Deves
1. Estar com a bacia "alta" e bem colocada;
2. Mover a perna de chamada de cima-frente para baixo-atrás, em movimento rápido, ativo, de
"arranhar" a tábua da frente para trás, com apoio total da planta do pé;
3. Evitar qualquer movimento apenas de cima para baixo;
4. Realizar um movimento de extensão ativa das três articulações da perna de chamada: pé, joelho
e anca;
5. Elevar/avançar a coxa da perna livre, rápida e ativamente, até à horizontal, mantendo esta
posição durante a primeira fase da suspensão;
6. Manter o tronco próximo da vertical, a cabeça levantada e os braços/ombros atuando de forma
rápida, alternada e coordenada com as pernas; o braço contrário à perna livre sobe até ao nível
dos olhos.

39
3. Fase aérea ou suspensão
As características dependem da técnica utilizada e, normalmente, são consideradas três técnicas:
 técnica do salto na passada (a que nos vamos referir);
 e técnica do salto em extensão;
 técnica do salto de tesoura.

Determinantes técnicas
Deves
1. após deixar o solo:
 manter a posição final da chamada;
 manter o olhar dirigido para a frente ou, eventualmente, um pouco para cima;
 manter o tronco direito;

2. depois de teres atingido o ponto mais alto da fase de suspensão:


 descontrair a perna livre, que recua naturalmente, juntando-se à perna de chamada;
 realizar a elevação dos joelhos e a extensão das pernas para a frente;
 fechar o tronco sobre as pernas, movimentando os braços em extensão de cima para a frente e
para baixo.

4.Queda ou receção
Determinantes técnicas
Deves
 Colocar os pés na areia pelos calcanhares e ao mesmo nível;

40
 Amortecer a queda, através da flexão dos joelhos após o toque dos calcanhares, permitindo
avançar sobre o local de contacto.

12.2. Altura

Salto em altura

Zona de balanço e chamada:


 Deverá ter um comprimento mínimo de 15 metros a partir da fasquia, mas, sempre que
possível, deve ter pelo menos 25 metros de comprimento.

Postes:
 Devem ser rígidos, suficientemente altos e afastados entre si de 4 a 4,04 metros. Devem ter
suportes para a fasquia, planos e retangulares, com um comprimento mínimo de 6 cm e largura
de 4 cm.

Fasquia:
 De madeira, metal ou outro material apropriado, de secção circular, com extremidades que
Fasquia tenham, pelo menos, uma superfície plana. O seu comprimento é de 4 metros, com
cerca de 2 cm, diâmetro de 3 cm e um peso não superior a 2 kg.

Zona de receção:

 Colchão com pelo menos 5 metros de comprimento e 3 metros de largura ou profundidade.


 A chamada tem de ser realizada a um só pé.
 A fasquia não deverá subir menos de 2 cm para cada nova altura, exceto se apenas estiver um
concorrente em prova.
 Cada concorrente poderá decidir a que altura inicia o seu concurso, bem como optar por saltar
ou prescindir das tentativas às diferentes alturas.
 Para cada altura, o concorrente dispõe de três ensaios, sendo excluído do concurso quando falha
três vezes seguidas a sua tentativa de salto.
 Cada concorrente será creditado com o melhor dos seus saltos.
41
 A medição da altura saltada é realizada a medir-se a distância entre o solo e o bordo superior da
fasquia, na sua zona central.
 O salto é considerado nulo quando:
 a fasquia cai dos suportes por ação do concorrente, durante o salto;
 o concorrente tocar o solo ou a zona de receção para além do plano vertical dos postes,
antes de ultrapassar a fasquia.

Características do salto em altura, técnica do foosbury flop:

É uma categoria de salto que consiste na realização de uma corrida rápida, uma chamada ativa,
procurando "transformar" a velocidade adquirida na maior distância vertical possível, transpondo, de
costas, um obstáculo (fasquia), colocado a determinada altura do solo, apoiado em dois postes, e que
vai sendo sucessivamente elevado.

Em relação às fases que considerámos antes, podemos referir que, para o salto em altura, temos:

1. Corrida de aproximação
2. Chamada
3. Fase aérea: transposição da fasquia
4. Queda

1. Corrida

Deve ser progressivamente acelerada, com um ritmo crescente até à chamada, procurando-se adquirir
velocidade horizontal e uma correta colocação do corpo para as fases seguintes. O seu comprimento
varia em função da idade e do nível do concorrente. Normalmente, o seu comprimento varia entre 8 e
12 passadas, com a particularidade muito importante de as últimas 4-5 serem efetuadas em curva.

