Elementos Ligados Desenvovimento Cognitivo Do Aluno
Elementos Ligados Desenvovimento Cognitivo Do Aluno
Elementos Ligados Desenvovimento Cognitivo Do Aluno
Discente: Código:
Maria Cornélio Matsinhe 708225545
3. Conclusão.................................................................................................................... 11
Referencia Bibliograficas................................................................................................ 12
1. Introdução
Para facilitar a aprendizagem, dividimos este capítulo em dois momentos: o primeiro trata de uma
forma geral sobre o desenvolvimento humano e os prin-cipais aspectos que interagem e
influenciam o desenvolver de cada sujeito, e no segundo momento apresentamos as diferentes
fases do desenvolvimento humano dando ênfase à infância e à adolescência (idem).
O ser humano é um ser de relações. Como vimos nos tópicos anteriores, desde o nascimento a
pessoa estabelece relações afetivas e sociais, inicialmente para sua sobrevivência, depois para
interagir socialmente, desenvolver sua aprendizagem, construir-se um sujeito capaz de ser, estar,
produzir, desenvolver-se no contexto social, histórico e cultural em que habita.Desse modo, o ser
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humano busca permanentemente estabelecer relações nos diversos espaços em que transita. E a
escola é um espaço singular de construção de relações, desenvolvimento e aprendizagem (Ibidem).
A presente pesquisa esta estruturada em três (3) partes. A primeira é mesmo introdutório e procura
dar a contextualização panorâmica do tema, define os objectivos e a organização do trabalho e
metodologia. A segunda parte dedicou-se a fundamentação teórica, que se materializou
fundamentalmente numa descrição de todos os elementos que constituem os princípios
psicológicos ligados a evolução do desenvolvimento psíquico do aluno. A ultima parte apresentou
as ultimas considerações a luz dos resultados encontrados.
1.1. Objectivos
1.1.1 Geral
Compreender os principios psicologicos do desenvolvimento cognitivo do aluno
1.1.2 Especificos
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Compreender os principios psicologicos do desenvolvimento cognitivo do aluno.
1.2 Metodologia
O subititulo da metodologia fez uma descrição dos principais procedimentos usados para a
materialização da pesquisa em torno dos elementos que caracterizam os os elementos que
constituem a questão do género e o seu impacto no desenvolvimento comunitario. O trabalho o
usou um conjunto de abordagens e técnicas com o objectivo de formular e resolver problemas de
aquisição objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática dos elementos relacionados com
Compreender os princípios psicológicos ligados a evolução do desenvolvimento psíquico do
aluno.
A pesquiza adoptou uma abordagem qualitativa, esta técnica mostra-se adequada para colher
opiniões, factos, sentimentos, sensibilidade e emoções bem detalhadas sobre os os elementos
relacionados com a questão dos princípios psicológicos ligados a evolução do desenvolvimento
psíquico do aluno.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.22) ʺa abordagem qualitativa além de ser uma opção da
investigadora, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um
fenómeno social, para além de permitir descrever a complexidade do problema, analisar a
interacção das variáveis, compreender e clarificar processos dinâmicos vividos por grupos sociaisʺ.
O autor acima supracitado defende que análise de conteúdos na base da qualificação contribuem
para a interpretação de questões abertas ou textos, a partir da descrição objectiva, sistemática e
quantitativa do seu conteúdo, posteriormente são apresentados as conclusões de cruzamento dos
dados levantados e discutidos ao longo da pesquisa, de modo a oferecer resultados empíricos e
teóricos no âmbito dos elementos relacionados com a questão dos princípios psicológicos ligados
a evolução do desenvolvimento psíquico do aluno.
A pesquisa adoptaou uma pesquisa explicativa, segundo Menezes e Silva (2001:22) a pesquisa
explicativa tem como objectivo básico a identificação dos factores que determinam ou que
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contribuem para a ocorrência de um fenómeno. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos
fenómenos. A pesquisa explicativa é pertinente porque nos possibilitou aprofundar conhecimentos
da realidade sobre a questão dos princípios psicológicos ligados a evolução do desenvolvimento
psíquico do aluno.
A pesquisa sobre a questão do género e o seu impacto no desenvolvimento comunitario usou como
técnica a revisão bibliográfica que consistiu fundamentalmente na recolha e análise da literatura
que aborda questões relacionados com a questão do género e o seu papel no desenvolvimento
sustentavel das comunidades rurais em moçambique.
