Farsa de Inês Pereira Versão Final

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DE GIL VICENTE

Inês Viduedo 12.ºD

Português
Docente Clara Baptista

FARSA DE INÊS PEREIRA


INTRODUÇÃO

A minha apresentação oral vai incidir sobre a “Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente.
CONTEXTUALIZAÇÃO

• A peça foi apresentada pela primeira


vez para o rei D. João III, em 1523.
A Farsa de Inês Pereira é
considerada a peça mais divertida,
complexa e humanista de Gil
Vicente.

Rei D. João III


CONTEXTUALIZAÇÃO

• As farsas baseiam-se em temas da vida quotidiana, tendo um enredo cómico e


critico.

• A Farsa de Inês Pereira parte da interpretação do mote: «mais quero asno
que me leve, que cavalo que me derrube».

• Explicação na didascália de abertura: «que por quanto duvidavam certos
homens de bom saber se o autor fazia de si mesmo estas obras, ou se as
furtava de outros autores, lhe deram este tema sobre que fizesse».
ESTRUTURA TRIPARTIDA DA INTRIGA

• Exposição:
desejo de libertação de Inês através do
casamento;
• Conflito:
- proposta de Pero Marques;
- casamento com o Escudeiro;
- casamento com Pero Marques.
• Desenlace:
concretização das aspirações de Inês.
Inês Pereira Mãe de Inês Lianor Vaz

PERSONAGENS
PERSONAGENS
CONTIN
UAÇÃO

Judeus Inês e Brás da Mata Inês e Pêro Marques Inês e Ermitão


• Pêro Marques, o «asno», é o seu primeiro pretendente,
que lhe é apresentado por Lianor Vaz, a alcoviteira.

• Pêro Marques, lavrador inculto, nunca viu uma cadeira,


apresenta comportamentos invulgares quando
comparado com a Corte, provocando o riso.

• Inês Pereira recusa-se casar com ele, pois pretende um


homem que, à boa maneira da Corte, saiba combater,
fazer versos, cantar e dançar, alguém como Brás da
Mata, o segundo pretendente. Apresentado pelos
Judeus Casamenteiros, menos sinceros e bem-
Inês Pereira intencionados que Lianor Vaz.
Brás da Mata, elegante, com uma boa-educação e bem-estar
social, acredita no casamento como solução para as suas
dificuldades financeiras. Incapaz de ver para além das
aparências, Inês escolhe-o como marido.

Antes de sair em missão para África, dá ordens ao seu


moço para vigiar Inês e a trancar em casa, privando-a da
liberdade que ela ansiava.

Com o passar do tempo Inês arrepende-se de ter casado


com o Escudeiro. Apercebendo-se de que este é covarde
e que a priva da sua liberdade.

Retirando-lhe tudo aquilo que ela desejava, um


casamento livre e com ascensão social.

Três meses após a partida de Brás da Mata para África,


Inês recebe a “prazerosa” notícia de que o seu marido
foi morto por um mouro.
Brás da Mata ou Escudeiro
Não tardará até Inês querer casar novamente. Entretanto,
Lianor Vaz traz-lhe a noticia que Pêro Marques continua
casadoiro, como tinha prometido a Inês no primeiro
encontro.

Inês casa com ele logo ali, e já no fim da história aparece


um Ermitão que se torna amante da protagonista.

“mais quero asno que me carregue que cavalo que me


derrube”

Não podia ser melhor representado do que na última


cena da obra quando o marido a carrega em ombros até
ao amante, e ainda canta com ela “assim são as coisas”.

Pêro Marques
O CÓMICO
Cómico de caráter:
Pero Marques (desconhecimento da cultura da cortesia):

• “E que val aqui uma destas? / Eu cuido que não estou


bem…” (vv. 275)

• “Cuido que lhe trago aqui/peras da minha pereira… / Hão


de estar na derradeira. / Tende ora, Inês, per i” (vv. 300)

• “Pois, senhora, eu quero-me ir / antes que venha o escuro”


(vv. 337)
O CÓMICO
Cómico de situação:
Episódio final

• “Marido cuco me levades / E mais duas lousas”


(vv. 1115)

• “Bem sabedes vós, marido, / quanto vos amo. /


sempre fostes percebido / pera gano. / Carregado
ides, noss’amo, / com duas lousas. (vv. 1118)

Cómico de linguagem:
Expressões provincianas de Pero, representante da cultura popular.

• "Fresco vinha aí o presente / com folhinhas borrifadas!" (vv. 316)


A CRÍTICA VICENTINA

• A ânsia de libertação da mulher de condição burguesa, através


do casamento (Inês);

• A ruína da baixa nobreza, decorrente da centralização das


riquezas, provindas da expansão, na corte (Escudeiro);

• Os velhos costumes morais de uma sociedade medieval e


feudal, em vias de extinção (Pêro Marques);

• Degradação moral da conceção de família;

• O êxodo dos campos, o desenvolvimento das cidades e a


atração pela riqueza fácil.
CONCLUSÃO

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