Determinantes técnicas
42
Deves:

1. Realizar uma corrida progressivamente acelerada, com um ritmo crescente, até à chamada;
2. Efetuar passadas completas, relaxadas, circuladas, com os joelhos altos, para permitir apoios
ativos efetuados no terço médio-anterior dos pés;
3. Em termos de orientação anteroposterior, ir colocando o tronco na vertical, até apresentar, nas 3
últimas passadas, uma pequena inclinação para trás;
4. Em termos de orientação lateral, procurar, nas últimas 4-5 passadas, uma inclinação de todo o
corpo (em bloco) para o interior da curva (o ombro interior está mais baixo que o exterior),
contrariando a força centrífuga provocada. Durante a fase da corrida em curva, enquanto
procuras esta inclinação para o interior, deve continuar a aumentar o seu ritmo de corrida com
passadas enérgicas e ativas.

2. Chamada

Determinantes técnicas

Deves

1. ter a noção de que o local de chamada se situa ligeiramente à frente do primeiro poste e a uma
distância de 60 a 90 cm perpendicularmente à fasquia: a curva termina na chamada;
2. estar bem colocado, mantendo a sua inclinação para dentro da curva e os ombros atrasados em
relação às ancas;

43
3. procurar que a última passada seja ligeiramente mais curta do que as anteriores;
4. colocar o pé de chamada apoiado com toda a sua planta, de forma rápida e ativa, no
alinhamento da corrida em curva, obliquamente à fasquia, e não paralelamente à linha da
fasquia;
5. realizar, com a perna de chamada, um movimento de extensão ativo das suas três articulações:
pé, joelho e anca, formando, no início e no final da chamada, um alinhamento total com o resto
do corpo;
6. subir rápida e ativamente a coxa da perna livre até à horizontal, terminando paralela à fasquia
ou com o joelho apontado ligeiramente para o interior da curva;
7. colocar os braços de forma rápida, alternados ou simultâneos, elevando-os até à altura da
cabeça, sendo aí bloqueados.

3. Fase aérea, suspensão, transposição da fasquia

O objetivo principal desta fase consiste em colocar as diferentes partes do corpo de uma forma
favorável, de modo a ser possível a transposição da fasquia. Há que ter a noção de que o salto deve ser
realizado para cima e para a frente.

Determinantes técnicas

Deves

1. procurar um momento de manutenção da posição final da chamada, antes de iniciar as ações de


suspensão;

44
2. manter a coxa da perna livre na horizontal, durante a subida;
3. dirigir o olhar para a fasquia e para o segundo poste, durante a subida;
4. envolver a fasquia, em primeiro lugar, com o braço condutor do lado da perna livre;

5. elevar as ancas durante a transposição da fasquia, como que fazendo a ponte no ar;
6. quando as ancas passarem a fasquia, levar a cabeça ao peito e estender as pernas.

4. Queda

Deve ser efetuada em local seguro e apropriado.

Determinantes técnicas

Deves

1. cair sobre a zona dorsal superior e com a proteção dos braços;


2. manter os joelhos separados, para evitar traumatismos.

45
12.3. Triplo Salto
Triplo-salto

Regulamento Específico:

 De características idênticas às do salto em comprimento, mas com distância entre a tábua de


chamada e o extremo mais afastado do fosso de receção de, pelo menos, 21 metros. Em
competições internacionais, a tábua de chamada deve ser colocada entre 11 e 13 metros do
início do fosso, para mulheres e homens, respetivamente.
 O triplo-salto consiste num salto ao "pé-coxinho" (hop), uma passada saltada (step) e um salto
(jump), realizados por esta ordem. Deverá ser realizado de modo que o primeiro contacto com a
pista, após a tábua, seja efetuado com o pé de chamada, caindo posteriormente, após a "passada
saltada", com o outro pé, com o qual será concretizado o último salto.
 O salto não será considerado nulo se o concorrente, durante as fases aéreas, tocar no solo com a
sua perna livre.
 No restante, todas as regras do salto em comprimento são aplicadas ao triplo salto.

46
Características do triplo salto:
O triplo salto é uma disciplina muito interessante e motivante, consistindo na realização de uma corrida
rápida e precisa e num encadeamento de três saltos, procurando "transformar" a velocidade adquirida
na maior distância horizontal possível. Os três saltos sucessivos devem ser encarados na totalidade e
não como uma simples junção dos mesmos, pelo ser fundamental privilegiar a sua execução global e
não tanto o aspeto técnico isolado de cada uma das fases. Implica, para além da noção de um ritmo e
equilíbrio específicos de cada um dos saltos que o constituem, a aprendizagem do ritmo e do equilíbrio
global.

