Resumos de Geografia 10º Ano
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Resumos de Geografia 10º Ano
O litoral português
Portugal possui uma linha de costa de cerca de 2601 quilómetros, que se repartem por três
unidades:
Continente: 1240 km
Região Autónoma dos Açores: 943 km
Região Autónoma da Madeira: 418 km
Litoral: as populações viram desde muito cedo um foco de atração, sendo esta faixa do
território palco de concentração da população e de atividades económicas, o que comprova a
forte atração que o mar exerceu no passado e continua a exercer no presente, que se chama
de litoralização.
Erosão mecânica (abrasão marinha): processo que resulta do desgaste de uma rocha por
fricção ou ação mecânica das ondas que transportam fragmentos de rochas, contribuindo
para destacamento de partículas e rochas
Costa alta de arriba: costa alta, com altitudes acima do nível do mar e escarpada, talhada
em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza, como o granito, o xisto e o calcário.
Pode ser acompanhado por pequenas extensões de areias e falésias.
Costa baixa e arenosa: costa com altitudes próximas do nível do mar e de constituição
arenosa, associada a sistemas dunares. É constituída por rochas sedimentares pouco
resistentes à erosão, como areias, arenitos e argilas.
Costa baixa e rochosa: costa com altitudes próximas do nível do mar e de constituição
rochosa.
- no estuário do Tejo
A costa baixa e arenosa encontra-se exclusivamente no litoral norte, como por exemplo:
Nos litorais rochosos, a abrasão marinha faz-se sentir de forma mais intensa nos
setores com rochas brandas.
Desta forma, a contínua ação do mar acaba por provocar o seu recuo, podendo
originar uma arriba fóssil ou morta
1. O mar desgasta a base da arriba (erosão química e erosão mecânica), formando grutas.
2. A parte superior da arriba fica sem apoio e acaba por desmoronar, verificando-se o recuo da
arriba. Na base, forma-se a plataforma de abrasão.
3. O mar deixa de atingir a base da arriba. Forma-se uma arriba fóssil ou morta
2. Duna: relevo totalmente constituído por areia acumulada pela ação do vento
5. Baía (ou concha): reentrância do mar no continente, semelhante a um Golfo, mas com
menor dimensão
6. Estuário: parte terminal de um rio, constituída por um braço, que geralmente se alarga
junto à foz.
7. Arriba: Costa alta, Talhada pelo mar, de vertentes quase verticais (escarpadas) e
constituída por rochas resistentes à erosão
9. Delta: depósito fluvial junto à foz de um rio, geralmente em forma de leque, que ocorre
quando a velocidade de deposição dos sedimentos é superior à velocidade de erosão
10. Tômbolo: forma que resulta da ligação de uma ilha ao continente através de um
cordão de sedimentos (istmo) transportados e depositados pelas correntes marítimas
Ex. Peniche
11. Farilhão: Rochedo íngreme e vertical, localizado na Costa, formado pela ação da erosão
marinha
15. Ilha-barreira: faixa arenosa, geralmente estreita, comprida e paralela à costa, que
resulta da acumulação de sedimentos transportados pelos rios e correntes marítimas.
- saliências, como os cabos, que estão associados à costa de arriba, resultantes de antigas
regressões do mar e de formações geológicas com maior resistência à ação erosiva do mar.
- Pequena baía com uma estreita abertura para o mar, limitada por vertentes abruptas.
Resultou de uma vasta baía cujas dimensões foram sendo reduzidas, devido à acumulação
de sedimentos marinhos.
3. Tômbolo de Peniche
- da sua dimensão
5. Lido de Faro
- área lagunar, constituída por numerosas e pequenas ilhotas arenosas, rodeadas por
extensos cordões de areia, envolvidos por canais que permitem a ligação ao mar.
Qual a relação entre os acidentes do litoral e a localização dos
portos marítimos?
As correntes marítimas são também uma importante fonte de espécies marinhas, uma
vez que permitem uma constante oxigenação das águas e arrastam consigo elevadas
quantidades de plâncton, sobretudo:
- nas áreas de correntes frias, por serem as mais favoráveis para a formação de
plâncton, e consequentemente, para a concentração de espécies piscatórias
- nas áreas de contacto entre correntes quentes e frias
A costa ocidental de Portugal continental sofre a influência de uma corrente marítima
dominante, designada por corrente de Portugal
A corrente de Portugal:
- é uma ramificação da corrente quente do Golfo do México, que surge no Golfo do
México e é arrastada pelos ventos do oeste e sudoeste para nordeste em direção à
Europa, onde chega ao norte da Escandinávia e ao oceano Ártico.
- tem uma direção norte-sul, prologando-se até Cabo Verde. Para sul, do cabo de São
Vicente, é conhecida como Corrente das Canárias
- ao longo do seu percurso, vai perdendo as suas características originais
3. Zona contígua (24 milhas): espaço marítimo, 2. Mar territorial (12 milhas): espaço
de transição entre as águas territoriais e o mar marítimo entre a linha de base reta e o
alto, que se estende até às 24 milhas náuticas. alto más, com uma largura Máxima de
12 milhas náuticas.
O Estado exerce, nesta zona, a jurisdição que
estabeleceu para o território nacional e mar Nesta zona, soberania nacional do
territorial, prevenindo e combatendo a Estado costeiro é exercida de forma
criminalidade exclusiva
A ZEE
Portugal tem uma longa tradição da pesca, o que se deve, entre outros fatores à sua
posição geográfica e a sua extensa linha de Costa
Apesar de economicamente pouco relevante na economia nacional, a atividade da
pesca representa, no setor primário, um papel importante a nível socioeconómico,
sobretudo nas áreas costeiras, contribuinte para o desenvolvimento local, para a
criação e manutenção do emprego e outras atividades económicas complementares e
para a preservação da tradição e da cultura locais. Assim, esta atividade:
- é uma fonte de subsistência da população ribeirinha, que, na sua maioria, depende,
quase na totalidade, da pesca e de outras atividades associadas
- tem efeitos multiplicadores, que se traduzem na dinamização de outras atividades,
geradoras de emprego e de dinamismo económico, como a indústria de transformação
de pescado, zero atividades de fabrico de redes e apetrechos da pesca, a indústria de
construção naval e o turismo, muito associada à restauração.
