Texto 02 Supervisor

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
ESPECIALIZAÇÃO LATO-SENSU EM GESTÃO EDUCACIONAL

SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO


PROCESSO PEDAGÓGICO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

Rosiméri Ferreira Wendler

Sobradinho, RS, Brasil

2015
SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO
PROCESSO PEDAGÓGICO

Rosiméri Ferreira Wendler

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação a Distância


Especialização Lato-Sensu em Gestão Educacional, da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do título de
Especialista em Gestão Educacional

Orientadora: Profª. Ms. Micheli Daiani Hennicka

Sobradinho, RS, Brasil

2015
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Curso de Pós-graduação a Distância
Especialização Lato Sensu em Gestão Educacional

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,


aprova a Monografia de Especialização

SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO


PROCESSO PEDAGÓGICO

elaborada por
Rosiméri Ferreira Wendler

Como requisito parcial para a obtenção do grau de


Especialista em Gestão Educacional

COMISSÃO EXAMINADORA:

________________________________________
Micheli Daiani Hennicka, Profª. Ms. (UFSM)
(Presidente/Orientadora)

________________________________________
Maria Elizabete Londero Mousquer, Profª. Drª. (UFSM)

_______________________________________
Claúdio Emelson Guimarains Dutra, Prof. Ms. (UFSM)

Sobradinho, 28 de novembro de 2015


RESUMO

Monografia de Especialização
Curso de Pós-Graduação a Distância
Especialização Lato Sensu em Gestão Educacional
Universidade Federal de Santa Maria

SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO


PROCESSO PEDAGÓGICO
AUTORA: ROSIMÉRI FERREIRA WENDLER
ORIENTADORA: PROFª. Ms. MICHELI DAIANI HENNICKA.
Local e Data da defesa: Sobradinho, 28 de novembro de 2015.

A presente monografia teve como tema o supervisor escolar como articulador do processo
pedagógico. Dentro dessa temática, buscou-se: Qual a função do supervisor escolar junto a equipe
diretiva e aos docentes para melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem dos
educandos? E como objetivo geral: Identificar como é a relação do supervisor escolar com os demais
integrantes da equipe diretiva, professores, alunos em busca de melhorar a qualidade do processo
ensino–aprendizado, dentro de uma concepção de gestão democrática. Quanto aos objetivos
específicos procurou-se investigar como, e se acontece, a articulação do supervisor escolar aos
processos pedagógicos, visando à melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem e por fim
averiguar como é elaborada a proposta de trabalho dos supervisores escolares de acordo com a
instituição escolar em que o mesmo trabalha. Como metodologia, se desenvolveu uma pesquisa de
campo e bibliográfica, aplicando questionários com 3 supervisores escolares, de diferentes escolas
de Santa Cruz do Sul/RS. Os resultados mostraram que a função do supervisor não é somente algo
burocrático, pois ela esta vinculada, diretamente, ao processo de ensino-aprendizagem. Porém, a
realidade vivenciada nas escolas é preocupante, pois os supervisores não estão conseguindo exercer
sua função de maneira adequada e com entusiasmo. Portanto, se conclui que a supervisão escolar
tem um papel fundamental na escola, por isso esses profissionais devem sempre buscar inovações,
ser um elo entre os diferentes setores da escola para realizar um trabalho coletivo, visando o êxito
educativo no ambiente escolar.

Palavras- chave: Supervisão escolar; Processo pedagógico; Escola.


ABSTRACT

Specialization Monograph
Post Graduation Course in Distance
Specialization Lato Sensu in Educational Management
Federal University of Santa Maria

SCHOOL SUPERVISOR: THE ARTICULATOR EDUCATIONAL


PROCESS
AUTHOR: Rosimeri Ferreira Wendler
GUIDANCE: Prof. Ms. Micheli Daiani Hennicka.
Local and defense date: Sobradinho, November 28, 2015.

This monograph was titled the school supervisor as an articulator of the educational
process. Within this theme, it sought to: What is the role of the school supervisor with the management
team and teachers to improve the quality of teaching and students' learning process? And as a
general goal: Identify how is the relationship of the school supervisor with the other members of the
management team, teachers, students seeking to improve the quality of teaching-learning process,
based on a conception of democratic management. As for the specific objectives sought to investigate
how, and if it happens, the joint school supervisor to pedagogical processes aimed at improving the
quality of teaching-learning process and ultimately determine how elaborate the proposed work of
school supervisors in accordance with the educational institution in which it works. The methodology
developed field research and literature, using questionnaires with 3 school supervisors from different
schools in Santa Cruz do Sul / RS. The results showed that the function of the supervisor is not only
something bureaucratic, because she is linked directly to the teaching-learning process. However, the
reality in schools is worrisome because supervisors are failing to do their jobs properly and
enthusiastically. Therefore, it is concluded that school supervision plays a key role in the school, so
these professionals should always seek innovation, be a link between the different school sectors to
make a collective effort, aimed at educational success at school.

Key words: school supervision; Educational process; School.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................6

1 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR, SEU PAPEL E


TRAJETÓRIA PERANTE A COMUNIDADE ESCOLAR............................8

1.1 Breve trajetória histórica da supervisão escolar no Brasil..............................9

1.2 O supervisor escolar no contexto educativo contemporâneo.......................13

1.3 O papel do supervisor escolar juntos aos educandos...................................15

2 ANÁLISES E REFLEXÕES SOBRE AS ATRIBUIÇÕES DE


SUPERVISORES ESCOLARES DE ESCOLAS ESTADUAIS.................17

2.1 Resultados e Análise dos dados......................................................................18

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................25

REFERÊNCIAS.....................................................................................................27

APÊNDICES...........................................................................................................29
6

INTRODUÇÃO

Este trabalho monográfico tem como foco o supervisor escolar como


articulador do processo educacional, escolhemos usar o termo supervisor nessa
monografia porque essa é a nomenclatura dada ao cargo exercido pelas pessoas
pesquisadas. Porém sabemos que numa visão democrática todos são considerados
gestores, desde o professor até o diretor.
O supervisor escolar é essencial para a organização e qualidade da
educação. Assim, compreender o papel dele no contexto educativo contemporâneo
como articulador do processo educacional, com o propósito de tornar viável a
aplicação de métodos que possam contribuir na realização de uma prática educativa
inovadora e significativa, se torna o ponto central dessa pesquisa. Ele é o
profissional que organiza/orienta o trabalho pedagógico desenvolvido pelos
professores em uma escola. É ele quem coordena os diversos problemas existentes
na relação do aluno com a escola, desde o convívio social de um grupo a problemas
relacionados com as dificuldades de aprendizagem.
Nesse sentido, esta pesquisa sugere que as escolas devam valorizar mais a
ação deste profissional para facilitar o funcionamento desse sistema complexo onde
se opera a aprendizagem dos alunos e de toda a equipe escolar. Buscamos assim
analisar o papel do supervisor escolar e como acontece sua relação com os demais
membros da equipe diretiva, professores e alunos, bem como identificar o papel do
supervisor no processo ensino-aprendizagem.
Este profissional também deve possibilitar oportunidades de mudanças e
viabilizar ações interdisciplinares, propiciando espaços facilitadores para as trocas
de experiências pertinentes ao espaço educativo. Sabemos que as mudanças
causam certo medo e provocam atitudes de resistência, por isso, esta pesquisa
pretendeu também analisar os possíveis empecilhos que impedem a criação de mais
espaços para que o supervisor possa trabalhar nas instituições de ensino.
A partir do exposto acima, pensando no papel do supervisor escolar frente
aos desafios da educação no século XXI, nos perguntamos: Qual a função do
supervisor escolar junto a equipe diretiva e aos docentes para melhorar a qualidade
do processo de ensino-aprendizagem dos educandos?
7

