Forja
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1. Introdução................................................................................................................2
2. Objectivos..................................................................................................................3
2.1 Objectivos gerais..................................................................................................3
2.2. Objectivos específicos.........................................................................................3
3. Forjamento em matriz aberta.....................................................................................4
3.1. Procedimentos.....................................................................................................5
4. Forjamento em matriz fechada..................................................................................5
4.1. Procedimentos.....................................................................................................6
5. Parâmetros do processo de forja................................................................................7
5.1. Forjabilidade.......................................................................................................7
6. Equipamentos para forjamento................................................................................10
6.1. Martelos.............................................................................................................11
6.2. Prensas...............................................................................................................12
7. Tratamento térmico em peças forjadas....................................................................13
8. Conclusão.................................................................................................................15
1. Introdução
1
2. Objectivos
2.1. Objectivos gerais
Documentar os Processos de Forja Mecânica com Matriz Aberta e Fechada
Fechada
Fechada
2
3.Forjamento em matriz aberta
formato simples, que normalmente não se tocam. Neste processo são empregadas
3
Como principais desvantagens do forjamento em matriz aberta são de destacar:
3.1. Procedimentos
No processo conhecido como de matriz aberta, as peças de metal aquecidas
são moldadas entre uma matriz superior e uma matriz de base, conectada a
uma bigorna de martelo ou a uma base de pressão.
As peças metálicas são aquecidas acima de suas temperaturas de
recristalização e moldadas de forma constante na configuração selecionada
através do martelamento ou pressão da peça de trabalho.
Quando o material a transformar é confinado por todos os lados entre duas matrizes,
trata-se de forjamento em matriz fechada. Neste tipo de forjamento, o negativo da
geometria final da peça pode estar representado na matriz superior, inferior ou nas duas.
É geralmente realizado a quente, para diminuir as forças necessárias na ferramenta e
aumentar a ductilidade da matéria-prima (ASM 2005).
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de material que escoa para o exterior das cavidades, formando a chamada rebarba
(Rodrigues e Martins 2010b).
4.1. Procedimentos
O processo do forjamento por matriz fechada envolve uma série de operações, a realizar
antes ou depois da compressão da matéria-prima na ferramenta. Este começa com o
corte da matéria-prima para o tamanho adequado. Nesta fase deve-se ter em conta o
volume da peça a fabricar bem como a sua contração e o tamanho da rebarba. A peça
pode ser cortada em lingotes, barras, tarugos ou estampados.
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A matéria-prima é de seguida aquecida, em fornos indutivos ou de gás, de forma a
melhorar a sua facilidade de forjar, diminuindo o esforço necessário na ferramenta.
Dependendo da geometria da peça, vida útil pretendida para a matriz, força disponível
na ferramenta, entre outros, é definido o número de etapas de forjamento nesta fase.
Poderão haver etapas intermédias, em matriz aberta ou fechada. É então efetuado o
forjamento final, numa matriz com as dimensões finais da peça e tendo em conta a
contração posterior do material.
De seguida, a rebarba é cortada (geralmente com um punção e matriz) a menos que este
seja um processo de forjamento de precisão. A peça pode de seguida sofrer algum
tratamento térmico dependo das caraterísticas mecânicas pretendidas. Devido ao
aquecimento da peça, esta pode ser, posteriormente, submetida a processos de
acabamento superficial, a fim de remover óxidos formados durante o processo (Filho et
al, 2011).
5.1. Forjabilidade
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Figura 3: Forjabilidade de vários materiais, adaptado de (ASM 2005)
5.2. Velocidade
Assim sendo, deve-se ter em conta, que velocidades demasiado elevadas no processo de
forjamento podem acabar por causar cadências mais baixas de fabrico de peças para
venda, devido ao aumento do número de peças rejeitadas. Um compromisso deve ser
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encontrado, garantindo a maior velocidade possível do processo sem se sacrificar as
características finais da peça. Para tal, deverão conhecer-se as limitações da maquinaria
envolvida, do processo em si e da deformação plástica do material a usar. A Tabela 2
mostra as velocidades de atuação e tempos de contacto para os principais equipamentos
usados no forjamento.