O conhecimento não pode ser concebido como algo inato, tampouco como resultado do simples
registro de percepções e informações. Mas é o resultado das ações e interações do sujeito com o
ambiente onde vive. Embora o funcionamento da inteligência seja herdado, as estruturas da mente
vão sendo construídas a partir da organização sucessiva das ações do sujeito sobre os objetos.
Sendo o conhecimento resultado da interação do sujeito com o objeto, por meio da ação que realiza
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sobre ele, o sujeito conhece-o, transforma-o, compreendendo o processo dessa transformação, e
como resultado, entendendo como o objeto foi construído (GOULART, 2008).
Nisso reside um dos conceitos da teoria piagetiana: a hereditariedade. Tal conceito diz que o sujeito
herda estruturas biológicas que predispõem o aparecimento de estruturas mentais. Mas, o
surgimento das estruturas mentais necessita da interação do sujeito com o ambiente, tanto nos
aspectos físicos como nos sociais. O aspecto físico proporciona à criança a possibilidade de
manipulação dos objetos, exploração de lugares, observação de fenômenos que ocorrem na
natureza, entre outros. Socialmente, a criança tem a oportunidade de interagir com seus pares,
adquirindo e desenvolvendo competências indispensáveis ao seu pleno desenvolvimento
(GOULART, 2008).
Para Piaget, a lógica do desenvolvimento é a busca do equilíbrio que ocorre por meio de
mecanismos de adaptação do indivíduo ao meio. Assimilação e acomodação são processos
complementares, diretamente ligados ao processo de adaptação. No processo de assimilação,
elementos do meio são incorporados à estrutura cognitiva do sujeito. Na acomodação, há uma
modificação nas estruturas do sujeito para que se adapte às modificações do meio (PIOVESAN,
2018).
Todavia, quando este equilíbrio é rompido por experiências ainda não assimiladas, a mente se
reorganiza para construir novos esquemas de assimilação e novamente atingir o equilíbrio. Este
processo de reequilíbrio é denominado equilibração majorante e é o responsável pelo
desenvolvimento mental do sujeito. A partir da abordagem piagetiana, é fundamental provocar o
desequilíbrio na mente da criança para que ela, ao buscar o reequilíbrio, se reorganize
cognitivamente e consiga aprender. Ou seja, quando o equilíbrio é desestabilizado a criança tem a
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oportunidade de crescer e se desenvolver. Sob esta ótica, é imprescindível que o professor desafie
o aluno, provocando constante desequilíbrio em seus esquemas mentais (AUSUBEL, 2012).
Piaget sistematiza que o desenvolvimento cognitivo é marcado por períodos com características
bem definidas, as quais expõem uma estrutura qualitativamente diferente da que a precedera e das
que a sucederão, e, concomitantemente, preparam o indivíduo para o estágio seguinte (AUSUBEL,
2012).
Período em que os actos inteligentes da criança compreendem as ações motoras como resposta aos
diversos estímulos que afetam os seus sentidos. A partir da inteligência prática, dos reflexos
neurológicos básicos a criança inicia a construção de esquemas de acção para a assimilação do
meio. Porém, ainda não dispõe de uma estrutura representativa que permita internalizar os objetos
de modo que possa agir apenas no plano mental. Por meio da imitação a criança realiza diferentes
experiências e aprende, mas é indispensável a presença do objeto, visto que ele é próprio modelo
de imitação. Culmina com o aparecimento da linguagem (AUSUBEL, 2012).
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representação, possibilitando-lhe tratar os objetos como símbolos. Esta capacidade possibilita
aquisição dos significados sociais, presentes no contexto em que ela vive, criando as condições
para a aquisição e desenvolvimento da linguagem (Idem).
Ao final deste estágio, o pensamento da criança começa a assumir a forma de operações concretas,
quando surgem as noções temporais, espaciais, de velocida de e ordem. A criança já tem condições
de compreender o ponto de vista da outra pessoa e de conceituar algumas relações. Nessa fase, são
constituídas as bases para o pensamento lógico característico do final do desenvolvimento
cognitivo (AUSUBEL, 2012).
a criança é capaz de realizar operações a partir de materiais concretos, desenvolve noções espaciais
e a capacidade de raciocinar o mundo de maneira mais lógica e adulta. Adquire a reversibilidade
lógica, que configura uma propriedade das ações da criança auxiliando na construção das noções
de conservação de comprimento, distâncias, quantidades discretas e contínuas e quantidades
físicas. Também desenvolve a capacidade de aplicar um mesmo tipo de pensamento em situações-
problema diferentes.