Sendo assim, nesta pesquisa objetivou-se, de maneira geral, identificar como


é a relação e o papel do supervisor escolar com os demais integrantes da equipe
diretiva, docentes, educandos em busca de melhorar a qualidade do processo
ensino – aprendizado dentro de uma concepção de gestão democrática. Por
objetivos específicos priorizou-se: Investigar como, e se acontece, a articulação do
supervisor escolar aos processos pedagógicos, visando à melhoria da qualidade do
processo ensino-aprendizagem e averiguar como é elaborada a proposta de
trabalho dos supervisores escolares de acordo com a instituição escolar em que o
mesmo trabalha.
Esse trabalho de pesquisa é divido em 2 capítulos, o primeiro capítulo
intitulado: “História da supervisão escolar, seu papel e trajetória perante a
comunidade escolar” é composto de um referencial teórico, separado em três partes:
Breve trajetória histórica da supervisão escolar no Brasil; O supervisor escolar no
contexto educativo contemporâneo, e por último: O papel do supervisor escolar junto
aos educandos. O capítulo 2 é intitulado “Análises e reflexões sobre as atribuições
dos supervisores escolares de escolas estaduais” este é separado em duas partes,
na primeira temos a metodologia de pesquisa utilizada, após, apresentamos os
resultados e as análises dos dados. E, por fim, as conclusões finais dessa pesquisa.
8

1 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR, SEU PAPEL E


TRAJETÓRIA PERANTE A COMUNIDADE ESCOLAR

Nessa pesquisa entende-se que o supervisor escolar concretiza sua ação no


acompanhamento das atividades dos professores em sala de aula, por isso é
preciso lhe dar a oportunidade de discutir e analisar os problemas decorrentes desse
contexto, com uma perspectiva diferenciada e abrangente. Conforme, a etimologia
da palavra ‘supervisionar’, temos: ’SUPERVISIONAR = SUPERVISAR’ e
‘SUPERVISAR = dirigir ou orientar em plano superior; superintender, supervisionar’
(FEREEIRA, 1993), ou seja, se ter uma visão abrangente; visão panorâmica de
alguma coisa, no caso, ações promovidas pelo contexto educacional.
Com base nessa concepção, acredita-se que o supervisor é quem, num
espírito de parceria e coletividade, conduz o processo, participa, discute, ouve,
orienta, propõe, informa, assume e partilha responsabilidades com os professores,
além de indicar ações.
Se o supervisor conhece as dificuldades dos docentes na ação do ensino-
aprendizagem, ele pode atuar transformando essa realidade em uma educação de
qualidade, servindo como elo entre educador e educandos.
A função do supervisor escolar é essencial para a organização e qualidade da
educação. Assim, compreender o papel dele no contexto educativo contemporâneo
como um articulador de transformação no processo educacional, com o propósito de
tornar viável a aplicação de métodos que possam contribuir na realização de uma
prática educativa inovadora e significativa, se torna o ponto central dessa pesquisa.
A escola é participante direta na construção de cidadania e de uma sociedade
igualitária, sendo elemento ativo no processo de transformações. O ambiente
escolar é projetado para proporcionar a construção do conhecimento, o qual deve
produzir liberdade e afastar os diversos tipos de alienação. A democratização do
acesso ao conhecimento significa possibilitar ao ser humano o contato com
informações, interatividade e desafios. O papel de qualquer escola deve sempre
estar ligado aos seus ideais, no que deseja aos seus estudantes e à atuação destes
dentro do grupo a que pertencem. Cada elemento é um componente da estrutura da
escola, seja ele aluno, professor, metodologia, avaliação, etc, todos desempenham
seus papéis. Dependendo da abordagem, os papéis da cada componente são bem
delimitados, distintos. Já em outras, muitos desses papéis se confundem ou então
9

se complementam, determinando assim uma nova perspectiva para o rumo da


escola e sua verdadeira função. Para Libâneo (1986, p. 21)

A educação brasileira, pelo menos nos últimos 50 anos, tem sido marcada
pelas tendências liberais, nas suas formas, ora conservadora, ora renovada.
Evidentemente tais tendências se manifestaram, concretamente, nas
práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda
que estes não se deem conta dessa influência.

O educando, nesse ambiente, desenvolve a criticidade e a consciência de que


o mundo não está posto para sua aceitação e adaptação, mas que pode e deve ser
transformado, através da reflexão que vai nortear uma prática renovada.
Reconhecer a necessidade de transformação reabre o diálogo e abre espaço
para a formulação de novas ideias e concepções, para isso busca-se identificar a
trajetória do supervisor escolar bem como sua responsabilidade junto às mudanças
educacionais.

1.1 Breve trajetória histórica da supervisão escolar no Brasil

O supervisor escolar contribui com os projetos de mudanças pertinentes ao


espaço educativo. Portanto, busca-se investigar: Qual a função do supervisor
escolar junto à equipe diretiva e aos docentes para melhorar a qualidade do
processo de ensino-aprendizagem dos educandos?
Para podermos responder a essa problemática, precisamos, inicialmente,
conhecer um pouco da trajetória histórica da supervisão escolar no Brasil, para
assim entender como aconteceu o surgimento dessa função.
Sobre o surgimento da função de supervisão, Lima (2002, p. 69) afirma que “a
ideia de supervisão surgiu com a industrialização, tendo em vista a melhoria
quantitativa e qualitativa da produção, antes de ser assumida pelo sistema
educacional, em busca de um melhor desempenho da escola em sua tarefa
educativa”.
A afirmação de Lima (2002) nos mostra que a supervisão, inicialmente, esteve
ligada a indústria e ao sistema capitalista. Somente, conforme registros, no ano de
1931, tivemos a Reforma de Francisco Campos, com o Decreto Lei nº 19.890 de
1931, por meio dele pode-se dizer que a supervisão foi importada para escolas.
Nessa época, os profissionais executavam as normas prescritas pelos órgãos
10

superiores, sendo chamados de orientadores pedagógicos ou orientadores de


escola, sua função básica era a inspeção.
Essa reforma estabeleceu, oficialmente, a modernização do ensino
secundário brasileiro, tornando uma série de medidas, como: aumento do número de
anos do curso secundário e sua divisão em dois ciclos, a seriação do currículo, a
frequência obrigatória dos alunos às aulas, a imposição de um detalhado e regular
sistema de avaliação discente e a reestruturação do sistema de inspeção federal.
Sendo assim, essa reforma marca uma mudança significativa, pois rompe com
estruturas seculares nesse nível de escolaridade.
Esse novo cenário obrigou a busca de novos conhecimentos e práticas que
assegurassem novas maneiras de ensinar, aprender e desenvolver um currículo
voltado à aprendizagem significativa do aluno. Na busca dessas melhorias, em
1953, foi criada a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário
(CADES), dando treinamento aos inspetores da época.
Em 1950, a supervisão escolar inicia-se com um programa de aliança entre
Brasil e Estados Unidos, que promovia cursos pelo Programa Americano-Brasileiro
de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE), enfatizando metodologias e técnicas
de ensino para solucionar problemas de evasão e repetência, que o ensino primário
enfrentava. Este programa buscava treinar os educadores brasileiros para que os
mesmos executassem uma proposta de ensino tecnicista, nos moldes norte-
americanos. Segundo Abdulmassih; Rodrigues (2007, p. 4)

