!!!8 - Conformacao Forjamento

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Processos de Fabricação

Mecânica

FORJAMENTO

Prof. Maro Rogér Guérios


CARACTERIZAÇÃO
Processo de fabricação por conformação
plástica em que o material tem sua forma
geométrica modificada, utilizando-se
compressão direta, por martelamento ou
prensagem. Durante o processo o produto pode
ou não ser sujeitado por matrizes de forma.

É realizado principalmente a quente e também


pode ser realizado a frio.
REPRESENTAÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS
• O material recebe esforço principal de
compressão;
• A mais antiga forma de transformação de metais
(5.000 A.C.);
• Confere características de estrutura metalurgica e
resistência mecânica inigualáveis, quando
comparados com outros processos de fabricação
com capacidade similar;
• Aplicável a peças de pequeno e grande porte;
• Grande versatilidade geométrica;
• Elevada texturização e fibragem (micro/macro)
Alinhamento de estrutura cristalina
(fibragem mecânica)
CONCEITOS BÁSICOS
• A quente:
– Maioria das operações;
– Promove recristalização com segregação de
impurezas;
– Melhora da tenacidade especialmente devido à
correção e alinhamento das imperfeições
cristalinas, impurezas e cristais em direções
equiaxiais com as secções de maiores
deformações.
CONCEITOS BÁSICOS
• A quente:
– Apresenta desvantagem da menor precisão
dimensional, piora da qualidade superficial e perda
de carbono na superfície (ligas Fe-C).
– Maior liberdade geométrica decorrente de maior
plasticidade a quente;
– Maiores taxas de redução por etapa
CONCEITOS BÁSICOS
• A frio:
– Aumento da dureza;
– Encruamento profundo do material;
– Melhor precisão dimensional;
– Geometria com maiores limitações;
– Excelente qualidade superficial;
– Menores taxas de redução por etapa;
CONCEITOS BÁSICOS
• O forjamento pode ser efetuado sem uso de
matrizes ou com uso de matrizes simples que,
buscam a transferência de geometrias básicas à
peça, sendo chamado de forjamento livre.
• Quando a geometria da peça é mais complexa
ou para lotes grandes de produção podemos
utilizar matrizes fechadas. As matrizes
fechadas apresentam as formas intermediárias
dos passes e, as finais dos produtos. O material
fica confinado numa cavidade sendo forçado a
se moldar no volume presente.
Livre/Matriz Aberta

Forjamento livre 

Forjamento
utilizando matriz
aberta
CONCEITOS BÁSICOS
• Forjamento livre ou Matriz aberta:
– Ferramentas planas ou de formato simples;
– Escoamento perpendicular à aplicação da força;
– Peças de grandes dimensões ou pré-conformação
(obtenção de pré-forma);
– Produção em pequena escala;
– Menores precisões e controle das deformações no
processo.
CONCEITOS BÁSICOS
• Forjamento em Matrizes fechadas:
– Utiliza moldes (matrizes) usinados, com geometrias
adequadas a conformar a forma desejada à peça;
– Matriz bi-partida e de custo elevado;
– Geometrias mais complexas;
– Boa tolerância dimensional, mas faz-se necessário
sobremetal (caso seja pós-processada);
– Exigências técnicas no desenho da matriz obrigam
modificação/adaptação da geometria final do produto;
CONCEITOS BÁSICOS
• Forjamento em Matrizes fechadas:
– Canais de rebarba são obrigatórios criando defeito
superficial já esperado (característica do processo);
– Custo elevado da matriz exigindo altas taxas de
produção;
– Forjamento em etapas, desbastes e acabamento
utilizando matrizes usinadas em um mesmo bloco;
CONCEITOS BÁSICOS
• Forjamento em Matrizes fechadas: divisão do
trabalho de forjamento em etapas
CONCEITOS BÁSICOS
• Forjamento em Matrizes fechadas: é comum o
trabalho de forjamento combinar etapas em matrizes
abertas e fechadas.