De acordo com Papalia e Olds (2000), crianças na faixa etária das operações concretas tendem a
ser menos egocêntricas e mais eficientes em tarefas que demandam raciocínio lógico, como
relações espaciais, causalidade, categorização, raciocínio indutivo e dedutivo e conservação. E é
isso que diferencia a criança em idade escolar de crianças menores (AUSUBEL, 2012).
a criança consegue pensar de forma abstrata e hipotética, é capaz de estabelecer relações possíveis
respeitando determinada lógica, testa hipóteses em busca de solução para problemas. Atinge um
nível mais elevado de desenvolvimento, podendo resolver situações através do raciocínio lógico e
explicar fatos observáveis utilizando-se de suposições. Neste estágio o indivíduo inicia sua
transição para o
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2.1.2 Hereditariedades e ambiente: redefinindo a relação Desenvolvimento e aprendizagem
O estudo sobre a psique humana tem constantemente enfrentado a seguinte questão: se este ou
aquele traço de personalidade deve-se à hereditariedade e à constituição, ou seja, à carga genética
do indivíduo, ou ao ambiente, ou melhor, à experiência e à aprendizagem do indivíduo na interação
com o seu meio social e cultural.
Assim, as ações, o comportamento humano, enfim, as diferenças individuais são atribuídos ora à
hereditariedade, ora aos fatores externos. No primeiro caso, aparecem relacionados ao
comportamento familiar. Portanto, se a criança é agitada ou calma, esperta ou “desligada”, se gosta
de estudar ou não, de comer ou não, se demora a dormir ou se acorda cedo, diz-se que se parece
com o pai, o avô, a tia etc., quando tinham a mesma idade que a da criança em questão.
No segundo caso, esses comportamentos são atribuídos a fatores, tais como, o excesso ou a falta
de limites pelos pais na criação da criança, desde quando pequena. Assim, aos comportamentos
acima descritos reage-se com observações como a mãe é boazinha demais ou o pai é muito severo,
ou ainda “a escola não consegue controlar os seus alunos, entre outras.
Por outro lado, aqueles que atribuem à experiência e à aprendizagem o fator determinante sobre o
comportamento têm como vantagem poder explicar como o comportamento se modifica com o
passar do tempo. Essa perspectiva favorece o estudo processual do desenvolvimento do
comportamento de indivíduos submetidos a essa ou àquela situação de aprendizagem, ou seja,
como um e outro comportamento pode vir a ser aprendido e como fazer para modificá-lo.
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As formulações de Vygotsky possibilitaram uma maior compreensão do pensamento enquanto
função cerebral, valorizando o processo de apropriação dos saberes culturais pelas crianças. Seus
estudos remetem à discussão das relações entre pensamento e linguagem, à questão da mediação
cultural no processo de construção de significados por parte do indivíduo, ao processo de
internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimentos, exercendo forte influência
em pesquisas sobre a linguagem, a mente, a cognição, a cultura e o pensamento humano
(PIOVESAN, 2018).
Para Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio da interação do sujeito com o meio
social. Assim, o homem é um ser ativo, histórico e social que através de interações constrói e
modifica o ambiente. Em Vygotsky, a cultura torna-se parte da natureza humana num processo
histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda o funcionamento
psicológico do homem (PIOVESAN, 2018).
No decorrer deste processo, o homem também forma sua personalidade. “As funções psicológicas
superiores do ser humano surgem da interação dos fatores biológicos, que são parte da constituição
física do Homo sapiens, com fatores culturais que evoluíram através de dezenas de milhares de
anos de história humana (PIOVESAN, 2018).
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elevado. A Zona de Desenvolvimento Proximal alude ao espaço entre o que a criança já possui
e o que ela precisa construir, ou seja, as funções que ainda estão em processo de maturação
(PIOVESAN, 2018).
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3. Conclusão
A mediação referenciada no parágrafo anterior ocorre tanto nos processos de representação mental
de natureza simbólica, em que o ser humano é capaz de estabelecer relações mentais na ausência
de referências concretas, como no aspecto social, com a internalização de formas de
comportamento culturalmente estabelecidas, num processo que transforma as atividades externas,
funções interpessoais, em atividades internas, intrapsicológicas.
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Referencia Bibliograficas
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