A supervisão educacional brasileira é produto da assistência técnica norte-


americana prestada aos países da América Latina, objetivando mudança de
mentalidade para se alcançar um nível de vida mais sadio e
economicamente produtivo, impedindo, dessa forma, a penetração do
comunismo.

As rápidas e constantes mudanças políticas e educacionais que ocorreram na


sociedade, sobretudo na década de 1960, levaram o sistema educacional a uma
crise, sendo necessário, em 1969, reformular os Cursos de Pedagogia, através do
Parecer nº 252, incorporado à Resolução nº 2 de 12 de maio de 1969, o qual
instituiu no Curso de Pedagogia as habilitações em: Administração Escolar de 1º e
2º Graus, Supervisão Escolar de 1º e 2º Graus e Orientação Educacional.
Com as mudanças ocorridas em caráter legal as formações do professor e do
especialista receberam um tratamento diferenciado, distanciando este último da
formação do educador. Para Abdulmassih; Rodrigues (IBIDEM, p. 5)
11

O especialista de educação, com um saber limitado, passou a ser um dos


sujeitos determinantes, no contexto das políticas de caráter centralizadoras
e totalitárias, dado que era quem operacionalizava, no interior das escolas,
a ideologia dominante, especialmente através dos currículos .

No ano de 1970, a supervisão ganhou força com a reformulação da Lei de


Diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º graus, lei 5.692/71, envolvendo atividades
de assistência técnico-pedagógica e de inspeção administrativa, ampliando-se assim
o campo de visão de todo o sistema educacional. Baseado nessa lei tem-se que

Art. 33 A formação de administradores, planejadores, orientadores,


inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em
curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-
graduação.

No final da década de 70 e início da de 80, surgem vários estudos e lutas


reivindicatórias nos movimentos de profissionais da educação que buscam, entre
outras coisas, uma maior qualidade do ensino público, a melhoria das condições de
trabalho dos professores e a inclusão efetiva de grande parcela de brasileiros
marginalizados do ensino escolar. Começa a surgir então os movimentos críticos da
escola capitalista no Brasil.
Em relação à supervisão, pode-se dizer que nesse período buscou investigar
sua função política, no esforço de demonstrar que quanto mais a supervisão fosse
utilizada ou defendida como função essencialmente técnica mais ela servia aos
interesses da elite. Por isso, era preciso que o supervisor assumisse uma função
política para efetivar uma prática a serviço dos interesses populares.
Na década de 1990, já com um olhar diferenciado da função e atuação do
supervisor escolar, evidencia-se que essas transformações foram necessárias ao
longo da história, visando melhores resultados. Uma delas foi à reformulação da
legislação educacional, surgindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-
LDB - nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, conforme esta

Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,


planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a
educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em
nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta
formação, a base comum nacional.
12

Atualmente, devido à Resolução CNE/CP 1/2006, os cursos de graduação


não ofertam mais as habilitações em orientação e supervisão escolar, por exemplo.
Isso se confirma no artigo que segue

Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de


professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos
anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na
modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio
escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos
pedagógicos.

Esta Resolução traz ainda que

Art.10 As habilitações em cursos de Pedagogia atualmente existentes


entrarão em regime de extinção, a partir do período letivo seguinte à
publicação desta Resolução.

Por isso, atualmente, a formação desse profissional (supervisor) acontece


através de cursos em nível de especialização.
Como forma de melhor regulamentar a função de supervisor escolar, o
Deputado Federal Cezar Schirmer elaborou o Projeto de Lei nº 4412 em 2001,
porém após toda a tramitação esse projeto foi vetado em 2008. Nesse projeto
constavam os seguintes artigos

Art. 1º. Fica instituída e regulamentada, nos termos desta Lei, a profissão de
Supervisor Educacional. Art. 2º. O exercício da profissão de Supervisor
Educacional é prerrogativa dos portadores de diploma de curso de graduação
obtido em instituição de ensino superior devidamente autorizada e credenciada
pela autoridade competente do sistema de educação nacional. Parágrafo único. O
diploma referido no caput deste artigo pode ser obtido em: I – curso de Pedagogia,
Habilitação em Supervisão Educacional ou Supervisão Escolar; II – instituição
estrangeira de ensino superior, revalidado e registrado como equivalente ao
diploma mencionado no inciso I; III – curso de pós-graduação em Supervisão
Educacional ou Supervisão Escolar. 5 Art. 3º. O campo de atuação do Supervisor
Educacional abrange: I – os órgãos centrais e regionais dos sistemas de ensino; II
– as instituições de ensino; III – todas as áreas que desenvolvem ação de
formação. Art. 4º Compete ao Supervisor Educacional coordenar, planejar,
pesquisar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, controlar,
acompanhar, orientar, executar e avaliar trabalhos, programas, planos e projetos,
bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar
treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e
interdisciplinares e elaborar informes e pareceres técnicos, científicos e
pedagógicos, na área educacional. (SCHIRMER, PROJETO DE LEI nº 4412 de
2001).

A partir da leitura dos artigos desse projeto de lei pode-se notar o quanto eles
auxiliariam em questão de definição de quem poderia atuar como supervisor escolar;
13

qual seria a sua exata função e em que espaços atuaria e isso é de extrema
relevância para o supervisor escolar.
Outra revisão frequente que acontece é referente à postura profissional e os
métodos aplicados por esse especialista. Pois, o cargo de supervisor, presente na
história escolar, por um longo período foi responsável direto pela reprodução do
modelo industrial nos meios educacionais. Ainda hoje, mesmo que discretamente,
isso acontece. O supervisor era visto como aquele que inspeciona se um
determinado modelo de escola está sendo aplicado. Mas hoje, há uma grande
diferença, o supervisor esta participando de forma mais direta junto aos professores
da escola; buscando desmitificar essa imagem de fiscalizador e controlador da
equipe docente, que prevaleceu por muitos anos. Ele procura não ser um
fiscalizador, mas sim um articulador que trabalha juntamente com os professores no
processo de ensino-aprendizagem.