Acima temos as três primeiras etapas (obtenção de pré forma) em


forjamento llivre. Na sequência as três estapas de desbaste e
acabamento em matrizes fechadas.
Destaco: - o surgimento da rebarba na 4ª etapa
- a forma direção em que escoou o material em cada etapa.
* a peça inicial é um tarugo cilíndrico
Matriz de forjamento
Exigências técnicas no desenho da matriz obrigam
modificação/adaptação da geometria final do produto;
dificultando a produção de peça que não necessite de processo
sequencial. As principais exigências são:
– Ângulos de saída ou conicidade para evitar que o material fique retido no
interior da matriz. São da ordem 3º a 5º, impedindo a confecção de
paredes ortogonais;
– Concordâncias de cantos e arredondamento de cantos com raios
mínimos, evitando cantos vivos que dificultam o escoamento do
material, facilitando o preenchimento de detalhes;
– Sobremetal para acabamento ou para garantir tolerância final decorrente
dos ângulos e raios obrigatórios;
– Presença obrigatória de canais de rebarbas que, ao serem retirados;
imprimem defeito superficial característico, conforme imagens seguintes;
Marcas dos canais de rebarbas
Matriz de forjamento
Canais/Calhas de Rebarbas
Os canais ou calhas de rebarba são necessários
nas matrizes fechadas pois:
– É difícil alimentar a matriz com a quantidade exata
do material especialmente em decorrência das
temperaturas envolvidas no processo;
– Um excesso de material é colocado garantindo o
volume necessário e pressão até fechamento da
matriz, melhorando o preenchimento de detalhes;
– O excesso de material vaza e é contido nos canais
de rebarbas.
Canais/Calhas de Rebarbas
Canais/Calhas de Rebarbas
MÁQUINAS DE FORJAMENTO
O processo de forjamento é efetuado com uso de
martelamento ou prensagem.
• Martelamento:
– Utilizam martelos de queda livre (converte energia potencial –
elevação e queda de massas) ou martelos de forjamento
(molas, pistões);
– Máquinas mais simples, baratas e rápidas, portanto, as mais
empregadas;
– Transferência de energia é instantânea;
– Promove deformações iniciais mais superficiais;
– Menores reduções e maiores limitações em detalhes, paredes
finas e mudanças de secções;
Martelo de Forjamento
MÁQUINAS DE FORJAMENTO
• Prensagem:
– Podem ser mecânicas ou hidráulicas;
– São menos utilizadas devido aos custos maiores;
– Aplicação de carga lenta e progressiva;
– Promove deformação mais profunda do material;
– Maiores reduções e melhor preenchimento de detalhes e
facilidade com grandes deslocamentos;
– Vida útil das matrizes mais longa (menos choque);
– Maior tempo de contato entre peça e matriz: maiores
perdas de calor (pode afetar a composição química
superficial);
– Taxas de produção similares aos martelos: força maior
compensa velocidade menor.
Prensas de Forjamento
Prensa mecância excêntrica Prensa hidráulica
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
No forjamento as operações são classificadas segundo o
tipo de movimento do material. Existem inúmeras
operações que, no forjamento livre são aplicadas
sequencialmente com fins de conduzir a geometria
conforme desejado. Nas matrizes fechadas, são
produzidas combinadas nas deformações produzidas em
cada etapa, mas, individualmente podem ser
identificadas observando o trabalho de escoamento do
material em cada fração do processo. As mais comuns:
- Recalque - Extrusão - Estiramento
- Alargamento - Fendilhamento - Alargamento
- Caldeamento
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
OPERAÇÕES DE FORJAMENTO
Produtos Típicos
Produtos típicos do forjamento são normalmente
aqueles componentes que apresentam geometria
razoavelmente complexa, necessidade de grande
resistência à esforços mecânicos (especialmente à
fadiga) e volumes mínimos de material. São exemplos
típicos:
– Eixos e pontas de eixos de transmissão;
– Aletas e pás de turbinas;
– Bielas, girabrequim e pistões automotivos;
– Rodas, engrenagens e transmissões;
– Ferramentas manuais (alicates, chaves fixas e de cachimbo)
– Esferas e pistas de rolamentos.
Matéria prima

• Tarugos e barras prismáticas


• fundidos ou laminados;
• Materiais típicos:
– Al (400º), Cu e suas ligas (750º) e não ferrosos,
muitas vezes forjados a frio ;
– Ligas Fe-C (aços e suas ligas – 1000º)
Equipamentos Auxiliares
• Fornos de aquecimento/recozimento;
• Fornos para tratamentos térmicos;
• Unidades de rebarbação e limpeza;
Defeitos típicos
• Penetraçao incompleta:
– Causa: Defeitos superficiais e falta de preenchimento da
matriz,
– Razão: Deformação nas camadas superficiais (golpes
rápidos e leves de martelo), defeitos de materia-prima
(Microestrutura heterogênea)
• Trincamento superficial:
– Razão: Trabalho excessivo na superfície em baixa
temperatura, Fragilidade a quente.
• Gotas frias:
– Causa: defeitos superficiais ou internos
– Razão: excesso de temperatura, fusão parcial decorrência
da energia/aquecimento da deformação.
CUNHAGEM
• Processo especial de forjamento em matriz
fechada, onde todas as superfícies da peça
encontram-se sujeitadas à matrizes, não há
canais de rebarbas.
• Objetiva a impressão de detalhes em baixo/alto
relevo em peças, normalemente com fins
decorativos.
• Aplicações típicas:
– Confecção de moedas, medalhas, brazões;
– Talheres.
CUNHAGEM
CUNHAGEM

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