Onde:
𝜀̇ é a velocidade de deformação do material;
No trabalho a frio, o encruamento tem um papel preponderante no comportamento
mecânico dos materiais, enquanto que, no trabalho a quente, este deixa de se considerar
relevante focando-se a influência na velocidade de deformação. Torna-se assim
importante clarificar a lei de comportamento tensão-velocidade de deformação dos
materiais metálicos a temperaturas superiores à de recristalização (Rodrigues e Martins
2010b):
Onde:
𝐴 e 𝐵 são constantes;
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𝑅 é a constante universal dos gases (𝑘𝐽∙𝑚𝑜𝑙−1∙𝐾−1);
𝑇 a temperatura do material (𝐾);
𝜎 a tensão aplicada (𝑀𝑃𝑎);
𝐷 o tamanho do grão (𝑚);
𝑃 o coeficiente de influência do tamanho do grão;
𝑚 o coeficiente de sensibilidade à velocidade de deformação;
𝑄 a energia de ativação aparente para a deformação (𝑘𝐽∙𝑚𝑜𝑙−1).
Onde:
𝐶 é uma constante dependente das condições da operação.
Os materiais metálicos possuem valores de m muito baixos à temperatura ambiente,
valores inferires a 0,05, daí não se considerar a influência da velocidade nos processos
de deformação a frio. Quanto ao trabalho a quente, a caracterização viscoplástica dos
materiais metálicos define valores na ordem de 0,1 a 0,2 para m, não se podendo assim
ignorar a influência da velocidade. A Tabela 3 mostra valores típicos de C e m para
materiais metálicos recozidos válidos para valores de extensões verdadeiras entre 0,2 e
1,0 (Rodrigues e Martins 2010a, Sofuoglu 2006).
Tabela 2: Valores típicos das constantes da lei de comportamento rígido-viscoplástica para diferentes
materiais metálicos (Rodrigues e Martins 2010a)
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através de dois tipos diferentes de máquinas, com princípios de funcionamento
diferentes, os martelos e as prensas. A escolha varia conforme a capacidade, velocidade,
precisão ou custo pretendido (Martins 2014).
6.1. Martelos
Características gerais:
Variantes:
De queda livre;
De dupla ação;
HERF (high-energy-rate forging machine).
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6.2. Prensas
As prensas por outro lado aplicam a força lentamente, com o valor máximo de pressão a
ser atingido pouco antes do final da descida, distribuindo melhor a sua força ao interior
da peça. Ao contrário dos martelos, que o realizam superficialmente. Como
características gerais devem-se destacar (Martins 2014):
Baixa velocidade;
Peças de grandes dimensões;
Matrizes com menores custos;
Melhor acabamento;
Distribuição de fluxo uniforme (Deformação plástica);
Equipamento de custo elevado;
Maior troca térmica;
Tempo suficiente para produzir camada de óxido que dificulta a soldagem e
perda de calor;
O valor máximo da pressão é atingido pouco antes da prensa ser retirada.
Existem vários critérios que permitem a classificação das prensas de acordo com as suas
características. Desde a natureza do agente motor, forma da estrutura, número de carros
móveis, direção de atuação e velocidade de atuação. Neste capitulo as variantes
encontram-se de acordo com a natureza do agente motor (Rodrigues e Martins 2010b):
Hidráulicas;
Manuais;
Pneumáticas
Dada a sua rara utilização na indústria, as duas últimas não se encontram descritas nesta
secção. As prensas manuais encontram-se em desuso, enquanto que as pneumáticas
possuem pequena capacidade e níveis de ruído associados ao seu funcionamento muito
elevados.
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7. Tratamento térmico em peças forjadas
Abaixo segue breve descrição dos principais tratamentos térmicos aplicados em peças
forjadas.
I. Têmpera
II. Revenido
Tratamento térmico que visa corrigir certos efeitos da têmpera, quando se manifesta
uma dureza ou fragilidade excessiva ou quando se receiam tensões internas perigosas.
Realizado em forno tipo poço com circulação de ar forçada.
III. Recozimento
Este processo deve anteceder o forjamento para que o material se torne menos
quebradiço, ou mais maleável e dúctil, e também reduzir as tensões internas. Este
tratamento é feito aquecendo-se o aço acima da zona critica e deixá-lo resfriar
lentamente.
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IV. Normalização
É feito para melhorar a estrutura cristalina do aço, obtendo assim melhores propriedades
mecânicas. É feito aquecendo-se o material acima da zona crítica e deixando-o resfriar
ao ar.
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8. Conclusão
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