1.2 O supervisor escolar no contexto educativo contemporâneo

Para uma escola transformar seus modelos e concepções, assim como


participar, efetivamente, do desenvolvimento de um trabalho pedagógico eficaz,
precisa refletir sobre a concepção de educação estabelecida no seu Projeto Político
Pedagógico (PPP), o qual foi escrito através da participação coletiva e deve buscar
atender as novas exigências que a sociedade estabelece. Por isso, Libâneo (2002,
p. 35)

refere-se ao supervisor educacional como "um agente de mudanças,


facilitador, mediador e interlocutor", um profissional capaz de fazer a
articulação entre equipe diretiva, educadores, educandos e demais
integrantes da comunidade escolar no sentido de colaborar no
desenvolvimento individual, social, político e econômico e, principalmente
na construção de uma cidadania ética e solidária.

A educação, nesse sentido, é um processo contínuo e permanente que exige,


cada vez mais, dos profissionais da educação um compromisso que atenda as
exigências de uma sociedade que está evoluindo rapidamente em todos os setores.
Isso representa a necessidade da implementação de uma postura renovada
envolvendo todos os que compõem a estrutura organizacional de um sistema
educacional.
14

Portanto, na organização de conhecimentos significativos e relevantes para a


sociedade atual, faz-se necessário afirmar que a atuação do supervisor escolar se
justifica como um meio de garantir o planejamento e execução de conhecimentos
sólidos que possibilitem as pessoas novas perspectivas de vida e novos saberes.
Transformar a escola implica uma importante mudança nas relações de
poder, pois todas as pessoas que ocupam o ambiente escolar desempenham papéis
ativos na construção e na realização das mudanças. Todavia, nesse espaço é
comum existirem conflitos, pois toda mudança causa certo medo, insegurança e
desconfiança por parte dos envolvidos. Nesse momento é fundamental que o
supervisor tenha suas atribuições bem definidas. A flexibilidade é uma delas, pois
esse profissional deve conduzir as negociações entre os membros da equipe e
entender as diversas situações da área pedagógica, a fim de encontrar soluções que
convençam o grupo a se articular.
Além disso, o supervisor precisa ter habilidade estratégica e disponibilidade
para escutar os membros da equipe escolar e assim perceber, com antecedência, as
reais necessidades do grupo, evitando que empecilhos e conflitos impeçam a
construção de uma educação transformadora.
Para Tostes (2013, p. 6) poderemos alcançar os objetivos educacionais, se o
supervisor e o professor estabelecerem um diálogo problematizador. Nele serão
debatidos os anseios coletivos, ou seja, como os projetos que envolvam os docentes
e os discentes podem ser concretizados. Para ser o facilitador desse processo, o
supervisor deve conquistar a confiança do grupo, pois a comunicação interna
consolida os projetos educativos. Assim, a linguagem se torna o principal
instrumento de trabalho com que pode contar o supervisor. É através dela que ele
consegue implantar o sentimento de pertencimento ao grupo.
Ainda dentro dessa percepção, tem-se em Medina (2002, p. 34 apud
FORTUNATO, 2007, p. 36) que “o supervisor atua como um ‘par de olhos’ para
focalizar, com os professores, o contexto no qual trabalham, por que trabalham e
para quem trabalham”. Complementando a concepção desse autor, tem-se Rangel
(2000), a qual traduz o trabalho do supervisor escolar que pretende alcançar o êxito

Na transformação, o que se revê e atualiza o que se transpõe, do sonho a


fatos da realidade. Na ação, o que efetivamente se faz, na supervisão da
escola, nas práxis que desafia que busca entender e realizar, constituindo-
se em objeto tanto do cotidiano do trabalho quanto do cotidiano da
15

formação, de modo a superar a resistente, a teimosa diferença e distância


entre o “falar” do discurso teórico e as circunstâncias concretas do fazer

Portanto, o supervisor é agente que vai dinamizar o processo escolar, tendo


discernimento para perceber as falhas, apresentar prováveis soluções para a
superação dos problemas. Por isso, esse profissional deve ser motivado pelos
desafios e intervir para que o aprendizado não só do aluno, mas de toda a equipe
escolar seja sempre constante, significativo e inovador. Nesse sentido, tem-se
conforme Medina (2002, p. 46 apud ROLLA, 2006, p. 24) que

[...] o supervisor abdica de exercer poder e controle sobre o trabalho do


professor e assume uma posição de problematizador do desempenho
docente, isto é, assume com o professor uma atitude de indagar, comparar,
responder, opinar, duvidar, questionar, apreciar e desnudar situações de
ensino, em geral, e, em especial, as da classe regida pelo professor.

Esta mudança fez com que os docentes passassem a buscar o supervisor


para lhes dar apoio, formação, orientação, a fim de qualificar sua prática
pedagógica. Mudando dessa forma a concepção que se tinha desse profissional
anteriormente.

1.3 O papel do supervisor escolar junto aos educandos

O supervisor escolar deve pensar no progresso de todos que fazem parte de


sua equipe. Ele deve ter consciência de que essa equipe inclui os alunos, os
professores e demais funcionários da instituição. Como supervisor, ele precisa
perceber o ambiente educacional e seus componentes como uma organização que
tem uma missão, um objetivo a ser alcançado e recursos a serem administrados. O
supervisor precisa ser dinâmico e ter flexibilidade junto ao corpo docente e discente.
Conforme Grispun (2006, p. 16)

O centro de atenção máxima da escola deve ser o aluno. A escola existe


em função dele, e, portanto, para ele”. O supervisor escolar tem o papel
principal de atuar com este aluno, por isso sua função é de extrema
importância no contexto escolar.

Por isso, o supervisor deve ser um agente de integração entre alunos e


professores, assim como um elo de apoio ao professor. Contudo, ele deve repensar,
constantemente, sua função e sua atuação, buscando melhorar a aprendizagem dos
alunos e, consequentemente, o cumprimento das metas projetadas pelo Ministério
16