1. Pesca local:
Caracteriza-se, no geral:
- por capturar pescado fresco maior valor comercial, com uma pescada, robalo, pargo, xaputa
e lampreia
2. Pesca costeira:
Caracteriza-se, no geral:
- por ser praticado em áreas mais afastadas da costa, podendo as embarcações operar para
além da zee nacional
- por utilizar embarcações dotadas de alguns meios mais modernos de detenção de cardumes,
de utilização de técnicas de captura como o cerco e o arrasto e de melhores condições de
conservação do pescado a bordo. Tem maior dimensão, entre 9 a 33 metros e possui maior
autonomia, tendo as embarcações capacidade para permanecerem no mar entre duas a três
semanas
Caracteriza-se, no geral:
- por ser praticada para la das 12 milhas da costa, em aguas internacionais ou nas ZEE
estrangeiras
Quanto à tecnologia…
1. Pesca artesanal
Caracteriza-se, no geral:
- por utilizar meios e técnicas tradicionais e pouco evoluídas, como a linha ou os anzois
- pela tripulação e capturas por embarcação serem reduzidas, apesar de o pescado ter muitas
vezes um elevado valor unitário
Caracteriza-se, no geral:
- por utilizar técnicas avançadas e eficazes na captura dos cardumes, como o cerco, o arrasto e
a aspiração
- pela captura dos cardumes ser facilitada pelos apoio de meios tecnologicamente avançados
como as sondas
Esta evolução acompanhou a evolução negativa registada pela frota de pesca e teve
como principal causa o abandono da atividade.
A nível regional e no respeita aos pescadores matriculados:
- o maior número de pescadores concentrou-se nas regiões Norte e Centro
- o menor número de pescadores verificou-se no Alentejo e na região autónoma
A nível estrutura etária constata-se que os pescadores nacionais:
- tinham maioritariamente idade compreendidas entre 35 e os 64 anos
- eram mais jovens na região autónoma dos Açores e no Centro
- eram mais idosos no Alentejo e na AML
Quanto ao número de pescadores por segmento de pesca, verifica-se que:
- a maioria dedicou-se à pesca polivalente
- a pesca do cerco foi mais significativa na região Norte
- a pesca do arrasto teve maior relevância na região Centro
As características da mão de obra afetam negativamente o setor das pescas, na
medida em que se verifica:
- uma população ativa marcada pelo peso de idades mais elevadas
- uma baixo nível de instrução, que corresponde, na maioria, à escolaridade
obrigatória.
Aquicultura
O que é a aquicultura?
A aquicultura consiste na criação ou cultura de organismos aquáticos, aplicando
técnicas concebidas para aumentar, para alem das capacidades naturais do meio, a
produção desses organismos.
A aquicultura é uma das soluções para o repovoamento dos mares e para o setor das
pescas, sobretudo numa altura em que cresce a consciência de uma exploração
sustentável dos recursos, dado que estes não são inesgotáveis e que a sua exploração
dos stocks pode pôr em causa a manutenção e reprodução das espécies e a viabilidade
económica das pescas
A produção agrícola nacional tem aumentado, sendo a produção em águas de
transição e marinhas perdeu números no total do setor das pescas.
Quais os regimes de exploração?
Os regimes de exploração aquícola podem classificar-se em extensivo, intensivo e
semi-intensivo
o regime de exploração aquícola foi extensivo
As áreas costeiras e marítimas têm sofrido uma crescente procura por parte da
população e das atividades económicas, nomeadamente para as atividades ligadas ao
turismo e ao lazer
Como consequência, estas áreas sofrem pressões crescentes a nível ambiental,
destacando-se:
- a sobre-exploração de recursos e ameaça a conservação da natureza
- a poluição das águas nacionais
- a degradação do litoral (erosão e pressão urbanística)
Emerge assim a necessidade crescente e ordenamento das áreas costeiras, para que
se consiga, de forma integrada, não só combater os condicionalismos que têm
surgido, como valorizar as suas potencialidades e potenciar a sua utilização
sustentável
A sobre a exploração dos recursos e a necessidade de uma exploração
sustentável dos mesmos…
Em 1997, Portugal ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
de 1982, o que permitiu ter:
- o direito soberano para a prospeção e exploração económica dos recursos naturais
da sua plataforma continental
- o direito exclusivo de autorizar as sondagens na plataforma continental
- a obrigação de gerir os seus recursos de uma forma sustentável
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e ainda de
acordo com as Diretivas Comunitárias, Portugal tem a responsabilidade de:
- vigiar e controlar as atividades da frota nacional e da frota estrangeira que opera
nas águas nacionais, que estão sob soberania ou jurisdição nacional, nomeadamente
as águas interiores marítimas, o mar territorial, a zona contígua, a ZEE e a plataforma
continental
- investigar todo o seu potencial piscícola
- fiscalizar os recursos e o espaço marítimo, de forma a cumprir as normas
comunitárias de conservação e de gestão dos recursos de pesca, no âmbito da PCP
A erosão costeira e a elevada pressão sobre a linha de costa, têm afetado uma
parte significativa do litoral nacional, acarretando problemas como:
- a artificialização da linha de costa
- a destruição dos sistemas naturais
- a degradação da paisagem