Em relação às fases que consideramos para os saltos, o triplo-salto apresenta:


1. Corrida
2. Primeiro salto: pé-coxinho ou hop
3. Segundo salto: passada saltada ou step
4. Terceiro salto: salto ou jump
5. Queda

47
1. Corrida
De uma forma geral, pode dizer-se que a corrida de balanço do triplo salto é muito semelhante à da
corrida do salto em comprimento, podendo ser um pouco mais curta, pois encontramos as mesmas
preocupações e objetivos técnicos de base. O difícil, para o saltador, não é apenas criar a velocidade
horizontal ótima para o salto, mas sim conservá-la ao longo dos três saltos.

2. Primeiro salto: pé-coxinho ou hop


Determinantes técnicas
Deves
1. Estar "alto" e bem colocado;

1. Tentar não perder velocidade, "passando" pela zona/tábua de chamada;


2. Efetuar um apoio muito ativo com o pé de chamada, através da ação da perna de chamada de
cima--frente para baixo-atrás, em movimento rápido ativo de "arranhar" a tábua da frente para
trás, com apoio total do pé;
3. Com a perna de chamada, realizar um movimento de extensão ativa das suas três articulações:
pé, joelho e anca;
4. Fazer avançar a coxa da perna livre, rápida e ativamente, até à horizontal, mantendo-a nesta
posição durante a primeira fase da suspensão;
5. Manter o tronco próximo da vertical, a cabeça levantada;
6. Movimentar os braços de forma rápida e coordenada com as pernas;
7. Saber que, após deixar o solo, deve haver um momento de manutenção da posição final da
chamada, antes de iniciar as ações de "troca de pernas":

48
 a perna livre efetua um movimento para baixo-atrás, atingindo a extensão quase completa
quando a perna passa na vertical do corpo. Simultaneamente, a perna de chamada
movimenta-se fletida para a frente;
 o joelho da perna de chamada deverá elevar-se até à horizontal para preparar a queda do
hop e a chamada do salto seguinte: step;
 para obter um hop longo e rasante, há que puxar a perna de chamada para a frente e para
cima e a perna livre rasante para baixo e para trás.

3. Segundo salto: passada saltada ou step


É o salto mais curto dos três, pois é realizado sob condições de maior dificuldade, já que a mesma
perna que efetuou a primeira chamada tem de absorver o impacto do peso do atleta e imprimir-lhe uma
nova aceleração.

Determinantes técnicas
Deves
1. manter a perna de chamada/receção praticamente estendida, sendo o apoio efetuado com a
totalidade da planta do pé;

2. ter a noção de que a receção/chamada deverá ser efetuada num movimento ativo de "arranhar o
solo", realizado de cima e da frente para baixo e para trás, permitindo a melhor conservação da
velocidade horizontal que anima o corpo do saltador;
3. manter o tronco na vertical;
4. procurar a coordenação entre a ação dos braços, com o apoio ativo e o movimento da perna
livre;

49
5. manter uma posição semelhante à apresentada no final da chamada, preparando o jump. A
perna que realizou as chamadas anteriores deverá balançar atrás, descontraída e fletida pelo
joelho, e o pé da perna de chamada não deverá elevar-se acima da linha das ancas.

4. Terceiro salto: salto ou jump


A perda de velocidade horizontal nesta fase será máxima, pois ela é realizada depois de dois saltos
seguidos, ambos com fases aéreas longas.

Determinantes técnicas
Deves
1. Ter a noção de que as características da fase de receção/chamada são em tudo semelhantes
àquelas que foram indicadas para a chamada do hop e para o step;
2. Saber que, na suspensão, o saltador pode utilizar qualquer uma das técnicas indicadas para o
salto em comprimento, sendo a mais vulgar a técnica do salto "na passada" anteriormente
indicada.

5. Queda
De características idênticas às do salto em comprimento.

13. Conclusão.

50
Com este trabalho fiquei a entender melhor a história do atletismo, as disciplinas, e os componentes de
cada disciplina.

14. Bibliografia.

Educação física 7.º/8.º/9.º anos parte 3 – Paula Romão e Silvina Pais

https://drive.google.com/file/d/1Xp4oZ8Ty_6mkIQr0ecMir_jEAAFgmhAV/view

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maratona
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_atl%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estafeta_(atletismo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corridas_com_obst%C3%A1culos
https://knoow.net/desporto/atletismo/provas-meio-fundo-fundo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3%A7amento_de_disco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3%A7amento_de_martelo

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