da Educação e Cultura (MEC), através do Índice de Desenvolvimento da Educação


Básica (IDEB). O cumprimento dessas metas só acontece se desenvolvermos um
planejamento em parceria com todos os envolvidos no processo educacional.
Cabe ao supervisor também pesquisar e estudar estratégias diversificadas de
ensino-aprendizagem, visando buscar caminhos possíveis para a motivação de
professores e de alunos, de forma que o aprender/ensinar/aprender aconteça
harmoniosamente, e assim alcançaremos o sucesso escolar.
Portanto, é preciso que seja levado em conta o que se deseja ensinar, para
quê e para quem se ensina. A reflexão constante destas questões deve permear
sempre a prática docente, conforme Freire (1996), esta seria a práxis, a reflexão
sobre a prática. Dessa forma, se dará significado ao que se ensina/aprende na
escola. Também devemos refletir acerca dos conteúdos, das competências e das
habilidades presentes no currículo. Estes devem ser selecionados de acordo com a
realidade dos sujeitos aprendentes, para que possam apropriar-se destes conceitos
e transformá-los de forma a suprir suas necessidades e seus desejos.
Para ensinar e aprender de forma significativa é preciso relacionar-se com o
outro, colocar-se no seu lugar para conseguir estabelecer uma relação permeada
pelo vínculo afetivo, que se cria através de algumas expressões simples. Porém,
como tudo que é simples, é também muito profundo, como por exemplo: tocar, olhar
para que o educador possa entrar em contato com seus educandos.
Isso porque, conforme Freire (1996, p. 52), “ensinar não é transmitir
conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.” Ou seja, não obedecer a determinadas metodologias ou então cumprir
os currículos das disciplinas estanques, dando conta de determinados assuntos.
Mas sim, reunir experiências transformadas em pensamentos que busquem a
integração do ser humano e a investigação de novos métodos, valorizando a
curiosidade dos educandos e educadores.
O papel do supervisor escolar é orientar o grupo de professores, desafiá-los,
instigá-los, questioná-los, motivá-los, despertando assim o desejo, o prazer e o
envolvimento com o trabalho desenvolvido. Não se esquecendo de dividir as alegrias
dos resultados obtidos. Assim, estabelecerá uma relação com o grupo, organizando
e orientando o trabalho pedagógico, dessa forma o supervisor escolar
desempenhará um bom trabalho.
17

2 ANÁLISES E REFLEXÕES SOBRE AS ATRIBUIÇÕES DE


SUPERVISORES ESCOLARES DE ESCOLAS ESTADUAIS

A investigação delineada neste trabalho tem uma abordagem qualitativa e se


caracterizara como uma pesquisa de campo, considerando a necessidade da minha
inserção nas instituições a serem pesquisadas, com o intuito de conhecer melhor
como a supervisão é entendida e efetivada nesses espaços.
A pesquisa de campo, conforme Gil (2009) apresenta algumas vantagens em
relação aos levantamentos, como por exemplo, ser desenvolvido no próprio local
em que ocorrem os fenômenos, seus resultados costumam ser mais fidedignos; não
requerer equipamentos especiais para a coleta de dados, tende a ser bem mais
econômico; e o pesquisador apresentar nível maior de participação, torna-se maior
a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis.
Também foi realizada uma pesquisa bibliográfica usando documentos
impressos e digitais, priorizamos os referenciais atuais que abordem a temática
estudada, analisando e organizando uma síntese das informações coletadas.
Foi utilizado como instrumento de pesquisa um questionário, aplicado a 3 três
supervisores, previamente selecionados. Este continha sete perguntas abertas e
fechadas, de modo a obter informações sobre os dados gerais dos sujeitos
pesquisados, como por exemplo, o tempo de serviço, assim como suas concepções
pessoais acerca do tema pesquisado. A população da pesquisa é composta por
supervisores de escolas estaduais de Santa Cruz do Sul/RS.
Coletados os dados, foi realizada uma análise do conteúdo que foi constatado
nos questionários com os supervisores, relacionando-os com a pesquisa
bibliográfica realizada. Como análise do conteúdo entende-se, segundo a autora
Oliveira (2003, p. 5), “como um conjunto de técnicas de exploração de documentos,
que procura identificar os principais conceitos ou temas abordados em um
determinado texto”. Na análise do conteúdo, o texto é considerado como um todo,
procurando categorizar para se introduzir uma ordem, segundo alguns critérios que
dependem do que se procura ou que se espera encontrar.
Através dessa metodologia procurou-se encontrar as respostas para a
problematização dessa pesquisa, assim como responder ao objetivo geral e aos
específicos que foram delimitados para esse estudo.
18

2.1 Resultados e Análise dos dados obtidos

O presente trabalho monográfico foi realizado com 3 (três supervisoras) de


escolas estaduais localizadas em Santa Cruz do Sul/RS. Abaixo vou descrever um
pouco sobre o local de trabalho dessas profissionais, para melhor compreensão das
análises dos dados obtidos.
A supervisora “A” atua numa escola localizada na área urbana, tendo em
torno de 1.200 alunos e 75 professores. É uma escola centralizada, atendendo do
Ensino Fundamental ao Ensino Médio, possui um diretor; duas vices e três
supervisores. Possuí um bom conceito perante a população, tendo disputa de vagas
e um bom índice no Enem. Os pais são presentes e participativos. Os alunos
possuem acesso à tecnologia, mas priorizam as redes sociais.
Já a supervisora “B” trabalha numa escola que funciona nos turnos da
manhã, tarde e noite. Localizada num bairro de periferia, numa zona considerada de
difícil acesso, onde as mais diversas carências estão presentes no dia a dia.
Problemas como desemprego e subemprego; baixa renda familiar; problemas
habitacionais trazem como consequência famílias em vulnerabilidade social e tais
dificuldades refletem diretamente na escola. Alguns alunos mostram grande
agressividade, desinteresse e apresentam baixo rendimento escolar, o que faz
aumentar os índices de evasão e repetência. No entanto, cabe também destacar
que muitos alunos são oriundos de famílias em que a estrutura familiar ainda existe,
onde se contam com laços familiares, os quais são importantes para o bom
desenvolvimento das crianças e dos adolescentes como: um bom relacionamento;
atribuição de tarefas; horários para estudo; diálogo; interesse dos pais/responsáveis
pelo desempenho dos filhos na escola, os quais acompanham, estimulam e
incentivam para que estes progridam e alcancem sucesso.
Essa escola possui como estrutura física: quinze salas de aula; uma
biblioteca; um laboratório de informática; uma sala de vídeo; um laboratório de
ciências; uma sala do diretor; uma sala da vice-direção e supervisão escolar; uma
sala para o serviço de orientação educacional; uma secretaria; uma sala dos
professores; dois banheiros para professores e funcionários; cinco banheiros para
alunos; uma cozinha; um saguão; uma cantina; duas quadras de esportes, sendo
uma coberta; uma pracinha e uma guarita.
19

Enquanto que a supervisora “C” atua numa escola que possui o ensino
fundamental de 9 anos com 443 alunos, o Ensino Médio e o EJA com 313 alunos.
Atende nos três turnos, sendo a escola referência na Educação Especial em
Deficiência Visual. Esta situada na região central do município e possui 75
professores, conta com três vice-diretoras, uma diretora, três supervisoras,
orientadora educacional e 12 funcionários. Como esta localizada na zona Urbana,
recebe clientela de todos os bairros. Possuí Círculo de Pais e Mestres; Grêmio
Estudantil; Conselhos Escolares; Clube de Mães, tudo o que possibilite a ascensão
da família ao ambiente escolar.
Após a contextualização rápida das escolas onde as 3 supervisoras
pesquisadas atuam, iniciamos a análise das respostas obtidas através dos
questionários. Temos como pergunta 1: Qual a sua formação (graduação, pós-
graduação...)? A resposta da supervisora “A” foi a seguinte: Sou graduada em
Pedagogia (UNISC) e Pós Graduada em Gestão – Supervisão Escolar (também pela
UNISC); Já a supervisora “B” respondeu que tem graduação em Letras –
Português/Inglês e pós-graduação em Gestão da Educação: Supervisão Escolar. E
a supervisora “C” respondeu que tem Graduação em Ciências Biológicas/UNISC e
vários cursos de pós-graduações, como: Metodologia do Ensino de Matemática e
Física; Tecnologias da Informação; Gestão Escolar; Supervisão e Orientação
Escolar
Em seguida temos a pergunta 2: Há quantos anos está no cargo de
supervisão escolar? A supervisora “A” respondeu que atua há 10 anos, já a
supervisora “B” atua há 7 anos e a última supervisora atua há 2 anos. A partir das
respostas nota-se que a supervisora “C” é que menos tempo tem na função
pesquisada. Já a supervisora A tem mais anos de atuação.
Na pergunta 3: Em sua opinião quais são as atribuições de um supervisor
escolar? A supervisora “A” respondeu que:

