O Papel Do Teste Na Avaliação Psicológica
O Papel Do Teste Na Avaliação Psicológica
O Papel Do Teste Na Avaliação Psicológica
2021.1
Avaliação psicológica é um processo abrangente que tem
como objetivo a obtenção de dados detalhados sobre os
sujeitos ou as situações avaliadas. Possibilita descrever
comportamentos variados, sendo os testes psicológicos
um deles. O psicólogo é profissional habilitado para
realizar avaliação psicológica e, para isso, deve ter
objetivos claros que possam guiá-lo até conclusão.
1. Identificação do problema ou situação a ser avaliada: pode ser realizada por meio de
entrevistas, observações, testes psicométricos ou outras abordagens;
2. A integração dos dados coletados: relacionada com a reunião das informações obtidas a
partir da aplicação das técnicas iniciais, além da classificação dos sujeitos em relação aos
escores e às normas dos testes;
O uso de abordagens e técnicas deve ser baseado nos referenciais teóricos do profissional,
dependendo ainda da demanda e dos contextos de aplicação;
• Psicologia Clínica;
• Neuropsicologia;
• Psicologia Jurídica;
• Psicologia do Trabalho;
• Psicologia do Trânsito;
• Psicologia do Esporte;
• Contextos clínicos e educacionais que demandam uma avaliação,
como educação, recursos humanos, saúde e a justiça.
Todos os casos devem ter propósitos claros.
ENTREVISTAS
OBSERVAÇÕES TESTES
É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes
psicológicos, em nível individual ou não, seja para classificar o caso e prever
seu curso possível, comunicando os resultados. Se inicia com a organização
de um plano de avaliação, e é fundamental que o profissional tenha
habilidade para reconhecer as estratégias e testes úteis e eficazes para
cada etapa da avaliação. É importante realizar o levantamento de perguntas
e a definição dos objetivos, o planejamento das estratégias de avaliação a
serem utilizadas e a escolha dos testes, o levantamento dos dados, a
reunião dos dados, a reunião desses dados e apresentação dos resultados
(CUNHA, 2000).
As entrevistas e as observações são procedimentos avaliativos
comumente utilizados em contexto clínico e visam à obtenção de
uma quantidade maior de informação do avaliando, a fim de
garantir que o diagnóstico seja adequado e que seja possível
organizar a intervenção.
Em razão das limitações do ensino a área da avaliação é a que mais apresenta problemas
de infração ética.
Dois quesitos devem estar presentes na formação do psicólogo:
Formação crítica.
Descrever claramente as etapas de aplicação, correção, além das demais condições, como
especificidades do ambiente e materiais a serem utilizados ao longo da aplicação.
Detalhamento dos aspectos técnico-científicos voltados para a fundamentação teórica do
teste e construtos abordados, além dos dados empíricos;
Descrição dos aspectos práticos voltados para aplicação do instrumento, a correção dos
dados coletados e interpretação dos escores e resultados;
Referências da literatura relacionada, de modo que o usuários do teste possa ter maior
compreensão do construto avaliado;
Informações sobre o responsável técnico pela produção do instrumento;
Informações sobre autorização e aprovação do CFP;
Destaque para as informações do uso restrito aos psicólogos;
Informações sobre a comercialização, também restrita ao psicólogo, apresentando essa
informação em destaque no manual.
O psicólogo tem o dever de usar de forma ética, os instrumentos disponíveis para sua
prática profissional. Deve estar atento as necessidades do avaliando, além de utilizar
instrumentos que sejam adequados no cumprimento do propósito ao qual a avaliação se
propõe, sendo essencial:
Baseadas na estrutura interna: abordam as correlações entre os itens; nesse caso, usam-
se, principalmente, análises fatoriais para as conclusões, incluindo também evidências de
precisão dos instrumentos;
As práticas com maior compromisso e adequação são aquelas compostas por diversos recursos
avaliativos, considerando vários métodos, favorecendo a visão mais completa possível do avaliando e
representando uma tendência na área da avaliação psicológica;
É importante que sejam utilizados outros métodos que completem a aplicação dos testes, contribuindo para
o desenvolvimento mais amplo da psicologia como ciência e profissão;
A escolha correta de técnicas possibilita a compreensão de suas vantagens e de sua limitações, além do
bom senso e crítica dos profissionais, garantindo que o processo seja baseado em princípios éticos;
É evidente a necessidade de se considerar uma abordagem mais contextualizadora dos dados obtidos a
partir da avaliação psicológica, considerar a validade clínica do procedimento, que possibilita a integração
entre informações oriundas de fontes diversas para conclusão e complementação dos procedimentos de
avaliação e diagnóstico em psicologia.
OBJETIVO
PÚBLICO-ALVO
APLICAÇÃO
ATENÇÃO!!! Teste Desfavorável!!!!!
Individual, sem limite de tempo, sendo que a Testes Psicológicos Desfavoráveis: são aqueles avaliados
pelo CFP, mas que não atenderam os requisitos mínimos
maioria das aplicações leva em média de 30 a 90 obrigatórios e/ou não apresentaram novos estudos de
minutos. normatização e/ou validade no prazo estipulado pela Resolução
CFP nº 009/2018 . É considerada falta ética o uso de testes
desfavoráveis na atividade profissional do psicólogo.
O Inventário de Depressão de Beck - Segunda
Edição (BDI-II) é um instrumento composto por 21
itens, cujo objetivo é medir a intensidade da
depressão a partir dos 13 anos até a terceira idade.
A aplicação pode ser individual ou coletiva. Não há
um tempo limite para o preenchimento do protocolo,
mas em geral, o BDI-II requer entre 5 e 10 minutos
para ser completado.
Formulação de
perguntas
Demanda: está alicerçada em avaliar os motivos do sofrimento, pois nem sempre estão
claros para o paciente;
Momento atual: a paciente se sentia triste desde que enfrentara, há 8 mês, a morte do
cachorro com o qual convivia há 10 anos;
Verificou-se que a paciente apresentava uma difícil relação com sua família e com seus
ideais profissionais;
A companhia do cachorro lhe trazia conforto para essas preocupações, que não surgiram
após a morte dele, mas se intensificaram durante o período de luto.
A partir das constatações iniciais, foram elaboradas algumas hipóteses e optou-se pela
utilização de alguns testes projetivos com intuito de compreender melhor os principais
conflitos psíquicos inerentes a cada uma das situações descritas;
O psicólogo deve estar aberto para refazer as hipóteses elaboradas a cada encontro,
construindo com o paciente o significado de suas palavras, jogos e outras comunicações de
dados colhidos;
A adoção dos instrumentos levará em conta a opção técnica e ética do psicólogo, que deve
considerar suas condições pessoais e conhecimento técnicos para avaliar o caso
encaminhado, concluindo quando a relevância ou não de um teste ou uma técnica para o
oferecimento de um resultado avaliativo mais confiável;
A escolha do teste deve ser feita sempre de forma individualizada (para o paciente);
Na escolha também leva-se em conta que os instrumentos que o psicólogo tem domínio de
aplicação e interpretação dos resultados;
O psicólogo deve buscar atualização constante por meio de cursos sobre testes e leitura de
artigos científicos que indicam novos estudos sobre os testes.
A ordem de aplicação deve ser pensada conforme o caso;
Deve-se iniciar com os instrumentos mais simples, para então partir para os mais
complexos, de forma que o avaliando posso ir se adaptando à situação de avaliação;
Os teste projetivos são mais indicados para o início da bateria para não serem
contaminados pela forma de resposta dos testes mais padronizados de resposta de acerto
e erro.
1) O que quero avaliar?