“Na minha concepção dentre as principais atribuições do Supervisor Escolar


estão a coordenar o processo de construção coletiva e execução da Proposta
Pedagógica, dos Planos de Estudo e dos Regimentos Escolares; como também
investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar o currículo em integração
com outros profissionais da Educação e integrantes da comunidade. Promover
atividades de estudo e pesquisa na área educacional, estimulando o espírito de
20

investigação e a criatividade dos profissionais da educação também é primordial.


Proporcionar ações que objetivem a articulação dos educadores com as famílias e a
comunidade, criando processos de integração com a escola também fazem parte do
meu trabalho diário”.

A supervisora “B” respondeu da seguinte maneira: “Em síntese: assessorar


os professores nos aspectos concernentes à ação pedagógica, objetivando eficácia
e melhoria na qualidade de ensino”. Já a supervisora “C” escreveu que:

“Entendo como tarefa do supervisor escolar, funções como orientar o grupo


de professores, desafiar, instigar, questionar, motivar, despertando neles o desejo, o
prazer, o envolvimento com o trabalho desenvolvido e dividindo as alegrias dos
resultados obtidos. A ação do supervisor escolar é atribuída a funções complexas,
de apoio e parceria com o professor o tipo de relação que ele estabelece com o
grupo de professores, ao qual lidera, passa a ser a essência do desenvolvimento de
seu trabalho. O Supervisor Escolar, é o profissional organizador ou orientador do
trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores em uma escola”.

A resposta da supervisora “C” se relaciona muito com a concepção de


Grispun (2006), o autor escreve que o supervisor escolar tem o papel principal de
atuar com o aluno e no contexto escolar. Nota-se também em todas as respostas
que o trabalho do supervisor esta, intimamente, ligado ao trabalho do professor, a
fim de melhorar a qualidade do ensino, conforme resposta da supervisora “B”. Isso
acontece sendo comprometido com a melhoria das condições de trabalho;
proporcionando momentos de reflexão do fazer na escola; buscando identificar os
medos e receios de cada educador e realizando o acompanhamento sistemático do
trabalho realizado no cotidiano escolar.
Seguindo a análise, como forma de complementar a anterior, tem-se a
pergunta 4: Como é feito o planejamento/definição das suas atribuições na
instituição de ensino em que trabalha? Nessa questão a supervisora “A”
respondeu que: “Minhas atribuições constam tanto no Regimento Escolar aprovado
pelo Conselho escolar. Na proposta Pedagógica também se enfatiza o meu “fazer”.
Durante a semana, procuro estipular ações a serem planejadas durante a escola
com a Direção Escola”. Já a supervisora “B” relatou que: “O planejamento é
21

realizado a partir das atribuições do cargo fornecidas por nossa mantenedora”. E a


supervisora “C” escreveu que:

“O supervisor escolar faz parte do corpo de professores e tem a


especificidade do seu trabalho caracterizado pela coordenação, organização das
atividades didáticas e curriculares, a promoção, e o estímulo de
oportunidades coletivas de estudo. Nesta perspectiva, na atualidade pode-se dizer
que o papel do supervisor está ligado à gestão da escola como um todo. Uma vez
que ele busca junto com o professor minimizar as eventuais dificuldades do contexto
escolar em relação ao ensino-aprendizagem, o trabalho é realizado em equipe”.

Nessas respostas percebe-se, claramente, que o planejamento das


atribuições das supervisoras é feito de diferentes formas. Para uma é através dos
documentos legais, como regimento e o PPP. Já para a outra a definição acontece
por meio da mantenedora. E a última supervisora não descreveu, de forma clara
como esse planejamento acontece. Contudo, ela descreveu, brevemente, as
especificidades das suas atribuições. O que se assemelha nas respostas é a
questão do trabalho coletivo, unindo supervisores, professores e a direção escolar.
Dando continuidade temos a pergunta 5: Em sua opinião qual a função do
supervisor escolar junto a equipe diretiva e aos docentes? A supervisora “A”
destaca que:

“Na minha opinião, uma das principais funções junto com a Equipe diretiva é
assegurar o processo de avaliação da aprendizagem escolar e a recuperação dos
alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os segmentos da
comunidade escolar, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da
qualidade de ensino promovendo atividades de estudo e pesquisa na área
educacional, estimulando o espírito de investigação e a criatividade dos profissionais
da educação”.

A supervisora “B” escreveu que:

“Complementando a questão 3, acrescentaria apenas outras questões, tais


como: Assessorar os demais colegas em assuntos da área da supervisão escolar;
22

participar do planejamento global da escola; coordenar o planejamento do ensino e o


planejamento do currículo; supervisionar o cumprimento dos dias letivos e
horas/aula estabelecidos legalmente; promover atividades de estudo e pesquisa na
área educacional; coordenar o processo de construção coletiva e execução da
Proposta Pedagógica, dos Planos de Estudo e dos Regimentos Escolares, entre
outros”.

Já a supervisora “C” respondeu que: “A Supervisão Escolar tem como


função coordenar a ação pedagógica de forma a garantir o cumprimento da
Proposta Político-Pedagógica, através do desenvolvimento do currículo proposto”.
O que podemos perceber ao analisar essas respostas, além das tarefas
burocráticas realizadas pelas supervisoras pesquisadas é a intenção que elas têm
em cumprir com o Projeto Pedagógico das escolas, garantindo assim o
desenvolvimento curricular proposto, coordenando a ação pedagógica, como
também acompanhando e planejando seu objeto de trabalho. Diante disso, Medina
(2000), escreve que o supervisor sustenta a proposta pedagógica da escola, por
meio da sua ação de orientar e acompanhar, controlar e avaliar o trabalho dos
docentes. Complementando, Medina (2000, p. 32) afirma que

Considerando as características próprias do professor, o supervisor


desenvolve com ele as formas possíveis de controlar o processo de ensinar
e do aprender. Ao abdicar do seu poder e controle sobre a prática docente,
o supervisor é capaz de assumir uma postura de problematizador do
desempenho docente, tornando-se um parceiro político-pedagógico do
professor que contribui para integrar e desintegrar, organizar e desorganizar
o pensamento do professor num movimento de participação contínua, no
qual os saberes e conhecimentos se confrontam .

A partir disso, percebe-se que um dos papeis do supervisor é reorganizar a


prática docente, buscando métodos e técnicas que possibilitam alcançar aos
objetivos propostos. Esse papel deve ser realizado através do trabalho conjunto,
entre o professor e o supervisor, visando sempre à melhoria do processo de ensino-
aprendizado, logo a melhoria da qualidade da educação.
A pergunta 6 pedia o seguinte: Indique as principais atividades
desenvolvidas por você, como supervisor escolar, as quais auxiliam para
melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem dos educandos. A
supervisora “A” respondeu:
23

“Planejamento semanal de atividades docentes; planejamento de reuniões


para os docentes, acompanhamento dos professores com o processo ensino –
aprendizagem dos alunos; organização dos períodos de aulas (professores que
faltam); reuniões de estudos com professores (ensino fundamental e ensino médio –
separado)”.

Enquanto que a supervisora “B” escreveu que precisa haver: “Disposição


de Planos de Trabalho/Curso; Apoio permanente em sala; Divulgação de matérias,
cursos, sites... que auxiliem no trabalho em sala de aula; Reuniões pedagógicas e
de planejamento; Acompanhamento do rendimento dos alunos, avaliando o currículo
em integração, buscando estratégias de melhoria. E outros”.

Para a supervisora “C”:

“Fica evidente que muitas são as atribuições que o supervisor deve


desempenhar para qualificar o trabalho pedagógico que desenvolve dentro da
escola onde atua. Desenvolvo ações motivadoras envolvendo o estímulo para que
cada educador possa executar trabalhos com a colaboração das demais pessoas,
os quais devem ser valorizados com objetividade, ética e diálogo. Busco interpretar
as carências reveladas pela comunidade escolar, direcionando ações capazes de
responder as demandas sociais, culturais, econômicas e políticas que fazem parte
de uma sociedade que está em constantes transformações .”

Analisando as respostas percebe-se a preocupação que as supervisoras têm


em motivar e buscar qualificação para os professores, fazendo com que eles
desenvolvam o hábito de refletir sobre sua própria formação, não só aquela
adquirida em sala de aula, mas em todo seu cotidiano. Dessa forma, eles teriam
satisfação de ensinar e, sempre que preciso, mudar suas práticas. Assim, os
educandos se identificariam mais com o que lhes é ensinado e teriam um convívio
prazeroso e gratificante com o ambiente escolar, o que os auxilia a melhorar sua
aprendizagem, e também a qualidade do ensino.
A última pergunta, de número 7, procurava identificar de uma forma geral:
Qual (Quais) o(os) principal(principais) entrave(s) no desenvolvimento das
24

suas atividades como supervisor escolar na instituição em que trabalha? A


supervisora “A” respondeu que:

“Penso que dentre os maiores são a falta de recursos humanos na escola, a


disponibilidade dos professores em participar de sessões de estudos
(professores trabalham em muitas escolas e não conseguem participar desses
estudos), mais acessória pedagógica da mantenedora (secretaria de educação)”.

Já a supervisora “B” desabafou, escrevendo que:

“Além do serviço burocrático demais (controle de carga horária, realização de


atas...), temos que dar conta de todas as demandas da escola: circular pelos
corredores, cuidar do recreio, substituir semanalmente professor que se ausenta,
atender crianças indispostas e indisciplinadas, alcançar material de expediente aos
professores (giz, mapas, rádio, grampeador...), auxiliar na secretaria (realização de
xerox, por exemplo), auxiliar a merendeira na hora do lanche...dentre muitos e
muitos outros entraves”.

A supervisora “C”, respondeu que: “Temos como principal entrave para a


nossa atuação, a desvalorização da nossa profissão, o que acaba se tornando um
problema não só para nós como para a própria escola”.

O que mais chama a atenção nas respostas é a preocupação das


supervisoras com a falta de profissionais nas escolas, não só professores, mas de
funcionários também. Esse é um problema que acaba afetando a todos e para
resolver essa situação, algumas vezes, o próprio profissional assume essa função
de forma temporária, buscando uma solução rápida e que não afete o
desenvolvimento das atividades naquela escola, mas, principalmente, não
prejudique o processo de aprendizagem dos educandos. Outra queixa das
supervisoras foi o acúmulo de funções, elas relatam que estão fazendo outras
funções, com isso a função de supervisão acaba não sendo bem explorada por falta
de tempo e prejudica toda a escola. Outra reclamação séria feita pela supervisora C
foi a questão da desvalorização da função de supervisor, acredito que isso aconteça
porque a instituição não está direcionando e identificando a importância do
supervisor no desempenho das atribuições de sua função, pois não existe trabalho
Pedagógico de qualidade sem uma boa atuação da supervisão.
25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho monográfico buscou ampliar meus conhecimentos acerca da


função do supervisor escolar, como articulador do processo pedagógico. Sabe-se
que este profissional é essencial para a organização e a qualidade da educação. Ele
é quem organiza/orienta o trabalho pedagógico que é desenvolvido pelos
professores em uma escola. Ele quem gerencia os diversos problemas existentes na
relação do aluno com a escola, desde o convívio social de um grupo a problemas
relacionados com as dificuldades de aprendizagem.
Com essa pesquisa buscou-se investigar: Qual a função do supervisor escolar
junto à equipe diretiva e aos docentes para melhorar a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem dos educandos? A partir das respostas das supervisoras
pesquisadas pode-se compreender que essa função é de suma importância para
melhorar a qualidade do processo de ensino- aprendizagem dos educandos. Isso
porque esse profissional propicie um ambiente de trabalho coletivo, envolvendo
docentes e equipe diretiva, todos buscando uma aprendizagem que priorize os
saberes de todos, com as teorias e práticas necessárias para conduzir assim a uma
aprendizagem de qualidade.
No que se refere aos objetivos, de maneira geral, notou-se que as
articulações do supervisor escolar aos processos pedagógicos acontecem sim,
sempre visando à melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Essa
articulação ocorre por meio de interação conjunta, na qual o supervisor contribui
para a melhoria e qualidade do ensino, mas para que isso aconteça ele deve
assumir seu papel de estimulador, deixando de lado a burocracia que ainda se faz
presente no ambiente escolar onde trabalha e que, por muitas vezes, o desvincula
do seu real papel.
Já sobre como é elaborada a proposta de trabalho dos supervisores escolares
de acordo com a instituição escolar em que o mesmo trabalha, percebeu-se que ela
varia, uma é de acordo com a mantenedora, a outra conforme documentos legais e
a última pesquisada não descreveu de forma clara como isso acontece.
Para finalizar este trabalho quero reforçar a importância que o supervisor tem,
pois, a partir da pesquisa histórica realizada para essa monografia, nota-se que essa
função sofreu diversas modificações acerca das suas funções indo do inspetor para
26

o articulador pedagógico. Isso demonstra que esse profissional, atualmente, esta


relacionado ao trabalho em equipe, buscando revitalizar e fortalecer o processo
educativo na instituição em que atua.
27

REFERÊNCIAS

ABDULMASSIH, Marília Beatriz Ferreira; RODRIGUES, Margarita Victoria.


O especialista e a supervisão educacional: um mergulho nas raízes históricas, 2007.
Disponível em: < histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/.../PPE09.DOC>
Acesso em: 19 jun. 2015.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015.

_______. Lei de Diretrizes de Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras


providências. LEI nº 5.692 - de 11 de agosto de 1971. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/136683.pdf>. Acesso em: 14 maio 2015.

________.Resolução CNE/CP 1/2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para


o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2015.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 3


ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

FORTUNATO, Gabriel Nazaré. Indisciplina na sala de aula, 2007.p.51. Monografia


(especialização em supervisão escolar) – Universidade Candido Mendes, Rio de
Janeiro, 2007. Disponível em:
<http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/posdistancia/33459.pdf>
Acesso em: 16 ago. 2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra: 1996.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
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GRISPUN, Mirian P. S. Z. Orientação Educacional: Conflitos de paradigmas e


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LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: A Pedagogia Histórico-


crítico Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1986

_________. Pedagogia e Pedagogos para quê? 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

LIMA, Elma Corrêa de. Um olhar histórico sobre a supervisão. In: RANGEL, Mary
(Org.). Supervisão pedagógica: princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2002. pág
69-80.
28

MEDINA, A. S. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor. In:


RANGEL, Mary; SILVA, Celestino Alves da (Orgs). Nove olhares sobre a supervisão.
Campinas, SP: Papirus, 2000.

OLIVEIRA, E. de. et al. Análise de conteúdo e pesquisa na área da educação.


Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.9, p.11-27, maio/ago. 2003.

RANGEL, Mary; SILVA, Celestino Alves da (Orgs). Nove olhares sobre a supervisão.
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ROLLA, Luiza Coelho de Souza. Liderança educacional: um desafio para o


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Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. Disponível em:
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SCHIRMER, Cézar. Projeto de Lei 4412 de 2001. Disponível em:


< http://www.camara.gov.br/sileg/integras/136401.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.

TOSTES, Simone Correia. Interações supervisor-professor: diálogos de proteção da


face, Belo Horizonte: 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbla/2013nahead/aop0213>. Acesso em: 10 set. 2015
29

APÊNDICE A – Questionário com os (as) supervisores(as) de


Santa Cruz do Sul/RS.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA


CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTANCIA
ESPECIALIZAÇÃO LATO-SENSU EM GESTÃO EDUCACIONAL
QUESTIONÁRIO AOS SUPERVISORES

Eu Rosiméri Ferreira Wendler, estou realizando uma pesquisa para o meu trabalho
de conclusão de curso de especialização em gestão educacional, intitulado: “SUPERVISOR
ESCOLAR: O ARTICULADOR DO PROCESSO PEDAGÓGICO”, orientada pela Profª.
Ms.Micheli Daiani Hennicka. Peço que respondam a esse questionário com suas palavras:

Questões:

1- Qual a sua formação (graduação, pós-graduação...)?

2- Há quantos anos está no cargo de supervisão escolar?

3- Em sua opinião quais são as atribuições de um supervisor escolar?

4- Como é feito o planejamento/definição das suas atribuições na instituição de ensino


em que trabalha?

5- Em sua opinião qual a função do supervisor escolar junto a equipe diretiva e aos
docentes?

6- Indique as principais atividades desenvolvidas por você, como supervisor escolar, as


quais auxiliam para melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem dos
educandos.

7- Qual (Quais) o (os) principal (principais) entrave(s) no desenvolvimento das suas


atividades como supervisor escolar na instituição em que trabalha?

Atenciosamente,
Rosiméri Ferreira Wendler.
30

APÊNDICE B – Termo de consentimento livre e esclarecido


entregue aos participantes da pesquisa

Universidade Federal de Santa Maria


Centro de Educação – CE/UFSM
Curso de Especialização em Gestão Educacional

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Título do projeto: SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO PROCESSO
PEDAGÓGICO.
Pesquisador responsável: Rosiméri Ferreira Wendler
Telefone para contato do pesquisador:
Endereço do pesquisador:
Orientadora responsável: Micheli Daiani Hennicka
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria

Eu, Rosiméri Ferreira Wendler, orientada pela Profª. Ms. Micheli Daiani
Hennicka dirijo-me por meio deste, para convidá-lo (a) a participar da pesquisa
intitulada: SUPERVISOR ESCOLAR: O ARTICULADOR DO PROCESSO
PEDAGÓGICO.
Com a pesquisa objetiva-se: Identificar como é a relação do supervisor
escolar com os demais integrantes da equipe diretiva, professores, alunos em busca
de melhorar a qualidade do processo ensino – aprendizado dentro de uma
concepção de gestão democrática.
O estudo será realizado a partir de uma pesquisa qualitativa do tipo pesquisa
de campo, como também será utilizada a pesquisa bibliográfica.
Sua participação se baseará em: responder um questionário, com 7 (sete) perguntas
abertas/fechadas.
Caso ocorra algum constrangimento no decorrer do desenvolvimento da
pesquisa, tais como: comentários inapropriados, práticas tendenciosas, e/ou
descumprimento dos compromissos firmados pelos pesquisadores e vossa senhoria
não se sinta à vontade, assegura-se o vosso direito à desistência sem qualquer
prejuízo. A pesquisa também não prevê custos ou despesas a vossa senhoria.
As informações desta pesquisa serão confidenciais e poderão divulgadas,
31

apenas, em eventos ou publicações, sem a identificação dos voluntários, a não ser


entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o sigilo sobre sua
participação. As informações serão mantidas no presente projeto de forma anônima
e sua divulgação se dará da mesma forma. Os resultados da pesquisa, que serão
observados apenas pelos pesquisadores supramencionados.
Quaisquer dúvidas ou questionamentos que os participantes venham a ter no
momento da pesquisa, ou posteriormente, poderão esclarecer junto aos
pesquisadores.
Eu, ____________________________________________________________,
ciente do que foi exposto, acredito ter sido informado de maneira satisfatória a
respeito da pesquisa, tendo ficado claro os propósitos do estudo, assim como os
procedimentos, seus riscos e benefícios, a garantia de confidencialidade e
esclarecimentos.
Concordo em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a
qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem acarretar qualquer dano e/ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
( ) Sim ( ) Não

Em caso positivo: Concordo com a utilização das minhas falas, sem identificação do
meu nome, apenas com nome fictício em publicações associadas.
( ) Sim ( ) Não

Santa Maria, RS, ______ de ________de 2015..

_____________________________________________
Assinatura do entrevistado (colaborador da pesquisa)

Nós, pesquisadora Rosiméri Ferreira Wendler e pesquisadora orientadora Micheli


Daiani Hennicka, declaramos que obtivemos de forma apropriada e voluntária o
Consentimento Livre e Esclarecido deste colaborador.

Santa Maria / RS _____/______/2015.

____________________________ _________________________
Rosiméri Ferreira Wendler Profª. Ms. Micheli Daiani Hennicka
Pesquisadora Orientadora

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